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2 Justificativa e Hipótese

4.3 Amostra do estudo e recrutamento

4.3.1 Sujeitos do estudo de prevalência do AME

Na investigação da prevalência do AME a amostra de conveniência incluiu todos os prematuros que saíram de alta hospitalar no período de três meses antes da fase de implementação da intervenção (M1) e suas mães; e os prematuros que tiveram alta nos quatro meses posteriores a fase de implementação da IHAC-Neo (M2) e suas mães, os quais atenderam aos seguintes critérios de inclusão:

 Prematuro: idade gestacional menor que 37 semanas, internação na unidade neonatal nas primeiras 48 horas de vida e com permanência mínima de 48 horas em unidade de internação (UTIN e/ou UCIN e/ou UC que exclui o alojamento conjunto da obstetrícia/puerpério).

 Mães: ter capacidade cognitiva para responder aos questionários, avaliada pelo próprio entrevistador no momento da abordagem inicial para a participação na pesquisa, e filho internado na unidade neonatal conforme critérios de inclusão do prematuro.

Os critérios de exclusão foram:

 Prematuro: portadores de condições clínicas ou anomalias congênitas que impedem ou contraindicam a amamentação (ex.: fístula gastroesofágica, fenilcetonúria, galactosemia, encefalopatia crônica não progressiva, malformações orofaciais, etc.), conforme registro no prontuário, e óbito durante a internação hospitalar.

 Mães: óbito materno e presença de contraindicação temporária ou definitiva para amamentar (ex.: Vírus da Imunodeficiência Humana (Human Immunodeficiency Vírus – HIV) positivo

/ Síndrome da Imunodeficiência Humana (Acquired Immune Deficiency Syndrome – AIDS), vírus linfotrópico da célula humana, sífilis e tuberculose sem tratamento, etc.), conforme registro no prontuário.

Algumas condições de saúde do prematuro (fendas labiais e palatinas, etc.) e materna (doenças crônicas, etc.) e o contexto social desfavorável (mãe drogadita, etc.) não impedem, embora possam dificultar, o AM e, por isso, não foram considerados critérios de exclusão para participar do estudo.

Para este estudo, optou-se por utilizar como unidade de análise o prematuro, visto que todos os bebês participantes tinham um instrumento de coleta de dados preenchido individualmente, independentemente de ter um irmão/irmã gemelar na amostra.

O intervalo mínimo foi de 12 meses entre os dois momentos (1 e 2) de coleta de dados nos hospitais (intervenção e controle), sendo no hospital intervenção antes e após a implementação da IHAC-Neo. Não foi possível a coleta simultânea no mesmo período nos dois hospitais devido dificuldades operacionais na tramitação junto ao Comitê de Ética em Pesquisas (CEP) da instituição controle, descritas posteriormente.

Durante os três meses de recrutamento dos prematuros participantes no momento 1 (M1) no hospital intervenção, foram internados nas unidades neonatais 100 prematuros, sendo 47 deles excluídos devido aos seguintes motivos: menos de 48 horas de internação em alguma unidade neonatal (18); transferência para outro hospital antes da alta hospitalar (16); internação em alguma unidade neonatal com mais de 48 horas de vida (5); óbito do bebê durante a internação (3); prematuro institucionalizado ou abandonado pela mãe (3); e contraindicação ao AM (2) – uma mãe com lúpus tomando medicação contraindicada ao AM e outro bebê com disfagia e gastrostomia. Houve uma recusa materna em participar da pesquisa. Na alta hospitalar e no primeiro mês após a alta participaram do estudo 52 prematuros e 48 mães, visto que quatro deles eram gemelares. Durante o seguimento dos bebês, três prematuros não foram encontrados na coleta aos seis meses de idade pós-natal devido ausência de retorno ambulatorial agendado no período e não serem localizados por contato telefônico após várias tentativas, totalizando 49 prematuros e 45 mães.

No hospital controle, durante o recrutamento no M1, foram internados 44 prematuros nas unidades neonatais da instituição, sendo onze excluídos segundo os critérios estabelecidos: óbito do bebê durante a internação (7); internação em alguma unidade neonatal com mais de 48 horas de vida (2); contraindicação ao AM (1) – bebê com encefalopatia grave; e mãe abandonou o bebê que passou a ser cuidado pela avó (1). Uma mãe também recusou participar da pesquisa. Foram incluídos 32 prematuros, sendo cinco gemelares e dois trigemelares, e, portanto, 23 mães

participantes da coleta na alta hospitalar e no primeiro mês pós-alta. Na coleta aos seis meses de idade pós-natal, quatro prematuros (dois deles eram gêmeos) não foram localizados pelo fato da mãe não comparecer ao retorno ambulatorial agendado e não atender ao contato telefônico em várias tentativas. Portanto, foram acompanhados 28 prematuros aos seis meses de vida e 20 mães. A Figura 1 contém o fluxograma do recrutamento e seguimento dos prematuros participantes e suas mães no M1 em ambos os hospitais (intervenção – HI e controle – HC). Os pontos para a coleta de dados referente ao desfecho do AM durante todo o seguimento dos prematuros ocorreram em três ocasiões: S1 = coleta do AM na alta hospitalar; S2 = coleta do AM no primeiro mês após a alta hospitalar; e S3 = coleta do AM aos seis meses de vida do prematuro. Figura 1 – Fluxograma de recrutamento dos participantes e seguimento do desfecho do AM em prematuros no M1 no hospital intervenção (HI) e no hospital controle (HC).

