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2 Justificativa e Hipótese

4.6 Procedimentos para a coleta de dados

4.6.3 Coleta de dados no M2 (após a implementação da IHAC-Neo no hospital intervenção)

O segundo momento de coleta de dados, denominado M2, foi iniciado um mês após o fim do processo de implementação da intervenção IHAC-Neo no hospital intervenção. Os pesquisadores coletaram as mesmas variáveis e indicadores de prevalência do AM, condições de saúde dos prematuros, variáveis maternas e a adesão às diretrizes da IHAC-Neo, mensurados no M1, tanto no hospital intervenção quanto no hospital controle, com os mesmos instrumentos, roteiros e métodos.

4.6.3.1 Coleta de dados da prevalência do AM, variáveis maternas e condições de saúde do prematuro

A coleta de dados da prevalência do AM, das variáveis maternas e das condições de saúde do prematuro no M2 foi realizada de maneira eletrônica pelo tablet por meio do aplicativo

iForm – Zerion Software Inc., conforme mencionado anteriormente. A plataforma foi testada

inúmeras vezes quanto sua funcionalidade e praticidade para a coleta dos dados pela pesquisadora e contou com a assessoria de um técnico de informática para o gerenciamento desta plataforma eletrônica. Todas as questões e opções de preenchimento presentes no instrumento utilizado no M1 foram mantidas nesta ferramenta eletrônica no M2. Após o término da coleta de dados pós-intervenção, o técnico de informática responsável transferiu todos os dados coletados para o software SPSS 21.0.

O recrutamento para os participantes da pesquisa nesta fase no hospital intervenção ocorreu no período de 09 de maio a 09 de setembro de 2016 e no hospital controle ocorreu no

período de 14 de julho a 14 de novembro de 2016. As coletas de dados até os seis meses de vida dos bebês finalizaram em fevereiro de 2017 no hospital intervenção e maio de 2017 no controle. Inicialmente, o recrutamento dos prematuros no M2 deveria ocorrer por um período de três meses, como ocorrido no M1; porém, o número de bebês que tiveram alta no período dos três primeiros meses foi muito pequeno comparado à primeira coleta e as pesquisadoras optaram por ampliar o recrutamento para mais um mês, em ambos os hospitais. Assim, no M2, o recrutamento dos prematuros para a pesquisa ocorreu no período de quatro meses, incluindo- se aqueles que tiveram alta hospitalar nesse período e atendiam aos critérios de inclusão. Após o fim do recrutamento, os prematuros selecionados também foram acompanhados no primeiro mês após a alta e aos seis meses de vida.

Os dados da prevalência do AM no M2 foram coletados pela pesquisadora e mais uma auxiliar de pesquisa (pós-graduanda em enfermagem que já havia participado da coleta no M1) no hospital intervenção e por uma auxiliar de pesquisa (pós-graduanda em enfermagem) no hospital controle. Antes do início da coleta foram realizadas novas reuniões e treinamentos, presenciais e por tecnologias à distância, para a capacitação das auxiliares de pesquisa quanto aos procedimentos operacionais e ao preenchimento da plataforma eletrônica.

Os procedimentos operacionais realizados pelas assistentes de pesquisa e pela pesquisadora para o recrutamento das mães e prematuros e para a coleta de dados durante a hospitalização, no primeiro mês após a alta e aos seis meses de vida foram exatamente os mesmos que os realizados no M1, incluindo as visitas diárias às unidades neonatais, análise dos livros de admissão e alta, preenchimento de quadro controle dos incluídos na pesquisa (APÊNDICE B), verificação no sistema dos retornos ambulatoriais, preenchimento do quadro controle do acompanhamento das coletas aos seis meses de idade pós-natal (APÊNDICE D).

Assim como no M1, houve algumas dificuldades operacionais para a coleta dos dados no M2 da prevalência do AM, principalmente os retornos ambulatoriais dos prematuros serem programados após o primeiro mês de alta hospitalar e a dificuldade de encontrar as mães no retorno ambulatorial, sendo que a grande maioria das entrevistas no pós-alta foi realizada via contato telefônico. Houve também nova tramitação da pesquisa no CEP do hospital controle para a coleta de dados no M2 devido exigências institucionais, mesmo com a aprovação anterior do projeto, o que atrasou o início dessa coleta no controle em dois meses.

