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Capítulo I: Objectivos do estudo, hipóteses e metodologia

2. Hipóteses

3.1. caracterização dos participantes.

A amostra (Tabela 1) que compõe a presente investigação abrange uma população de 405 estudantes universitários a frequentar a UTAD em Vila Real com idades compreendidas

entre os 18 e 25 anos (M = 21.10; DP = 2.07). Dos 405 participantes, 172 (42.5%) são do género masculino e 233 (57.5%) do género feminino.

Relativamente ao local de residência (Tabela 1), 190 (46.9%) provêm de zonas rurais e 214 (52.8%) de zonas urbanas. Importa referir que do conjunto de jovens que compõem a amostra, 321 (79.3%) são deslocados (Tabela 3), contabilizando 84 (20.7%) jovens como residentes de Vila Real.

No que respeita à configuração familiar verificamos que a maioria dos jovens que compõem a amostra advêm de famílias intactas, 345 (85.2%), 8 (2.0%) jovens com pais separados, 24 (5.9%) com pais divorciados, 25 (6.2%) com pais viúvos e 3 (0.7%) jovens com pais a viverem em união de facto. Quanto ao número de irmãos, os dados da amostra indicam que 68 (16,8%) dos jovens não têm irmãos, 243 (60.0%) têm 1 irmão, 77 (19.0%) têm 2 irmãos e 17 (4.2%) mais de 3 irmãos (Tabela 1).

No que se refere a pessoas com quem vive, verifica-se que 246 jovens vivem com os pais e irmãos (60%), 80 vivem com os pais (19.8%), 22 com a mãe e irmãos (5.4%), 13 moram só com a mãe (3.2%), 7 habitam com a mãe e avós (1.7%), 15 vivem com o pai, irmãos e avós (3.7%), 5 jovens vivem com o pai (1.2%), 1 vive com o pai, irmãos e madrasta (0.2%), 2 habitam com a mãe, irmãos e padrasto (0.5%), 4 vivem com os avós (1.0%), 1 vive cm os irmãos (0.2%), 5 vivem com o namorado(a) (1.2%) e 1 jovem diz que mora sozinho (0.2%) (Tabela 1).

Dos jovens pertencentes à amostra, 225 (55.6%) referem que mantêm uma relação romântica e 180 (44.4%) referem que não (Tabela 1).

No que concerne à crença religiosa, 278 (68.6%) mencionam professar religião e 126 (31.1%) não professam nenhuma religião. Dos jovens que professam uma religião, 272 (67.2%) referem ser a religião Católica, 3 (0.7%) Budista e 1 (0.2%) Evangélica (Tabela 1).

Tabela 1 Caracterização da Amostra N.º Sujeitos da Amostra= 405 Género Masculino 172 (42,5%) Feminino 233 (57,5%)

Idade dos Participantes

18 anos 28 (6,9%) 23 anos 34 (8,4%) Média = 21,10 19 anos 79 (19,5%) 24 anos 38 (9,4%) Mediana = 21,00 20 anos 81 (20%) 25 anos 35 (8,6%) Desvio Padrão = 2,07 21 anos 67 (16,5%)

Local de Residência

Rural 190 (46,9%)

Urbano 214 (52,8%)

Valores Omissos 1 (0,2%)

Professa Religião Qual a Religião

Sim 278 (68,6%) Católica 272 (67,2%)

Não 126 (31,1%) Budista 3 (0,7%)

Valores Omissos 1 (0,2%) Evangélica 1 (0,2%)

Valores Omissos 129 (31,9%) Relação Romântica Tempo Relacionamento (meses)

Sim 225 (55,6%) 1-12 -74 (18,3%) Não 180 (44,4%) 13-36 -75 (18,5%) Média = 29,41 37-60 - 53 (13,1%) Mediana = 25,00 61-84 - 13 (3,2%) Desvio Padrão = 24,62 85-108 - 5 (1,2%) 109-132 - 3 80,7%) Valores Omissos - 182 (44,9%)

Configuração Familiar Tem Irmãos N.º de Irmãos

Pais Casados 345 (85,2%) Sim 338 (83,5%) 0 68 (16,8%)

Pais Separados 8 (2,0%) Não 67 (16,5%) 1 243 (60,0%)

Pais Divorciados 24 (5,9%) 2 77 (19,0%)

