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1.3 O GÊNERO ARTIGO

1.3.2 Características da Dimensão Verbal

publicação.

Em síntese, os aspectos que mais caracterizam o artigo, à luz de sua dimensão social, tomam como enfoques as seguintes categorias: “[...] a topografia do artigo no jornalismo impresso, sua circulação social, sua finalidade ideológico-discursiva na comunicação jornalística e sua concepção de autor e destinatário (leitor).” (RODRIGUES, 2001a, p. 68).

1.3.2 Características da Dimensão Verbal

Feitas as considerações acerca de aspectos mais relevantes da dimensão social do artigo, a abordagem que segue relaciona-se aos seus aspectos verbais, a começar pelos seus elementos geradores, isto é, qual é o objeto do seu discurso. De acordo com Rodrigues (2001a), os artigos abordam assuntos ligados à área de atuação do seu autor, mas, de alguma forma, vinculados a acontecimentos sócio-históricos atuais, já discursivizados, e que são objetos de interesse da esfera jornalística, como, por exemplo, acontecimentos políticos, científicos, econômicos e até cotidianos. A preferência dos articulistas, ou dos jornais, é por assuntos da atualidade e geralmente ligados às políticas dos governos e suas conseqüências.

Para leitores que tenham desconhecimento dos fatos sócio-históricos e geográficos atuais abordados diariamente pelos jornais, torna-se mais complicada a compreensão dos artigos. Além disso, a dificuldade aumenta em virtude do espaço reduzido na seção em que é publicado, o que obriga o articulista a trabalhar com uma estratégia de informações implícitas. No entanto, o autor do artigo constrói seu ponto de vista, faz a sua apreciação sobre um ou mais acontecimentos sociais, considerando que o que escreve é de domínio do leitor. A compreensão ativa de qualquer enunciado sempre provoca um jogo discursivo e, nas palavras de Bakhtin (1998, p. 90-91), “[...] determina uma série de inter-relações complexas, de

consonâncias e multissonâncias com o compreendido, enriquece-o de novos elementos.”. É justamente com esta compreensão que o falante conta, no caso, o articulista.

Outra característica que fomenta o conteúdo temático do artigo diz respeito aos enunciados já-ditos – os elos anteriores da comunicação discursiva – com os quais o autor mantém relações dialógicas e reage responsivamente. Para Bakhtin (2003, p. 300), o enunciado “[...] não pode ser separado dos elos precedentes que o determinam tanto de fora quanto de dentro, gerando nele atitudes responsivas diretas e ressonâncias dialógicas.”. E não poderia ser diferente com o artigo, pois este, no “[...] seu funcionamento, já se constitui como uma reação-resposta aos eventos sociais, marcando a sua dupla orientação: para esses eventos discursivos e para seus interlocutores (leitores).” (RODRIGUES, 2001a, p. 158). Portanto, o conteúdo temático articula-se entre os acontecimentos sociais que desencadeiam o artigo e o posicionamento do articulista frente a esses acontecimentos, a partir dos quais ele os critica, questiona, concorda com, toma-os como ponto de apoio ou ponto de partida para o seu discurso.

O articulista, ao construir seu ponto de vista frente aos acontecimentos sociais, não o faz de modo solitário. O que ocorre é que os diferentes pontos de vista tomados pelo autor frente aos enunciados já-ditos se entrelaçam com outras posições discursivas e se constroem de duas maneiras: através do chamamento de vozes alheias que penetram e se incorporam ao discurso e através de vozes que são apagadas ou desautorizadas. Nas palavras de (RODRIGUES, 2001a, p. 164, grifo da autora), ocorre

[...] a incorporação de outras vozes ao discurso do autor, avaliadas positivamente, que são “chamadas” para a construção do seu ponto de vista, que se denominou como movimento dialógico de assimilação (ou acentuação, confluência); e o apagamento, distanciamento, isolamento, desqualificação de vozes às quais o autor se opõe, que se denominou como movimento dialógico de distanciamento (ou desqualificação, reacentuação).

