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CANTARIAS DE MAIOR VALOR ARTÍSTICO

No documento CONSERVATÓRIO NACIONAL DE LISBOA (páginas 190-195)

PAVIMENTO EM LAJES DE PEDRA – O assentamento das lajes será executado de acordo com o respectivo pormenor, sobre massame de assentamento ou sobre almofada de areia

CANTARIAS DE MAIOR VALOR ARTÍSTICO

Cantarias em peças de maior valor artístico e outros elementos similares referidos em Mapa de quantidades

Limpeza escovagem e reparação de cantarias exteriores incluem:

a) Idem dos princípios aplicáveis enunciados nas alíneas a) até n) e de p) até r) de CA.01

b) Limpeza superficial e eliminação de detritos acumulados; Remoção por via seca de detritos acumulados com principal incidência nos planos horizontais e reentrâncias dos elementos esculpidos. Limpeza superficial por via húmida acompanhada por escovagem.

c) Eliminação de vegetação recorrendo ao uso de herbicidas, para tal poderá ser utilizado um herbicida sistémico e residual de substancia ativa amitrol, do tipo TRAZOL, ou equivalente. A sua aplicação poderá ser realizada, por sistemas de aspersão, ou por via cuticular através de injeção.

d) Após secagem e de acordo com os ciclos recomendados pelo fabricante deverá ser efetuada a erradicação total.

e) Evitar o derrame do produto ou o seu escorrimento para o sistema de águas pluviais.

Armazenamento do produto e recolha da embalagem vazia, de acordo com as regras do fabricante.

f) O operador deverá estar devidamente equipado, segundo as normas de segurança do produto g) - Eventual consolidação de zonas fissuradas ou em desagregação. Consolidação por

pincelagem, aspersão ou injeção com produto consolidante, de base Silicato de Etilo, tipo RC90®, ou equivalente. Controlo dos níveis de absorção, escorrências e coesão das zonas em desagregação. Poderão ser utilizados processos mistos através da injeção de resina epóxida e da aplicação de argamassas de granulometria fina.

h) - Colmatação de fendas e colagem de fraturas. Colagem de fraturas e fragmentos com resina epóxida Desengorduramento prévio das várias faces a colar com solvente (ex. acetona).

i) Colagem por pontos com resina epóxida. Na existência de múltiplas colagens no mesmo elemento, estas deverão ser faseadas.

j) Em fragmentos de maior dimensão deverão ser introduzidos espigões de aço inox com resina epóxida de baixa viscosidade.

k) A selagem das juntas resultante das operações de colagem com argamassas de granulometria adequada.

l) - Remoção de argamassas alteradas, grosseiras ou disfuncionais. Limpeza das juntas por meios mecânicos ou manuais recorrendo ao uso de ferramentas adequadas (serras, escopros finos ou micro martelos pneumáticos). A limpeza das argamassas degradadas ou pulverulentas terminará quando se verificar a existência de argamassas coesas.

m) Remoção de argamassas cimentícias que interfiram na leitura estética dos elementos pétreos.

As argamassas que se encontrem em bom estado de conservação poderão ser mantidas desde que se enquadrem esteticamente.

n) No caso dos embrechados policromos deverá ser apresentado à Fiscalização um plano de intervenção.

o) - Eliminação de colónias biológicas. Aplicação de agente biocida do tipo ALKUTEX®, ou equivalente, nas áreas infestadas de micro organismos. Aplicação por pincelagem ou pulverização. Após o período de atuação recomendado pelo fabricante, remoção por via húmida através de água sob pressão. Caso necessário este tratamento poderá ser repetido.

p) - Limpeza química e/ou mecânica da superfície pétrea. Limpeza geral das superfícies pétreas por via húmida ou seca, por meios mecânicos ou químicos. Pretende-se com esta operação eliminar sujidade aderente, marcações de escorrências, concreções calcárias, zonas enegrecidas, manchas e vestígios de vandalismo.

q) A escolha dos processos de intervenção deverá ter em conta o tipo de patologia a tratar, o estado de conservação geral das superfícies e a natureza das mesmas. Poderão ser usados micro-abrasivos, à exceção dos embrechados policromos, desde que não alterem a textura e cor da superfície pétrea.

r) - Revisão dos apoios e sistemas de fixação. Devido às cedências resultantes de fenómenos naturais, vibrações provenientes do tráfego intenso ou de obras anteriores, importa avaliar o estado de conservação dos apoios e sistema de fixação existentes entre os diversos elementos que compõem o Pórtico. Pretende-se com esta operação eliminar possíveis desajustamentos entre elementos quer por excesso de compressão quer por ausência da mesma, aumentando deste modo a estabilidade física do conjunto. Esta operação deverá ser coordenada com o tratamento do portão em ferro.

