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Contribuições efetivas da Psicologia ao estudo da CMC

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CAPÍTULO IV CONTRIBUIÇÕES DA PSICOLOGIA AO ESTUDO DA CMC

1. Contribuições efetivas da Psicologia ao estudo da CMC

Com o advento da informática, o computador foi inserido no âmbito do lar, realizando muitas das tarefas diárias e substituindo outros equipamentos como a máquina de escrever, calculadoras, televisão e outros, com a comunicação sem limites. Paralelas a estas mudanças operacionais, profundas alterações no mundo contemporâneo criaram um novo contexto de produção científica, caracterizado pela desconstrução de antigas teorias e pela construção de uma nova Rede de práticas e conhecimentos.

Desde então, sociólogos, filósofos, comunicadores e psicólogos têm se envolvido em projetos na área informática, iniciando as primeiras pesquisas sobre inteligência artificial e, posteriormente, participando da formação de uma nova disciplina acadêmica: a Ciência Cognitiva. Esta corresponde ao estudo do comportamento, comentado no primeiro capítulo deste trabalho. Uma outra linha de pesquisa bastante interessante diz respeito ao estudo dos impactos da informática sobre a subjetividade e a identidade.

Através da apresentação dos estudos efetivos em diversas áreas que estudam o comportamento e as relações humanas, busca-se com isto munir os pesquisadores de conhecimentos advindos de outros CAMPOS disciplinares que possam servir de ponto de partida para a análise das mudanças subjetivas, introduzidas pelo novo cenário mundial. Neste contexto, ciências como a Psicologia, Sociologia, Filosofia e a Comunicação Social como a Comunicação Social, unem-se com o intuito de comp reender melhor o ser humano contemporâneo.

Certamente, o decurso de um conhecimento mais aprofundado das transformações que estão ocorrendo no mundo atual pode ajudar os psicólogos a rever suas antigas possibilidades a respeito do homem e a aventurar novos olhares sobre os também novos fenômenos humanos.

Essa necessidade surge a partir da observação de LEITÃO; NICOLACI DA COSTA (2003) através da qual verificou-se que grande parte dos trabalhos da área da Psicologia continua a utilizar, exclusivamente, teorias tradicionais para interpretar os impactos psicológicos gerados pelo novo contexto da CMC. Com muita freqüência, os novos sentimentos, comportamentos e conflitos humanos estão sendo analisados como diferentes manifestações de velhas e conhecidas tendências, deixando de captar aquilo que de novo emerge na configuração psicológica do homem contemporâneo.

Para LEITÃO; NICOLACI DA COSTA (2003), este tipo de análise deixa de levar em conta, no entanto, que momentos de grandes transformações sociais geram profundas mudanças de cunho psicológico. Semelhante ao que está acontecendo na atualidade, no século XIX, um novo contexto social construído a partir da Revolução Industrial, introduziu novas formas de pensar, de sentir e de existir para as pessoas daquela época; transformação esta que foi chamada de Crise da Subjetividade Privatizada. Dentro desse contexto, a Psicologia e as outras Ciências Humanas surgiram como uma necessidade de compreender a organização subjetiva do indivíduo. Parece ser isso o que está ocorrendo novamente nos dias atuais, quando complexas transformações sociais colocam o indivíduo contemporâneo diante de novas e desconhecidas experiências de vida.

Por último, novas organizações subjetivas podem ser identificadas a partir dos resultados de investigações empíricas com usuários da Internet, realizadas por alguns pesquisadores. Algumas das pesquisas que serão comentadas, neste contexto do trabalho, já foram citadas em partes anteriores, mas sua presença neste segmento do estudo é de fundamental importância à compreensão do desenvolvimento da opinião sobre os estudos ligados ao indivíduo contemporâneo.

De acordo com LEITÃO; NICOLACI DA COSTA (2003), durante muito tempo, os diferentes contextos do mundo eram estáveis e facilmente reconhecíveis, não havendo maiores dificuldades em identificar e interpretar as inúmeras e sutis facetas da existência humana. Atualmente, no entanto, as profundas mudanças sociais pelas quais as pessoas estão passando levam a desconhecer as principais características do mundo atual e, conseqüentemente, as transformações psicológicas geradas por este novo mundo. Frente a estas transformações, oriundas dessas novas tecnologias de comunicação, o papel da Psicologia contemporânea passa a ser a de identificar, descrever e analisar as novas organizações subjetivas, geradas em um novo (e pouco conhecido) contexto histórico e social.

