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Fonte: centrape.org

A utopia é um lugar fora de todos os lugares, mas um lugar onde eu teria um corpo sem corpo, um corpo que seria belo, límpido, transparente, luminoso, veloz, colossal na sua potência, infinito na sua duração, solto, invisível, protegido, sempre transfigurado; pode bem ser que a utopia primeira, a mais inextirpável no coração dos homens, consista precisamente na utopia de um corpo incorporal.

(Michel Foucault)

As mudanças sociais oriundas do aumento da expectativa de vida, bem como cenários que demonstram novos papéis assumidos pelas pessoas idosas dentro de um novo conceito de família, trabalho e de ocupação de diferentes espaços tem se refletido também na vida de celebridades idosas. Apesar de todas as possibilidades envoltas na condição de ser sujeito, esses indivíduos se deparam com situações que põem à prova tais condições.

O processo de envelhecimento traz consigo inúmeras concepções para o corpo agora denominado idoso. Para muitos, é entendido como um processo de declínio, finitude, inutilidade. É a face contrária da juventude cuja oposição se traduz na existência de patologias crônicas que o impedem de se manter ativo, autônomo e independente. Cria-se para tanto, um novo espaço ou uma nova forma de subjetivação para essa parcela da população que, imbuída de uma necessidade de desmistificar ou de desconstruir tais conceitos, abre caminho para uma medicina que lhe proporcione devolver a jovialidade perdida e com isso, uma reinserção nos diferentes espaços outrora ocupados. Isso se torna ainda mais premente quando o idoso em

pauta é uma pessoa pública cuja aparência representa tanto ou mais que o seu próprio talento. Nesse cenário, os artistas, aqui compreendidos dos mais diversos segmentos, são os que mais entram em evidência no quesito estética, superlotando clínicas e aderindo aos mais diferentes procedimentos rejuvenescedores num processo de redimensionamento das experiências subjetivas com vistas ao cuidado de si. Entretanto pouco se sabe de sua trajetória. Considera- se, sobretudo, o momento atual vivido por tal celebridade e a ele / ela é atribuído, em geral, um controle sobre os corpos que contribui para uma negação de sua representatividade enquanto sujeito. Esse poder sobre os corpos tenta descaracterizar as subjetividades dos idosos, refutando o seu passado. Entendendo que as subjetividades são constituídas continuamente, interessante se faz conhecer um pouco da trajetória dessas celebridades aqui referenciadas, reconhecendo que se trata de um pequeno resgate biográfico.

7.1 ANA MARIA BRAGA

Ana Maria Braga Maffeis, nascida em 01 de abril de 1949 em São Joaquim da Barra, é uma bióloga e jornalista que ganhou notoriedade a partir de programas de culinária e variedades. Filha única de italianos, passou grande parte da infância em internatos do interior de São Paulo. Após sua graduação em Biologia pela Universidade de São Paulo/ São José do Rio Preto, mudou-se para São Paulo com o objetivo de se especializar em sua área de formação. Com o intuito de custear seus estudos, ingressa na TV Tupi cujo ambiente lhe estimula a cursar Jornalismo e a deixar a profissão de Bióloga. Em seu currículo, a apresentadora traz uma longa experiência em grandes emissoras de televisão, a exemplo da antiga Rede Tupi, Rede Record – onde apresentou o programa Note e Anote e atualmente, a Rede Globo com o atual programa ―Mais Você‖.

Segundo o site https://anamariabraga.globo.com/biografia, Ana exerce atividades bastante diversificadas, embora seu foco principal seja a área relacionada à culinária. Em função de seu foco na área da gastronomia, mesmo em ambiente televisivo, a apresentadora acumula a venda de 13 milhões de livros, além de assinar coluna no jornal Extra, criar a feminina ―Revista A‖, e de possuir produtos assinados com seu nome.

