O PRODUTO DESTINO TURÍSTICO
TIPOS DE DESTINO TURISTAS ATRACTIVOS/ACTIVIDADES Urbano
1.2.1 O Desenvolvimento dos Destinos Turísticos
Destino e produto são conceitos que se completam pela particularidade da sua composição. Haan et al (1991), vêem o destino como uma parte do produto turístico, considerando a relação de elementos físicos e funcionais como uma conjugação arbitrária de características. Ashworth e Voogd (1991), observam quatro incidências principais na construção de um destino turístico:
• Delimitação de Oportunidades Oferecidas – Definir e delimitar um lugar como
produto turístico tendo em conta as actividades desenvolvidas no seu espaço, quer sejam divergentes ou complementares ao turismo.
• Conhecimento da Totalidade da Oferta de Ócio Existente – O conhecimento
da oferta de um destino passa, não só pela oferecida e promovida pelos intermediários, mas também pelos restantes bens e serviços que formam o produto global.
• Espaço Geográfico – A delimitação de um destino deve passar, não pela
delimitação política, mas sim pela delimitação através das características comuns próprias do destino e pelas percepções e comportamento do consumidor.
• O Destino é um Compêndio de Elementos Comercializados – Num mesmo
uma zona ou área pode ser comercializada como destino natural, cultural, ou outro, sendo necessário apenas gerir cada grupo de indivíduos e direccioná para os recursos específicos.
Neste contexto, dois sistemas
turístico. Para Russo e Borg (2002),
internacionais e com elevado grau de previsão
tanto pelo turista individualmente, mas antes pela indústria turística. Os factores que determinam a competitividade de um destino estão sintetizados no esquema do produto turístico concebido por Berg, Borg e Meer (199
(2002), apresentado a seguir:
Figura 1.4 O Produto Turístico Destino
Fonte: Van den Berg et al (1995), citado em Russo e Borg (2002)
Um destino compreende uma rede de organizações e instituições, que colaboram e competem na oferta de bens e serviços turísticos em determinados mercados emissores de turistas, de acordo com as suas capacidade e recursos. Os destinos
___Capítulo I – O Produto Destino Turístico
uma zona ou área pode ser comercializada como destino natural, cultural, ou outro, sendo necessário apenas gerir cada grupo de indivíduos e direccioná
cursos específicos.
Neste contexto, dois sistemas inter-relacionados, determinam o sucesso de um destino sso e Borg (2002), a criação de infra-estruturas com standards com elevado grau de previsão permitirá a atracção do destino, não tanto pelo turista individualmente, mas antes pela indústria turística. Os factores que determinam a competitividade de um destino estão sintetizados no esquema do produto turístico concebido por Berg, Borg e Meer (1995) citado em Russo e Borg (2002), apresentado a seguir:
O Produto Turístico Destino
(1995), citado em Russo e Borg (2002)
Um destino compreende uma rede de organizações e instituições, que colaboram e ferta de bens e serviços turísticos em determinados mercados emissores de turistas, de acordo com as suas capacidade e recursos. Os destinos
O Produto Destino Turístico
uma zona ou área pode ser comercializada como destino natural, cultural, ou outro, sendo necessário apenas gerir cada grupo de indivíduos e direccioná-los
sucesso de um destino estruturas com standards permitirá a atracção do destino, não tanto pelo turista individualmente, mas antes pela indústria turística. Os factores que determinam a competitividade de um destino estão sintetizados no esquema do 5) citado em Russo e Borg
Um destino compreende uma rede de organizações e instituições, que colaboram e ferta de bens e serviços turísticos em determinados mercados emissores de turistas, de acordo com as suas capacidade e recursos. Os destinos
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devem ser planeados com uma visão ampla de mercado, organizados por istituições públicas e privadas de acordo com o
vista os objectivos individuais de cada interveniente. Esta visão estra
fundamenta a filosofia de marketing, orientando o produto ao consumidor, partilhando experiências e gerando desenvolvimen
Tendo em conta o desenvolvimento de um destino, Bercial e Timón (2005), afirmam que um espaço pode-se transformar em destino turístico desde que três premissas conceptuais estejam conectadas entre si: o desenvolvimento social do destino; a sustentabilidade dos elementos naturais e ambientais; a segurança dos aspectos económicos.
Figura 1.5 Marco Estratégico para o Planeamento dos Destinos Turísticos
Fonte: Bercial e Timón (2005)
Para os autores a sustentabilidade turística terá que ser um compromis
agentes envolvidos no processo. Para se assegurar a rentabilidade económica a médio e longo prazo, terá que haver um esforço colectivo no sentido de assegurar a conservação e melhoria dos valores em que se apoiam os recursos turísticos.
