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Características do Estudo e Ações Metodológicas

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CAPÍTULO II CONTEXTO METODOLÓGICO

2. Características do Estudo e Ações Metodológicas

Uma vez que o pesquisador pretenda se familiarizar com o fenômeno ou conseguir uma nova compreensão deste, para poder formular um problema mais preciso de pesquisa ou criar novas hipóteses, freqüentemente o estudo exploratório torna-se um bom aliado a esse objetivo. Para tanto, o planejamento de pesquisa precisa ser suficientemente flexível, de modo a permitir a consideração de muitos aspectos diferentes de um fenômeno.

Este trabalho, como foi dito no item anterior, caracteriza-se por ser uma pesquisa exploratória pela escassez de estudos multidisciplinares envolvendo a Psicologia e a Comunicação Social. De acordo com FARAH (2004), parece ainda que os profissionais de Psicologia não estão suficientemente familiarizados com a utilização dos recursos oferecidos pelas novas tecnologias, nem tampouco a atenção parece estar voltada, suficientemente, para a observação e pesquisa, articuladas ao acompanhamento e compreensão do intenso processo das transformações, já em curso no âmbito das comunicações e interações humanas. LUNA (1998), acrescenta que, quando o conhecimento é muito reduzido, como nesta proposta, geralmente o estudo exploratório é o mais recomendado. Buscam-se dados suficientes que esclareçam e possibilitem uma posterior análise mais consistente dos mesmos e de suas relações e a construção de hipóteses para investigar um tema multidisciplinar, ainda pouco explorado sobre a CMC, segundo um enfoque psicológico.

Assume-se com LUNA (1998), que o estudo exploratório é considerado como um passo inicial em um processo contínuo de pesquisa, no qual a dificuldade é encontrada em seu início, pois se este é realizado de forma incorreta, comprometerá todo o restante do trabalho. Assim, baseando-se no autor acima, é importante lembrar que os estudos exploratórios conduzem a intuições ou seja, não verificam nem demonstram. Deste modo, devem ser vistos como o início de pesquisas e estudos mais controlados.

Trata-se de uma pesquisa bibliográfica, pois teve como base, a investigação de livros, periódicos científicos, jornais, sites específicos em seu levantamento de dados. Na pesquisa social, muitas vezes, é difícil coletar dados sobre as pessoas através da observação. Por isso, no desenvolvimento deste trabalho foi utilizado esse recurso metodológico caracterizado

como pesquisa bibliográfica que, segundo GIL (1991) é “(...) desenvolvida a partir de material já elaborado, constituído principalmente de livros e artigos científicos.”(p.71).

Buscou-se dialogar com autores clássicos e pesquisadores e estudiosos atuais, tanto da área de Comunicação Social como da Psicologia. Considerou-se, sobretudo, de fundamental importância o contato com psicólogos e outros profissionais pesquisadores que desenvolvem trabalhos e estudos especificamente em CMC. Contataram-se com Núcleos voltados a esta ênfase do conhecimento, tais como o Núcleo de Pesquisa de Psicologia e Internet (NPPI).

Considerou-se o levantamento de pesquisas científicas, dissertações de mestrado e teses de doutorado em Universidades como contribuições significativas para este estudo. Como se trata de um estudo exploratório, através de sites de pesquisa e ligados ao tema, foram coletados aqueles trabalhos, apresentados ao longo do estudo, que se identificam com o objetivo do estudo atual na preocupação de analisá- los e utilizá- los como base teórica e científica das aquisições.

A abordagem deste estudo, portanto, é qualitativa uma vez que se trata de uma pesquisa exploratória e bibliográfica. No planejamento deste trabalho, o interesse estava direcionado ao perfil do internauta, aos tipos de estudos realizados de CMC, para às contribuições da Psicologia à CMC.

O estudo inicia abordando o surgimento dos questionamentos, advindos de estudiosos da área de Psicologia quanto ao uso da CMC. Posteriormente, é apresentado o perfil psicológico do usuário da CMC com o intuito de entender como este indivíduo está se comportando frente a esta nova tecnologia da comunicação. Como tecnologia influente no comportamento de quem a utiliza através, por exemplo, das transformações no relacionamento interpessoal e hábitos sociais (conforme é apresentado no decorrer do trabalho), buscou-se investigar a CMC e sua ambivalência quanto ao uso, ou seja, os ganhos e as perdas que podem ocorrer para os usuários desta nova tecnologia da comunicação. No decorrer do estudo, buscou-se focalizar as contribuições da Psicologia face a este desafio, a partir das práticas profissionais ou das pesquisas realizadas para melhorar o entendimento das relações estabelecidas pela CMC. Este contexto é ilustrado com exemplos práticos de grupos que pesquisam e trabalham com os questionamentos e necessidades provindas da interação homem – máquina.

Um desses grupos citado nesta pesquisa é o NPPI (Núcleo de Pesquisas em Psicologia e Informática) da PUC-SP. O NPPI será apresentado, como exemplo, bem como seus trabalhos e produções científicas. Outros trabalhos e grupos também serão citados.

Como se trata de um estudo que envolve a visão de uma área profissional, surge a necessidade de colocar o parecer do CONSELHO FEDERAL DE PSICOLOGIA frente a um novo assunto que está envolvendo, não apenas os profissionais, mas o foco do estudo desta área: o comportamento humano.

Sobre o assunto, destacaram-se os seguintes sites: http://www.psiqweb.med.br; http://www.bireme.br; www.bn.br; www.usp.br/sibi/sibi/html;.Entre outros, como os sites da Capes, Cnpq e Fapesp onde foram pesquisados bancos de dissertações e teses.

No site www.bireme.com.br pôde-se consultar duas das mais importantes bibliotecas virtuais, internacionalmente reconhecidas sobre pesquisa científica: a LILACS (Literatura Latino Americana e do Caribe em Ciências da Saúde) e da MEDLINE (Medlars Online), também literatura internacional.

Com base no último acesso realizado em 20 de janeiro de 2005, na biblioteca virtual MEDLINE, foram encontradas 77 ocorrências de “comunicação mediada por computador” e 250 ocorrências de “influência da Internet no comportamento”.

Após a demonstração dos caminhos percorridos neste trabalho, serão apresentados e analisados os resultados, aquisições e achados relacionados ao tema. Vê-se que a Internet atinge um número considerável de indivíduos e a partir disso passa a atrair a atenção de pesquisadores das Ciências Humanas e Sociais.

O próximo capítulo igualmente se classifica como um espaço de reflexões críticas a respeito do perfil dos usuários da CMC, face ao desafio de compreender este tipo de relacionamento interpessoal.

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