• Nenhum resultado encontrado

Anexo 11. Termo de Responsabilidade e Autorização de Veiculação de Imagens e

4. A INVESTIGAÇÃO EMPÍRICA – APRESENTAÇÃO DE RESULTADOS E

4.1 Caracterização da Região Noroeste do Estado do Rio Grande do Sul

4.1.3 Caracterização e Localização do Universo Empírico da Pesquisa: Corede

Para cumprir com os objetivos propostos neste estudo, optou-se por delimitar o espaço empírico da pesquisa. O estudo ficou restrito aos municípios pertencentes à Região Noroeste Colonial do Rio Grande do Sul. Esse recorte fez-se necessário, tendo em vista a inserção da Casa Familiar Rural nesse local, bem como, de onde se originam os sujeitos da pesquisa.

Figura 02: Localização do Universo Empírico da Pesquisa: Região Noroeste Colonial

Fonte: Cartografia IBGE. Elaborado pelo Neru-FEE, julho de 2009.

Em 1991, o Governo Estadual criou os Conselhos Regionais de Desenvolvimento (COREDES) com o objetivo de descentralizar o planejamento e as decisões estratégicas relativas ao desenvolvimento de cada região. Os COREDES foram regulamentados através da Lei 10.283, sancionada em 17 de outubro de 1994, com o direito e a responsabilidade de definir a alocação de uma parcela dos investimentos previstos no Orçamento do Governo do Estado. Também foram desafiados a construir uma identidade regional, elaborar diagnósticos sobre sua dinâmica social, econômica e ambiental, estabelecer diretrizes de desenvolvimento e propor programas e projetos cuja implementação pudesse contribuir para alcançar os objetivos e as metas traçadas (COREDE –NORC, 2010).

O Conselho Regional de Desenvolvimento do Noroeste Colonial iniciou suas atividades em junho de 1991, no município de Ijuí, abrangendo inicialmente 32 municípios. No entanto, em janeiro de 2008 ocorreu o desmembramento do Corede-Norc. Atualmente o Conselho Regional de Desenvolvimento do Noroeste Colonial (Corede-Norc) abrange 11 municípios: Ajuricaba, Augusto Pestana, Bozano, Catuípe, Condor, Coronel Barros, Ijuí, Jóia, Nova Ramada, Panambi e Pejuçara, todos pertencentes à Associação de Municípios do Planalto Médio – Amuplan. No decorrer do ano de 2008 foram estruturados os demais COREDES do estado.

O Corede – Norc está situado no noroeste do Rio Grande do Sul (Figura 1) e faz limite com os seguintes Conselhos Regionais de Desenvolvimento: Médio Alto Uruguai, Celeiro, Alto Jacuí, Missões e Fronteira Noroeste.

Os principais dados relativos à região noroeste colonial estão resumidos à seguir

 População Total (2011): 167.106 habitantes

 Área (2011): 5.168,1 km²

 Densidade Demográfica (2011): 32,3 hab/km²

 Taxa de analfabetismo de pessoas com 15 anos ou mais (2010): 4,23 %

 Expectativa de Vida ao Nascer (2000): 71,00 anos

 Coeficiente de Mortalidade Infantil (2010): 10,57 por mil nascidos vivos

 PIBpm(2010): R$ mil 3.887.785

 PIB per capita (2010): R$ 23.334

 Exportações Totais (2010): U$ FOB 57.751.328 (FEE, 2012).

A distribuição demográfica na região noroeste colonial, por município, encontra-se descrito no Quadro 01.

Quadro 01: Distribuição Territorial no Corede Noroeste Colonial Território/População/Área em Km² - Ano Base:2010

Município População Ranking Urbana* Rural Área em Km²

Ajuricaba 7.255 6º 4.108 3.147 323,2 Augusto Pestana 7.096 5º 3.657 3.439 347,4 Bozano 2.200 11º 629 1.571 201 Catuípe 9.323 3º 5.998 3.325 583,2 Condor 6.552 7º 4.034 2.518 465,2 Coronel Barros 2.459 10º 1.093 1.366 162,9 Ijuí 78.915 1º 71.550 7.365 689,1 Jóia 8.331 4º 2.089 6.242 1.235,9 Nova Ramada 2.437 9º 670 1.767 254,09 Panambi 38.058 2º 34.562 3.496 490,9 Pejuçara 3.973 8º 2.672 1.301 414,2 Total 166.866 - 131.062 35.537 -

*População total urbana: sede municipal, vilas e distritos. Fonte: CENSO, 2010.

