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TRABALHOS DE CONSTRUÇÃO EM GERAL NOTAS INTRODUTÓRIAS:

No documento CONSERVATÓRIO NACIONAL DE LISBOA (páginas 54-60)

PAVIMENTO EM LAJES DE PEDRA – O assentamento das lajes será executado de acordo com o respectivo pormenor, sobre massame de assentamento ou sobre almofada de areia

VEDAÇÕES E OUTROS ELEMENTOS DE DELIMITAÇÃO

7 CONSTRUÇÃO CIVIL

7.1.1 TRABALHOS DE CONSTRUÇÃO EM GERAL NOTAS INTRODUTÓRIAS:

a. Os trabalhos para execução de paredes e paramentos ou troços de parede, interiores e exteriores, incluem todas as operações prévias necessárias aos respectivos traçados e assentamento, bem como a um correto desempeno, travamento e estabilidade final.

b. Todos os tipos de alvenaria especificados serão fornecidos e executados em acordo com as espessuras teóricas indicadas na Lista de Quantidades e devidamente preparados para receber rebocos e outros revestimentos, designadamente os sistemas de fachada fixos mecanicamente ao “tosco” dos paramentos exteriores. De uma maneira geral, as espessuras de revestimento “aderido” situam-se entre 1.5 e 3 cm, correspondendo a distância do “tosco ao limpo”.

c. Consideram-se alvenarias duplas as que constituem paramentos com 2 panos de tijolo homogéneos, perfeitamente travados e interligados, incluindo ou não uma camada de isolamento térmico. Todas as situações em que os paramentos definem “caixas” para alojar instalações técnicas (ductos, condutas, equipamentos, etc.), para garantir alinhamentos espaciais regulares ou para formar “caixas de ar” com muros de suporte e paredes em betão armado, estão especificadas e quantificadas no âmbito do fornecimento e assentamento de paredes simples. Deverão ser assegurados na execução dos trabalhos a proteção e limpeza dos “interiores” definidos por estas alvenarias, bem como todas as medidas necessárias a uma adequada implementação das infraestruturas técnicas previstas nos projetos das especialidades.

d. As alvenarias exteriores destinadas a servir de base à respectiva camada de isolamento térmico, serão executadas em acordo com instruções especificas a fornecer pelos fabricantes dos materiais a utilizar, de modo serem cumpridas todas as condições necessárias à aplicação de qualquer dos componentes do revestimento.

e. Os trabalhos a realizar e os materiais a aplicar deverão ainda cumprir as condições aplicáveis constantes nas especificações referentes a trabalhos similares, designadamente as que se referem às alvenarias de tijolo cerâmico, que se descrevem nos pontos seguintes e se incluem no conjunto de condições técnicas de projeto.

f. Os elementos cerâmicos furados a utilizar no enchimento de paramentos destinados a receber

acabamentos, deverão satisfazer a Diretiva 89/106/CE – Produtos da Construção e as Normas portuguesas e europeias aplicáveis.

Os elementos cerâmicos deverão ainda possuir documentos de homologação ou certificação passados por organismo nacional ou europeu reconhecido.

g. Os trabalhos referentes à implementação das alvenarias de tijolo em Obra deverão verificar as seguintes condições durante a execução e características depois de concluído o assentamento:

1. Paramentos aprumados, planos e ortogonais, com os elementos cerâmicos dispostos em fiadas horizontais bem alinhadas, devendo as juntas apresentar-se sem rebarbas, irregularidades e com espaçamentos regulares;

2. Juntas verticais e horizontais devidamente preenchidas com argamassa, com uma espessura média de junta da ordem dos 10 mm (tolerância de ±3 mm);

3. Assentamento em sistema de junta cruzada ou a “mata-juntas”, sendo as juntas verticais desencontradas pelo menos 1/3 do comprimento do tijolo;

4. Cunhais e ângulos bem travados, com os tijolos cortados pela altura da fiada e aplicados na vertical, de modo a desencontrar as juntas e a evitar a furação exposta em qualquer das superfícies do paramento;

5. Em qualquer situação de ligação ou remate através de corte dos elementos cerâmicos, o topo cortado do tijolo ficará sempre voltado para o interior da parede, nunca constituindo a extremidade ou ligação a fechar com argamassa;

6. Alinhamento complanar com os elementos estruturais, ou salientes a espessura necessária à aplicação de “forras” ou elementos para correção de pontes térmicas. Qualquer alvenaria de tijolo deve estar apoiada, pelo menos, em 2/3 da sua espessura;