4.6.3.2 Coleta de dados da adesão às diretrizes da IHAC-Neo

Para a coleta de dados da adesão dos profissionais à IHAC-Neo no M2 foi necessário realizar um dimensionamento do quantitativo de profissionais da saúde que foram entrevistados no M1 e que continuavam trabalhando diretamente no cuidado aos neonatos nas unidades neonatais no M2. Este levantamento foi necessário para dimensionar as perdas de profissionais nesta fase, visto que os mesmos profissionais deveriam ser entrevistados nos dois momentos.

No hospital intervenção, houve perda de 03 residentes médicos (término da residência), 04 técnicas de enfermagem (demissão e transferência de setor), 01 gerente de enfermagem (transferência de setor) e 01 enfermeira (demissão). No controle, houve perdas de 08 técnicas/auxiliares de enfermagem (término do contrato), 03 residentes de enfermagem (término da residência), 04 residentes médicos (término da residência) e 01 residente de fisioterapia (término da residência).

Para a substituição destas perdas foi realizado um sorteio de novos profissionais de saúde por categoria profissional para as entrevistas de adesão à IHAC-Neo, em substituição aos profissionais que não estavam mais atuando nas unidades neonatais (perdas), para manter a amostragem estabelecida conforme orientação profissional estatística.

Novamente, houve capacitação, treinamento e supervisão de auxiliares de pesquisa para a coleta destes dados no M2 em ambas as unidades, inclusive com o auxílio de tecnologias à distância. A técnica de entrevista e os procedimentos operacionais realizados para a coleta de dados com profissionais, gerentes, mães, observações externas e análises documentais da adesão à IHAC-Neo foram as mesmas do M1.

A coleta de dados da adesão à IHAC-Neo no M2 por meio de entrevistas com os profissionais e mães, análise documental e observação externa, iniciou em 02 de junho e finalizou em 16 de novembro de 2016, no hospital intervenção, e em 01 de agosto finalizando em 09 de dezembro de 2016, no hospital controle.

No hospital intervenção foram entrevistadas 21 mães de prematuros (10 mães de bebês que estavam próximos da alta hospitalar e 11 mães cujos bebês já estavam no domicílio há no máximo um mês) e 41 profissionais de saúde que estavam atuando diretamente nos cuidados neonatais (06 enfermeiras, 22 técnicas/auxiliares de enfermagem, 06 médicos contratados, 01 fonoaudióloga, 01 assistente social, 03 residentes médicos de pediatria/neonatologia), acrescidos do diretor de enfermagem e o da neonatologia que também responderam tanto ao questionário de gerentes quanto de membros da equipe. Realizado três observações das

unidades neonatais em dias e horários diferentes por duas observadoras externas (pesquisadora principal e doutoranda da área de neonatologia), capacitadas para tal atividade e que já haviam realizado a observação no M1, além do preenchimento das questões referentes à análise documental das unidades. Com isto, totalizaram 67 instrumentos eletrônicos preenchidos.

No hospital controle foram preenchidos 72 instrumentos eletrônicos sendo, 21 de entrevistas com mães (10 mães de bebês próximos à alta hospitalar e 11 mães com bebês que já haviam recebido a alta no último mês); 01 entrevista com o diretor de enfermagem pediátrica e neonatal (o diretor médico estava de licença durante todo o período da coleta de dados); 47 de entrevistas com profissionais de saúde (06 enfermeiros, 22 técnicas/auxiliares de enfermagem, 07 médicos contratados, 03 residentes de enfermagem, 03 residentes médicos de pediatria/neonatologia, 01 fisioterapeuta, 01 residente de fisioterapia, 01 nutricionista, 01 psicóloga, 01 terapeuta ocupacional e 01 diretor de enfermagem que respondeu tanto o questionário de gerentes quanto o de integrantes da equipe); três observações em períodos distintos realizadas por duas observadoras externas e capacitadas (duas doutorandas da área de neonatologia), uma delas já havia participado da observação no M1; e mais o instrumento da análise documental realizada pelas mesmas observadoras externas.