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4. Antecedentes históricos: a formação de professores nos Institutos Federais

4.3. Breve discurso sobra a formação de professores no Instituto Federal Fluminense

Destaques acima citados abrem diálogos com iniciativas de formação de professores instituídas, oficialmente, no início deste século. Refiro-me à prerrogativa de expansão de cursos de formação de professores no Instituto Federal Fluminense, a partir da Lei 11.892, de 2008.

Recuperar aspectos históricos do Centro Federal de Educação Tecnológica de Campos (CEFET Campos), a partir do período em que recebeu a liberdade para ofertar cursos de licenciaturas, amplia possibilidades de contextualização da dimensão formativa da docência no município de Campos dos Goytacazes (RJ).

É necessário mencionar que o contexto das reformas educacionais, implementadas no final do século XX, favoreceu a transformação dos então CEFETs para os atuais Institutos Federais de Educação, Ciência e Tecnologia. Foi o Decreto 3.462, de 17 de maio de 2000, que modificou o art. 8º do Decreto n. 2.406, de 27 de novembro de 1997, passando a vigorar com a seguinte redação:

Art.8º - Os Centros Federais de Educação Tecnológica, transformados na forma do disposto no art. 3o da Lei no 8.948, de 1994, gozarão de autonomia para a criação de cursos e ampliação de vagas nos níveis básico, técnico e tecnológico da Educação Profissional, bem como

para implantação de cursos de formação de professores para as disciplinas científicas e tecnológicas do Ensino Médio e da Educação Profissional (DECRETO n. 3.462, de 17 de maio de 2000).

Em um tempo em que a preparação de docentes para a Educação Básica vinha apresentando carência no cenário nacional, a Rede Federal de Educação Profissional insere-se no campo de formação destes profissionais, para atuar na educação básica. Gatti e Barreto (2009), em um extenso levantamento feito para a UNESCO sobre a questão educacional no Brasil, confirmam a existência de déficit de docentes em áreas específicas para atuarem tanto no segundo segmento do Ensino Fundamental quanto no Ensino Médio. Um fragmento do seu texto comprova a questão:

[...] o número de professores formados nos últimos 15 anos apresentava enorme defasagem em relação às demandas de professores na educação básica. [...]. A situação mais grave era a da área das Ciências da Natureza, em que havia apenas 9% de professores de física com formação específica, e 13% de química, déficit que incidia particularmente sobre o ensino médio (GATTI e BARRETO, 2009, p. 72).

No que se refere especificamente, então, ao CEFET Campos, sua história centenária lhe garante posição de destaque entre as escolas da cidade de Campos dos Goytacazes (RJ) e entorno, pela reconhecida qualidade do ensino tecnológico que a instituição vem desenvolvendo ao longo dos anos. Tal fato pode ser confirmado no quantitativo de candidatos inscritos nos seus processos seletivos22, dada a

inserção de seus egressos em cobiçados postos de trabalho e, também, no acesso ao ensino superior em instituições públicas do país.

O histórico do atual IFFluminense, registrado no portal da instituição, informa que, na segunda metade do século XX, um dos fatores que alavancaram o reconhecimento da qualidade do ensino do então CEFET Campos foi a possibilidade de entrada na Petrobrás23.

22 No último processo seletivo, 2017.1, para o campus Campos-Centro, a Instituição ofereceu 715 vagas e totalizou o número de 4.775 de inscritos.

23 [...] a Petrobrás anuncia a descoberta de campos de petróleo no litoral norte do estado. Notícia que mudaria os rumos da região e influenciaria diretamente na história da instituição. A Escola Técnica Federal de Campos, agora mais do que nunca, representa o caminho para o sonho e passa a ser a principal formadora de mão de obra para as empresas que operam na bacia de Campos (MAIA, 2015). Disponível em: http://portal1.iff.edu.br/conheca-o-iffluminense/historico. Acesso em:12 jun. 2015.

Levando em consideração as transformações sociais e do mundo do trabalho, as exigências postas ao exercício da docência trouxeram, como demanda para a região, maior qualificação dos profissionais do ensino. Em decorrência desse cenário, o então CEFET Campos fez uso da oportunidade que lhe foi concedida, reconhecendo ocasião oportuna para o fortalecimento do Magistério no Norte Fluminense. Assim, no ano 2000, como versão primeira, a instituição implantou seus primeiros cursos de Licenciatura em Ciências da Natureza (Licenciatura em Química, Licenciatura em Física e Licenciatura em Biologia)24.