Em sua trajetória a apresentadora foi destaque em 2015 sendo escolhida como a Top 1 Voice do Linkedln Brasil, rede social profissional, com um texto que demonstrou como superou uma demissão com criatividade. Além disso, seu nome compõe a lista das 250 mulheres mais poderosas do planeta (Fortune Maganize-2017) e do Guinnes Book como a apresentadora com o maior tempo de permanência ao vivo do mundo.

Sua vida pessoal também está relacionada às recidivas de câncer que a fizeram se submeter a diferentes tratamentos de quimioterapia e imunoterapia. A apresentadora é mãe de dois, Mariana e Pedro e avó de três, Joana, Bento e Maria. Recentemente (07/02/2020) casou-se com o francês Johnny Lucet.

Disponível em <https://www.purepeople.com.br/famosos/ana-maria-braga_p2411>; <https://anamariabraga.globo.com/biografia> e <https://gente.ig.com.br/anamariabraga/> Acessos em 17 de abr. de 2020.

7.2 ÂNGELA VIEIRA (03/03/1952)

Natural do Rio de Janeiro e nascida em 03 de março de 1952, Ângela Regina Vieira começou como integrante do Corpo de Baile do Municipal do Rio de Janeiro até assumir a profissão de atriz em emissoras de televisão.

Sua vida profissional como atriz teve início no ano de 1978 através do Programa Planeta dos Homens onde interpretava vários personagens em um elenco fixo. Sua longa participação artística inclui mais de 40 trabalhos entre séries, minisséries e novelas o que a fez ganhar respeito dentro da teledramaturgia brasileira.

Dentre seus principais trabalhos na televisão, destacam-se: ―O Planeta dos Homens – 1978‖, ―Chico Anysio Show – 1979‖, ―Viva o Gordo – 1981‖, ―Lampião e Maria Bonita – 1982‖, ―Os Trapalhões – 1983‖, ―Caso Verdade – 1984‖, ―Armação Ilimitada – 1986‖, ―Terra Nostra – 1999‖, ―Brava Gente – 2001‖, ―Sai de Baixo – 2001‖, ―Senhora do Destino – 2004‖, ―Carga Pesada – 2005‖, ―Cobras & Lagartos – 2006‖, ―Paraíso Tropical – 2007‖, ―Malhação – 2007‖, ―A Favorita – 2008‖, ―Insensato Coração – 2011‖, ―Fina Estampa – 2011‖, ―Flor do Caribe – 2013‖, ―I Love Paraisópolis – 2015‖, ―Pega Pega – 2017‖ e ―Brasil a Bordo – 2018‖.

A atriz também apresenta um longo currículo no teatro, tendo inúmeras peças encenadas ao longo da carreira. Seu primeiro trabalho no teatro aconteceu em 1979, mesmo ano em que ingressou na televisão, com a peça A História é Uma História, de Millôr Fernandes. No cinema, os filmes ―Angel‖ e ―Viva Zapata‖ são suas referências de sucesso enquanto atriz também das grandes telas.

A atriz também é escritora e lançou em 2004 o livro ―Meia Idade Inteira‖. O livro a projetou na condição de palestrante, sendo, inclusive, uma pioneira como palestrante coach. A atriz foi casada com Roberto Frota de 1983 até 1997. Atualmente é casada com Miguel Paiva.

Disponível em <https://biografiaresumida.com.br/biografia-angela-vieira/>Acesso em 01 de abr. de 2020.

7.3 BETTY FARIA (08/05/1941)

Elisabeth Maria Silva de Faria, mais conhecida como Betty Faria, nasceu no Rio de Janeiro, no dia 8 de maio de 1941. Filha única do militar Marçal Faria e da dona de casa Elza, Betty é uma atriz de sucesso tanto na televisão, como no cinema e teatro. Sua história artística inclui pelo menos 23 filmes, entre eles ―Dona Flor e Seus Dois Maridos‖, e mais de 40 novelas, com destaque para suas atuações em ―Tieta‖ (1989), onde foi protagonista, ―Pecado Capital‖ (1975) e ―Baila Comigo‖ (1981). Além de atriz, também traz no seu currículo a experiência enquanto dançarina de shows musicais. Ela ainda foi considerada um símbolo da mulher bonita brasileira.