Portanto, na concepção de FIGUEIREDO (1992), o que a Psicologia tem hoje em matéria de estudos e teorias, foi construído para compreender a existência humana em uma sociedade que hoje já não existe mais. Tem a função ainda de ajudar a ver que a Psicologia, tal como é conhecida hoje, não oferece categorias que possibilitem a identificação das mudanças psicológicas, introduzidas pela nova ordem mundial.

É necessário, então, que num primeiro momento, os pesquisadores do comportamento e subjetividade humana travem contato com a produção teórica de outras disciplinas, a fim de conhecer as principais características do novo contexto mundial e seus novos laços de coesão social.

O marco do raciocínio no qual o desenvolvimento das novas tecnologias de informação e comunicação ocupa posição central, foi estabelecido através do teórico da comunicação McLUHAN (1962), na década de 1960, que iniciou a análise das mudanças sociais criadas pelas tecnologias da mídia televisiva. No início da década de 1980, McLUHAN reafirmava sua posição sobre as grandes transformações humanas geradas pelas novas tecnologias. Desta vez, seu objetivo voltava-se à informática. Em 1986, através de sua última obra - The Global Village: transformations in the world life and media in the 21st

century – era inaugurado um novo campo de estudos dedicado à investigação dos impactos

sociais que as novas tecnologias digitais começavam a gerar.

A influência de McLUHAN foi expandida para diversas áreas do conhecimento. Mas é no campo das Ciências Sociais que se encontra grande parte de sua contribuição teórica sobre as novas tecnologias da informação, no decurso da extensa obra do sociólogo CASTELLS (1999) que sistematiza a história dessas tecnologias, seus conceitos, seus paradigmas e seus impactos sociais.

CASTELLS (1999) analisa a sociedade contemporânea a partir de sua organização em uma Rede global de informação, pressupondo que as pessoas estão em meio a uma revolução histórica e não somente diante de transformações ilícitas da Modernidade. O autor afirma que:

Uma revolução tecnológica concentrada nas tecnologias da informação está remodelando a base material da sociedade em ritmo acelerado. (...) As redes interativas de computadores estão crescendo exponencialmente, criando novas formas e canais de comunicação, moldando a vida e, ao mesmo tempo, sendo moldadas por ela (CASTELLS, 1999, pp. 21-22).

Segundo SAYEG (1999) uma pioneira do estudo sobre a influência da CMC na subjetividade é TURKLE (1984), que desde tal época, procura identificar os efeitos do contato com a informática na vivência subjetiva das pessoas. Ao entrevistar estudantes de computação, verificou que o discurso com o qual descreviam a si mesmos era derivado de noções bastante sofisticadas de programas de inteligência artificial.

TURKLE (apud SAYEG, 1999) aborda as experiências de imersão em “mundos virtuais”, onde pode ocorrer o desenvolvimento de diferentes “personas”, vividas simultaneamente pelo mesmo usuário, com um concomitante questionamento a respeito da identidade individual, e a diminuição da distância entre a interatividade virtual e a vida real.

Em 1995, TURKLE através de sua visão de psicanalista, argumenta que está emergindo um novo modelo de organização psíquica em decorrência do uso da Rede. Esse modelo é o dos "múltiplos eus" (multiple selves), ou seja, de sujeitos que, a exemplo do que acontece nos computadores, vivem como se fora em várias "janelas" abertas simultaneamente. Sendo assim, novos comportamentos continuavam sendo relatados por todos aqueles que se dedicaram a estudar os impactos da Internet, em maior ou menor grau de profundidade. Ainda em 1995, NEGROPONTE já falava a respeito de várias manifestações desses novos comportamentos diante do novo contexto social. Seguindo, em 1997, Tapscott divulgava os resultados de seu extenso trabalho sobre o uso da Internet por crianças e adolescentes.