Pais Viúvos 25 (6,2%) 3 9 (2,2%)

União de facto 3 (0,7%) 4 6 (1,5%)

5 1 (0,2%) >6 1 (0,2%) Pessoas com quem vive

Pais 80 (19.8%) Sozinho(a) 1 (0.2%)

Pais e irmã(os) 246 (60.0%) Namorado(a) 5 (1.2%)

Mãe e avós 7 (1.7%) Irmã(os) 1 (0.2%)

Mãe e irmã(os) 22 (5.4%) Mãe 13 (3.2%)

Pais, irmã(os) e avós 15 (3.7%) Pai, irmã(os) e madrasta 1 (0.2%) Pai 5 (1.2%) Mãe, padrasto e irmã(os) 2 (0.5%)

Avós 4 (1.0%)

No que respeita às figuras parentais e mais concretamente às suas idades, a idade do pai situa-se entre os 38 e os 73 anos de idade (M = 50.66; DP = 5.59), quanto à idade da mãe, esta situa-se entre os 34 e os 65 anos de idade (M = 47.86; DP = 5.47) (Tabela 2).

Na tabela 2 descrevem-se os dados obtidos na variável sócio-demográfica estatuto sócio-económico das figuras parentais dos jovens inquiridos. Esta encontra-se agrupada em cinco níveis (alto, ..., baixo) dependendo da profissão que exercem, assim, tem-se para o pai uma quantificação de 4 (1.0%) para o nível sócio-económico alto, 24 (5.9%) para o nível médio-alto, 53 (13.1%) nível médio, 212 (52.3%) nível médio-baixo, e 52 (12.8%) no nível baixo. Relativamente à mãe, 3 (0.7%) no nível sócio-económico alto, 30 (7.4%) no nível médio-alto, 48 (11.9%) nível médio, 119 (29.4%) nível médio-baixo e 147 (36.3%) com nível

sócio-económico baixo (Tabela 2).

Relativamente à escolaridade dos pais, na figura paterna a média de escolaridade ronda o 7º ano de escolaridade, estando a escala compreendida entre o analfabetismo (0) e o doutoramento (16) (M = 7.65; DP = 3.64), já no que concerce à escolaridade da mãe, a média ronda o 8º ano de escolaridade (M = 8.24; DP = 3.63) (Tabela 2).

No que concerne à situação profissional do pai, 323 (79,8%) encontram-se empregados, 43 (10.6%) desempregados e 18 (4.4%) já se encontram numa situação de reformados. Relativamente à mãe, 281 (69.4%) encontram-se em situação de empregada, 106 (26.2%) desempregada e 9 (2.2%) reformada (Tabela 2).

Tabela 2

Caracterização da Amostra de Acordo com a Informação Familiar

Pai

Idade Escolaridade Estatuto Sócio-Económico

30-45 - 67 (16,5%) 0-4 - 135 (33,3%) Alto- 4 (1%)

46-65 - 315 (77,8%) 5-6 - 68 (16,8%) Médio-Alto- 24 (5,9%) 66-75 - 2 (0,5%) 7-9 - 67 (16,5%) Médio- 53 (13,1%) Valores Omissos - 21 (5,2%) 10-12 - 77 (19,0%) Médio-Baixo- 212 (52,3%)

13-16 - 35 (8,6%) Baixo- 52 (12,8%)

Valores Omissos - 23 - (5,7%) Valores Omissos- 60 (14,8%) Média = 50,66 Média = 7,65

Mediana = 50,00 Mediana = 6,00 Desvio Padrão = 5,59 Desvio Padrão = 3,64 Mãe

Idade Escolaridade Estatuto Sócio-Económico

30-45 - 146 (36,0%) 0-4 - 106 (26,2%) Alto 3 (0,7%) 46-65 - 251 (62,0%) 5-6 - 65 (16,0%) Médio-Alto 30 (7,4%) Valores Omissos - 8 (2,0%) 7-9 - 93 (23,0%) Médio 48 (11,9%)

10-12 - 78 (19,3%) Médio-Baixo 119 (29,4%) 13-16 - 50 (12,3%) Baixo 147 (36,3%) Valores Omissos - 13 (3,2%) Valores

Omissos

58 (14,3%) Média = 47,86 Média = 8,24

Mediana = 47,00 Mediana = 9,00 Desvio Padrão = 5,47 Desvio Padrão = 3,63 Situação Profissional