s) - Revisão dos sistemas de gateamento e substituição de elementos disfuncionais. Extração de elementos metálicos não funcionais, como nos casos de “gatos” exteriores para fixação de elementos pétreos, em ferro e unidos à pedra através de chumbadas a quente, que se encontrem em estado de oxidação passível de prejudicar a pedra envolvente. Remoção por furação e enfraquecimento do chumbo à volta dos topos de inserção, remoção manual do chumbo, até à libertação do gato. Remoção de resíduos ainda presentes nas cavidades.

Outros sistemas de fixação que estejam fixados com cimento deverão ser igualmente removidos.

t) Fixação dos novos gatos em aço inox, com resina epóxida, com possível adição de inertes. O novo gato deverá revestido por resina num plano ligeiramente rebaixado em relação à superfície de modo a permitir a colmatação com argamassa.

u) - Colmatação de microfissuras, fissuras e fendas com argamassa de granulometria adequada.

Operação a ser realizada com recurso a argamassas compostas por inertes, lavados e secos, cal branca da LAFARGE, LUSICAL, produtos da gama LEDAN®, ou equivalentes, podendo ainda serem adicionados pigmentos minerais para ajustar a coloração das argamassas.

v) - Reposição de volumetrias cujas lacunas interfiram na leitura e/ou estabilidade física das peças. Durante a evolução dos trabalhos deverá ser definida com a Fiscalização as lacunas

pétreas que serão objeto de colmatação. A pedra a usar deverá ter as mesmas características e tonalidades da pedra original. Os excertos /tacos deverão ser colados com resinas epóxidas e com recurso à aplicação de espigões em aço inox ou fibra de vidro, de acordo com a dimensão e tipo de elemento a colar.

w) - Preenchimentos de juntas com argamassas tradicionais e respetiva tonalização;

Refechamento superficial de juntas, num plano ligeiramente inferior, com argamassas providas de resistência adequada à função pretendida. As argamassas aplicadas, após a secagem, não deverão apresentar indícios de retração ou micro fissuração.

x) As argamassas a aplicar deverão ser compostas por inertes, lavados e secos, cal branca da LAFARGE, LUSICAL, produtos da gama LEDAN®, ou equivalentes, podendo ainda serem adicionados pigmentos minerais para ajustar a coloração das argamassas.

y) No caso dos embrechados policromos, o preenchimento das juntas deverá obedecer ao tipo de pedra e decoração adjacente. O preenchimento deverá ser efetuado com betume tradicional, produzido para o efeito.

z) - Aplicação de camada protetora; Aplicação de hidrofugante, de tipo polisiloxano, por pincelagem ou por pulverização.

Natureza, Tipo e Qualidade: Em acordo com as notas introdutórias, a Lista de Quantidades, o Mapa de Acabamentos, os desenhos gerais e de pormenor do Projeto, as instruções do fabricante e as fichas técnicas dos produtos a aplicar;

Critério de Medição: Por unidade com a constituição, as características e o tipo de acabamento indicados;

Condições de Preço: Inclui uma adequada preparação dos suportes, a limpeza, escovagem e reparação, o fornecimento e aplicação dos produtos especificados, e nas demãos necessárias a um perfeito acabamento e todos os trabalhos e materiais necessários.

7.6 ELEMENTOS DE CARPINTARIA

7.6.1 TRABALHOS DE CONSTRUÇÃO EM GERAL NOTAS INTRODUTÓRIAS

a. Os trabalhos de carpintaria englobados neste Capítulo serão fornecidos e aplicados em Obra em acordo com as Condições Técnicas, as indicações expressas nos Desenhos Gerais e de Pormenor do Projeto de Arquitetura.

b. De uma maneira geral, incluem a preparação dos suportes de assentamento, o fornecimento das madeiras maciças e chapas de aglomerado, contraplacado ou lamelado necessários ao fabrico dos elementos construtivos referenciados nas Listas de Quantidades de cada edifício, devidamente secos e imunizados por autoclavagem ou outro tratamento de proteção, bem como os cortes, assemblagens, furações, encaixes e demais operações necessárias à pré-fabricação em oficina, o fornecimento e aplicação dos produtos e materiais não lenhosos destinados ao isolamento, guarnecimento e acabamento, as peças e elementos auxiliares para fixação e a aplicação nos locais definitivos, o acabamento final com pintura ou verniz, sobre betume e sub-capa adequados, as ferragens e acessórios indispensáveis a um bom funcionamento e todos os trabalhos e materiais necessários.