Sua carreira teve início, praticamente, no mesmo período das telenovelas e do cinema brasileiro. Com menos de 25 anos realizou sua primeira novela, em 1965, mesmo ano em que participou de seu primeiro filme, ―O Beijo‖.

A carreira no cinema obteve destaque através da participação em filmes dos diretores Carlos Diegues (―Bye, bye Brazil‖, ―Um trem para as Estrelas‖), Bruno Barreto (―A Estrela Sobe‖, ―Romance da Empregada‖) e Carlos Reichenbach (―Anjos do Arrabalde‖, ―Bens Confiscados‖). Já no teatro, o destaque é para os espetáculos ―Onde Canta o Sabiá‖ e o show ―Camaleoa‖.

Sua principal referência com emissoras de televisão é a Rede Globo, lugar onde praticamente desenvolveu toda a sua carreira. Contudo, em 2009, Betty Faria assinou um curto contrato com o SBT e atuou em ―Uma Rosa com Amor‖, retornando em 2014 à Rede Globo para participar de ―Avenida Brasil‖.

Betty Faria foi casada com o ator Cláudio Marzo com quem teve sua filha e também atriz, Alexandra Marzo. Fruto do relacionamento com seu segundo marido, o diretor e ator Daniel Filho, a atriz teve segundo filho, João de Faria Daniel. A atriz também teve sua vida contada na biografia ―Betty Faria: rebelde por natureza‖, de autoria de Tânia Carvalho.

7.4 BRUNA LOMBARDI (01/08/1952)

Bruna Patrícia Maria Teresa Romilda Lombardi nasceu na capital paulista, em 1º de agosto de 1952. Filha de um cineasta e de uma atriz austríaca, começou a aparecer em televisão no ano de 1977 através da novela ―Sem Lenço e Sem Documento‖, exibida pela Rede Globo. No ano seguinte, foi então convidada pela autora Ivani Ribeiro a atuar em sua nova novela na TV Tupi, Aritana. Lá, conhece o também ator, Carlos Alberto Riccelli, com quem vem a se casar pouco tempo depois.

Com o marido, Bruna realizou vários projetos, incluindo trabalhos para o cinema, como os filmes O Signo da Cidade (2008) e Onde Está a Felicidade? (2011), roteirizados por ela e dirigidos por Riccelli, além de outras atividades em Los Angeles, onde o casal reside. Dentre esses projetos, destaca-se o programa Gente de Expressão, levado ao ar de 1993 a 1995, na TV Manchete. Nele, a atriz entrevistava expoentes da área artística em viagens pelo mundo.

A atriz ainda estrelou Grande Sertão: Veredas (1985), adaptação de Walter George Durst da obra homônima de Guimarães Rosa, e Memórias de um Gigolô (1986), de Durst e Marcos Rey. Na primeira, interpretou Diadorim, que, para vingar a morte do pai, escondia-se sob a identidade do destemido jagunço Reinaldo e despertava o conflito do também jagunço Riobaldo (Tony Ramos), que pensava estar apaixonado por um homem. Na segunda, foi a prostituta Lu, no centro de um triângulo amoroso formado pelos personagens de Lauro Corona e Ney Latorraca.

Dentre suas passagens por novelas, destacam-se: a novela Louco Amor (1983), de Gilberto Braga (sua primeira novela no horário nobre da TV Globo); Roda de Fogo (1986), de Lauro César Muniz, como par romântico de Tarcísio Meira, De Corpo e Alma (1992), de Gloria Perez. Em 2002, interpretou a viúva Branca da minissérie O Quinto dos Infernos (2002), de Carlos Lombardi. Morando em Los Angeles, seguiu escrevendo livros e participando de filmes em suas idas e voltas ao Brasil.

