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CALCIFICAÇÕES DO CORAÇÃO E GRANDES VASOS

No documento Radiologia Básica -2ª Ed (LANGE) (páginas 71-75)

Achados radiográficos

EXERCÍCIO 3.5 CALCIFICAÇÕES DO CORAÇÃO E GRANDES VASOS

3.21 No Caso 3.21 (Fig. 3.54), a densidade da calcificação (seta reta) é decorrente da cal- cificação de: A. anel mitral B. válvula tricúspide C. válvula aórtica D. êmbolo pulmonar E. pericárdio

3.22 No Caso 3.22 (Fig. 3.55), as calcificações estão relacionadas a:

A. artérias pulmonares B. pericárdio

C. miocárdio D. aorta ascendente

E. aorta torácica descendente

3.23 No Caso 3.23 (Fig. 3.56), as calcificações na radiografia torácica estão relacionadas a qual estrutura? A. pericárdio B. válvula mitral C. válvula aórtica D. aorta descendente E. ventrículo esquerdo

3.24 No Caso 3.24 (Fig. 3.57), as setas curvas apontam para calcificação dentro da região de qual estrutura cardíaca?

A. válvula aórtica

B. válvula mitral C. pericárdio D. artéria coronária E. aneurisma aórtico

3.25 No Caso 3.25 (Fig. 3.58), as setas e pontas de seta apontam para:

A. massa mediastinal calcificada B. mixoma atrial esquerdo calcificado C. calcificação de êmbolo pulmonar D. calcificação da válvula aórtica E. calcificação da válvula mitral

Achados radiográficos

3.21 As radiografias torácicas PA e perfil (Fig. 3.54) revelam calcificações grosseiras curvilíneas no anel mitral (seta curva) e calcificação linear (seta reta) residente na válvula aórtica, melhor observadas na in- cidência em perfil (C é a resposta correta para a Questão 3.21).

3.22 Esse caso (Fig. 3.55) exibe calcificação pe- ricárdica em uma mulher que teve peri- cardite viral quando criança (B é a respos- ta correta para a Questão 3.22). Perceba que a calcificação é observada melhor na incidência em perfil.

3.23 A radiografia torácica desse caso (Fig. 3.56) mostra calcificação linear (setas) em uma área focal sobrejacente ao ventrículo esquerdo. Essa calcificação reside em um aneurisma ventricular esquerdo que esse homem desenvolveu após um infarto do miocárdio seis anos antes (E é a resposta correta para a Questão 3.23).

3.24 A radiografia torácica em perfil nesse caso (Fig. 3.57) revela calcificações linea- res em trilho de trem sobre o curso das artérias coronárias. Essas calcificações representam aterosclerose da artéria co- ronária de um paciente com diabetes de longa data (D é a resposta correta para a Questão 3.24).

3.25 Nesse caso (Fig. 3.58), uma área circular fortemente calcificada sobrejacente ao átrio esquerdo é vista nas projeções PA (ponta de seta) e em perfil (setas curvas). Essas cal- cificações residem dentro de um mixoma atrial esquerdo que estava causando os sin- tomas do paciente de dispneia e diminuição da tolerância ao exercício (B é a resposta correta para a Questão 3.25).

Fig. 3.52 TC axial revelando artéria subclávia es- querda aberrante com curso posterior ao esôfago (e).

Discussão

Calcificações, presentes em quase todas as áreas do sistema cardiovascular, podem ter origem tanto metastática quanto distrófica. As calcifica- ções metastáticas são normalmente causadas por deposição de cálcio em tecidos moles decorrente da hipercalcemia de qualquer causa. As calcificações distróficas nos tecidos moles constituem respostas à degeneração ou lesão tecidual e não têm causa metabólica. Podem ser vistas em quase todos os componentes dos tecidos moles do sistema cardio- vascular. Concentramo-nos aqui nas calcificações que podem ser visualizadas na radiografia conven- cional, embora a TC seja um exame mais sensível para a detecção de cálcio. O escore de cálcio se tor-

nou uma forma aceitável de avaliação do grau de aterosclerose nas artérias coronárias, porém forne- ce principalmente estratificação de risco em vez de 䉱 Fig. 3.53 A arteriografia do paciente do Caso

3.19 denuncia constrição característica na aorta des- cendente (seta curva) e dilatação das veias intercos- tais (pontas de seta).