Na realidade do município em questão e seu entorno, em virtude da escassez de professores em áreas específicas para atuarem na Educação Básica, era forte a demanda para as esferas municipal, estadual e particular, visto que cursos de formação de professores em nível superior ofertados na cidade tinham forte inclinação para o campo de humanas, o que não significava ausência completa de vulnerabilidade nesta área.

Esse panorama “justificava” forte escassez de professores no campo das ciências exatas, o que levava muitas escolas a alocarem docentes nas disciplinas partindo de sua grande área de formação. Assim, era possível encontrar professor de Matemática ministrando aulas de Física ou Química, como também licenciados em História, assumindo a disciplina de Geografia. Vale ressaltar que tais desafios não condiziam com a realidade de todas as instituições da cidade e região.

Já houve caso de escola-campo, de maneira furtiva, lançar mão de estagiários para desenvolver atividades de ensino, o que trazia indícios dessa necessidade. No fragmento do relato de Júlia, egressa de uma das primeiras turmas da licenciatura em Matemática do IFFluminense campus Campos-Centro25, a questão

de falta de professores qualificados fica melhor caracterizada26:

24 Até 2000 o atual IFFluminense, à época, CEFET Campos, oferecia cursos técnicos de Eletrotécnica, Mecânica, Química, Soldagem, Instrumentação, Manutenção, Edificações, Segurança do trabalho, Telecomunicações e Meio Ambiente (Dados fornecidos pelo Registro Acadêmico em 06 de junho de 2017).

25 Destaco o campus, uma vez que os cursos de licenciaturas do IFFluminense abrangem outros campi.

Na escola que eu estagiei, os alunos ficavam de dependência, mas não tinham aula de dependência. Foi quando a Coordenadora pediu para gente dar aula de reforço para que eles tivessem condições de fazer a prova de dependência e, aí, foi muito bom. Foi a oportunidade de estar atuando, que até então no estágio a gente só observava27 (Júlia – Licenciatura em Matemática – 2013).

Dentro desse cenário, iniciou-se a oferta de cursos de formação de professores no então CEFET Campos. Entende-se que, ao assumir tal tarefa, a instituição comprometeu-se com debates relacionados à formação desses profissionais, envolvendo-se também na busca de alternativas sobre diferentes desafios da escola contemporânea, na organização de suas práticas e demandas geradas por desdobramentos culturais, políticos, econômicos, técnicos, científicos que influenciam a formação deste profissional. Entrar, neste campo de desafios, exigiu que a instituição repensasse seus projetos e compromissos.

Enquanto escola de Educação Profissional e Tecnológica (EPT), a implantação dos cursos de formação para o magistério trouxe como proposta o desenvolvimento de uma nova visão entre campos de conhecimento. A cultura implícita de supervalorização do tecnológico passou a interagir com o reconhecimento de profissionais oriundos de distintas áreas epistemológicas, prerrogativas fundantes da estruturação e desenvolvimento da formação dos professores.

No quesito reestruturação e expansão do quadro de docentes, o processo exigiu mudanças em diferentes dimensões institucionais. Para atender a atividades de ensino, servidores em exercício, com a qualificação exigida para atuar nos cursos que iam sendo implantados, tanto da área pedagógica quanto das específicas, respeitando a liberdade de escolha, iam contribuindo na composição do corpo de professores. Enquanto instituição pública, a abertura de editais foi o caminho seguido para admissão de outros profissionais.

Inserir-se nesse novo campo de formação exigiu reestruturação do espaço físico, o que vem movendo a instituição na direção e investimentos em novos prédios que abrigam salas de aula e laboratórios.

Em função dessa nova tarefa, parcerias foram firmadas com uma Universidade pública da capital do Estado, ampliando as oportunidades de os

servidores buscarem qualificação exigida para ingressarem no nível superior de ensino ora oferecido. Esse movimento ampliou o contingente de Mestres e Doutores que a casa já possuía, bem como trouxe contribuições significativas para os demais níveis de ensino ofertados na instituição. Nesse aspecto, muitas dessas reestruturações assumidas vão ao encontro de um movimento mais amplo em que os Institutos Federais têm se inserido. A pesquisa de Oliveira (2011) no IFSC mostra o quanto houve de investimento para a demanda de formação pedagógica do corpo docente.