Prematuros admitidos nas unidades neonatais HI: n=100 HC: n=44

Não atenderam aos critérios de inclusão

HI: n=48 HC: n=12

Prematuros elegíveis HI: n=53 HC: n=33

Mães que recusaram participar HI: n=1 HC: n=1

Prematuros e mães com desfecho do AM na alta hospitalar (S1) HI: nprem=52 nmães=48 HC: nprem=32 nmães=23

Prematuros e mães com desfecho do AM durante 1º mês pós-alta (S2) HI: nprem=52 nmães=48 HC: nprem=32 nmães=23

Perdas de prematuros no seguimento aos 6 meses HI: n=3 HC: n=4 (1 par gêmeos)

Prematuros e mães com desfecho do AM aos seis meses de vida (S3) HI: nprem=49 nmães=45 HC: nprem=28 nmães=20

No M2, durante os quatro meses de recrutamento dos participantes, no hospital intervenção foram internados nas unidades neonatais 115 bebês prematuros, sendo que 66 foram excluídos segundo os seguintes motivos: transferência para outro hospital antes da alta hospitalar (19); óbito do bebê durante a internação (18); menos de 48 horas de internação em unidade neonatal (11); internação em unidade neonatal com mais de 48 horas de vida (6); contraindicação ao AM (7), sendo três mães portadoras de HIV positivo, três bebês que foram submetidos à gastrostomia e um bebê com gastroenterite não infecciosa com intolerância alimentar; e má formação congênita do bebê (3) – um RN com múltiplas malformações e dois outros com atresia de esôfago; e prematuro institucionalizado ou abandonado pela mãe (2). Nenhuma mãe recusou participar do estudo neste momento. Foram incluídos inicialmente 49 prematuros e 43 mães, visto que quatro deles eram gemelares e um trigemelares. Durante o seguimento, dois prematuros não foram encontrados na coleta durante o primeiro mês após a alta hospitalar e nem aos seis meses de idade pós-natal devido ausência de retorno ambulatorial agendado no período e não serem localizados por contato telefônico após várias tentativas, totalizando 47 prematuros e 41 mães nestes dois pontos de coleta.

No hospital controle, foram internados e tiveram alta hospitalar das unidades neonatais 34 prematuros durante os quatro meses de recrutamento no M2, sendo quatro deles excluídos: transferência para outro hospital antes da alta hospitalar (2); internação em unidade neonatal com mais de 48 horas de vida (1); e mãe abandonou o bebê durante internação (1). Uma mãe recusou participar da pesquisa. Foram incluídos 29 prematuros, sendo oito gêmeos, totalizando a inclusão de 21 mães. Não houve perda no seguimento durante o primeiro mês após a alta e aos seis meses de idade pós-natal.

O fluxograma do recrutamento dos participantes nos hospitais intervenção e controle no M2 está apresentado na Figura 2. Apesar da perda dos dados de alguns prematuros durante o primeiro mês após a alta e aos seis meses de vida em ambos os hospitais, estes prematuros permaneceram incluídos na pesquisa.

Figura 2 – Fluxograma de recrutamento dos participantes e seguimento do desfecho do AM em prematuros no M2 no hospital intervenção (HI) e no hospital controle (HC).

O recrutamento das mães e prematuros ocorreu por meio de visitas diárias da pesquisadora e das auxiliares de pesquisa às unidades neonatais e análise dos livros de admissão e alta dessas unidades a fim de identificar os participantes que atenderiam aos critérios de inclusão estabelecidos. As mães e seus prematuros que atendessem aos critérios de inclusão, eram convidadas a participar da pesquisa e informadas quanto aos objetivos e questões éticas, preferencialmente quando a mãe ainda estava internada na maternidade. Aquelas que não estavam internadas foram abordadas durante sua visita às unidades neonatais. Após o aceite para sua participação e de seu filho e assinatura do Termo de Consentimento Livre e Esclarecido (TCLE) (APÊNDICE A), iniciou-se a coleta de dados no prontuário e com a mãe.

Prematuros admitidos nas unidades neonatais

HI: n=115 HC: n=34

Não atenderam aos critérios de inclusão HI: n=66 HC: n=4

Prematuros elegíveis

HI: n=49 HC: n=30

Mães que recusou participar HI: n=0 HC: n=1

Perdas de prematuros no seguimento 1º mês pós-alta HI: n=2 HC: n=0

Prematuros e mães com desfecho do AM durante 1º mês pós-alta (S2) HI: nprem=47 nmães=41 HC: nprem=29 nmães=21

Prematuros e mães com desfecho do AM na alta hospitalar (S1) HI: nprem=49 nmães=43 HC: nprem=29 nmães=21

Prematuros e mães com desfecho do AM aos seis meses de vida (S3) HI: nprem=47 nmães=41 HC: nprem=29 nmães=21

As auxiliares de pesquisa também preencheram um quadro controle com os principais dados de todos os prematuros admitidos nas unidades durante o período do recrutamento com o objetivo de sistematizar a coleta de dados e facilitar a comunicação entre as coletadoras (APÊNDICE B).