Desta forma, no final da década de 90 pesquisadores começam a focar sua atenção no comportamento dos internautas (usuários de serviços da CMC),e em suas conseqüências para o conceito de identidade. Segundo TERÊNCIO; SOARES (2003), essas pesquisas têm se concentrado no uso que os internautas fazem dos canais de comunicação online, mais conhecidos mundialmente, como os chats, os IRCs e os MUDs.

Segundo PRADO (1998), os primeiros estudos sobre comportamento na Internet foram feitos em 1996 por YOUNG na University of Pittsburgh at Braford e posteriormente,

por outros autores como THOMPSON e EGGER (apud PRADO, 1998), ambos em 1996 e BRENNER (apud PRADO, 1998) em 1997.

Tais estudos sobre o uso cotidiano da Internet realizadas por YOUNG (1998) e GREENFIELD (1999), são um bom exemplo da utilização de antigas referências teóricas para a análise de novos comportamentos. Algumas dessas pesquisas comparam a utilização intensiva da Rede a uma outra categoria, usada tradicionalmente no campo psicológico: a do vício a drogas ou ao jogo.

Também em 1998, NICOLACI-DA-COSTA analisava as novas formas de pensar, de escrever, de aprender, de contrair e manter relacionamentos de todos os tipos, de amar, de adquirir conhecimento sobre si mesmos etc. dos usuários da Rede internacional.

A partir daí, MURRAY (2000) afirma que o estudo dos efeitos da Internet sobre a identidade pessoal é ainda escasso, pois a maioria das pesquisas, até o momento, se concentra nas qualidades atrativas da Rede, no seu uso patológico (net-addiction) e nas suas influências sobre os relacionamentos. Mas os poucos estudos comportamentais, iniciados nesta área, sugerem que a Internet pode servir como um espelho, até mesmo uma ferramenta, que ajuda as pessoas na sua busca pelo ‘eu’.

Em 2000, ABREU; NICOLACI-DA-COSTA; ZAREMBA (2000) mostravam que as crianças haviam adquirido o gosto pela escrita e, em 2001, ZAREMBA (2001) revelava que isso também havia acontecido com adultos. Enquanto isso, COSTA (2001) trazia a público como são intensos os relacionamentos vividos no ciberespaço, mais especificamente na CMC. Também em 2001, ROMÃO-DIAS revela, a partir de dados brasileiros, um modelo subjetivo, semelhante ao dos sujeitos multiplicados de TURKLE, que rompe com aquele em vigor ao longo do século XX.

Mas, segundo LEITÃO; NICOLACI DA COSTA (2003), já é possível encontrar outras pesquisas que analisam os impactos subjetivos das novas tecnologias digitais a partir de novas categorias de pensamento, evitando, assim, enquadrar novas experiências humanas em antigos quadros patológicos como: ROMÃO-DIAS (2001) e COSTA (2001) deixam claro que o ciberespaço é o lugar (embora desprovido de materialidade física) no qual se experimentam novas formas de vida a partir das telas dos computadores que lhes servem de plataforma e via de acesso.

Para GIUGLIANO (1999)

(...) uma característica básica de pesquisas que tocam em assuntos ainda pouco explorados, tais como as novas tecnologias em comunicação, é a radialidade (sic) das posições encontradas ao se mergulhar na literatura existente. Isso

força o pesquisador a explicitar a visão de mundo a qual ele se filia e a tentar manter-se o mais coerente e fundamentado possível (p.43).

Outro ponto importante para a realização de tais pesquisas é a disponibilidade e a abertura para novas concepções de mundo, pois certamente é uma tarefa trabalhosa avançar os estudos a partir de teorias que fundaram e consolidaram o pensamento de uma ciência.

Retornando ao ano de 1998, o CONSELHO FEDERAL DE PSICOLOGIA (CFP) realizou o I Psicoinfo (Seminário Nacional de Psicologia e Informática); nele, pesquisadores de todo o Brasil foram reunidos para discutir sobre a interface entre a Psicologia e a Informática. Algumas pesquisas já tinham sido realizadas, mas até o momento, não havia uma divulgação sistemática das descobertas. Como resultado desse evento, em 2000 aconteceu o Simpósio de Psicologia e Informática em São Paulo resultando na edição de um livro sobre o tema e na realização do II Psicoinfo em 2003.

