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Ora, se o Sistema Nacional de Cultura ainda engatinha, se a institucionalização do programa Cultura Viva só recentemente foi alçada à Lei e se os Pontos de Cultura passam por um redesenho de seu funcionamento por parte do Minc, por que a atual formulação de políticas públicas de cultura se constituiria em bom exemplo de participação social? Porque toda essa caminhada que culminou na elaboração do Plano Nacional de Cultura e gesta o Sistema Nacional contou com expressiva participação popular e as Conferências Nacionais de Cultura foram fundamentais para essa construção coletiva.

A primeira Conferência Nacional aconteceu em dezembro de 2005, em Brasília-DF, depois de uma série de reuniões municipais, regionais e estaduais da sociedade civil. Segundo dados do Ministério da Cultura, nessa primeira edição, 1.192 municípios realizaram conferências, o que representou 21,42% do total das cidades brasileiras. Em março de 2010, a 2ª Conferência Nacional, com etapas municipais e estaduais realizadas de agosto a outubro de 2009 em 3.071 reuniões, envolveu metade do total de municípios do país. Durante as conferências, em todas as regiões, os subeixos temáticos relacionados à Comunicação e à Educação apresentaram reivindicações e propostas semelhantes. Em todos os estados brasileiros, Comunicação e Educação foram definidos como pontos vitais e estratégicos para o desenvolvimento cultural, por isso esta tese aborda, no Capítulo 5, a relação desses campos com as ações dos Pontos de Cultura. De 27 de novembro a 1º de dezembro de 2013, a 3ª edição da Conferência reuniu, em Brasília, 1.745 pessoas, das quais 953 eram delegados representantes de todos os estados.

Gráfico 2 - Percentual de participação, por região, na 3ª Conferência Nacional de Cultura

Fonte: Revista do Minc (dez. 2013, p. 16).

Além das conferências municipais, intermunicipais e estaduais, a terceira edição também contou com 35 Conferências Livres, doze delas nas cinco Teias (encontros de Pontos de Cultura por região do país) e outras sete em encontros com ciganos, quilombolas, grupos LGBT, de acessibilidade, cultura de paz, indígenas e culturas populares. Também houve uma conferência virtual, com discussões pela internet. Ao todo, foram 1.409 propostas encaminhadas pelos estados, Distrito Federal e Conferências Livres para avaliação do Comitê Executivo da 3ª CNC, que agrupou as coincidentes, resultando em 614 proposições, cadastradas em 16 subeixos (REVISTA MINC, 2013, p. 12). Foram realizadas quatro plenárias de votação de propostas pelos delegados das quais se retiraram 64 diretrizes para a gestão cultural e 20 prioridades.

Entre os temas de maior relevância da 3ª Conferência, destacaram-se a aprovação da Proposta de Emenda Constitucional 150, que destina à cultura 2% da receita da União, 1,5% da receita dos Estados e do Distrito Federal e 1% da receita dos Municípios para a cultura. Ressalte-se que esta solicitação – tramitante desde 2003 na Câmara Federal – está entre as prioridades das três conferências realizadas, e demonstra que a participação popular ainda não é levada a sério pelo legislativo. Em 2013, foi prioridade de 14 estados e de 7 conferências livres. Outra prioridade, apontada por 12 estados, é a necessidade de desenvolvimento, fortalecimento e ampliação de estratégias para a formação e capacitação de gestores culturais. A implementação de políticas de acesso de pessoas com deficiência à produção, circulação e fruição de bens e serviços culturais em todos os estados do Brasil também está entre as propostas mais citadas (REVISTA MINC, 2013, p.13).

