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ESQUEMA DE MANEJO INTEGRADO DA LAVOURA

Atividade de aprendizagem 1 Conceitue o que é controle de plantas invasoras.

ESQUEMA DE MANEJO INTEGRADO DA LAVOURA

LEVANTAMENTO DA INFESTAÇÃO

MANEJO INTEGRADO DA LAVOURA Preventivo Controle de pragas doenças Irrigação Plantio direto Rotação culturas Conservação do solo Cobertura vegetal Manual Mecanizado Biológico

Redução de custos Plantas infestantes controladas Ecologia favorecida Melhor qualidade do produto Cultural Químico

Figura 15.1: Esquema mostrando as diversas fases de um manejo integrado da lavoura, com destaque para o manejo de plantas daninhas.

15.1.1 Manejo integrado de pragas

O manejo integrado de pragas (MIP) surgiu no ano de 1950 visando integrar o controle químico com o biológico para redução da perda de inimigos naturais e, consequentemente, aparecimento de novas pragas e, tomou força com quando da diminuição da resistência das pragas.

Por que utilizar o MIP?

O MIP deve ser utilizado buscando a sustentabilidade, ou seja, a preservação do meio ambiente e da saúde humana.

Quando empregar o MIP?

Quando o nível de dano econômico (altos níveis de infestação de alguns insetos) for atingido, ou seja, aquele a partir do qual o prejuízo causado à lavoura ultrapassa o custo do tratamento fi tossanitário. E, este levantamento da infestação pode ser realizado pelos “pragueiros” através do conhecimento sobre o ecossistema, como por exemplo, as principais pragas que podem causar danos; as condições climáticas que favorecem ou prejudicam a cultura e essas pragas; se existem inimigos naturais que ocorrem na região e que poderiam ser utilizados no seu controle.

Lembrando que, deve-se associar mais de um método de controle conforme a necessidade, ou seja, a(s) praga(s).

15.1.2 Manejo integrado de doenças

Desde a década de 1970, do século XX, o manejo integrado de doenças (MID) surgiu visando o uso de todas as tecnologias disponíveis para manter a popu- lação de patógenos abaixo do nível de dano econômico e reduzir os efeitos nocivos ao meio ambiente.

Para tanto, é importante que identifi quemos o agente causal, suas características e as condições ambientais que benefi ciam seu desenvolvimento. Em seguida, po- demos empregar isoladamente ou em combinação o controle biológico, cultural, físico, químico, legislação fi tossanitária, resistência genética e pré-imunização. Não se esqueçam de que, quando a doença é ocasionada por vírus, viroides, fi toplasmas, nematoide e algumas bactérias, os produtos químicos não fun- cionam, cabendo no caso a implantação do MID.

Como um exemplo de manejo integrado de doenças no cafeeiro, você pode estudar o Manejo Integrado da Ferrugem do Cafeeiro, no site: <http://rehagro.com.br/ plus/modulos/noticias/ler. php?cdnoticia=2326>. Acesso em: 2 abr. 2014. Que tal aprender mais sobre o manejo integrado de pragas, para tanto consulte o link: <http://www.ebah.com. br/content/ABAAABZEIAJ/ manejo-bicho-mineiro-broca- cafe>, que trata do manejo integrado da broca e bicho- mineiro na cultura do café. Assista também ao vídeo “Dia de Campo na TV – Manejo integrado de pragas do cafeeiro”, disponível em <https://www.youtube.com/ watch?v=SZhQf8hyQLE>. Acesso em: 2 abr. 2014.

15.1.3 Manejo integrado de plantas daninhas

Assim como o MID, desde o início do ano de 1970, o manejo integrado de plantas daninhas (MIPD) já era um termo aceito e empregado pelos cientistas da área. Quais são os objetivos do MIPD?