Verifica-se, nos estudos realizados, até o momento, sobre a relação do homem com o computador, que os temas discutem sobre as comunidades virtuais, jogos eletrônicos, personagens virtuais, uso patológico da CMC, relacionamentos virtuais. Em todos eles a presença da informática demonstrando ser em inúmeros os caminhos a serem percorridos e a possibilidade concreta de uma atuação ética face a uma área relativamente desconhecida do campo psicológico e social, mas altamente produtiva.

De acordo com FARAH (2004) as transformações geradas pela revolução tecnológica já estão se fazendo intensamente presentes na vida das pessoas atendidas em consultórios, nas empresas, escolas e demais instituições. Questões relativas às novas formas de sociabilidade

online geradas pela mediação do computador nas relações humanas já fazem parte do

cotidiano urbano, de modo praticamente generalizado.

Serão apresentadas algumas práticas da área da Psicologia que começam a surgir devido às necessidades do indivíduo do novo milênio, face às novas tecnologias. São elas: orientação psicológica online, testes psicológicos online, orientação profissional a distância, novas tendências para a psicologia organizacional e do trabalho frente à CMC.

De acordo com FARAH (2004)

O ser humano desenvolveu uma tolerância emocional à virtualidade, ou seja, ele pode compreender e apreender um mundo de matéria não palpável, mas que é visível. Desta forma, é que se concebeu uma ferramenta como o computador, que pode tornar mais tolerável um campo de relacionamentos que prescinde de uma presentificação (p.54).

Isto vem ao encontro da necessidade, comentada acima, de surgir em novas teorias e práticas as quais se adaptem ao novo estilo de ser das pessoas, pertencentes ao século XXI. Por exemplo, um homem que é capaz de pagar contas, fazer pesquisas e até interagir com outras pessoas pelo do computador, certamente buscará outros tipos de serviços como cursos a distância, busca de emprego e até auxílio psicológico. É a partir de tais exigências que os profissionais da área de psicologia devem se adaptar e fornecer suas contribuições efetivas a esse novo contexto da CMC.

Um dos serviços que já vêm sendo solicitados é a psicoterapia online, mas sua prática ainda não é permitida, no Brasil, de acordo com o CONSELHO FEDERAL DE PSICOLOGIA que promulgou a RESOLUÇÃO nº 003/2000, em setembro de 2000, regulamentando as modalidades de atendimentos psicológicos mediados por computador. Tal RESOLUÇÃO não reconhece o atendimento psicoterápico, via Internet, como uma prática da Psicologia e só aceita quando aquele estiver ligado a um projeto de pesquisa, registrado no Conselho Nacional de Saúde.

A psicoterapia online, segundo PRADO (2000), é uma comunicação entre pessoas, na qual uma delas tem o papel de profissional de saúde mental através de e-mail, chat, videoconferências, Fóruns de discussão, entre outros. Durante o processo de atendimento, o paciente descreve sua situação para o terapeuta, e este procura lhe orientar, passar uma resposta, que pode ser uma interpretação ou sugestão de atitude, como numa terapia face a face.

As vantagens desta prática são, de acordo com CAMPOS (2004): maior facilidade de acesso, a oportunidade de acesso a profissionais especializados, estando o paciente em locais isolados, o anonimato e falta de marcas sociais. Já as limitações, segundo a autora são a precariedade ainda existente no sistema informatizado de comunicação, a dificuldade de identificação, o caráter impessoal, segurança e privacidade dos dados que circulam no atendimento online.

Apesar da psicoterapia mediada pelo computador ainda estar em discussão, ela é uma possibilidade de atendimento aos usuários da Rede. Entretanto, de nada adiantará a nova técnica se a teoria que dá base à compreensão desse indivíduo, não o acompanha em sua evolução subjetiva.

Além dessa nova tendência, outro serviço psicológico, mediado pelo computador e que está sendo discutido, é a aplicação de testes psicológicos, via Internet. Segundo CAMPOS (2004), “os testes psicológicos são instrumentos diagnósticos importantes. São de uso

exclusivo do psicólogo, e sua utilização é por muitos considerada como o único ‘diferencial’ da profissão do psicólogo em relação a outras profissões ou áreas afins.”