Dados quantitativos não são suficientes para traduzir o que é uma Conferência Nacional de Cultura. Em 2005, quando o processo participativo nas políticas culturais ainda iniciava, a autora desta tese teve a oportunidade de participar das etapas regional, estadual e nacional da conferência, como delegada de Santa Catarina. No eixo da Comunicação, o retrato da diferença de realidades

vividas entre uma região brasileira e outra foi notório. Enquanto a maioria dos delegados discutia questões relacionadas ao acesso às novas tecnologias, a delegada do Acre queixava-se do alto preço das pilhas alcalinas. Motivo: na região onde morava, muitas famílias ainda não contavam com energia elétrica e a única forma de receber informações era o rádio. Ela mesma, para levar informações importantes à comunidade, sobretudo acerca de saúde, utilizava uma bicicleta com alto-falante acoplado. Diante da manifestação da colega acreana, houve um silêncio de alguns segundos, mas que pareceu durar uma eternidade. Ela mostrava, de modo espontâneo e abrupto, quantos brasis cabem num mesmo mapa, e seu depoimento chamava a atenção não para um conceito de diversidade capaz de acalentar todas as manifestações culturais, mas para as diferenças e discrepâncias de realidades vividas no Brasil. Será mesmo possível abarcar sob o imenso guarda- chuva da diversidade cultural tanta diferença econômica, social, política? As palavras da acreana, assim como relatos de indígenas preocupados com o tráfico internacional de fósseis ou de grupos LGBT (Lésbicas, Gays, Bissexuais, Travestis, Transexuais e Transgêneros) traziam à tona o tempo todo a diversidade, mas, sobretudo, a diferença. E quanto mais as discussões da Conferência avançavam, mais evidente ficava a importância dessas diferenças para a manutenção da diversidade cultural e o quanto o conceito de “comunidades imaginadas”48, de Anderson, é adequado para se

referir à “nação” brasileira.

Portanto a defesa da diversidade cultural só pode cumprir um papel edificante se, ao invés de tentar aplacar as diferenças sob o signo de uma suposta identidade (manifestada justamente pela falta dela, isso é pelo diverso, pelo plural), servir para trazer à tona as diferenças. Enquanto os brasileiros se contentarem com a versão de comunidade imaginada que lhes foi preparada ao longo dos séculos, de paraíso tropical “onde em se plantando tudo dá”49 e que, portanto, só não prospera

quem não trabalha, as diferenças econômicas e sociais são amenizadas, distorcidas e corre-se o risco de se acomodar sob o signo da diversidade a justificativa para essas disparidades que fazem com que alguns se preocupem com a velocidade da internet e outros com o alto preço da pilha alcalina. Se as políticas de Estado em favor da diversidade cultural funcionarem apenas como uma maquiagem ou, nas palavras de Hall (2003a, p.53), um “multiculturalismo corporativo”, destinado apenas a “administrar as diferenças culturais da minoria, visando os interesses do centro”, o resultado será somente o achatamento das diferenças. Daí a necessidade de uma mobilização constante da sociedade civil, que parece estar no cerne dos Pontos de Cultura, isso é, um estímulo permanente à reflexão, ao debate e à provocação de transformações, com respeito à diversidade cultural, mas com um não-conformismo com as desigualdades sociais.