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devem ser planeados com uma visão ampla de mercado, organizados por istituições públicas e privadas de acordo com os os objectivos comuns mas, nunca perdendo de vista os objectivos individuais de cada interveniente. Esta visão estratégica de destino fundamenta a filosofia de marketing, orientando o produto ao consumidor, partilhando experiências e gerando desenvolvimento.
Tendo em conta o desenvolvimento de um destino, Bercial e Timón (2005), afirmam se transformar em destino turístico desde que três premissas conceptuais estejam conectadas entre si: o desenvolvimento social do destino; a idade dos elementos naturais e ambientais; a segurança dos aspectos
Marco Estratégico para o Planeamento dos Destinos Turísticos
Para os autores a sustentabilidade turística terá que ser um compromis
agentes envolvidos no processo. Para se assegurar a rentabilidade económica a médio longo prazo, terá que haver um esforço colectivo no sentido de assegurar a conservação e melhoria dos valores em que se apoiam os recursos turísticos.
O Produto Destino Turístico
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devem ser planeados com uma visão ampla de mercado, organizados por istituições s os objectivos comuns mas, nunca perdendo de tégica de destino fundamenta a filosofia de marketing, orientando o produto ao consumidor,
Tendo em conta o desenvolvimento de um destino, Bercial e Timón (2005), afirmam se transformar em destino turístico desde que três premissas conceptuais estejam conectadas entre si: o desenvolvimento social do destino; a idade dos elementos naturais e ambientais; a segurança dos aspectos
Marco Estratégico para o Planeamento dos Destinos Turísticos
Para os autores a sustentabilidade turística terá que ser um compromisso de todos os agentes envolvidos no processo. Para se assegurar a rentabilidade económica a médio longo prazo, terá que haver um esforço colectivo no sentido de assegurar a conservação e melhoria dos valores em que se apoiam os recursos turísticos.
Quanto aos novos produtos turísticos, a sua inserção no mercado implica apostar em produtos imaginativos, com capacidade de diferenciação no mercado e com índices de satisfação perduráveis no imaginário dos turistas. A aposta na inovação e diferenciação de novos produtos, só se consegue com o conhecimento específico do destino e dos valores emergentes do mesmo.
turístico tem por objecto de desenvolvimento todas as partes dos elementos físicos e institucionais de uma região. O sistema turístico funcionará melhor consoante o desenvolvimento integrado de todos os componentes do mesmo.
Figura 1.6 A Planificação do Desenvolvimento do Destino Turístico
Fonte: Bosh, Pujol e Serra (1998) citado em Palange (2003)
Os responsáveis pela formulação estratégica dos destinos turísticos, segundo Health e Hall (1992), deviam delinear os novos produtos turísticos com base em seis decisões estratégicas:
___Capítulo I – O Produto Destino Turístico
to aos novos produtos turísticos, a sua inserção no mercado implica apostar em produtos imaginativos, com capacidade de diferenciação no mercado e com índices de satisfação perduráveis no imaginário dos turistas. A aposta na inovação e diferenciação os produtos, só se consegue com o conhecimento específico do destino e dos valores emergentes do mesmo. Para Bigné, Font e Andréu (2000), o planeamento turístico tem por objecto de desenvolvimento todas as partes dos elementos físicos e ma região. O sistema turístico funcionará melhor consoante o desenvolvimento integrado de todos os componentes do mesmo.
A Planificação do Desenvolvimento do Destino Turístico
Fonte: Bosh, Pujol e Serra (1998) citado em Palange (2003)
responsáveis pela formulação estratégica dos destinos turísticos, segundo Health e Hall (1992), deviam delinear os novos produtos turísticos com base em seis decisões
O Produto Destino Turístico
to aos novos produtos turísticos, a sua inserção no mercado implica apostar em produtos imaginativos, com capacidade de diferenciação no mercado e com índices de satisfação perduráveis no imaginário dos turistas. A aposta na inovação e diferenciação os produtos, só se consegue com o conhecimento específico do destino e dos Para Bigné, Font e Andréu (2000), o planeamento turístico tem por objecto de desenvolvimento todas as partes dos elementos físicos e ma região. O sistema turístico funcionará melhor consoante o
responsáveis pela formulação estratégica dos destinos turísticos, segundo Health e Hall (1992), deviam delinear os novos produtos turísticos com base em seis decisões
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• Determinar se os produtos actuais podem manter ou aumentar a procura; • Verificar se é possível oferecer produtos turísticos actuais a novos mercados; • Considerar a possibilidade de modificar os produtos actuais e as suas
estratégias para atrair mais turistas;
• Possibilidade de modificar produtos não turísticos actuais para captar novos mercados;
• Inovar com produtos idóneos para garantir novos mercados e captar novos turistas;
• Pensar na hipótese de criar uma inovação total, oferecendo novos produtos a novos mercados.