Considerando como base o ano de 2010 e os dados apresentados no Quadro 01, pode-se afirmar que em termos de extensão territorial, o município de Jóia possui a maior área, com 1.235,09Km²; em segundo lugar encontra-se Ijuí com 689,1 Km². Ao comparar a extensão territorial com o número de habitantes dos 11 municípios pertencentes à região, Jóia está em 4º lugar, com 8.331 habitantes e apresenta uma densidade demográfica de 6,7hab./km² e Ijuí em 1º lugar com 78.915 habitantes e densidade demográfica de 114,9 hab/Km². Vale ressaltar, que na comparação, Ijuí apresenta 71.550 habitantes concentrados na área urbana e 7.365 no interior. Enquanto que no município de Jóia ocorre o inverso, ou seja, 2.089 habitantes estão instalados no meio urbano e 6.242 no meio rural. Observa-se que excluindo os dois municípios mais urbanizados (Ijuí e Panambi) 49,3% da população está no meio rural, sem contar que na população urbana está sendo somada as populações das vilas dos distritos.

A rede urbana da região Noroeste Colonial é constituída de um pólo, que é Ijuí. Além dessa, mais duas cidades se destacam com importância Industrial: Panambi e Condor, a partir da fabricação de equipamentos para colheita e pós-colheita.

A produção agropecuária representa cerca de 6% do setor no Estado. Entre seus principais produtos, destacam-se: a soja, com 63% do valor da produção agrícola regional e

17% do valor da produção do setor no Estado; o milho, com 13% e 9%; e o trigo, com 20% e 5% respectivamente. Na pecuária, a região destaca-se com 7,5% do rebanho suíno do Estado, e 11% da produção leiteira do Rio Grande do Sul (BILIBIO, 2009).

Na estrutura fundiária do Noroeste Colonial, predominam as pequenas propriedades, que representam 91,85% do número total de estabelecimentos da região, ocupando 46,3% da área. As propriedades que possuem área entre 50 e 500 hectares correspondem a 7,6% do número total de estabelecimentos e 32% da área. E as grandes propriedades, maiores que 500 hectares, ou 0,55% dos estabelecimentos, ocupam 21,5% da área. Neste sentido, o município de Jóia destaca-se por apresentar, aproximadamente, 65% de sua área por este tipo de propriedade (IBGE, 2008).

Atualmente a Região Noroeste Colonial do Rio Grande do Sul vem apresentando algumas dificuldades, como a monocultura da soja, que tem causado dificuldades à diversificação da produção agrícola regional, ocasionando a concentração de renda para poucos produtores, grandes fazendeiros e aos revendedores de insumos e sementes, excluindo grande parte da população que migra para outras regiões, consequentemente, diminuindo o número de estabelecimentos agrícolas de pequenas propriedades e, por outro lado, aumentando a área dos grandes e médios estabelecimentos rurais.

Contudo, a região noroeste colonial apresenta algumas vocações e potencialidades, que podem ser citadas: tradição no cooperativismo agropecuário; a prestação de serviços na área educacional e da saúde como importantes indicadores econômicos; grande potencial na indústria metal-mecânica, na indústria alimentícia e na produção de grãos; razoável posicionamento geográfico, constituindo ponto de referência para viajantes que vão da Argentina para o centro do país, bem como, está num eixo estratégico de acesso aos mercados de Santa Catarina, Rio Grande do Sul, Paraguai, Argentina e Uruguai. Ainda, conforme a Secretaria da Coordenação e Planejamento do Estado do RS, pode-se citar o turismo, sendo o Salto do Yucumã uma grande potencialidade, por possuir o maior salto longitudinal do mundo, com 1.800 m de extensão; a implantação de agroindústrias; o desenvolvimento da fruticultura nas pequenas propriedades, produção de aves, suínos, leite; realização de parcerias; auxílio à micro, pequenas e médias empresas e reflorestamentos.