7. Ligação eficaz das alvenarias aos elementos verticais da estrutura em betão armado, através de armaduras ou ligadores metálicos chumbados aos suportes rígidos e embebidos na argamassa das juntas, rematada com o preenchimento integral das respectivas juntas verticais;

8. Aprumo e alinhamento de paredes interiores e exteriores no mesmo piso e em pisos sucessivos, em particular quando correspondam a planos de fachada com revestimento contínuo;

9. Garantia de que nas alvenarias de pano duplo com caixa de ar, o espaço entre os 2 paramentos se encontra livre e isento de argamassa. A 1.ª fiada de um dos panos deverá ser assente “tijolo sim, tijolo não”, permitindo realizar a limpeza da caixa de ar através dos vãos deixados livres, que serão posteriormente obturados com elementos cerâmicos inteiros;

10. Drenagem do fundo das caixas de ar das paredes duplas, através da realização de uma “meia-cana” ou caleira em argamassa hidrófuga e da aplicação de tubos de drenagem em plástico ou aço inoxidável, espaçados de 2.00 m e salientes 20 mm da face do revestimento dos paramentos exteriores. O revestimento em argamassa deverá revestir uma altura mínima de 15 cm no pano interior, sendo os tubos dobrados e colocados com uma inclinação que permita conduzir para o exterior todas as águas recolhidas na caleira;

11. Execução de um travamento eficaz entre os 2 paramentos nas ombreiras dos vãos das alvenarias

duplas, através de tijolos cortados, devidamente encaixados com os furos ao alto e assentes com argamassa, ou com recurso a “orlas” de reforço em betão levemente armado, sendo em qualquer dos casos os trabalhos articulados com a formação dos lintéis dos vãos.

h. A execução de qualquer dos tipos de alvenaria, previsto na Lista de Quantidades para receber acabamentos ou revestimentos, inclui todos os trabalhos e materiais necessários a uma adequada resolução das situações particulares de assentamento, designadamente o fornecimento e execução de fundação de assentamento, de pilaretes, tarugos e lintéis (em betão armado ou perfis metálicos), para travamento e estabilização de panos com desenvolvimento superior a 3.00 m (em qualquer direção) e enquadramento de vãos interiores e exteriores, independentemente da respectiva dimensão e sempre que não exista especificação própria no Projeto de Fundações e Estrutura.

i. Os tarugos e lintéis para travamento, enquadramento, contenção e remate dos paramentos serão eficazmente solidarizados entre si, com as alvenarias onde apoiam e com os pilares, paredes e vigas de betão armado da estrutura do edifício, através de ligadores metálicos, armaduras em aço, ou outras peças com características adequadas. Os lintéis ou padieiras de betão armado poderão ser pré-fabricados ou betonados “in situ”, devendo ser objeto de execução cuidada as respectivas entregas nas alvenarias, com apoios de sobreposição nunca inferior a 1/2 tijolo, e em vãos de desenvolvimento superior a 2.00 m, com ombreiras reforçadas em betão armado.

j. Serão ainda utilizados elementos auxiliares de travamento e estabilização, para complementar os processos descritos, como sejam o reforço das fiadas horizontais com armaduras treliçadas em aço próprias para juntas de argamassa, simples ou para aplicação simultânea em 2 panos de alvenaria, ou grampos e ligadores metálicos semi-rígidos para interligação pontual dos 2 panos em alvenarias duplas.

k. Todos os elementos metálicos de ligação e reforço das alvenarias serão inoxidáveis ou em metal sujeito a proteção anticorrosiva, através de galvanização ou revestimento por pintura à base de resinas de epóxi.

l. Serão respeitadas e incluídas na execução de todos planos de alvenaria, as juntas de dilatação dos elementos rígidos da construção, através da interposição de lâminas de poliestireno expandido com espessura adequada (2 a 5 cm), bem como do corte e remate dos elementos cerâmicos em linhas perfeitamente verticais, numa junta de largura constante (ver Projeto de Fundações e Estruturas).

m. Os artigos da Lista de Quantidades que englobam a execução de alvenarias interiores em tijolo cerâmico furado ou blocos de betão, incluem o assentamento dos elementos com argamassa obtida a partir de produto pré-preparado, em pó e pronto a amassar, formulado à base de ligantes hidráulicos, agregados selecionados e adjuvantes químicos, do tipo “Argamassa de Alvenaria” da “Secil Martingança”, ou equivalente. No assentamento das alvenarias exteriores será aplicado produto idêntico incorporando

aditivo hidrófugo, com características adequadas para aplicação exterior, do tipo “Argamassa de Alvenaria Hidrofugada” da “Secil Martingança”, ou equivalente. Em qualquer dos casos, devem ser respeitadas as instruções do fabricante no que se refere aos processos de amassadura, assim como os métodos de execução e de aplicação das argamassas tradicionais.