Em virtude dessas novas mudanças, a Instituição embrenhou-se nas atividades de pesquisa e extensão, cumprindo determinações da Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional (LDBEN):

A educação superior tem por finalidade: [...] incentivar o trabalho de pesquisa e investigação científica, visando o desenvolvimento da ciência e da tecnologia e da criação e difusão da cultura, e, desse modo, desenvolver o entendimento do homem e do meio em que vive; [...] promover a extensão, aberta à participação da população, visando à difusão das conquistas e benefícios resultantes da criação cultural e da pesquisa científica e tecnológica geradas na instituição. [...] atuar em favor da universalização e do aprimoramento da educação básica, mediante a formação e a capacitação de profissionais, a realização de pesquisas pedagógicas e o desenvolvimento de atividades de extensão que aproximem os dois níveis escolares (BRASIL, Lei 9.394/96, art. 43, incisos III, VII e VIII).

Desde então, em um contexto que vem se constituindo em avanços para todos os envolvidos no processo, o IFFluminense campus Campos-Centro tem se movido na direção do cumprimento de suas responsabilidades, esforçando-se para assegurar a indissociabilidade entre ensino, pesquisa e extensão, por meio de medidas que envolvem adesão a programas de incentivo e valorização do magistério, como, por exemplo, Programa Institucional de Bolsas de Iniciação à Docência (PIBID), Programa de Educação Tutorial (PET), atuação em Projetos de Pesquisa com bolsas do Programa Institucional de Bolsas de Iniciação Científica (PIBIC), Programa Institucional de Bolsas de Iniciação em Desenvolvimento Tecnológico e Inovação (PIBITI)28, participação em Projetos de Extensão, implementação de Núcleos de

Pesquisa29, dentre outras ações da mesma natureza.

28 Bolsas PIBIC/PIBITI com fomento do CNPq.

Destacam-se também, nesse cenário, as contribuições vindas de iniciativas internas do IFFluminense com a realização da Semana das Licenciaturas, encontro bienal inaugurado em 2010, que “tem como finalidade fomentar reflexões em torno da

formação do professor, de sua prática educativa e das

angústias/questionamentos/desassossegos intrínsecos ao ensinar e ao aprender”30

Tal evento, que já alcançou sua quarta edição em 2016, tem conseguido mobilizar sua comunidade em torno da questão da docência.

4.4. Alguns antecedentes do estágio supervisionado nas licenciaturas do IFFluminense

Retomando a implantação de cursos de licenciatura na instituição em questão, em 2001, o, então, CEFET Campos inaugurou mais duas licenciaturas: em Matemática e em Geografia, atendendo a demandas de formação de professores da região.

Os traçados elementares do trabalho da Prática Profissional das primeiras Licenciaturas do CEFET Campos (Biologia, Física e Química) estão registrados nas Diretrizes Gerais da Prática Profissional, normativa que expressa a estruturação do Estágio Supervisionado na instituição, em conformidade com os princípios do Parecer CNE/CP 28/2001 e, posteriormente, na Resolução CNE/CP 2, de 19/02/2002. Cabe destacar que o início desta experiência se deu em 2003, momento em que os cursos iniciados em 2000 se encontravam na segunda metade de seu desenvolvimento curricular: “400 (quatrocentas) horas de estágio curricular supervisionado a partir do início da segunda metade do curso” (Resolução CNE/CP 2, de 2002, art. 1º, inciso II). Os elaboradores desse documento entenderam que os componentes da Prática Profissional (prática como componente curricular, estágio curricular supervisionado e atividades acadêmico-científico-culturais) formam o conjunto das práxis, vivenciadas em situações de aprendizagens relacionadas ao pensar e ao fazer

conjuntos de pesquisadores que se organizam em torno de uma liderança para o desenvolvimento de linhas de pesquisa em áreas afins. Estes núcleos são enquadrados, no Diretório de Grupos de Pesquisa do CNPq, sempre em uma área e em uma grande área do conhecimento. Disponível em: http://portal1.iff.edu.br/pesquisa-e-inovacao/nucleos-de-pesquisa-do-iffluminense. Acesso em: 01 ago. 2015.