No teatro, Bruna Lombardi tem passagens em peças como Numa Nice (1982) e Eu te Amo (1987). Entre suas publicações, estão dois livros de poesia, dois romances, um registro poético das filmagens da minissérie Grande Sertão: Veredas, um infantil e dois roteiros escritos para filmes que estrelou e produziu.

A atriz é mãe de Kim Riccelli.

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Disponível em < https://memoriaglobo.globo.com/perfil/bruna-lombardi/perfil-completo/> e <http://biografias.netsaber.com.br/biografia-4376/biografia-de-bruna-lombardi.

<https://gowhere.com.br/a-vida-nada-secreta-de-bruna-lombardi/> Acessos em 13 de abr. de 2020.

7.5 ELBA RAMALHO (17/08/1951)

Elba Maria Nunes Ramalho nasceu em 17 de agosto de 1951em Conceição do Piancó, cidade do interior da Paraíba. Sua carreira foi revelada na década de 70, quando, assim como outros nordestinos, Elba foi em busca de oportunidades melhores de vida no sul do país.

Com forte influência da cultura nordestina e criada entre os baiões de Luiz Gonzaga e os pastoris (manifestação folclórica da cultura nordestina), a artista começou na música abraçando outro estilo - o rock. Foi baterista do grupo feminino As Brasas. Mas, foi a partir de sua participação no espetáculo A Feira, ao migrar para o Rio em 1974, agregada ao Quinteto Violado, que a vida da cantora tomou outra dimensão - Elba acabaria se tornando a voz do Nordeste que ecoaria em todo o Brasil para dar continuidade ao legado de Luiz Gonzaga.

Dona de um estilo musical com viés dramático, inicialmente, a cantora aproveitou esse talento para atuar no teatro carioca. Sua participação na primeira montagem da Ópera do Malandro chamou a atenção da crítica e do autor do espetáculo (Chico Buarque) em função de estilo de voz agreste e forte da cantora paraibana.

A boa receptividade vivenciada pelos artistas nordestinos no mercado fonográfico no final dos anos 70 favoreceu a gravação do primeiro LP de Elba Ramalho, citado anteriormente - Ave de Prata, com direito à música inédita de Chico Buarque (Não Sonho Mais). Logo após, vieram os álbuns Capim do Vale (1980) e Elba Ramalho (1981), todos pela CBS.

Após sua saída da CBS, Elba assinou com a extinta gravadora Ariola. A partir de então, a cantora adota uma imagem mais sensual e brejeira que a faz explodir nacionalmente. Os discos Alegria (1982), Coração Brasileiro (1983, LP que trouxe o sucesso "Banho de Cheiro"), Do Jeito que a Gente Gosta (1984) e Fogo na Mistura (1985 - ano do hit "De Volta pro Aconchego") são exemplos dessa fase transitória e de sucesso.

Esse período de forte ascensão profissional foi marcado, também, pela produção de outros discos a exemplo de: Remexer (1986), Elba (1987), Fruto (1988), Popular Brasileira (1989), Popular Brasileira ao Vivo (1990), Felicidade Urgente (1991), Encanto (1992),

Devora-me (LP de 1993 em que procurou um acento caribenho para sua música) e Paisagem (disco de 1995, de sotaque mais pop).

Em 1996, Elba assina contrato com a BMG e promove festejada volta às origens nordestinas com o disco Leão do Norte, produzido por Robertinho de Recife. O espetáculo homônimo foi eleito o melhor de 1996 pelos críticos. Nesse mesmo período, acantora se une a Alceu Valença, Geraldo Azevedo e Zé Ramalho e juntos criam o que ficou denominado como O Grande Encontro. O grupo sai em turnê pelo Brasil, registrada num disco ao vivo (mais tarde, já sem Alceu, o trio lançaria mais dois álbuns de sucesso).

