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2 Justificativa e Hipótese

4.3 Amostra do estudo e recrutamento

4.3.2 Sujeitos do estudo da adesão às diretrizes da IHAC-Neo

Foram coletados dados referentes à adesão aos Três Princípios Norteadores, Dez Passos e ao Código contidos na IHAC-Neo, por meio de entrevistas com profissionais de saúde e mães de prematuros, observação e análise documental dos hospitais intervenção e controle.

O cálculo amostral para a coleta da adesão à IHAC-Neo para as mães participantes foi obtido com uso do programa de computador denominado G Power analysis 3.1, disponível gratuitamente no site http://www.psycho.uni-duesseldorf.de/aap/projects/gpower/. Considerando um tamanho do efeito = 0,3; α = 5%; β = 80%; dois grupos (intervenção e controle); duas medidas repetidas e cinco variáveis controladas e uma correlação entre as medidas repetidas de 0,4, obteve-se um tamanho amostral mínimo de 21 mães de prematuros para cada hospital.

Os critérios de inclusão das mães a serem entrevistadas com foco na IHAC-Neo foram: ter capacidade cognitiva para responder aos questionários, avaliada pelo próprio entrevistador no momento da abordagem inicial; e filho internado na unidade neonatal, excluindo-se aquelas com contraindicação temporária ou definitiva para amamentar (ex.: HIV positivo/AIDS, vírus linfotrópico da célula humana, sífilis e tuberculose sem tratamento etc.); com pelo menos sete dias de internação de seu filho prematuro na UTIN e/ou UCIN e/ou UC e cujo bebê atendesse aos seguintes critérios: idade gestacional menor do que 37 semanas; internação na unidade neonatal nas primeiras 48 horas de vida, excluindo-se aqueles com contraindicação para AM (ex.: fístula gastroesofágica, fenilcetonúria, galactosemia etc.). Em ambos os momentos da coleta de dados, apenas uma mãe no M1 no hospital controle recusou-se em participar da pesquisa, sendo outra mãe convidada a participar.

As mães de bebês gemelares ou trigemelares foram incluídas na amostra, porém foram coletados apenas os dados do bebê de menor peso para a inclusão na pesquisa, assim como foi realizado no projeto multicêntrico ao qual a presente pesquisa está vinculada.

A escolha das mães para a entrevista foi por conveniência, aceitando-se tal opção como uma limitação desta pesquisa. Para contemplar a diversidade de assistência e vivência materna,

foram entrevistadas 21 mães no M1 e 21 no M2, tanto no hospital intervenção como no controle, assim distribuídas: metade das mães cujos filhos prematuros estivessem hospitalizados na UTIN, UCIN e/ou UC e cujas entrevistas fossem realizadas preferencialmente na semana da alta do bebê; e a outra metade das mães cujos bebês já tivessem recebido alta da unidade neonatal cujas entrevistas foram realizadas no ambulatório (preferencialmente) ou por telefone, em até 30 dias após a alta do prematuro. Esta amostragem seguiu as recomendações do MS da avaliação da IHAC convencional de entrevistar de 15 a 30 mães do pós-parto (normal e cesárea) que deram à luz pelo menos seis horas antes da avaliação e que estão o mais perto possível da alta de forma que tenham recebido todo o aconselhamento e instruções relacionadas à alimentação de lactentes, além da possibilidade de entrevistar mães após a alta hospitalar, e de entrevistar de 5 a 10 mães de bebês em terapia intensiva neonatal (BRASIL, 2008c). As mães também foram entrevistadas após o consentimento informado.

A amostra referente aos profissionais de saúde que trabalham nas unidades neonatais, foi composta por 30% do número total de profissionais de cada categoria em ambos os hospitais, intervenção e controle, sendo a amostra por conveniência, cujos profissionais entrevistados foram sorteados. A recomendação do MS para a avaliação da certificação da IHAC convencional é a entrevista de 10 a 30 profissionais de saúde, o que também foi atendida nesta pesquisa (BRASIL, 2008c).

Os critérios de inclusão dos profissionais de saúde entrevistados para avaliar a adesão à IHAC-Neo foram: vínculo efetivo, atuação direta na assistência ao prematuro nas respectivas unidades neonatais participantes e maternidades, excluindo-se aqueles que estiveram de férias ou licença no período da coleta de dados. Houve uma recusa no hospital intervenção e uma recusa no hospital controle no M1 e nenhuma recusa em ambos os hospitais no M2, sendo que os profissionais sorteados e que recusaram participar foram substituídos por outro após novo sorteio com reposição.

No M1, a amostra foi sorteada dentre os profissionais existentes que atenderam aos critérios de inclusão, exceto as categorias profissionais existente em número muito reduzido (ex. psicólogo, terapeuta ocupacional, nutricionista, fonoaudiólogo, assistente social). Assim, dentre estas categorias profissionais mais reduzidas, foram sorteados duas ou três categorias para participar da pesquisa e, caso houvesse mais de um profissional atuando na categoria sorteada, realizou-se novo sorteio para determinar qual profissional seria convidado. No M2, após a fase de intervenção, os mesmos profissionais entrevistados no M1 deveriam ser entrevistados novamente, porém, alguns deles tiveram que ser substituídos devido demissões,

transferência de setores, fim de contratos, férias etc., apesar da grande maioria de entrevistados ser constituída pelos mesmos profissionais que responderam ao instrumento da IHAC-Neo no M1.Aqueles profissionais que não atuavam mais na unidade no M2 (09 no hospital intervenção e 16 no controle) foram substituídos por outro da mesma categoria profissional, por sorteio.

Com base no exposto, a amostra dos profissionais sorteados das unidades neonatais por categoria profissional foi assim constituída:

 Hospital intervenção: 06 pediatras, 04 residentes de pediatria/neonatologia, 07 enfermeiros, 22 técnicos/auxiliares de enfermagem, 01 fonoaudiólogo e 01 assistente social, perfazendo 41 profissionais no M1 e 41 no M2.

 Hospital controle: 07 pediatras, 04 residentes de pediatria/neonatologia, 07 enfermeiros, 03 residentes de enfermagem, 23 técnicos de enfermagem, 01 fisioterapeuta, 01 psicólogo e 01 terapeuta ocupacional, além de 01 residente de fisioterapia e 01 residente de terapia ocupacional, perfazendo 49 profissionais no M1 e 49 no M2. Esta amostra foi maior devido ao grande número e diversidade profissional da categoria de residentes.