B A

Fig. 3.54 Caso 3.21, mulher de 75 anos de idade com febre reumática quando adulta jovem.

informações específicas locais sobre estenose. Essa técnica tem demonstrado fornecer dados para a es- tratificação de riscos adicionais aos dados clínicos

tradicionais. O local mais comum de calcificação observado na radiografia torácica convencional é dentro da aorta, em geral em pacientes idosos com

A B

Fig. 3.55 Caso 3.22, mulher de 70 anos de idade que teve edema periférico e distensão da veia jugular.

Fig. 3.56 Caso 3.23, radiografia torácica em perfil de um homem de 65 anos de idade com longa história de hipertensão, hospitalizado 6 anos antes com doença aguda.

Fig. 3.57 Caso 3.24, radiografia torácica em perfil de um homem de 66 anos de idade com diabe- tes melito de longa data.

doença aterosclerótica de longa data ou diabetes. Nessa situação, a calcificação é linear e associada à parede aórtica. Essas calcificações também podem estar presentes em aneurismas (Fig. 3.34).

Os anéis das válvulas aórtica e mitral consti- tuem as regiões intracardíacas mais comuns que

demonstram calcificação distrófica, em geral se- cundária à estenose de longa data ou insuficiên- cia decorrente de febre reumática. As válvulas bicúspides também podem revelar esse tipo de calcificação. O filme lateral é o melhor para de- terminar qual válvula está calcificada. Uma linha

A

B

Fig. 3.58 Caso 3.25, radiografia torácica em perfil e PA de uma mulher com dispneia e diminuição da tole- rância ao exercício.

desenhada desde o hilo (C), oblíqua e inferior- mente cruzando o ângulo cardiofrênico anterior (N), projeta para trás as calcificações aórticas (A) (Fig. 3.59). As calcificações que repousam abaixo dessa linha são geralmente calcificações do anel mitral (M) (Fig. 3.59). A presença de calcificação no anel mitral prevê a presença de aterosclerose carótida, podendo, portanto, estar associada ao AVE.

A calcificação pericárdica, como no Caso 3.22 (Fig. 3.55), é observada em cerca de 50% dos pacientes com pericardite constritiva. Exibe uma aparência curvilínea característica, contornan- do a localização do pericárdio e, na maioria das vezes, é vista ao longo da borda cardíaca direita (Fig. 3.55).

As calcificações miocárdicas, conforme ob- servadas nos aneurismas ventriculares esquer- dos, são discutidas no exercício sobre alteração do contorno cardíaco e demonstradas de forma ligeiramente diferente no Caso 3.23 (Fig. 3.56). Calcificações finas, focais e lineares sobrejacentes ao ventrículo esquerdo devem ser consideradas aneurismas, sendo as imagens de ecocardiografia, TC e RM exames úteis para confirmação desse diagnóstico.

As calcificações dentro da parede das arté- rias coronárias, conforme exibidas no Caso 3.24 (Fig. 3.57), são reconhecidas nas radiografias convencionais como depósitos de cálcio finos e lineares correspondendo ao curso das artérias co- ronárias. Quando descobertas pelas radiografias convencionais, constituem um achado tardio de aterosclerose, e os pacientes apresentam alta inci- dência de doença obstrutiva das coronárias.

O Caso 3.25 (Fig. 3.58) é um exemplo de neoplasia cardíaca primária que pode calcificar e ser detectado inicialmente no filme simples. O tumor cardíaco que sofre calcificação com mais frequência é o mixoma atrial esquerdo, sendo que a calcificação ocorre em cerca de 10% dessas le- sões (Fig. 3.58). Raramente, a doença metastática miocárdica (como osteossarcoma) e outros tumo- res cardíacos primários calcificam. Por fim, é raro neoplasias mediastinais primárias, como os tera- tomas, revelarem calcificação. Nesses pacientes, a TC deve ser realizada para o diagnóstico.

EXERCÍCIO 3.6 DISPOSITIVOS DE

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