A vasta carreira da cantora Elba Ramalho é composta de muitos trabalhos que lhe renderam milhões de discos vendidos e inúmeros prêmios. Destaca-se, nesse sentido, o Grande Prêmio da Música Popular Brasileira vencido10 vezes pela cantora.

Além do Grande Prêmio da Música Popular Brasileira, outros prêmios foram conquistados como o Grammy Latino de Melhor Álbum de Música Regionalista no Brasil. A cantora é uma das artistas que mais tem músicas em trilhas sonoras de novelas.

Considerada uma profissional versátil, Elba possui uma vasta experiência como atriz tendo atuado em musicais no teatro e participado de novelas, seriados e minisséries a exemplo de ―Sai de Baixo‖, ―Pra Viver um Grande Amor‖, ―Linha Direta‖ entre muitas outras. Além do filho biológico, Luã, Elba Ramalho tem três filhas adotivas.

Disponível em <https://www.vagalume.com.br/elba-ramalho/biografia/> Acesso em 13 de abr. de 2020.

Disponível em <https://biografiaresumida.com.br/biografia-elba-ramalho/amp/> Acesso em 13 de abril de 2020.

7.6 ELZA SOARES (23/06/1937)

Elza da Conceição Soares nasceu no dia 23 de junho de 1937, no subúrbio do Rio de Janeiro, em uma comunidade onde hoje está situada Vila Vintém. Filha de um operário (Avelino Gomes) com uma lavadeira (Rosária Maria da Conceição), a cantora de voz rouca é um dos maiores nomes da música popular brasileira. Foi com seu pai que, ainda menina, começou a cantar acompanhando-o ao som do violão.

Elza teve uma infância dura e de um período muito curto já que essa fase foi subitamente interrompida pelo casamento. Seu pai a obrigou a casar quando ela tinha apenas

12 anos com Lurdes Antônio Ramalho, que além de amigo de seu genitor, era bem mais velho do que Elza. Pouco tempo depois do casamento, deu à luz ao seu primeiro filho.

Obrigada pelas próprias circunstâncias de um casamento precoce, a adolescente tem essa etapa de vida encurtada assumindo uma postura de uma mulher adulta. Em seus relatos, a cantora destaca as agressões e violências sexuais que a marcaram pelo resto da vida — e que se transformaram em protestos que ela apresenta por meio de sua música.

Sua primeira apresentação pública aconteceu no programa de calouros do radialista Ary Barroso sendo motivada pelas condições financeiras e necessidades diante de um filho doente. Jovem e sem ajuda dos pais ou do marido, encontrou na participação do programa a possibilidade de resolver esse problema. Essa aparição foi marcada por uma frase de grande repercussão dita pela cantora. Diante de uma estrutura corporal franzina, o apresentador a questiona de que planeta a então candidata vinha, sendo surpreendido pela resposta ―planeta fome‖. Mesmo sendo vencedora no então programa, Elza perdeu seus dois primeiros filhos, ainda pequenos vitimas de desnutrição.

Na década de 60, volta a se inscrever em concurso musical de rádio sendo vencedora. A partir daí, assina um contrato para apresentação semanal e começa a viver da música.

Em 1966 foi a representante do Brasil na Copa do Mundo no Chile, momento em que conhece o jogador Garrincha e com quem viera a se relacionar. A relação com o famoso jogador de futebol se manteve de forma clandestina porque Garrincha era casado. Com o fim de seu relacionamento anterior, os dois oficializam a união que se manteve durante 17 anos. Entretanto, após o término da carreira de jogador, o atleta tornou-se alcoólatra e passou a agredir fisicamente Elza. Dessa experiência de violência doméstica, muitos anos mais tarde, surgiu a canção Maria da Vila Matilde, onde a cantora afirma:"cê vai se arrepender de levantar a mão pra mim" – uma referência às agressões sofridas.