Pai Mãe

Empregado 323 (79,8%) Empregada 281 (69,4%)

Desempregado 43 (10,6%) Desempregada 106 (26,2%)

Reformado 18 (4,4%) Reformada 9 (2,2%)

Valores Omissos 21 (5,2%) Valores Omissos 9 (2,2%)

Quanto à frequência com que vão a casa, 14 (3,5%) vão todos os dias, 259 (64.0%) vão aos fins-de-semana, 35 (8.6%) vão apenas de 15 em 15 dias, 9 (2.2%) vão de mês a mês e

9 (2.2%) só vão a casa nas férias (Tabela 3).

Quando inquiridos, 11 (2.7%) jovens referem que em tempo lectivo residem em casa de familiares, 24 (5.9%) vivem em residências dos serviços sociais, 284 (70.1%) alugaram um quarto ou apartamento para residir, e 3 (0.7%) residem em residências religiosas (Tabela 3)..

No que concerne à escolaridade dos jovens 126 (31.1%) encontram-se a frequentar o 1.º ano do 1.º ciclo, 129 (31.9%) a frequentar o 2.º ano do 1.º ciclo, 87 (21.5%) o 3.º ano do 1.º ciclo, 34 (8.4%) frequentam o 1.º ano do 2.º ciclo e por último, 29 (7.2%) encontram-se a frequentar o 2.º ano do 2.º ciclo. Importa salientar que 237 (58.5%) entraram na primeira opção de curso e 166 (41.0%) não entraram no curso pretendido, assim, 58 (14.4%) mudaram de curso e 345 (85.2%) mantiveram-se no curso (Tabela 3).

Quanto à distribuição dos alunos pelas escolas da UTAD, 55 (13.6%) jovens pertencem à Escola de Ciências Agrárias e Veterinárias, 84 (20.7%) à Escola de Ciências da Vida e do Ambiente, 77 (19.0%) à Escola de Ciências e Tecnologia, 126 (31.1%) à Escola de Ciências Humanas e Sociais e 63 (15.6%) à Escola Superior de Enfermagem (Tabela 3).

Ainda relativamente à informação académica (Tabela 3), 209 (51.6%) referem ter unidades curriculares em atraso e 196 (48.4%) não têm. Dos alunos que têm, 168 (41,5%) mencionam que têm entre 1 e 4 unidades curriculares em atraso, 33 (8.1%) entre 5 e 8 e 6 (1.5%) entre 9 e 12 unidades em atraso.

Tabela 3

Caracterização da Amostra de Acordo com a Informação Académica

Ano de Escolaridade UC atraso Quantas UC atraso

1.º Ciclo

1.º Ano- 126 (31.1%) Sim- 209 (51.6%) 1-4 - 168 (41.5%) 2.º Ano- 129 (31.9%) Não- 196 (48.4%) 5-8 - 33 (8.1%)

3.º Ano- 87 (21.5%) 9-12 - 6 (1.5%)

2.º Ciclo 1.º Ano- 34 (8.4%) Valores Omissos

2.º Ano- 29 (7.2%)

Média = 2.29 Mediana = 2.00 Desvio Padrão = 1.19

1.ª Opção de Entrada Curso Mudança de Curso

Sim 237 (58.5%) Sim 58 (14.4%)

Não 166 (41.0%) Não 345 (85.2%)

Valores Omissos 2 (0.5%) Valores Omissos 2 (0.5%) Curso

Ensino Biologia Geologia 5 (1.2%) Arquitectura Paisagista 14 (3.5%) Educação Física 38 (9.4%) Engenharia Mecânica 16 (4.0%) Psicologia 55 (13.6%) Engenharia Energias 22 (5.4%) Informática 39 (9.6%) Ensino Matemática 8 (2.0%)

Bioengenharia 9 (2.2%) Segurança Alimentar 4 (1.0%) Ciência Alimentar 27 (6.7%) Serviço Social 6 (1.5%)

Biologia 44 (10.9%) Enfermagem 63 (15.6%)

Medicina Veterinária 41 (10.1%) Economia 14 (3.5%) Distribuição por escola

Escola de Ciências Agrárias e Veterinárias 55 (13.6%) Escola de Ciências da Vida e do Ambiente 84 (20.7%) Escola de Ciências e Tecnologia 77 (19.0%) Escola de Ciências Humanas e Sociais 126 (31.1%) Escola Superior de Enfermagem 63 (15.6%)