O jornal, na condição de “autor interposto”, já que aprova (ou não) a publicação do artigo, constitui-se como uma das possibilidades do movimento dialógico de assimilação. A voz da instituição jornalística, nessa situação, ao credenciar o que é dito no artigo, funde-se à voz do articulista. O mesmo ocorre com a esfera social da qual o autor se pronuncia, pois ela sustenta o seu discurso, assimilando a sua voz à do articulista.

Além da própria esfera do autor, vozes de outras esferas (do cotidiano, da ciência, da política, do jornalismo, da religião, da literatura) se assimilam na construção do ponto de vista do articulista. A presença de outros discursos, de outros pontos de vista no artigo acabam dando maior sustentação ao posicionamento do autor, conferindo credibilidade ao seu discurso. Afinal, os enunciados das diferentes esferas representativas da sociedade carregam consigo valores ideológicos cristalizados, como no caso dos provérbios populares – da esfera do cotidiano –, o mesmo ocorrendo com os enunciados da esfera da ciência. Conforme Rodrigues (2001a, p. 169-170), esta esfera

[...] assume a aura do conhecimento de causa, a sua palavra tem valor de verdade. Nessa mesma direção caminha a preferência pelo chamamento da esfera da religião, como uma voz da verdade divina, uma autoridade. A ciência e a religião constituem-se instituições cujo discurso goza de credibilidade. O jornalismo, a política e a literatura podem ter sua entrada justificada a partir de seu prestígio e circulação social, entre outros aspectos.

Em contrapartida, no movimento dialógico de distanciamento, o efeito é outro, quer dizer, as outras vozes são desqualificadas, inibidas pelo articulista, numa espécie de

depreciação do discurso de outrem.

Nos dois movimentos, diferentes estratégias inter-relacionam o discurso do outro com o discurso do autor (articulista). No movimento dialógico de assimilação, por exemplo, ocorre o uso de determinados verbos introdutórios do discurso relatado (dizer, estimar, ressaltar), reforçando a presença do discurso do outro. Há, também, o uso de expressões avaliativas (adjetivos, expressões que denotam concordância ao discurso do outro ou que

tecem elogios) que podem incidir positivamente tanto sobre o discurso do outro como sobre a pessoa do próprio autor ou sobre alguma obra citada.

Já no movimento dialógico de distanciamento, as estratégias de enquadramento do discurso do outro são mais diversificadas e todas têm o objetivo de desqualificar a fala do outro. Assim como algumas expressões avaliativas, que podem incidir negativamente sobre o discurso do outro ou sobre a pessoa do autor ou sobre alguma obra citada, há o chamamento da fala de um outro (discurso citado que exime o autor da responsabilidade da avaliação negativa sobre o que foi introduzido), o uso de pronomes demonstrativos (aquele, aquilo, não na função de anafóricos, mas numa função de distanciamento axiológico), das aspas, de certos operadores argumentativos (principalmente o mas), da ironia (moderada) e da negação. Porém, Rodrigues (2001a, p. 178, grifo da autora) salienta que “[...] essas palavras e expressões assumem a função de desqualificação, de distanciamento somente no todo do enunciado, tanto que podem assumir feições positivas em outra situação.”. Algumas dessas estratégias podem funcionar também como formas de introdução do discurso do outro, como no caso da presença do discurso relatado direto e indireto, do discurso bivocal e da intercalação de gêneros.

Em síntese, a introdução de outros enunciados já-ditos, de outras vozes cria o efeito da heterogeneidade no artigo, podendo funcionar como estratégias de assimilação ou de distanciamento na construção do ponto de vista do autor. As formas composicionais de introdução do discurso do outro no artigo são bastante variadas e apresentam-se mais marcadas explicitamente, quando o autor cita o enunciado de outrem (casos do discurso relatado direto e do discurso relatado indireto) ou incorporadas de modo mais implícito e diluído (caso da ironia). Como formas de introdução do discurso do outro no artigo, além do discurso relatado direto e indireto, há a presença do discurso bivocal e dos gêneros intercalados.

