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MATERIAIS PARA BASE DE GRANULOMETRIA EXTENSA - BRITA

No documento CONSERVATÓRIO NACIONAL DE LISBOA (páginas 34-38)

O agregado deve ser constituído pelo produto de britagem de material explorado em formações homogéneas e ser isento de argilas, matéria orgânica ou quaisquer outras substâncias que possam afectar a boa execução do trabalho.

Brita

A pedra britada deverá ser constituída por fragmentos rijos, de arestas vivas, isenta de argila, de elementos friáveis, terra, matéria orgânica ou outras substâncias prejudiciais.

As pedras não deverão apresentar forma lamelar nem indícios de alteração ou desagregação pela acção dos agentes atmosféricos.

para Macadame:

Serão rejeitados todos os macadames que apresentem mais de 15% de elementos alongados (relação entre a maior e a menor dimensão igual ou superior a 2).

A brita deverá ainda obedecer às seguintes prescrições:

 granulometria: a composição obdecerá aos valores a seguir indicados:

Peneiro ASTM Percentagem acumulada de material que passa 50,000mm (2”) 100

37,500mm (1 ½”) 95 - 95 19,000mm 50 - 95 4,750mm (N.4) 30 - 45 0,425mm (N.40) 9 - 22 0,075mm (N.200) 2 - 9

A curva granolumétrica, dentro dos limites especificados, apresentará ainda uma forma regular.

 características especiais:

- percentagem máxima de desgaste na máquina de Los Angeles 35 - índice de plasticidade N.P.

- equivalente de areia mínimo 30

para Betão:

A pedra, de natureza siliciosa, de preferência britada ou seixo anguloso, deverá ser rija, sã, durável, não margosa nem geladiça, limpa ou lavada e isenta de substâncias que possam prejudicar a aderência do cimento à pedra, a presa, o endurecimento e a resistência do betão, ou ainda que possam atacar o aço das armaduras.

As pedras devem estar absolutamente isentas de pó, argila, mica, carvão, húmus, sais, matéria orgânica, etc.

A brita deverá apresentar uma granulometria tal que, conjuntamente com a areia, confira ao betão a compacidade pretendida.

As britas devem ser depositadas em lotes distintos e bem definidos de acordo com as suas características de granulometria.

ÁGUA

A água a empregar em alvenarias e regas de pavimentos será doce, sem cheiro ou sabor, limpa, isenta de ácidos, substâncias orgânicas ou deliquescentes, resíduos ou quaisquer outras impurezas, em especial cloretos, sulfatos e óleos.

A água que for utilizada no fabrico de argamassas e betões deverá satisfazer o prescrito no Regulamento de Betões e Ligantes Hidráulicos (RBLH) Decreto-Lei Nº 404/71, de 23 de Setembro, artºs. 10º e 12º, isto é, não deverá incluir substâncias em percentagem tal que possam, pelas suas características, prejudicar a presa normal e o endurecimento do cimento, ou alterar as qualidades das mesmas argamassas ou betões.

Os sulfatos, sulfuretos, cloretos e álcalis deverão existir na água em percentagens tais que no conjunto dos restantes componentes das argamassas e betões (aditivos e inertes) não ultrapassem os valores estabelecidos a propósito de seu fabrico.

Sempre que a água não provenha de canalizações de água potável, serão colhidas amostras nos termos da NP 409 e feitos os ensaios julgados necessários para a determinação das suas características.

Os ensaios para determinação das características da água (NP 413, NP 421 e NP 423) serão realizados antes do início da fabricação das argamassas e betões, durante a sua fabricação e com a frequência que a fiscalização entender.

Constituirá encargo do adjudicatário a instalação das canalizações para a conduta da água para a obra e a sua ligação à conduta da rede de abastecimento existente e, neste caso, o pagamento da água consumida em todos os trabalhos da empreitada, ou as captações cuja execução também é por conta do adjudicatário.

Os recipientes de armazenamento e transporte de água deverão ser motivo de particular cuidado com o fim de evitar que possam conter, como depósito ou sujidade, alguns dos produtos atrás referidos. A água a utilizar em molhagem, durante o período de cura dos betões, deverá satisfazer os requisitos atrás referidos.

CIMENTOS

Os cimentos a utilizar deveräo satisfazer o prescrito na legislaçäo, normalizaçäo e regulamentaçäo aplicável, nomeadamente a que estabelece a Marca de Qualidade dos Cimentos. Estäo em vigor os seguintes documentos em particular: DL 209/95, NP 2062 (1993), NP 2065 (1993) e Portaria 50/95, e na generalidade o prescrito no Regulamento de Betöes e Ligantes Hidráulicos (RBLH).

O cimento deve ser de preferência nacional, de fabrico recente e acondicionado, por forma a ser bem protegido contra a humidade; nos termos da legislação em vigor o cimento a utilizar deverá ter a marca de Qualidade.

O cimento deve ser fornecido a granel ou, excepcionalmente, em sacos. O cimento fornecido a granel deve ser armazenado em silos estanques à humidade e equipados com termómetros. Quando fornecido em sacos não será permitido o seu armazenamento a céu aberto, devendo ser guardado com todos os cuidados indicados no Art.º 20º do Regulamento de Betões e Ligantes Hidráulicos.