Deslocado Frequência vai a casa

Sim 321 (79.3%) Todos dias 14 (3.5%) Não 84 (20.7%) Fim de semana 259 (64.0%)

15/15 dias 35 (8.6%)

Mês/mês 9 (2.2%)

Férias 9 (2.2%)

Valores Omissos 79 (19.5) Local onde vive Meio de transporte utiliza quando vai a casa

Casa de familiares 11 (2.7%) Os meus pais vêm-me buscar 21 (5.2%) Residência Serviços Sociais 24 (5.9%) Viatura própria 83 (20.5%) Quarto/apartamento alugado 284 (70.1%) Viatura de colegas 40 (9.9%)

Outro 3 (0.7%) Transportes públicos 182 (44.9%)

Valores Omissos 83 (20.5%) Valores Omissos 79 (19.5%)

3.2. procedimentos.

Num primeiro momento da investigação, solicitamos autorização prévia (Anexo II) aos presidentes das cinco diferentes escolas que a Universidade de Trás-os-Montes e Alto Douro comporta, nomeadamente à Escola de Ciências e Tecnologia, à Escola de Ciências Agrárias e Veterinárias, à Escola de Ciências Humanas e Sociais; à Escola de Ciências da Vida e do Ambiente e à Escola Superior de Enfermagem.

O protocolo concebido para esta investigação era composto por uma página de apresentação, onde se referia sucintamente o objectivo do estudo, bem como assegurar a presença de confidencialidade e de anonimato (Anexo III). Seguia-se um questionário sócio- demográfico (Anexo IV) construído de forma a abordar informação que pareceu pertinente focar no estudo (e.g., idade, sexo, escolaridade dos jovens e dos pais, nível sócio económico dos pais, estado civil dos pais). O protocolo englobou ainda, três questionários de auto-relato (Anexo V, VI e VII) que foram cedidos para a presente investigação após solicitação (Anexo I).

Com o objectivo de evitar efeitos de contaminação de resposta por cansaço no preenchimento do protocolo, os questionários correspondentes às escalas usadas (Anexo V, VI e VII), foram ordenados aleatoriamente em três modelos (modelo A, B e C),

permanecendo imóveis a ficha de identificação (Anexo III) e a ficha sócio-demográfica (Anexo IV).

Aquando da conciliação da informação sócio-demográfica e questionários de auto- relato a utilizar na investigação, procedeu-se à aplicação aleatória de um protocolo protótipo ou piloto a 10 jovens da UTAD. Este procedimento denominado de reflexão falada ou de "thinking aloud" teve como objectivo recolher informação acerca da simplicidade e clareza dos itens, identificando e corrigindo possíveis erros de semântica ou até mesmo gráfico (Almeida & Freire, 2007). Foi também possível, deste modo, obter uma estimativa acerca do tempo requerido para o preenchimento do protocolo. Através da reflexão falada verificou-se a ausência de dificuldades de compreensão e reteve-se a média de aplicação, aproximadamente 17 minutos, o que permitiu informar os inquiridos acerca do tempo antecipadamente.

Após terem sido colmatadas todas as pertinências que uma investigação acarreta, procedemos à aplicação dos protocolos, que recorreu em tempo lectivo, compreendendo o período de Janeiro a Abril. A aplicação do protocolo foi antecedida por uma introdução de explicação e informação dos objectivos do estudo, como também de uma alerta de salvaguarda de anonimato e voluntariedade de participação.

Tratando-se de uma investigação de carácter quantitativo as questões que constam no protocolo são codificadas e posteriormente introduzidas numa base de dados previamente construída com recurso ao programa estatístico Statistical Package for the Social Sciences, versão 19 (SPSS-19.0). Após a introdução dos dados recolhidos, procedeu-se à limpeza da amostra. Este processo tem o intuito de verificar a existência de outliers, através do Z scores para detectar outliers univariados, e à distância de mahalanobis para a detecção de outliers multivariados (Pallant, 2011; Larson-Hall, 2010). Os questionários correspondentes aos

outliers foram analisados rigorosamente de forma a garantir a inclusão ou exclusão dos

mesmos no estudo. De referir ainda que os questionários que apresentassem mais de 10% de valores omissos por questionário foram retirados do estudo.