Por meio do discurso relatado é possível incorporar, por exemplo, um resumo, provérbio, ditado popular ou relato de fatos no discurso do autor. Ao serem incorporados gêneros, o provérbio popular, por exemplo, ocorre a intercalação de gêneros, de modo que o enunciado introduzido subordina-se ao discurso do articulista.

Todo discurso incorporado passa por um processo de enquadramento, isto é, deixa de fazer parte de sua situação de interação para tornar-se acontecimento do artigo. As aspas, quando empregadas, não funcionam como “lacres” que dão garantia de integridade ao discurso citado. Elas são um sinal de alteridade entre o discurso do articulista e o discurso incorporado e provocam um efeito de integridade da transmissão do enunciado.

O discurso relatado direto tem sua presença e função vistas sob dois ângulos: o papel que assume dentro dos gêneros intercalados e o papel que assume no todo do artigo. Nos gêneros intercalados, o discurso relatado direto pode imprimir uma demarcação ideológica de um ponto de vista que não é do articulista (movimento dialógico de distanciamento). Como papel que assume no todo do artigo, o discurso relatado direto pode ser visto como uma tática através da qual o articulista se une à voz do outro (movimento dialógico de assimilação). O autor pode também desqualificar algum ponto de vista ou determinada situação, eximindo-se da avaliação negativa que o enunciado incorporado carrega consigo.

Com uma incidência maior no artigo, há a presença do discurso relatado indireto, que se manifesta por meio de duas variantes. Bakhtin (1992), ao falar das formas de introdução do discurso de outrem, denomina as variantes do discurso indireto de discurso indireto analisador da expressão e analisador do conteúdo. No primeiro caso, de acordo com Rodrigues (2001a), o aspeamento de palavras no discurso indireto do autor do artigo, ao mesmo tempo em que as acomodam no discurso, remetem-nas ao discurso do outro. No segundo caso, mais representativo no artigo, o discurso se volta ao discurso do falante, preservando sua autonomia semântica.

Ao introduzir o discurso indireto, nem sempre o autor usa os verbos de elocução comuns. Da mesma forma, as partículas que e se podem ou não aparecer após os verbos. Esse tipo de discurso relatado, segundo a autora, pode aparecer dentro dos gêneros intercalados, como ocorre com o discurso relatado direto. Em resumo:

O discurso relatado direto e indireto, como formas e estratégias composicionais de introdução e de transmissão do discurso do outro, o já-dito, dialogizam o artigo. Alguns enunciados são introduzidos para serem desqualificados, outros são incorporados para a sustentação do ponto de vista do autor. Tanto no discurso relatado direto como indireto, há um contexto ausente, a sua situação de interação. Esses enunciados citados deixam de ser acontecimentos da sua esfera de comunicação para constituírem-se como acontecimentos do artigo. (RODRIGUES, 2001a, p. 197-198).

Para a autora, essas formas de introdução e de transmissão do discurso do outro podem ser consideradas um tipo de discurso bivocal, mas que apresentam, de um modo mais ou menos visível, certas marcas lingüísticas (sintáticas) que deixam transparecer as fronteiras internas entre o discurso do autor e o discurso do outro. No discurso bivocal agrupam-se formas de inter-relação dialógica que, no artigo, “[...] tendem a diluir progressivamente as fronteiras internas formais entre o discurso direto do autor e o outro discurso já-dito que ele incorpora no artigo ou que se reflete nele; que tendem a diluir a origem enunciativa desse outro discurso [...]” (RODRIGUES, 2001a, p. 198). Num segundo caso, o discurso é impessoalizado, podendo representar, por exemplo, o discurso da opinião pública ou de um determinado grupo social.