Os destinos turísticos devem satisfazer os desejos e necessidades dos actuais consumidores, incrementando um sistema de gestão da qualidade com capacidade de perceber e tratar o feedback recolhido e incrementando processos de certificação. Só assim, se conseguirá atingir novos mercados e trazer novos turistas, melhorando a promoção qualitativa do destino. O desenvolvimento dos destinos depende da capacidade para estabelecer e manter redes de colaboração entre os diferentes agentes a operar no destino, com maior ou menor responsabilidade de intervenção. A criação de uma rede de colaboração, implica uma atitude e um comportamento cooperativo entre instituições que normalmente competem entre si. Devem ser competidores nas vendas de bens e serviços mas estrategicamente parceiros na promoção, preservação e consolidação do destino.
Um dos grandes efeitos do turismo é conseguir criar, num mesmo espaço territorial, um conjunto de sinergias entre os diferentes sectores económicos de uma região, capazes de promover o desenvolvimento e a sustentabilidade social. Bercial e Timón (2005), afirmam que a rentabilidade de um destino implica a rentabilidade individual dos produtos construídos e dos agentes envolvidos.
Sautter e Leisen (1999), questionam se o efeito económico do turismo realmente beneficia ou não todas as entidades
residentes possuem pouca ou nenhuma influência no processo de desen turismo, pois este deve ser impost
consequentemente, apenas poderão reagir às consequênc Outros defendem uma abordagem funcional, onde os
no planeamento e gestão do sistema, ou seja, os residentes devem ser pró
Figura 1.7 Stakeholders do Turismo
Fonte: Adaptado de Sautter and Leisen,
A teoria dos stakeholders
organização é caracterizada por um conjunto de relações com vários grupos de indivíduos, incluindo empregados, clientes (utentes), fornecedores, governo e membros da comunidade. Desta forma
grupo ou indivíduo que pode afectar ou é afectado pelo alcance dos objectivos dessa organização.
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Todas as entidades que, directa ou indirectamen
organização. Para além dos accionistas, trabalhadores e equipa de gestão, podem incluir
os clientes da organização, os fornecedores, as organizações sindicais, o governo, entre outros agentes.
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Sautter e Leisen (1999), questionam se o efeito económico do turismo realmente beneficia ou não todas as entidades envolvidas no seu sistema. Uns defendem que os residentes possuem pouca ou nenhuma influência no processo de desen
deve ser imposto superiormente ou exteriormente e apenas poderão reagir às consequências dos s
defendem uma abordagem funcional, onde os stakeholders3 devem colaborar no planeamento e gestão do sistema, ou seja, os residentes devem ser pró
Stakeholders do Turismo
Fonte: Adaptado de Sautter and Leisen, (1999)
stakeholders, cujo pioneiro foi Freeman (1984), sugere que uma
organização é caracterizada por um conjunto de relações com vários grupos de indivíduos, incluindo empregados, clientes (utentes), fornecedores, governo e idade. Desta forma, um stakeholder de uma organização é um grupo ou indivíduo que pode afectar ou é afectado pelo alcance dos objectivos dessa
Todas as entidades que, directa ou indirectamente, estão interessadas no desempenho de uma organização. Para além dos accionistas, trabalhadores e equipa de gestão, podem incluir
os clientes da organização, os fornecedores, as organizações sindicais, o governo, entre outros agentes.
O Produto Destino Turístico
Sautter e Leisen (1999), questionam se o efeito económico do turismo realmente defendem que os residentes possuem pouca ou nenhuma influência no processo de desenvolvimento do superiormente ou exteriormente e, ias dos seus resultados. devem colaborar no planeamento e gestão do sistema, ou seja, os residentes devem ser pró-activos.
, cujo pioneiro foi Freeman (1984), sugere que uma organização é caracterizada por um conjunto de relações com vários grupos de indivíduos, incluindo empregados, clientes (utentes), fornecedores, governo e de uma organização é um grupo ou indivíduo que pode afectar ou é afectado pelo alcance dos objectivos dessa
te, estão interessadas no desempenho de uma organização. Para além dos accionistas, trabalhadores e equipa de gestão, podem incluir-se neste grupo os clientes da organização, os fornecedores, as organizações sindicais, o governo, entre outros agentes.