n. Sempre que forem utilizadas argamassas preparadas em Obra, para aplicações em paredes exteriores, deverá ser adicionado um produto hidrófugo em pó do tipo "Super Sikalite" da "Sika", ou produto com características equivalentes, que será proposto pelo Empreiteiro e aprovado pela Fiscalização com o decorrer da Obra.

o. Em paramentos existentes, os problemas de fendilhamento que estejam relacionados com deformações de elementos de suporte (sistema estrutural) deve avaliar-se o grau de estabilização das fendas. No caso de se verificar que as fendas estão estabilizadas a reparação do paramento deve ser feita através da aplicação de um revestimento curativo de ligantes sintéticos com aplicação de uma nova camada de revestimento.

p. No caso de fendas de maior dimensão ou não estabilizadas deve proceder-se à aplicação de um revestimento armado em fibra de vidro (ou outra com protecção contra alcalinos) em todo o paramento.

Deve ainda ser executado um reforço (quando a situação o permitir) dos elementos de apoio das paredes de alvenaria. Para fendilhações que ocorram entre o contorno de elementos estruturais (neste caso específico: cunhais de pedra) e paredes de alvenaria deve proceder-se a um tratamento específico que terá por objectivo conferir a estas zonas uma maior ligação e capacidade de resistência e que estão descritos no projeto de estabilidade.

q. Os distintos tipos de placas de gesso cartonado a utilizar em Obra, na definição das superfícies das divisórias interiores e exteriores, deverão possuir características técnicas em conformidade com as Normas DIN 18180 (alemã), NF P 72-302 (francesa), UNE 102.023 (espanhola) ou com documentos normativos europeus equivalentes, deter classificação de reação ao fogo M1 (não inflamável) e possuir certificados de homologação passados por laboratórios de reconhecida competência.

r. Os sistemas construtivos das paredes divisórias em placas de gesso aplicadas sobre estrutura metálica, deverão satisfazer as Normas alemãs DIN 4103 e DIN 18183E, os documentos técnicos “Diretivas communes UEAtc pour l’agrément des cloisons légères” e “Ouvrages em plaques de parement em plâtre (plaques à faces cartonnés)”, “Document Technique Unifiée” (DTU) N.º 25.41 (Norme homologuée NF P 72-203), ambos publicados pelo CSTB (francês), e possuir homologação conferida pelo Laboratório Nacional de Engenharia Civil.

s. Para qualquer tipo de revestimento especificado no projeto com placas de gesso cartonado serão respeitadas as seguintes condições:

a) Sempre que for necessário acrescentar em comprimento qualquer dos perfis de série da estrutura de suporte, estes serão encaixados com uma sobreposição mínima de 20 cm e solidamente amarrados.

b) Em ambientes húmidos ou com forte concentração de vapor de água (instalações sanitárias, balneários, etc.), serão sempre aplicadas placas de gesso cartonado de tipo hidrófugo e incorporando uma lâmina de alumínio no reverso, de modo a proporcionar uma barreira ao vapor e evitar o risco de condensações.

c) Todas as placas de gesso onde seja necessário implantar tomadas, interruptores, ou aparelhos de qualquer tipo, serão recortadas previamente e, só então, fixas aos suportes.

d) Não será admitida em Obra a fixação directa sobre as placas de gesso, de aparelhos, grelhas, registos ou qualquer tipo de equipamento com um peso unitário superior a 15 kg. As peças sanitárias, radiadores, estantes, etc., com peso superior e que necessitem de apoio nos planos revestidos, serão fixos a estruturas metálicas ou em madeira, devidamente dimensionadas e implantadas para o efeito.

e) Serão asseguradas juntas reentrantes ou “alhetas” com 5x10 ou 10x10 mm, no remate entre as superfícies revestidas com placas de gesso cartonado e as paredes ou quaisquer contornos da construção.

f) As superfícies de revestimento curvas serão realizadas através do humedecimento das placas sobre um molde em madeira com a curvatura especificada. Esta forma respeitará os raios de curvatura mínimos de 600 ou 1000 mm para as placas com 10 e 13 mm de espessura, respectivamente. A formatura das placas será realizada em “estaleiro” e, só depois de secas, serão aplicadas sobre uma estrutura especialmente fabricada ou sobre suportes rígidos curvos

g) Em qualquer tipo de aplicação serão respeitadas as juntas de dilatação do edifício. A estrutura de suporte e o revestimento de superfície serão interrompidos e o remate da junta será realizado em acordo com as indicações do Projecto.