No artigo, é possível a presença do discurso bivocal na construção dos movimentos dialógicos de assimilação e de distanciamento, este com efeitos mais visíveis. No movimento dialógico de assimilação, junto à voz do articulista, aparece a voz da instituição que ele representa. A bivocalidade pode ser mostrada ao se indagar “Quem fala no artigo?”. O autor e a entidade formam um nós que amplia o quadro de locutores, de modo que esse nós pode incorporar: o autor mais outros locutores (eu + eu); o autor mais os leitores (eu + tu); o autor

mais o objeto do discurso (o autor + ele). No movimento dialógico de assimilação há uma situação de bivocalidade de orientação valorativa única da voz do autor e da voz incorporada. Já no movimento dialógico de distanciamento, o discurso bivocal pode ser considerado de orientação dupla.

O enunciado refletido no artigo tende para uma diferente orientação axiológica que o enunciado do autor. Os limites entre a posição do autor e o outro discurso, o embate entre essas diferentes posições valorativas materializam-se no discurso em certos traços seus, tais como no aspeamento de determinadas palavras, na ironia, na negação, em determinados operadores argumentativos, traços que simultaneamente enquadram e introduzem esse discurso do outro. (RODRIGUES, 2001a, p. 201).

O aspeamento funciona como um marcador que coloca o articulista numa posição de distanciamento em relação às palavras e expressões. A alteridade, nesse caso, não está marcada sintaticamente (está implícita), diferentemente do valor das aspas no discurso relatado direto e suas variantes, em que as fronteiras entre os discursos são demarcadas sintaticamente. As palavras e expressões aspeadas remetem a um outro discurso, numa perspectiva diferente em relação à do articulista. As aspas permitem mostrar as fronteiras ideológicas entre os discursos. Enfim, o distanciamento do autor frente às palavras e expressões aspeadas permite indicar orientações dialógicas distintas, podendo ser parcial ou totalmente rejeitado o que está entre aspas.

Com relação à ironia, o discurso do outro é, ao mesmo tempo, incorporado e repelido pelo articulista, mas sem marcas gramaticais que identifiquem a passagem de um discurso para o outro. O autor incorpora a voz do outro, toma-lhe um trecho do enunciado e enquadra- o em tom irônico. Bakhtin (2001), ao se reportar sobre o discurso bivocal na obra dostoievskiana, explica que na ironia o interlocutor toma a afirmação de outrem, reveste-a de outro acento, a seu modo, enquadrando-a num tom de zombaria e deboche .

A negação e o uso de alguns operadores argumentativos, como, por exemplo, o mas, também podem indicar certa tensão entre o discurso do outro – que é recusado ou contraposto

– e o discurso do articulista, de modo que ambos constroem e dialogizam o artigo, tanto pela diferença de pontos de vista presentes em outras vozes como pela não aceitação dessas outras vozes (RODRIGUES, 2001a).

No entanto, além das relações dialógicas que o artigo mantém com o já-dito, com os elos anteriores da comunicação discursiva, ele também se orienta para os interlocutores potenciais e suas reações-resposta, ou seja, para o destinatário potencial e para os elos posteriores decorrentes da interação verbal. O autor do artigo objetiva, com relação ao leitor, persuadi-lo, chamá-lo ao seu ponto de vista e, por essa razão, a seção em que os artigos são publicados nos jornais, a seção de opinião, não deixa de ser um lugar discursivo-ideológico que influencia a opinião pública. Assim, o articulista, ao construir o artigo, tem o seu objeto discursivo orientado para a reação-resposta, para a ação responsiva do leitor, a qual ele busca antecipar e prever por meio de três movimentos dialógicos. Quer dizer,

[...] a finalidade de interação, a persuasão do leitor, constrói-se através de três movimentos dialógicos básicos: o movimento de engajamento do leitor ao discurso do autor, o movimento de refutação da possível contra-palavra do leitor e o

movimento de interpelação do leitor ao ponto de vista do autor. (RODRIGUES, 2001a, p. 210, grifo da autora).