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De acordo com Sautter e Leisen (1999), o planeamento deve também servir para maximizar as inter-acções entre residentes e visitantes. Há quem tenha sugerido que se devem criar programas d
os valores religiosos e prática cultural, como forma de promover relações de longo prazo com os visitantes e
Bercial e Timón (2005), o processo de planificação temporal de um destino deve realizar-se de forma interactiva, de modo a produzir uma motivação contínua entre os diferentes agentes envolvidos, quer
Figura 1.8 Espiral de Desenvolvimento de um Destino Óptimo
Fonte: Bercial e Timón (2005) adaptado de Alexander (2002)
Como se pode verificar, o primeiro passo implica construir uma visão consensual para todo o espaço e população envolvente. Só a partir deste acordo de principio se deverá desenvolver um plano estratégico, onde se definem prazos, actuações, intervenções e objectivos, sempre direccionados e relacionado
promover. Estas intervenções, internas e externas, devem ser dirigidas para o desenvolvimento do produto e criação da marca, para deste modo, atrair massa crítica que permita romper com as inércias existentes e começar a atrair visitantes. A
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De acordo com Sautter e Leisen (1999), o planeamento deve também servir para es entre residentes e visitantes. Há quem tenha sugerido que criar programas de informação para os visitantes nos locais históricos, sobre os valores religiosos e prática cultural, como forma de promover relações de longo prazo com os visitantes e estimular sentimentos de preservação junto destes. Para Bercial e Timón (2005), o processo de planificação temporal de um destino deve se de forma interactiva, de modo a produzir uma motivação contínua entre os diferentes agentes envolvidos, quer sejam públicos quer sejam privados.
Espiral de Desenvolvimento de um Destino Óptimo
Fonte: Bercial e Timón (2005) adaptado de Alexander (2002)
Como se pode verificar, o primeiro passo implica construir uma visão consensual para espaço e população envolvente. Só a partir deste acordo de principio se deverá desenvolver um plano estratégico, onde se definem prazos, actuações, intervenções e objectivos, sempre direccionados e relacionados com a actividade turística e a oferta a ver. Estas intervenções, internas e externas, devem ser dirigidas para o desenvolvimento do produto e criação da marca, para deste modo, atrair massa crítica que permita romper com as inércias existentes e começar a atrair visitantes. A
O Produto Destino Turístico
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De acordo com Sautter e Leisen (1999), o planeamento deve também servir para es entre residentes e visitantes. Há quem tenha sugerido que nos locais históricos, sobre os valores religiosos e prática cultural, como forma de promover relações de longo estimular sentimentos de preservação junto destes. Para Bercial e Timón (2005), o processo de planificação temporal de um destino deve se de forma interactiva, de modo a produzir uma motivação contínua entre os
sejam públicos quer sejam privados.
Como se pode verificar, o primeiro passo implica construir uma visão consensual para espaço e população envolvente. Só a partir deste acordo de principio se deverá desenvolver um plano estratégico, onde se definem prazos, actuações, intervenções e com a actividade turística e a oferta a ver. Estas intervenções, internas e externas, devem ser dirigidas para o desenvolvimento do produto e criação da marca, para deste modo, atrair massa crítica que permita romper com as inércias existentes e começar a atrair visitantes. A
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satisfação destes aumentará, bem como as expectativas e a procura, permitindo a promoção e a consolidação do destino.
Fletcher e Cooper (1996), afirmam que o planeamento estratégico de um destino apresenta-se como um factor crítico para o sucesso futuro do turismo, para mais quando se tenta utilizar o turismo no processo de mudança de uma economia planeada. Na prática existem dificuldades em produzir uma estratégia turística. Havendo necessidade de uma visão estratégica de longo prazo é essencial olhar para as boas experiências e boas práticas. O turismo transcende os sectores económicos tradicionais e pode regenerar as pequenas empresas e negócios locais. Todo o produto tem uma evolução desde que se cria e lança no mercado até que se transforma ou retira. Durante este período de tempo, na qual a procura e a concorrência têm um papel decisivo, o comportamento do produto no mercado vai sofrendo uma evolução e alterações. Esta evolução que condiciona o desenvolvimento e lançamento de novos produtos, suportada por uma estratégia de marketing adequada, denomina-se de ciclo de vida do produto, (Serra, 2002).