30 http://licenciaturas.centro.iff.edu.br/news/iv-semana-das-licenciaturas-do-iffluminense?searchterm= semana+das+licenciaturas

da ação docente, possibilitados pela oportunidade de leitura e análise da realidade, com perspectiva de ousar a construção do novo, entendendo ser o universo escolar ambiente em que as diversas culturas interagem e estabelecem redes de conhecimento (CENTRO FEDERAL DE EDUCAÇÃO TECNOLÓGICA DE CAMPOS. Prática Profissional: diretrizes gerais, s.d., p. 01).

Vendo a prática por esse ângulo, a delineação dos contornos dessas atividades, mais especificamente do estágio supervisionado, foi sendo concebido no movimento que entende as verdades científicas como dinâmicas, é o que afirma o documento acima referido.

De acordo com o referido documento, os direcionamentos das ações da Prática Profissional devem pautar-se no fortalecimento de exigências básicas na formação docente. No que se refere ao estágio supervisionado deve prevalecer:

 a necessidade de compreender o ambiente da aula como espaço de construção e reconstrução de saberes e conhecimentos. [...]. Sendo local instituído para a construção do conhecimento, ela deverá oportunizar elos com outras esferas do saber.

 a necessidade de redimensionar a gestão da aula e do tempo escolar. [...], necessidade de colocar as tecnologias da informação e da comunicação no cerne do processo educativo, mediante as relações que ocorrem no desenvolvimento da aula [...].

 a necessidade de desenvolver um trabalho que ultrapasse os limites das disciplinas/campos de saberes restritos. [...]. Dado o avanço a que se submeteram as Ciências, obrigaram-se a quebrar seus muros [...] que nos leva a admitir a necessidade e a urgência de que os profissionais planejem e atuem em conjunto, [...] integrando saberes, desenvolvendo competências mais eficazes para interagir com o conhecimento e com o mundo (CENTRO FEDERAL DE EDUCAÇÃO TECNOLÓGICA DE CAMPOS. Prática Profissional: diretrizes gerais,s.d. p. 5).

Essas orientações contemplam, entre outras exigências, a compreensão da sala de aula como espaço interativo, onde professores e alunos constroem e compartilham saberes. Nesse sentido, é lugar de vivências organizadoras de relações capazes de romper com práticas descontextualizadas e fragmentadas.

Há menção à abordagem da “tecnologia no cerne do processo educativo”. Como princípio abrigado no documento, aponta para uma compreensão de ensino- aprendizagem, na interface com o eixo tecnológico legitimado na instituição.

Ao ler os excertos retirados do documento, pode-se observar tanto preocupação em formar o estagiário ligado a questões práticas da escola quanto em

dar suporte para o campo da pesquisa. Além disso, pode-se também identificar sua relação com as Diretrizes Curriculares ao assumir uma perspectiva interdisciplinar.

Na implementação do estágio, a instituição firmou parcerias com escolas básicas situadas no município de Campos dos Goytacazes (RJ) e cidades do entorno, abrindo possibilidades de diálogo com o cotidiano escolar, estabelecendo relações com seus profissionais. Deste modo, a configuração desse campo foi se instituindo em meio a delimitações, avanços e tensões, resultando em experiências significativas, ou, em alguns casos, em expectativas desapontadas.

A regulamentação, em vigor, que rege as relações no âmbito da Prática Profissional das Licenciaturas tem como objetivos:

a) contribuir com a formação do estagiário para o exercício da docência;

b) propiciar ao estagiário ação interativa dos conhecimentos teórico- práticos numa perspectiva dialética;

c) oportunizar ao estagiário diálogo permanente com o campo de atuação docente numa dimensão diagnóstica e propositiva;

d) possibilitar ao estagiário elaboração e desenvolvimento de projetos educativos construídos coletivamente com a comunidade acadêmica da escola-campo, visando ao aprimoramento da qualidade social e cognitiva do processo de ensino e de aprendizagem.

(REGULAMENTO DA PRÁTICA PROFISSIONAL DAS LICENCIATURAS. s.d. Disponível em: http://licenciaturas.centro. iff. edu.br/nucleo-de-apoio-a-pratica-profissional/reguamento-da-pratica- profissional/view. Acesso em: 5 set. 2016).