De forma a garantir que os itens dos instrumentos de auto-relato estão distribuídos pelas dimensões de acordo com os seus autores e que funcionam com a amostra recolhida, foi realizada uma análise factorial confirmatória recorrendo-se ao programa Structural Equation

Modeling Software, versão 6.1 (EQS-6.1) para verificar as suas propriedades psicométricas

(Bentler, 2004). Este procedimento requer que os dados estejam todos inseridos numa base de dados construída com base no SPSS. Como a investigação só vai utilizar as dimensões de cada instrumento e não o instrumento no seu todo, só se realizaram análises confirmatórias de 1ª ordem.

Recorreu-se ao Alfa de Cronbach para determinar a consistência interna dos instrumentos e das dimensões que os constituem. Para se garantir uma boa fiabilidade, e segundo a literatura, têm que se obter valores superiores a .80, embora sejam aceitáveis valores a partir de .60 (Pallant, 2011; Larson-Hall, 2010).

Através da análise factorial confirmatória e da análise do Alfa de Cronbach, foi possível fazer uso posterior dos instrumentos com um elevado nível de validade e fiabilidade (Kline, 2011).

De forma a garantir o aumento de estabilidade diminui-se o número de parâmetros a estimar recorrendo-se ao emparcelamento aleatório de itens por dimensão nos três instrumentos do estudo, encontrando desta forma, um modelo mais reduzido. Pretendeu-se também com o processo dos parcellings melhorar a relação entre o item e a dimensão e reduzir-se o número de parâmetros a estimar (Bandalos, 2002; Brown, 2006; Kline, 2011; Meade & Kroustalis, 2005).

É essencial a comprovação de que o instrumento funciona com a amostra em estudo e que os itens se encontram distribuídos pelas dimensões tal como proposto pelos autores originais, deste modo analisam-se os valores do índice de ajustamento (Fit Index). O índice de ajustamento é composto pelo Goodness of Fit Index (AGFI) mede a co-variância; o Goodness

of Fit Index (GFI) mede a variância dos itens no modelo; Comparative Fit Index (CFI) que

compara a co-variância da matriz dos dados; Root Mean Square of Aproximation (RMESA) relaciona-se com a análise do ajustamento do modelo; e, Standardized Root Mean Square

Residual (SRMR) mede a média do valor absoluto de co-variância (Brown, 2006; Kline,

2011).

O ajustamento do modelo foi ainda testado tendo em conta o teste de Lagrange (Lagrange Multiplier Test) que fornece indicações acerca dos parâmetros que poderão ser adicionados, e ao teste Wald (Wald Test) que indica os parâmetros que podem ser eliminados para obter um maior ajustamento do modelo à presente amostra do estudo (Kline, 2011; Raykov & Marcoulides, 2006).

Investigadores como Weinberg e Abramowitz (2002) ou Maroco (2007), alegam que um estudo que abranja uma amostra superior a 30 inquiridos elimina a necessidade de verificar os dados de normalidade, independentemente da sua distribuição. Também Melo (1985; cit. por. Pestana & Gageiro, 2008), refere que quando o número de elementos da amostra é relativamente elevado o pressuposto da normalidade não é restritiva à aplicação de análises de variância. Ainda assim, afim de se proceder às análises estatísticas propriamente ditas e embora a amostra do presente estudo seja relativamente elevada (N = 405), procedeu-

se à verificação da normalidade da amostra do nosso estudo. De acordo com a interpretação dos outputs verificou-se que as medidas de assimetria e curtose se encontram dentro dos parâmetros entre -1 e 1, utilizado pela maioria dos investigadores (e.g., Pestana & Gageiro, 2008), embora existam autores (Weinberg & Abramowitz, 2002) que referem que, se o rácio de assimetria for inferior a 2, a normalidade não é violada. Reforçamos a aceitação da normalidade analisando os gráficos Normal Q-Q Plots e Detrended Normal Q-Q Plots. Isto porque pela análise dos histogramas podem reter-se informações relevantes acerca da distribuição, ou seja, se a amostra está simetricamente distribuída ou se está enviesada. É através da análise aos gráficos que é possível verificar se o valor observado vai ao encontro do valor esperado, isto é, se os valores se reunirem ao longo de uma linha recta, então a análise sugere uma distribuição normal (Larson-Hall, 2010; Pallant, 2011).

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