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Depois de dois anos de estudo acérrimo, concluir uma dissertação é uma tarefa que obriga colocar um ponto final a algo que, de qualquer forma, se torna um novo ponto de partida para reflexões e talvez para pesquisas futuras. A intensidade da matéria estudada requereu tanto um empenho intelectual na indagação como uma abertura de espírito na escuta da palavra escrita. O diálogo crítico que Haroldo de Campos tece com Dante Alighieri nos conduziu a ler, estudar e analisar o corpus dos seis cantos do Paraíso do poeta italiano e suas transcriações realizadas pelo poeta brasileiro. A perspectiva linguística norteou o nosso adentrar no conceito de anagogia, fundamental para a leitura da Comédia, à luz do sistema tradicional da quadripartição dos sentidos do texto (literal ou histórico, alegórico, moral ou tropológico, anagógico ou místico) e suas utilizações realizadas tanto na Idade Média como na contemporaneidade. Vimos, pois, que a partir do conceito de anagogia, tradução e interpretação crítica se fundem em uma linguagem poética em que a anagogia serve de auxilio à criação de um texto enquanto fator explosivo de sentidos, que guia o poeta na criação de uma linguagem que tenta ultrapassar os lindes da (im)possibilidade e da inefabilidade da visio

Dei. Ao longo dessa ousada leitura de textos poéticos e de textos de crítica literária, foi se

desenvolvendo o desenho de uma dissertação sobre o tema da linguagem místico-anagógica de Dante e da perspectiva transcriativa do tradutor, empenhado em reconstruir a informação estética do texto de partida em língua outra, em uma ótica aberta, cujas temáticas abordadas foram desenvolvidas, ora menos ora mais, de forma aprofundada. Através das temáticas abordadas, este trabalho não pretende realizar uma tese sobre a anagogia ou sobre a transcriação, mas oferecer oportunidades de reflexão sobre questões reputadas atuais e de interesse tanto teórico como pragmático. Uma questão importante é a do contexto de cultura medieval do século XIII em que o texto dantesco surgiu, permeado pela intertextualidade e interdiscursividade entre as culturas arábica, espanhola, hebraica e cristã. Neste contexto multicultural, Dante engendra uma obra literária que desafia o cânone de então, unindo tradição teológica e poética e ultrapassando uma leitura que postulava o uso do quarto nível hermenêutico (anagógico) somente para a Sagrada Escritura. A ruptura realizada por Dante concerne à utilização do conceito de anagogia como categoria hermenêutica da ficção literária. A partir desta ruptura, cuja vocalidade plural tece o texto poético, o percurso de análise levou o estudo a indagar as relações entre anagogia e inefabilidade a partir dos conceitos de inefável e transumanar e, da perspectiva linguística, vimos de que modo o enaltecimento da linguagem leva o leitor/ouvinte ao aprofundamento do tema da mística. Os

indícios de que a visão em quatro níveis de leitura (literal, alegórico, moral e anagógico) esteja presente nas obras do cabalista espanhol Abrahão Abulafia permitiu relacionar o texto dantesco com seu entorno interdiscursivo de cultura hebraica. A tese de Umberto Eco, de que haveria uma possível relação entre Dante e Abulafia, e retomada por Sandra Debenedetti Stow, ajudou a entender melhor a relação entre o nível anagógico ou místico do texto dantesco e a cultura hebraica.

Em seguida, os trabalhos enfrentam o fato de que Dante precisava se afirmar como

autorictas para enunciar o conteúdo profético do poema que, na autoexegese do poeta

italiano, é conduzir os homens de um estado de miséria a um estado de felicidade e que tem na visio Dei seu ponto apical. Por isso, ele constrói sua identidade a partir de uma intertextualidade regressiva que lhe permite um baseamento forte e autoral nas figuras poéticas clássicas como Virgílio e nos profetas como São Paulo, Ezequiel e Jeremias. Analisar esse modus operandi dantesco possibilitou averiguar a presença de relações entre a alta fantasia e a memória enquanto lugares depositários, respectivamente, da capacidade imagética e da experiência vivenciada, que na língua comunicam poeticamente. As multifacetas da obra dantesca apresentam uma capacidade poliédrica em contínua metamorfose do poeta que no seu fazer poesia lança mão dos sistemas semióticos complementares. Nessa complexidade, a tradução nos confirmou que uma leitura/tradução baseada em reconstituir a informação estética é capaz de manter o nível anagógico (místico) do texto traduzido em língua outra. A busca de elementos que marcassem a presença da linguagem anagógico-mística no texto dantesco levou a pesquisa a deixar de lado a tradicional análise de perdas e ganhos em relação ao original, concentrando a indagação na linguagem poética da tradução enquanto fruto do diálogo instaurado por Haroldo de Campos com Dante. A perspectiva transcriativa haroldiana enquanto fator constitutivo na arquitetura do texto criativo traduzido, ao trazer novas imagens ou ao deslocar a ênfase imaginativa sobre alguns detalhes, dá ao texto nova originalidade. Enfrentar o estudo do conceito de anagogia de uma perspectiva linguística, mesmo levando em conta posições escatológicas como a do teólogo De Lubac, permitiu observar no processo tradutório a construção de uma linguagem poética capaz de “redoar” formas significantes cativas no texto italiano.

Verbos como averbar e assinar, que pertencem a uma linguagem jurídica, demonstram que é possível recriar a mesma informação estética a partir de um universo cultural diferente. A hipótese haroldiana da transcriação, portanto, não considera apenas o traduzir do significado, mas possibilita a reinvenção da fisicalidade do signo e da imagem

através das propriedades da língua e da cultura do tradutor. Assim, da tradução que se funde com a interpretação crítica, fundamental para uma re-criação do texto poético, resulta a possibilidade de enfrentar a aporia sintetizável na especulação „traduzível versus intraduzível‟. Ao situar-se no espaço criado pelo balizamento da semântica, a atividade tradutória haroldiana circunavega o espaço dantesco, explorando-o e topografando-o. Desconstrução de sentidos para uma criação paramórfica, a “transluminação” haroldiana se apresenta como fruto de um trabalho, que “verbi-voco-visualiza” de forma inovadora o que em princípio seria intraduzível. Ao leitor, pois, acontece a grande surpresa de que a insuficiência da palavra para representar a experiência mística é superada pela escrita paradisíaca dantesca, cuja palavra surge no mesmo momento em que é declarada a sua impotência, criando uma língua/linguagem poética que se comunica ao homem e a Deus.

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No documento – PósGraduação em Letras Neolatinas (páginas 159-171)