48 O conceito de “comunidades imaginadas”, de Benedict Anderson, é abordado no Capítulo 2 desta tese.

O ator e diretor teatral Robson Rodrigues participou da segunda Conferência Nacional como delegado eleito pela sociedade civil de Santa Catarina. Em entrevista para esta pesquisa, assim ele registra as lembranças daquele encontro: “Foi emblemático ver o país ali, em toda sua diversidade, discutindo cultura. Índios, quilombolas, povos da mata, brancos, pretos, gente de todos os cantos, diferentes em suas formas de vestir, de falar, mas parecidos na vontade de construir um Brasil melhor pela cultura. Foi ali que comecei a entender algumas coisas para as quais não estava tão atento, como, por exemplo, o custo Brasil da Cultura. Levar uma peça de teatro para o interior da Amazônia não tem o mesmo custo de circular por grandes cidades do Sudeste e isso implica a formulação de editais diferentes para atender essas diferenças. Por mais que eu tenha viajado por vários estados brasileiros, a dimensão da diversidade cultural da nossa gente nunca me pareceu tão aflorada como ali, na Conferência. Chorei mais de uma vez ao ver aquela mistura toda. É uma mescla linda. Para mim aquele encontro foi também uma mostra da força que pode ter a democracia. Estávamos ali, cara a cara com integrantes do governo federal, com o ministro Juca Ferreira e éramos nós – povo – quem comandávamos a pauta e não o inverso. É claro que os delegados são, notadamente, lideranças culturais de suas respectivas regiões, por isso foram eleitos, então as discussões são bem articuladas. As pessoas que estão ali vivem, respiram cultura, atuam em movimentos culturais, são militantes mesmo. São dias de trabalho intenso, é cansativo, mas estimulante. As discussões invariavelmente começam antes do início formal dos debates, seja no café, nos corredores, nas pausas para apresentações artísticas, e terminam muito depois do encerramento dos trabalhos. Trocam-se experiências, contatos... Desde 2010, faço parte de uma rede que integra grupos de teatro de rua de todo o Brasil e continuamos a discutir assuntos relacionados às políticas públicas para as artes cênicas. A Conferência coloca os brasileiros na discussão sobre cultura. Até alguns anos era impensável que cidades pequenas como a minha pudessem participar de um debate como esse” (Informação verbal)50.

Na 3ª Conferência Nacional de Cultura, o ator Jean Knetschik, de Rio Negrinho, foi um dos delegados da região Norte de Santa Catarina, eleito na etapa estadual. Ele destaca a oportunidade de integração com agentes culturais de outros estados e o ambiente democrático que possibilita a ampla discussão de temas de interesse nacional. “A 3ª Conferência Nacional de Cultura foi extremamente produtiva, com debates intensos e acalorados de representantes vindos de todo o país. Como a conferência reúne tanto integrantes da gestão pública de cultura quanto agentes culturais da sociedade civil, torna-se um espaço privilegiado para discutir dificuldades de ambos os lados e possíveis soluções. Além disso, percebe-se que, apesar do imenso território que é

50 Robson Rodrigues, entrevista concedida à pesquisadora em 11 de novembro de 2013. Nas demais ocorrências se

o Brasil, muitos são os obstáculos comuns enfrentados e, na conferência, a tarefa de buscar solução para esses problemas não é empurrada para o Governo, mas sim construída em conjunto. É importante destacar ainda que os delegados participantes da conferência estão ali como porta- vozes de seus estados e dos municípios de onde vêm. Penso que as conferências – não só de cultura, mas de outras áreas também – seriam ainda mais fortalecidas se as propostas que derivam desses encontros encontrassem respaldo mais rápido junto ao poder legislativo, que parece ainda muito despreparado para levar em consideração a voz do povo. Exemplo disso são algumas demandas, como a PEC 150, que ainda está emperrada e é reivindicada desde a primeira conferência, em 2005. Mas a morosidade ou a falta de vontade do legislativo em aprovar determinadas reivindicações, felizmente, não tem provocado a desmobilização social, ao contrário, a participação nas conferências aumenta a cada edição. Estabelecer participação cidadã no governo democrático é um aprendizado” (Informação verbal)51.

Em Santa Catarina a participação nas conferências também evoluiu. A edição de 2005 contou com uma conferência municipal - na capital do Estado - e oito conferências regionais nas cidades de Criciúma, Itajaí, Blumenau, Joinville, Joaçaba, Chapecó, São José e Lages. Ao todo foram 1.270 participantes, de 127 municípios, que elegeram 144 delegados para a conferência estadual. A 1ª Conferência Estadual de Cultura, realizada entre os dias 29 e 30 de novembro de 2005, em Florianópolis, reuniu cerca de 250 pessoas e elegeu 24 delegados (20 da sociedade civil e 4 do poder público) para a 1ª Conferência Nacional (FCC, 2009)52.