c. O fornecimento e montagem das carpintarias serão realizados em acordo com o critério de medição indicado em cada artigo distinto, independentemente do processo de fabrico (específico ou de série) e da incorporação de materiais não lenhosos na respectiva composição. Na execução dos trabalhos descritos serão respeitadas todas as condições técnicas aplicáveis, nomeadamente as que dizem respeito aos materiais e elementos estruturantes ou complementares das carpintarias e que, embora incluídos neste Capítulo, se referenciam através das especificações redigidas para situações construtivas análogas, presentes em qualquer parte dos Trabalhos da Empreitada.

d. As madeiras a aplicar em Obra deverão serão de primeira escolha, bem cerneiras e isentas de quaisquer deficiências que afectem a sua resistência ou aspecto. O tipo e espécie de madeira a utilizar será a indicada nos documentos que constituem o Projecto e que especificam o trabalho a realizar, designadamente: a Lista de Quantidades ou Mapa de Trabalhos, o Mapa de Vãos, o Mapa de Acabamentos e os desenhos de Pormenor.

e. As madeiras para os trabalhos de carpintaria serão fornecidas secas e estabilizadas, com aproximadamente +12% de humidade, e o respectivo armazenamento na Obra será realizado em locais cobertos, protegidos das intempéries e com a ventilação necessária, de modo a não serem alteradas nem deterioradas. As carpintarias só serão assentes com um teor de humidade compatível com os locais de aplicação. Os limites admissíveis estão compreendidos entre 10 e 15%;

f. Antes da utilização das madeiras, e com a antecedência necessária, deverão ser presentes à

Fiscalização amostras dos diferentes tipos, espécies e qualidades a empregar na Obra.

g. Os trabalhos referentes ao fabrico e montagem de carpintarias seguirão as normas, metodologias e técnicas de execução inerentes aos trabalhos de construção em madeira, atendendo às normas da boa construção de modo a obter, em todos os casos, uma prestação adequada à função a desempenhar e um perfeito acabamento.

h. A madeira será previamente tratada com produtos que assegurem a respectiva protecção insecticida, fungicida e hidrófuga. O Empreiteiro deverá submeter as características técnicas e os métodos de aplicação dos referidos produtos, em acordo com as fichas técnicas fornecidas pelos respectivos fabricantes, á aprovação da Fiscalização

.

i. As madeiras e produtos derivados a utilizar no fabrico das carpintarias deverão cumprir o disposto na Condições Técnicas Gerais aplicáveis. A receção em Obra dos materiais ou elementos transformados, assim como a determinação da respectiva qualidade e a eventual realização de testes ou ensaios laboratoriais de prova (a determinar pela Fiscalização), obedecerão ao conjunto extenso de instrumentos normativos, recomendações e diretivas de execução aplicáveis (portugueses e europeus), expressas no preambulo deste documento.

j. A aplicação de pintura e de verniz de acabamento sobre carpintarias interiores de qualquer natureza, sempre que não existir especificação própria em qualquer parte do Projeto, deverá respeitar as condições aplicáveis descritas nas condições gerais de execução dos trabalhos (1ª parte deste documento). Devem ser escrupulosamente cumpridas as especificações do fabricante no que se refere à preparação dos suportes, bem como às medidas de segurança a observar no armazenamento, manuseamento e aplicação dos produtos.

k. Os trabalhos referentes ao fabrico e montagem de carpintarias nomeadamente em vãos interiores e exteriores serão orçamentados e executados em acordo com o Mapa de Vãos, as quantificações unitárias constantes no Mapa de Quantidades, as condições de execução definidas no presente documento e as demais indicações expressas nos Desenhos Gerais e de Pormenor do Projeto de Arquitetura.

l. As condições de execução específicas de vãos e portadas interiores e exteriores em peças de carpintaria cumprirão as especificações e princípios aplicáveis descritos em capítulo próprio designado por “A. VÃOS”, e constante deste documento.

Todos os trabalhos de carpintarias que se referem a vãos deverão ser compatibilizados com os trabalhos referentes ao fornecimento e montagem dos vidros correspondentes no capítulo 7.9 – VIDROS E ESPELHOS e com os respectivos trabalhos de cantaria aplicáveis englobados no capítulo anterior 7.5 – ELEMENTOS DE CANTARIA;

ELEMENTOS DIVERSOS

No documento CONSERVATÓRIO NACIONAL DE LISBOA (páginas 190-195)