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Caracterização do mercado de arrendamento estudantil

No documento Turístico / Alojamento Local (páginas 43-48)

Um total de 39.73% das inscrições foram formalizadas na USC, 27.92% na USC e 32.35% na UVigo.

A oferta pública de alojamento do SUG, através dos diferentes serviços de apoio prestados aos membros da comunidade académica atingiu, durante o ano letivo 2017/2018, as 1.614 vagas (ver quadro 5), atribuídas de acordo com a pontuação total obtida pelo candidato, de acordo com critérios académicos e económicos, este último, com base na Renta (rendimento)

Personal Disponible (RPD) estabelecido nos regulamentos das respetivas instituições acadé-

micas. Os preços variam entre 130 euros por mês em quarto individual com aquecimento, eletricidade, água e conexão wi-fi para estudantes sem bolsa nos campus da Corunha e Ferrol e 61 euros por mês para aqueles que demonstrem ter RPD de até 2.500 euros nos campus Santiago e Lugo.

Para além da oferta pública de alojamento do SUG, é necessário acrescentar um total de 220 vagas nas Residencias Xuvenís (ver quadro 6) dependentes da Consellería de Política Social nos campus de Lugo, Ourense e Vigo, para que o número total de alojamentos públicos (SUG e

Quadro 5. Fonte: Elaboração própria com base em dados das páginas web da la UDC, USC y UVigo.

Quadro 6. Fonte: Elaboração própria com base nos dados da página web da Dirección Xeral de Xuventude,

Participación e Voluntariado. Consellería de Política Social. Xunta da Galiza 17 Residência convencionada com a UVigo.

18 Para obter a uma destas vagas são requisitos necessários:

- Ter 16 anos e não superar os 30 anos, a 31 de dezembro do ano em que se consegue a vaga.

- Possuir nacionalidade espanhola ou ser nacional de um país membro da União Europeia, ou ser estrangeiro(a) residente em Espanha no momento da solicitação da vaga.

O desfasamento entre a oferta institucional e a procura dos estudantes é, fundamentalmente, compensado pela oferta existente de residências de estudantes privadas (ver quadro 7) e pelo mercado de arrendamento habitacional.

A partir dos dados fornecidos pelas três universidades galegas sobre a oferta de alojamento estudantil privado, é de salientar que, com exceção da USC, onde as residências privadas/ colégios têm um acordo com a universidade e a sua oferta é dirigida quase exclusivamente a estudantes universitários, na UDC e na UVigo, a casuística em matéria de convénio ou con- certação é anedótica. A oferta combina alojamento de diferente tipologia (hotel, albergue, pensão, residência, aparthotel, etc.) destinadas a estudantes ou qualquer outro perfil de candi- dato. Destaque para a figura BeRoomers, como uma fórmula ligada à economia colaborativa na UVigo, face aos colégios de Santiago, uma fórmula tradicional de alojamento estudantil. A plataforma BeRoomers funciona como um mecanismo através do qual os próprios estudantes e outros fornecedores podem publicitar, para os campus de Vigo, Ourense e Pontevedra, aparta- mentos partilhados, quartos em residências familiares e apartamentos completos, entre outros.

19 A relação do alojamento privado incluída no quadro foram extraídos da página web da UDC::

https://www.udc.es/export/sites/udc/sape/_galeria_down/E-RESIDENCIAS-2019-2020.pdf_2063069294.pdf.

A informação do número de vagas e tarifas foi recolhida mediante pesquisa nas páginas web de cada alojamento.

20 A oferta deste centro está dirigida a pessoas que se encontram a realizar estudos pós-obrigatórios não universitários.

22 Não existem dados específicos sobre esta residência. 23https://aloxamento.uvigo.es/es

a) Mobilizar os terrenos públicos pertencentes à Administración General del Estado e organismos dela dependentes para a promoção da habitação para arrendamento social ou acessível, através de fórmulas de colaboração público-privada;

b) Modular os instrumentos financeiros do Plan Estatal de Vivienda, a fim de promo- ver mecanismos público-privados para satisfazer as necessidades de arrendamento social e acessível, nomeadamente, através da cessão de direitos de superfície sobre terrenos públicos;

c) Reorientar o Plan Estatal de Vivienda, que deverá apoiar exclusivamente o usufruto da habitação em arrendamento;

d) Adotar acordos com as administrações sectorialmente competentes para a ace- leração das licenças urbanisticas, priorizando as ajudas do Plan Estatal de Vivienda aquelas que tenham celebrado acordos deste tipo.

Espanha é caracterizada por ser um país de proprietários. Apesar de um número cada vez maior de pessoas que optam pelo arrendamento como forma de vida, quase metade o faz devido à impossibilidade de adquirir uma habitação e uma elevada percentagem destas pessoas está a considerar comprar uma habitação no futuro. A perceção que arrendar é “deitar dinheiro ao lixo” ainda está presente nas mentes dos espanhóis, um pensamento que foi perdido durante os anos de crise, mas parece ressurgir. Os elevados aumentos das rendas, que quebraram recordes, têm muito a ver com essa perceção.

Existe um problema claro de acesso à habitação, em consequência dos preços, mas a sua limitação tem riscos elevados, incluindo a redução da oferta ou o crescimento da economia paralela, pelo que parece que a solução passa pelo aumento da oferta de arrendamento a preços acessíveis para o que será necessário a colaboração público-privadas.

Este desfasamento entre a oferta e a procura também tem limitado a capacidade dos inqui- linos para negociar preços, na maioria dos casos.

Neste quadro, o governo central, através da primeira disposição adicional do RDL 7/2019, aprovou um conjunto de medidas destinadas a promover a oferta de habitação em arren- damento, que a par das ações que têm vindo a ser desenvolvidas, principalmente, pelas regiões autónomas, através dos organismos com competência em matéria de habitação24,

conformam a maioria das medidas que hoje se encontram em desenvolvimento.

No documento Turístico / Alojamento Local (páginas 43-48)