A segunda edição contou com 85 conferências (68 municipais e 17 intermunicipais) que envolveram cerca de 5 mil pessoas de 205 municípios. Foram eleitos 250 delegados para a etapa estadual. Realizada em 25 de novembro de 2009, a 2ª Conferência Estadual reuniu 426 participantes (280 da sociedade civil e 146 governamentais). Foram eleitos 43 delegados para a etapa de Brasília (29 da sociedade civil e 14 governamentais). O Relatório da FCC destaca a iniciativa dos pequenos e médios municípios que realizaram pela primeira vez suas conferências de cultura, preparando caminho para a implantação dos sistemas municipais. “Destacam-se também Blumenau e São Bento do Sul que editaram pela quarta vez suas conferências anuais e Joinville, único município que dispõe de seu Sistema Municipal de Cultura” (FCC, 2009).

Em 2013, Santa Catarina realizou 93 conferências (64 municipais e 29 intermunicipais) com a participação de 8.779 pessoas e o envolvimento de 243 municípios, ou seja, 82% do Estado. Essa participação é medida pelos relatórios das conferências dos municípios nos quais são anexadas

51 Jean Knetschik, entrevista concedida à pesquisadora em 10 de fevereiro de 2014. Nas demais ocorrências se utilizará

(KNETSCHIK, 2014).

52 Dados obtidos no Relatório da 2ª Conferência Estadual de Cultura de Santa Catarina, elaborado pela Fundação

cópias das listas de presença. Houve a eleição de 337 delegados e um total de 514 participantes na etapa estadual (FCC, 2013), realizada nos dias 2 e 3 de setembro de 2013, já que, na edição anterior, a principal queixa foi de que houve tempo insuficiente para as discussões. Foram eleitos 35 delegados para a etapa nacional (23 da sociedade civil e 12 governamentais), conforme a Revista Minc (2013, p. 45).

Na 3ª Conferência Nacional, entre as propostas aprovadas no eixo 1, Implementação do Sistema Nacional de Cultura, está a aprovação e regulamentação do Projeto de Lei n. 757/2011, que transforma em lei o programa Cultura Viva, o qual tem por carro-chefe os Pontos de Cultura. No mesmo eixo, os delegados aprovaram a proposta que pede formulação de Marco Legal que articule os princípios e as diretrizes de legislação específica para a Cultura e a Arte em substituição às Leis n. 4.320/64 e n. 8.666/93 e normas correlatas, a fim de prever meios alternativos de comprovação das despesas públicas com as capacidades técnicas e operacionais dos agentes culturais destinatários das ações e dos programas dos órgãos públicos gestores de Cultura, pois a burocracia demasiada para a prestação de contas é a principal queixa dos ponteiros.

A Lei Cultura Viva também foi considerada prioridade no eixo 3, Cidadania e Direitos Culturais. Ainda nesse eixo, houve a aprovação de proposta para criar, descentralizar e ampliar as redes de Pontos de Cultura por meio de processo de premiação, em todos os municípios, promovendo sua articulação com conselhos municipais, estaduais e nacionais com o objetivo de fortalecer os conselhos de cultura, os “fazedores” de cultura e as atividades desenvolvidas pelos pontos, além de democratizar a inclusão artística e o acesso à cultura para crianças, jovens, e adultos, idosos e pessoas com deficiência.

Os resultados da 3ª Conferência Nacional de Cultura – que refletem as reflexões dos encontros estaduais e municipais – demonstram que a continuidade e ampliação dos pontos de cultura é uma demanda nacional, ou seja, é um reconhecimento de que o programa surte efeitos positivos, do contrário, não apareceria entre as prioridades apontadas pelos delegados.

