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Conceitos de dano econômico e estratégias de controle

Atividade de aprendizagem

Aula 2 – Características do ataque de pragas, doenças e plantas invasoras

2.2 Conceitos de dano econômico e estratégias de controle

Vocês perceberam que sempre que falamos em doenças, pragas e plantas invasoras, também falamos em danos causados por eles. Mas, vocês sabem o que são esses danos e o que eles acarretam para nossas culturas, principal- mente, o café?

Quando falamos em danos, devemos levar em consideração, principalmente, o conceito de dano econômico, que é fundamental para o manejo de doenças, pragas e plantas invasoras na cafeicultura.

Mas, o que é dano econômico?

Segundo o dicionário Michaelis, dano pode ser defi nido como prejuízo material que se causa a alguém.

Então, no caso de plantas, especifi camente o café, nosso objeto de estudo, um dano pode ser entendido como um prejuízo, uma perda que vai ser causada a algumas das partes do cafeeiro, como raiz, caule, folhas e frutos.

E, aonde qualquer dano em qualquer parte do cafeeiro vai se refl etir?

Ponto para quem falou em produtividade. É muito importante para vocês, como futuros Técnicos em Cafeicultura não se esquecerem de que, qualquer dano em qualquer parte de um vegetal afetará, em maior ou menor escala, a produtividade deste vegetal.

Então, desse modo, um dano econômico é um prejuízo que acarretará em perdas fi nanceiras, pois se o café produz menos, menor rentabilidade ele trará, ou seja, mais caro vai se tornar a produção da lavoura.

E o que vem a ser um nível de dano econômico?

Podemos defi nir nível de dano econômico como o estágio a partir do qual as do- enças, pragas e plantas invasoras passam a causar perdas sensíveis aos cafeeiros. Mas, em todas as situações, essas doenças, pragas ou plantas invasoras pre- cisam ser controladas?

A resposta é NÃO!

Mas, como assim? Não acabamos de ver que qualquer dano promove diminui- ção da produção? Pois é, mas existem situações em que para controlar essas doenças, pragas ou plantas invasoras não é compensatório fi nanceiramente, pois o prejuízo que elas causam é menor que o valor gasto para fazer o controle. Na verdade, não é tão complicado assim. Existem situações em que pragas, doenças e plantas invasoras estão em tão pouca quantidade que não é com- pensatório controlá-las, podem coexistir com o café “pacifi camente”, desde que sua população não aumente. Se essa população começa a aumentar e passa a causar um prejuízo de igual valor ao custo para o seu controle, nós denominamos esse ponto de nível de dano econômico e, a partir dele, temos que ter estratégias bem defi nidas de controle.

Mas, como identifi car esse momento tão importante?

Para que possamos identifi car esse ponto tão importante, é necessário observar constantemente os ataques, acompanhar sua evolução por amostragem. Para cada doença, praga ou planta invasora há valores específi cos.

Pesquisa na internet, jornais ou revistas alguma matéria em relação dano econômico ocorridos na cafeicultura em por ocasião do ataque de pragas, doenças ou plantas invasoras.

Bom, agora que já vimos o conceito de dano econômico, podemos entender outra defi nição: estratégia de controle.

Para isso, precisamos reforçar o fato de que o controle de pragas, doenças e plantas daninhas não pode ser feito isoladamente. Devemos analisar todo o conjunto de fatores que nós podemos denominar equação de produção, ou seja, além de pragas, plantas invasoras e doenças, devemos analisar também o clima, adubação, variedade e tratos culturais.

Vocês já devem ter visto uma das leis mais importantes da adubação – a Lei do mínimo ou Lei de Liebig. Através dessa lei, podemos analisar que o que determina o rendimento de uma cultura é aquele nutriente que se encontra em menor disponibilidade.

Podemos fazer uma analogia, ou seja, uma relação de semelhança entre essa lei e o nosso estudo de pragas, doenças e plantas invasoras, associados aos outros fatores de produção.

Se uma doença, praga ou planta invasora não for corretamente controlada, ela pode determinar a diminuição do potencial produtivo da lavoura cafeeira e, ao mesmo tempo, gastos no controle de uma dessas variáveis podem não ser justifi cados se qualquer outro fator não for controlado.

Figura 2.3: Representação da lei do mínimo adaptada aos fatores de produção. A falta de controle de doença impede o aumento da colheita.

Fonte: Ilustrado por Alessandro de Oliveira.

Clima

Adubação

Doença

Tratos culturais

Praga

Planta daninha

Essa fi gura e a nossa analogia à Lei de Liebig. Ela representa um barril, onde cada uma das tábuas que compõe esse barril são nossos fatores de produção. Quando todas as tábuas estão alinhadas, signifi ca que nosso sistema produ- tivo esta em equilíbrio. Se uma das tábuas esta menor que as outras, o que acontecerá quando enchermos o barril de água: a água ira vazar pela tábua que está com tamanho menor.

No nosso sistema produtivo, se um dos fatores de produção ou pragas, doen- ças e plantas invasoras estão com controle inefi ciente, este fator determinará diminuição da produção. No nosso desenho, a falta de controle do fator “do- ença” impede um aumento de produção.

Mas o que é esse tal de controle?

Podemos defi nir controle como prevenção ou redução na incidência ou preju- ízos causados por uma doença, praga ou plantas daninhas.

Ou seja, estratégia de controle é um conjunto de métodos e ações que usa- remos para impedir ou reduzir a infestação de pragas, doenças e plantas daninhas na lavoura de café.

E isso é fundamental pra vocês, que são futuros técnicos em cafeicultura: são vocês que irão defi nir quais as melhores estratégias, as mais efi cientes e o momento ideal para usá-las, conforme veremos nas próximas aulas.

Pesquise sobre a Teoria da Trofobiose e veja a relação desta como uma estra- tégia de controle.

Resumo

Nesta aula, aprendemos que várias são as causas que podem determinar uma diminuição da produção de café. Entre as principais, podemos citar a grande incidência de pragas e doenças na cultura, associadas a um manejo incorreto de plantas daninhas. Conhecer essas pragas, doenças e plantas daninhas e tudo o mais relacionados a ela é de fundamental importância ao profi ssional tecnólogo em cafeicultura para que ele possa indicar métodos mais corretos, efi cazes e economicamente viáveis para que estas pragas, doenças e plantas daninhas causem e menor dano econômico e ambiental possíveis.

Atividade de aprendizagem

1. Quais são os danos provocados pelo ataque de pragas, doenças e plantas