h) Sempre que as superfícies em placas de gesso se destinem a receber acabamento com azulejo (inst. sanitárias, balneários, etc.), as saídas das canalizações serão seladas com mástique de silicone. Os mosaicos serão assentes com cimento cola, após tratadas as juntas e fixações.

i) Em todos os casos, os revestimentos a obter para posterior pintura, deverão apresentar-se com as superfícies planas e lisas, sem ondulações nem irregularidades aparentes nas juntas revestidas, assumindo planos contínuos e perfeitamente desempenados.

j) As espessuras dos materiais de suporte e revestimento, assim como das eventuais camadas de preparação do revestimento, serão calibradas de modo a obter com o máximo de rigor as cotas de limpo indicadas no Projecto. Esta realização será especialmente cuidada nos casos em que se verificar a existência de superfícies com diferentes revestimentos em continuidade espacial.

k) O tratamento das juntas poderá ser executado de forma manual ou mecânica e será sempre antecedido por uma inspecção cuidada das superfícies revestidas. Esta verificação terá como objectivo confirmar o correcto posicionamento e aperto dos parafusos de fixação e o estado do revestimento cartonado das placas. Os trabalhos a realizar no tratamento das juntas em revestimentos sem juntas aparentes seguirão as recomendações do fabricante.

l) As juntas salientes de “esquina” serão sempre reforçadas com perfis ou lâminas de aço embebidos

no barramento (seguir as instruções do fabricante).

m) Todas as depressões e roturas localizadas na superfície dos painéis, resultantes da fixação (aparafusamento) ou originadas danos de qualquer natureza, deverão ser devidamente regularizadas, obturadas e seladas com pasta de gesso e posteriormente passadas à lixa.

n) Todos os parafusos a utilizar na fixação das placas ficarão embebidos na espessura do gesso e serão em material não oxidável.

o) Ressalvando indicação em contrário em qualquer parte do Projecto, as divisórias serão sempre realizadas até ao tecto real. Quando existir tecto falso a respectiva fixação e remate perimetral serão feitos contra as superfícies revestidas da divisória.

p) O revestimento de superfícies horizontais em tectos será sempre realizado através de um método de tipo “semi-directo”, com os perfis “W” do tipo “mestra” fixos de modo adequado ao tecto real (seguir as instruções do fabricante)

q) Não serão realizadas operações de revestimento em suportes ainda húmidos da execução ou com características de permeabilidade a humidades e infiltrações. De igual forma, não se deverão utilizar revestimentos de tipo “directo” ou “semi-directo” sobre suportes não isolados termicamente. Nestes casos utilizar-se-ão placas de gesso com a face posterior revestida a poliestireno ou, em sistemas

“autoportantes”, aplicar-se-ão mantas de lã mineral nas condições especificadas para as divisórias interiores.

r) Para qualquer dos casos descritos, serão executados todos os trabalhos necessários a uma adequada preparação dos suportes (impermeabilização, regularização, desempeno e limpeza) e o afastamento entre os alinhamentos dos pontos de fixação das placas, com massa de gesso ou parafusos aos perfis de aço, serão próximos dos 40 cm (modulados pela largura dos painéis a aplicar).

t. A montagem será realizada nos locais e com os alinhamentos indicados em Projeto, de acordo com as técnicas de aplicação especificadas pelos fabricantes, com recurso a perfis metálicos de suporte, peças de fixação e outros produtos de acabamento e remate, com produção de série das mesmas firmas e identificados como acessórios do sistema. Serão respeitados todos os requisitos aplicáveis, referentes a situações de montagem, transições e remates aparentes, constantes nas notas introdutórias do Capítulo - Revestimento de Paredes, e do Capítulo - Revestimento de Tetos.

u. Os trabalhos de paredes exteriores, sempre que as mesmas estejam em contacto com o exterior da escola, incluem, após limpeza e lavagem, o fornecimento e aplicação de sistema de envernizamento de protecção composto por: base em produto impregnante incolor tipo "7P-620 C-THANE VARNISH GLOSS da CIN", ou equivalente (2 demãos) e acabamento com verniz incolor mate do tipo "7P-650 C-THANE VARNISH MATT da CIN ", ou equivalente (seguindo as instruções do fabricante), aplicados após verificação da compatibilidade com o suporte e da prévia aprovação por parte do dono da obra e fiscalização.

No documento CONSERVATÓRIO NACIONAL DE LISBOA (páginas 54-60)