Ao se analisar as iniciativas dos governantes, sobretudo dos militares, de sistematizar a cultura ou de se praticar uma política cultural de base, é natural que surjam questionamentos. A formulação de um Plano Nacional de Cultura e de um sistema nacional não seria uma reedição de estratégias já adotadas anteriormente para facilitar o controle sobre a produção cultural brasileira? O estímulo financeiro aos pontos de cultura não seria uma forma de cooptar apoio ao atual modelo político por meio de uma ação direta nas bases comunitárias e de baixo custo, visto que cada PC recebe apenas R$ 180 mil (divididos em três parcelas anuais de R$ 60 mil)? As estratégias até podem ser semelhantes as já adotadas em períodos anteriores, mas é preciso considerar que o contexto social e político do país é bem diferente. Para começar, a ideia dos Pontos de Cultura nasce

de intelectuais cujo pensamento alinha-se à esquerda e tenta fugir de velhos paradigmas conservadores ao promover a participação popular. Nota-se no discurso de Célio Turino, idealizador dos PCs, uma forte influência da ideologia marxista, que encara as pessoas como sujeitos de sua própria história. A formulação do atual Plano Nacional de Cultura se dá por meio da participação efetiva da sociedade civil, como já demonstrado anteriormente. Cada meta do plano é fruto de exaustiva discussão, iniciada nos processos de desenvolvimento da primeira Conferência Nacional de Cultura até a mais recente, realizada em 2013. Quanto à possibilidade de uma cooptação financeira por meio dos recursos investidos diretamente nos PCs, é assunto a ser abordado no próximo capítulo.

A forma de articulação proposta originalmente aos Pontos de Cultura e que inclui participação tanto do Estado quanto de organizações da sociedade civil com descentralização de recursos financeiros parece ser uma tentativa prática de exercitar a democracia participativa. Nos protestos que marcaram o mês de junho de 2013, em todas as regiões do Brasil, a manifestação de uma exaustão do modelo político atual foi justamente uma das principais tônicas. Em alguns protestos sequer a presença de manifestantes portando bandeiras políticas era aceita, tamanho o descrédito de parte da população no modelo de democracia representativa em que, por sufrágio direto, a população escolhe quem representará seus interesses nos poderes legislativo e executivo. Não se pode negar que a adoção de conselhos paritários - com membros do governo e da sociedade civil - é um avanço na construção da democracia participativa, entretanto nem sempre a população tem conhecimento dessas instâncias de participação, e aqueles que conhecem o funcionamento dos conselhos nem sempre estão dispostos a doar voluntariamente seu tempo para participar de reuniões e discussões sobre ações em prol da coletividade. Por outro lado, ainda há algumas instâncias governamentais que também não compreendem a importância da participação popular nas decisões e criam conselhos apenas para ratificar decisões já tomadas anteriormente nas esferas da gestão pública.

Ao estabelecer uma rede de Pontos de Cultura em que os principais atores, ou seja, os próprios agentes culturais da sociedade civil, podem definir suas metas e ações e gerir recurso público, o país parece dar mais um passo efetivo rumo a uma alternativa de democracia participativa. As atuais políticas públicas de cultura são reflexos de decisões tomadas com a participação da sociedade, seja por meio de consultas públicas na internet, seja durante as conferências de cultura. Nesse contexto, o programa Cultura Viva, do qual fazem parte os Pontos de Cultura, pode ir além de uma proposta de governo e alcançar a dimensão de programa de Estado, isso é, de uma ação continuada e suprapartidária.

Se, como demonstram os depoimentos dos ponteiros, a verdadeira força dos PCs vem de sua articulação em rede, quanto mais nós essa rede tiver, mais ampla e forte ela será. A ideia dos Pontos de Cultura vem ganhando adesões em outros países, principalmente na América Latina, “mais por animação da própria sociedade civil que dos governos desses países”, conforme observa Máximo (2014). Antes de centrar as atenções diretamente nas ações empreendidas pelos Pontos de Cultura de Santa Catarina, objeto desta pesquisa, é importante compreender como a rede tem avançado em solo latino-americano.