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COMPONENTES DA IMAGEM DOS DESTINOS TURÍSTICOS

3 COMPONENTES DA IMAGEM DOS DESTINOS TURÍSTICOS

3.1 OS COMPONENTES DA IMAGEM DOS DESTINOS TURÍ

3.1.1 Componente Atracções Turísticas

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Todo o conjunto de actividades de animação, da mais variadíssima índole, funcionam nos mercados turísticos como uma Atracção, promovidas e evidenciadas, de forma a criar motivação nos potenciais clientes, influenciando assim a sua decisão final e a respectiva viagem para o destino. Para Swarbrooke (1996), as atracções são geralmente unidades individuais, locais ou indivíduos, que facilmente se destacam em determinadas áreas geográficas delimitadas. Os destinos são grandes áreas que incluem uma série de atracões individuais com os serviços de apoio necessários. Há uma forte ligação entre os dois e normalmente é a existência de uma grande atracção, que tende a estimular o desenvolvimento dos destinos. Uma vez o destino desenvolvido, começa a crescer todo um conjunto de outras atracções secundárias que servem de suporte a necessidades secundárias dos turistas.

As atracções definem os destinos turísticos, constituindo um dos seus principais componentes e exercendo uma determinada atracção aos potenciais visitantes.

“Enquanto a motivação é a razão e o movimento inerente à pessoa que predispõe a deslocar-se, a atracção é o elemento que responde a essa razão, ...” (Cunha, 2001). Os

destinos turísticos com várias atracções convidam à vinda de determinados tipos de visitantes, enquanto um destino turístico com uma atracção mais especifica e direccionada, rege a tipologia dos seus visitantes segmentando a procura. No entanto, não podemos afirmar qual dos dois tem mais vantagens, pois isso depende de vários factores sociais, culturais e económicos, que definem a actividade turística.

As atracções podem-se classificar, como Atracções Primárias, para Swarbrooke (1996), são a razão principal para realizar uma viagem, tendem a ser as atracções onde os visitantes passam a maior parte do seu tempo, quer porque o local é um recurso vital para uma actividade preferencial, quer porque é uma condição necessária para passar várias horas a desfrutar de todos os seus elementos. Neste último caso, as atracções são muitas vezes aquelas com as taxas de entrada relativamente elevadas. Com base

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nestas duas explicações das atracções principais, é claro que dois bons exemplos são as praias e parques temáticos, respectivamente.

Por outro lado podem-se classificar como Atracções Secundárias, para Swarbrooke (1996), são os lugares visitados no caminho de e para as atracções principais. A sua função é geralmente para quebrar uma longa viagem, para proporcionar uma oportunidade para comer e beber, ou para dar à viagem alguma variedade. Visitas a atracções secundárias podem ser de curto espaço de tempo, apenas alguns minutos. Estas atracções secundárias podem ser usadas como uma solução de compromisso para agradar aos membros da família ou como complemento à atracção principal. Exemplos comuns de atracções secundárias são os centros de artesanato, locais de piquenique, lojas e mercados.

No geral, podemos dizer que as atracções são o motivo pela qual as pessoas viajam. Para MacIntosh et al (2002), não existem dúvidas de que os atractivos são os principais motivadores do turismo. Sendo uma lista longa, é a combinação deles que leva o turista para um destino. As oportunidades para passeios, compras, entretenimento, jogo, cultura e lazer cumprem um papel importante na determinação da competitividade de um destino.

Esta interacção entre os diferentes elementos que compõem a atracção global de um destino, quando planeada e organizada, faz com que o produto final, destino, seja mais forte, mais atractivo e com potencialidades para motivar a vinda de mais turistas. Para Martins (2004), as atracções são os elementos centrais do turismo, apesar das atracções para o turista se traduzirem na satisfação percebida resultante de um conjunto de experiências.

Se tivermos que classificar as atracções, quanto à sua diversidade, podemos fazê-lo atendendo à sua natureza, para Cunha (2001), a capacidade de gerar movimentos

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turísticos difere de atracção para atracção em função das suas características, da sua localização e das condições de acesso, no entanto, o elemento mais importante e que lhe concede maior capacidade de atracção, é a sua singularidade. Esta pode tornar o destino num lugar único e motivar uma experiência única, criando assim todo um conjunto de motivações que levam os potenciais turistas a optar por este lugar único.

Figura 3.4 – Visão Geral das Atracções

ATRACÇÕES

CULTURAIS NATURAIS EVENTOS DESPORTIVAS ENTRETENIMENTO

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Sítios Paisagem Megaeventos Passeios Parques Históricos Temáticos

| | | | | Sítios Paisagem Eventos Golfe Parques de Arqueológicos Marítima Comunitários Diversão

| | | | | Arquitectura Parques Festivais Natação Casinos

| | | | | Culinária Montanhas Eventos Ténis Cinemas Religiosos

| | | | | Monumentos Flora Eventos Trilhos Comércio Desportivos

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Pólos Fauna Feiras Ciclismo Apresentações Industriais Comerciais Artísticas

| | | | | Museus Litorais Empresas Desportos Complexos de Neve Desportivos

| | | | | Shows Ilhas Eventos Desportos Centros Comemorativos Radicais Comerciais

| | | | | Teatros e Cataratas Eventos Desportos Centros Musicais Especiais Aquáticos Exposições | | | | |

VISITANTES

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De acordo com a figura acima e segundo MacIntosh et al (2002), os atractivos naturais são a mola propulsora que leva as pessoas a viajar. Os parques nacionais, as florestas naturais, os jardins botânicos, essas maravilhas da natureza atraem viajantes que gostam da beleza natural, recreação e inspiração que elas proporcionam. Um caso típico que podemos ter em conta é o que se passa no Brasil, onde as visitas a estes tipos de parques são muito frequentes.

Os atractivos ligados ao património, sítios pré-históricos e arqueológicos, monumentos antigos, atraem os que querem saber mais sobre as civilizações. Aqui podemos dar como exemplo, Atenas e Roma, onde a história e os monumentos antigos são a principal atracção das deslocações de turistas. Hoje muito em voga, estão as visitas a Londres e Nova York para compras, especialmente na altura dos saldos e Natal.

Os atractivos industriais não podem ser esquecidos, como os vinícolas e cervejarias que sempre foram atracções turísticas. Os passeios a fábricas estão crescendo em grande número e os fabricantes tem criado instalações bem preparadas para lidar com os turistas.

Muitas das atracções disponíveis são construídas com o propósito de garantir maior poder de atracção e desenvolvimento ao destino. Estas são normalmente usadas para ajudar a alcançar os objectivos de desenvolvimento e podem ser localizadas onde são mais necessárias. Especialmente criados são os eventos e festas, muitas vezes utilizados pelas mesmas razões.

A crescente procura de novas experiências tornou-se num factor chave para o desenvolvimento de novos destino, para Martins (2004), a criação de novas dinâmicas turísticas, obrigou à reestruturação dos destinos tradicionais promovendo uma nova imagem baseada nas experiências.

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Quadro 3.1 Principais Atracções Estudadas