No movimento dialógico de engajamento, o articulista tenta aliar o leitor ao ponto de vista defendido no artigo. O leitor, nesse movimento, é elevado à posição de co-autor do artigo. O uso do verbo e do pronome na primeira pessoa do plural (eu + tu) e as perguntas retóricas como questionamentos prováveis do leitor são as estratégias lingüísticas que se manifestam no movimento dialógico de engajamento.

No outro movimento, o de refutação, o autor antecipa prováveis objeções, enunciados pré-figurados. Diante de uma possível contra-palavra do leitor, a sua voz é abafada pela voz do articulista, como se o autor construísse um diálogo com o leitor, dialogizando o artigo. A refutação se constrói de modo reservado, pois a tendência do artigo é buscar a adesão do leitor ao ponto de vista do articulista.

Finalmente, no movimento dialógico de interpelação, ao leitor é apresentado o ponto de vista do articulista como sendo a verdade à qual o leitor deve aderir. A credibilidade do autor, dada a sua posição social, dá à sua opinião o status de uma certa norma aos leitores. Essa imposição sobre o leitor é marcada no enunciado por alguns indicadores modais, como: é preciso, é fundamental, precisamos, entre outros.

Conforme a autora, as características levantadas com relação aos aspectos da dimensão verbal podem ser encontradas em maior ou menor grau no artigo. Como os gêneros são plásticos, apenas relativamente estáveis, assim também se manifestam as relativas regularidades do artigo, as quais podem variar de um enunciado a outro. Da mesma forma, é preciso relembrar que “[...] a dimensão verbal não é o todo do enunciado, do gênero, mas uma parte, que tem de estar articulada com a dimensão social, a situação social de interação.” (RODRIGUES, 2001a, p. 238).

Em síntese, as duas dimensões têm que ser levadas em conta na construção do artigo, na apreensão do seu funcionamento como gênero, sobretudo ancoradas no tripé autoria, enunciados já-ditos e reação-resposta ativa do leitor.

Dadas as considerações expostas neste capítulo, esta pesquisa, conforme dissemos, teve como locus metodológico uma Oficina de Texto, e as bases epistemológica e pedagógica para o desenvolvimento dela foram, respectivamente, a pesquisa-ação (THIOLLENT, 2003) e a elaboração didática (HALTÉ, 1998).

Sendo assim, relataremos, no capítulo II, a proposta de elaboração didática desenvolvida para a prática de produção textual do artigo – na perspectiva dos gêneros do discurso –, a qual integramos às práticas de leitura e análise lingüística.

2 A PROPOSTA DE ELABORAÇÃO DIDÁTICA PARA A PRÁTICA DE PRODUÇÃO TEXTUAL DO GÊNERO ARTIGO

Neste segundo capítulo, dividido em seis seções, apresentamos os resultados da pesquisa desenvolvida. Na primeira seção, abordamos os pilares metodológicos que sustentam a proposição da pesquisa e o seu desenvolvimento na escola. Discutimos os fundamentos da pesquisa-ação, norteadora das concepções epistemológicas da pesquisa e a noção de elaboração didática, que balizou a relação dos conhecimentos científicos com os conhecimentos de ensino-aprendizagem. Na segunda seção, relatamos o desenvolvimento das primeiras atividades de preparação para a pesquisa. Na terceira seção, apresentamos a Oficina de Texto, locus metodológico de desenvolvimento da elaboração didática proposta. A partir da quarta seção, expomos a trajetória realizada para a leitura analítica do gênero artigo, como ponto de partida para a prática de produção textual. Na quinta seção, explanamos sobre a proposta de produção textual e as estratégias de análise lingüística realizadas com os textos produzidos pelos alunos. Nesta mesma seção, apresentamos a avaliação dos alunos e do corpo pedagógico com relação à proposta desenvolvida. Por fim, na sexta seção, temos a nossa avaliação das produções textuais dos alunos, sob o ponto de vista do gênero, e a avaliação da proposta de elaboração didática desenvolvida.