Segundo a autora, há muitas formas de informatização dos testes psicológicos. Uma é a utilização de softwares para o auxílio na avaliação desses testes. A outra diz respeito à aplicação dos testes realizados em computadores e o uso da Internet na avaliação psicológica.

A posição dos Conselhos Regionais de Psicologia é a de que a testagem online é permitida, desde que o teste esteja validado presencialmente e depois validado em ambiente

online. A questão colocada é que muitos testes (Roschach, WAIS e Stanfor Binet) não são

aprovados pelos Conselhos para aplicação online.

Sobre esta prática, ainda existem muitos questionamentos e conforme Gattás (2003), acredita-se que, mais uma vez, as dúvidas pairam sobre a ética, ainda não solucionada por completo, pois vão desde o sigilo dos dados (que poderão ser vistos por hackers) até na falta completa de observação daqueles que respondem aos testes, ou seja, a dúvida sobre quem realmente estaria respondendo ao teste. Além disso, não se pôde identificar quem estaria sendo beneficiado com esta atividade.

Outra atividade da Psicologia, mediada pela comunicação por meio da Internet, é a orientação profissional (OP) que está bastante relacionada à Educação a Distância (EAD) por ser caracterizada por uma concepção educativa do processo de escolha profissional. Por se desenvolver em ambiente interativo online, o internauta avalia, de acordo com o mundo das profissões, informando-se sobre as mesmas, elaborando um projeto pessoal de escolha.

Segundo FARAH (2004),

A possibilidade de orientarmos jovens distribuídos por todo o país (...) nos faz pensar no importante papel social que este programa tem conseguido alcançar. As possibilidades de inclusão no mercado de trabalho (...) aumentam quando esses jovens refletem sobre seu futuro de um modo mais estruturado, real e prazeroso (...). Ao conhecer (ou se habituar) aos novos meios de comunicação, essa inclusão também é facilitada.

Ao falar de profissão, de mercado de trabalho, atualmente a Psicologia Organizacional e do Trabalho, atrelada a esse novo contexto informatizado, vem mudando seu paradigma, bem como suas principais atividades, em busca do sucesso das mesmas.

Segundo ALBERTO (2004), entre todas as atividades que podem estar disponíveis, cabe destacar o recrutamento online, que representa uma das mais atuais, úteis e dinâmicas aplicações da CMC na área de Recursos Humanos.

De acordo com o autor, cada vez mais pessoas procuram trabalho através da grande Rede mundial. Todos os estudos recentes indicam que as pessoas recorrem cada vez mais à Internet para procurarem novas oportunidades profissionais. Por sua vez, os profissionais de recursos humanos, nomeadamente nas empresas ou consultorias, utilizam a func ionalidade de oferta de emprego e pesquisa de candidatos online.

Outra atividade que vem se destacando são os treinamentos através do e-learning que pode ser entendido como o EAD e é responsável pela solução eficaz e de menor custo fazendo com que o treinamento possa chegar a todos os funcionários, simultaneamente, e com eficiência.

As demais atividades, conforme TURBAN; King (2004) podem ser oferecidas também, através dos recursos da tecnologia, que possibilitam softwares especializados para a área de gestão de pessoas, enfocando os módulos de cargos e salários, quadro de pessoal, avaliação por competências, mapeamento estratégico de indivíduos, entre outras.

No decorrer deste capítulo, foi vista a preocupação dos estudiosos da área da Psicologia em acompanhar as demandas existentes a partir das exigências desse novo cenário apresentado pela CMC. Conclui-se que, apesar de já existirem novas formas de atuação, a ciência do comportamento humano está necessitando de novas teorias que sejam capazes de compreender o ser humano do século XXI. Será inútil o surgimento e consolidação de novas práticas se a base ainda se espelha em idéias antigas.

Dando continuidade ao trabalho e objetivando uma compreensão maior do mundo das relações realizadas no ciberespaço, serão abordadas as ambivalências existentes no uso da comunicação mediada pela Internet.

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