O fortalecimento de vínculos entre Instituição ofertante da licenciatura e escola-campo é movimento que vem produzindo abertura de diálogos, favorecendo aproximações entre a formação acadêmica inicial e situações vividas na escola básica. Da qualidade dessas interlocuções derivam os demais encontros e confrontos do tempo do estágio.

Uma nova fase de expansão dos cursos de formação de professores no IFFluminense teve início em 2012, dois anos após a transformação dos CEFETs em Institutos Federais, com a criação da Diretoria dos Cursos Superiores de Licenciatura (DIRLIC), no campus Campos-Centro. Essa nova organização trouxe necessidades de mudanças na dinâmica dos cursos ofertados, considerando que, a partir desse momento, todas as licenciaturas ficariam submetidas a orientações emanadas de um mesmo setor. As demandas, originadas a partir da implantação da referida diretoria, vêm proporcionando interlocuções entre as Licenciaturas ofertadas. Os diálogos nas

interações entre os cursos têm se firmado como fator determinante na compreensão dos egressos sobre a profissão. As atribuições conferidas a esta Diretoria ficaram assim organizadas:

a. Exercer função de mediação e interlocução entre as diversas

instâncias educacionais.

b. Contribuir com a formação acadêmica do licenciando frente ao

mundo do trabalho no ofício de professor, na perspectiva de qualificar a formação profissional dos futuros formadores da Educação Básica.

c. Viabilizar, sistematicamente, a participação de servidores, no âmbito

dos Cursos de Licenciatura, em atividades de extensão e em eventos acadêmico-científico-culturais.

d. Organizar mecanismos em prol do processo de ensino e de

aprendizagem e do cumprimento das políticas, diretrizes e metas da Educação Nacional e das políticas institucionais.

e. Apoiar logística e pedagogicamente os Programas do MEC voltados

à formação de professores.

f. Viabilizar o processo de (re)construção, reformulação e

implementação do Projeto Político Pedagógico dos Cursos de Licenciatura junto às Coordenações Acadêmicas de Curso.

(Disponível em: http://www.licenciaturas.centro.iff.edu.br/. Acesso em: 6 maio 2015).

A constituição dessa nova diretoria, que se apresenta como espaço motriz para a implantação, implementação e desenvolvimento de cursos de formação de professores, ofereceu não apenas base de estabilidade para às coordenações dos cursos já instituídos, mas, sobretudo, ponto de apoio para implementação de novos cursos.

Para atender a uma nova demanda de ensino, em 2013, o IFFluminense

campus Campos-Centro implantou a licenciatura em Letras e, logo, em seguida,

atendendo à solicitação e exigência para áreas de ensino pouco exploradas na região, no 2º semestre de 2015, o referido campus inaugurou as licenciaturas em Educação Física e Teatro.

É possível reconhecer que a instauração da DIRLIC trouxe maior legitimidade para as licenciaturas na relação com cursos historicamente instituído, favorecendo o diálogo em ações que, até então, apresentavam dificuldades de interlocuções, como, por exemplo, desenvolvimento de atividades conjuntas, maior interlocução entre as coordenações de cursos, na interação com os demais campi etc..

Laboratórios Interdisciplinares de Formação de Educadores (LIFE)31 vem

desempenhando papel bastante significativo no estabelecimento de dinâmicas interativas entre a Instituição de Ensino Superior e Escola Básica.

Os laboratórios constituem espaços de uso comum das licenciaturas nas dependências de Instituições Públicas de Ensino Superior (Ipes), destinados a promover a interação entre diferentes cursos de formação de professores, de modo a incentivar o desenvolvimento de metodologias voltadas para: Inovação das práticas pedagógicas; formação de caráter interdisciplinar a estudantes de licenciatura; Elaboração de materiais didáticos de caráter interdisciplinar; Uso de tecnologias da informação e comunicação (TIC's); Articulação entre os programas da Capes relacionados à educação básica.

(Disponível em: http://www.capes.gov.br/educacao-basica/life. Acesso em: 4 jul. 2016).

Há de se destacar, ainda, que, entre os 52 projetos classificados, o IFFluminense ocupou a 12ª posição. Desde então, a instituição vem ampliando sua interlocução com escolas-campo, por meio da implementação de ações desse porte, durante o período de estágio. Destaca-se o projeto “Olha para o céu, Frederico! à contemporaneidade”, produzido na interação entre as licenciaturas do campus Campos-Centro, elaboração motivada pelo centenário do escritor campista José