Elza publicou em 1969 um livro intitulado Minha vida com Mané, onde conta detalhes da história de amor que viveu com Garrincha.

Dentre os maiores sucessos de Elza Soares, destacam-se:  Dentro de cada um

Exú nas escolas Deus há de ser

A Carne

Mulher do Fim do Mundo

O que se cala

Dindi

Maria da Vila Matilde

Banho

Em 2000, a emissora BBC, em Londres, deu-lhe o título de A Melhor Cantora do Universo.

Disponível em <https://www.ebiografia.com/elza_soares/>

e <https://www.letras.mus.br/blog/biografia-elza-soares/> Acessos em 13 de abr. de 2020.

7.7 FERNANDA MONTENEGRO (16/10/1929)

Considerada a primeira-dama do teatro, Fernanda Montenegro é uma importante atriz brasileira cuja carreira, que já ultrapassa sete décadas, perpassa pelos diferentes cenários da cultura brasileira.

Nascida no Rio de Janeiro no dia 16 de outubro de 1929, seu nome é, na verdade, Arlette Pinheiro Esteves da Silva.

Filha de uma dona de casa e um mecânico, a menina nasceu no bairro do Campinho, na zona norte do Rio de Janeiro. O nome Fernanda foi escolhido por ela, por ter uma sonoridade que remetia aos personagens de Balzac ou Proust. Montenegro veio de um médico homeopata que era amigo da família.

Sua estreia como atriz aconteceu aos oito anos de idade, quando Arlette participou de uma peça na igreja. Aos 15 anos, a jovem foi contratada como redatora, locutora e radioatriz da rádio MEC.

Considerada a primeira atriz contratada da TV Tupi (no Rio de Janeiro), fato acontecido no ano de 1951, Fernanda tem contabilizado 80 peças de teatro nessa emissora.

Em dezembro de 1950, ao lado do marido Fernando Torres, fez sua estreia no teatro. Em 1959 fundou a Companhia Teatro dos Sete com a ajuda também de seu marido e de alguns amigos. A atriz também participou da extinta TV Excelsior.

Uma das principais referências na carreira de Fernanda Montenegro foi a sua atuação no filme Central do Brasil (1998), de Walter Salles Jr onde chegou a concorrer ao Oscar.

Premiada nacional e internacionalmente, seu primeiro prêmio, Saci, foi recebido em 1955. Posteriormente foi agraciada com o prêmio da Associação Paulista de Críticos Teatrais, Prêmio Governador de Estado de São Paulo, Prêmio Padre Ventura do Círculo Independente

de Críticos de Arte, Prêmio Molière. Ao longo da carreira, recebeu todos os prêmios nacionais, além de cinco distinções internacionais.

Na esfera política, recebeu convites para ocupar o cargo de Ministra da Cultura nos governos de José Sarney e de Itamar Franco, além embaixadora do Fundo de Desenvolvimento das Nações Unidas para a Mulher (Unifem), porém nenhum desses convites foi aceito pela atriz.

Fernanda Montenegro foi casada com o ator Fernando Torres, que conheceu quando tinha apenas 16 anos e trabalhava no rádio. Juntos eles tiveram dois filhos: a atriz Fernanda Torres e o diretor Cláudio Torres.

Disponível em <https://www.ebiografia.com/fernanda_montenegro/> e https://educacao.uol.com.br/biografias/fernanda-montenegro.htm Acessos em 13 de abril de 2020.

7.8 LAURA CARDOSO (13/09/1927)

Laurinda de Jesus Cardoso Baleroni, mais conhecida como Laura Cardoso, nasceu em São Paulo no dia 13 de setembro de 1927 e é considerada pioneira na televisão brasileira.

Sua carreira teve início em 1952, na antiga TV Tupi, em um programa chamado