Reduzir as perdas causadas pelas plantas invasoras, os custos de controle, a energia e outras operações; reduzir o cultivo, a erosão do solo causada por água e vento; assegurar uma produção adequada de alimentos; evitar danos por plantas tóxicas; e manter a qualidade ambiental com a maximização de lucro para o agricultor.

Nessa perspectiva, o manejo integrado consiste na utilização de um ou mais métodos para o controle das plantas invasoras, um exemplo seria o mecânico mais o químico, com a aplicação de herbicidas somente nas linhas de plantio e realizar o controle mecânico nas entrelinhas. Isso traria como vantagens o menor uso de herbicidas por área e permitiria usar de maneira mais adequada os implementos existentes na propriedade, com conseqüente redução nos custos. Na fase do fl orescimento a frutifi cação do cafeeiro ocorre a maior competição com as plantas daninhas, sendo esta controlada inicialmente com enxada nas pequenas propriedades, seguido de aplicação de herbicidas; quando não há mão de obra disponível podem-se adotar herbicidas seletivos em lavouras jovens. Dois exemplos de MIPD no cafeeiro estão ilustrados nas Figuras 15.2 e 15.3.

Figura 15.2: Cultivo químico nas ruas de cafeeiros novos e faixa vegetada nas entreli- nhas. Estas podem ser manejadas com herbicidas dessecantes ou roçadeiras.

Figura 15.3: Capinas manuais nas linhas e herbicida dessecante nas ruas da lavoura do cafeeiro, constituem um manejo efi caz, principalmente em áreas declivosas.

Fonte: Deuber (1997).

Cafeeiro se benefi cia de plantas invasoras nos meses chuvosos

Durante o período de chuvas no Cerrado, que normalmente estende-se de ou- tubro a abril, as plantas invasoras, também conhecidas como plantas daninhas, podem ser grandes aliadas da cafeicultura. O principal benefício da convivência dessas plantas na cultura do café nessa época do ano é a cobertura da superfí- cie do solo, evitando o desencadeamento de processo erosivo provocado pelo impacto de gotas de chuva.

A Embrapa Cerrados preconiza o manejo integrado de plantas daninhas, procuran- do conscientizar os produtores da importância dessas plantas em algumas culturas. “Buscamos tirar a visão de que a planta daninha é um mal que precisa ser com- batido a todo custo. O agricultor não tem que considerar a existência das plantas como maléfi ca, se o manejo integrado for adotado poderá ser mais benéfi ca do que prejudicial”, afi rma o técnico da Embrapa Cerrados, José Roberto Fontes. Além da cobertura do solo, as plantas invasoras reciclam nutrientes do solo (suas raízes retiram nutrientes, os incorporam nas folhas e ramos e depois retornam ao solo), e atuam como abrigo de inimigos naturais de pragas. Todos esses benefícios ocorrem quando o produtor faz o manejo integrado, que deve associar, quando possível, mais de um método de controle. Sem o manejo, a cultura sofre a interferência negativa das plantas invasoras. Elas provocam redução de produtividade e podem servir de abrigo de pragas e

doenças para as plantas cultivadas, entre outros malefícios. O grande problema da convivência entre as plantas daninhas e as cultivadas é a competição por recursos escassos, como água, nutrientes minerais e luz.

Dessa forma, o agricultor precisa adotar o manejo para impedir a competição no período em que a cultura é mais suscetível. Na cafeicultura, entre os meses de maio a setembro, deve-se evitar a presença das plantas invasoras em níveis de infestação elevados. É quando o café está fl orescendo e frutifi cando e, por isso, mais vulnerável à interferência das invasoras. Outro cuidado é com a localização das plantas invasoras, que não devem crescer na linha de plantio, podendo fi car nas entrelinhas.

Fonte: <http://www.embrapa.br/imprensa/noticias/2004/dezembro/bn.2004-12-10.5361601884/>. Acesso em: 2 abr. 2014.

O que é nível de dano econômico?

15.2 Planejamento para