Será rejeitado todo o cimento que se apresente endurecido, com grânulos, ou que se encontre mal acondicionado ou armazenado. Quando em sacos, será rejeitado todo aquele que seja contido em sacos abertos ou com indícios de violação. O tempo de armazenamento não ultrapassará 90 dias.

O cimento, para uma mesma qualidade de betão, e para um mesmo elemento de obra, deve ser obrigatoriamente da mesma proveniência, devendo esta ser comprovada por certificados de origem.

O cimento a utilizar, de acordo com determinada composição do betão, não poderá apresentar características de qualidade sensivelmente inferiores às do lote de cimento que serviu de base ao estabelecimento da referida composição. Se outra regra não vier a ser acordada, o resultado dos ensaios de determinação da resistência mecânica à compressão aos 29 dias sobre argamassa normal não poderá ser inferior em 5 MPa à média dos valores atribuídos ao referido lote.

O cimento Portland a utilizar nos betões e argamassas será da classe de resistência 32.5 (CPN 32.5).

Em alternativa ao Cimento Portland CPN 32.5, poderão ser propostos pelo Empreiteiro outros cimentos que conduzam a melhores condições de durabilidade dos betões e argamassas, nomeadamente o cimento de alto forno 60/90 ou o cimento pozolânico.

INERTES

Deveräo satisfazer às condiçöes impostas pelos Regulamentos de Betäo em vigor. Em falta destes, deveräo satisfazer às exigências das recomendaçöes R. 73,21 e R. 73,23 do "Comité Européen du Beton (C.E.B.)".

1. Os inertes para betões de ligantes hidraúlicos deverão satisfazer ao prescrito no RBLH, DL 445/99.

Deverão apresentar resistência mecânica, forma e composição química adequada para o fabrico do betão a que se destinam. Exige-se também que não contenham, em quantidades prejudiciais, películas de argila ou de qualquer outro revestimento que os isole do ligante, partículas demasiadamente finas e partículas moles. Não devendo conter matéria orgânica e outras impurezas.

2. Os ensaios referidos no RBLH necessários, em geral, à verificação das características dos inertes são os seguintes:

- Determinação da tensão de rotura à compressão, da rocha de que é obtido o inerte (em inertes britados);

- Determinação da resistência ao esmagamento (em godos e britas);

- Determinação do índice volumétrico;

- Determinação da absorção de água;

- Determinação do coeficiente de dilatação térmica linear;

- Determinação da quantidade de matéria orgânica (em areias);

- Determinação da reactividade potencial com os alcalis do ligante;

- Determinação do teor em inertes muito finos e matérias solúveis;

- Determinação do teor em grumos de argila;

- Determinação do teor em particulas moles (em inertes com a dimensão mínima de 9.51 mm).

No caso dos inertes britados, a realização de um dos dois primeiros ensaios da lista, dispensa o outro.

Sempre que haja que garantir que as quantidades de halogenetos e sulfuretos, de sulfatos e de alcalis contidos nos componentes do betão não ultrapassam os valores especificados no RBLH prevêem-se os seguintes ensaios de inertes:

- Determinação do teor de halogenetos solúveis;

- Determinação do teor em sulfuretos;

- Determinação do teor em sulfatos;

- Determinação do teor em alcalis solúveis na água.

3. A granulometria dos inertes deverá obedecer à orientação estabelecida no RBLH. A sua determinação constituirá ensaio obrigatório.

Os inertes deverão ainda ter módulo de finura que não se afaste mais do que 0.20 do módulo de finura dos inertes que serviram de base ao estabelecimento da referida composição.

4. Os ensaios atrás referidos serão realizados de acordo com os documentos normativos especificados no Anexo II do RBLH.

5. O empreiteiro apresentará para apreciação da Fiscalização o plano de ensaios de inertes que se propõe realizar e a justificação da dispensa de alguns dos ensaios referidos em 2.

Quando os inertes se destinam a um betão do tipo BD, como é o caso dos elementos enterrados que poderão estar em contacto com as águas agressivas, constitui preocupação e ensaio obrigatório o ensaio de reactividade com os sulfatos conforme descrito no Art.º 9º do DL 445/99.

Inertes, cujos ensaios não garantam uma excelente durabilidade do betão, serão rejeitados.

6. O empreiteiro apresentará à aprovação da Fiscalização o plano de obtenção de inertes, lavagem e selecção de agregados, proveniência, transporte e armazenagem, a fim de se verificar a garantia da sua produção e fornecimento com as características convenientes e constantes, nas quantidades e dimensões exigidas.

7. Os elementos individuais de inerte grosso, devem ser de preferência isométricos, não devendo a proporção de partículas chatas ou alongadas exceder 20% do peso total; uma partícula é considerada chata quando d/b<0.5 e alongada quando L/b>1.5, sendo b a largura, d a espessura e L o comprimento da partícula.

9. A dimensão máxima do inerte grosso não deverá exceder 1/5 da menor dimensão da peça a betonar, e nas zonas com armaduras não deverá exceder ¾ da distância entre varões.

O inerte grosso deve ser sempre lavado, e com especial cuidado no caso de ser godo; quanto à areia ela será convenientemente lavada e cirandada, se tal se mostrar necessário na opinião da Fiscalização.

No documento CONSERVATÓRIO NACIONAL DE LISBOA (páginas 34-38)