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Anagé Caraíbas

CONSIDERAÇÕES FINAIS

As transformações recentes no espaço geográfico do entorno da Barragem de Anagé são expressões materiais dos conflitos das classes sociais antagônicas no processo de apropriação da natureza, que se refletem no desenvolvimento desigual e combinado, expresso nas contradições que explicitam territórios em disputa.

Nesse processo, o papel do Estado é crucial. Inicialmente, seu discurso é de mediador dos conflitos, mas, ao se concretizar, revela sua outra face ─ a de instrumento de classe ─, assumindo a condição de parceiro das classes sociais dominantes, pois, na maioria das vezes, suas ações são concebidas e executadas para corroborar e garantir a plena acumulação do capital. No caso mais direto do espaço agrário, há o exemplo da construção de barragens e da modernização da agricultura, projetos concebidos e executados pelo Estado, que acirram os conflitos das classes sociais, com agravamento da questão agrária e precarização das formas de trabalho e das condições de vida da “classe que vive do trabalho”.

A construção da Barragem de Anagé se insere nesse mesmo processo. Na realização da pesquisa, pudemos constatar muitas contradições decorrentes dessa obra: inicialmente revelou-se o caráter de instrumento de classe assumido pelo Estado, que, ao elaborar o projeto de construção da barragem, já estabelecia, entre seus objetivos principais, a construção de infraestruturas essenciais à implantação de formas capitalistas de apropriação da terra e da água, por meio da agricultura irrigada. Tal projeto de modernização tinha como requisito inicial a destruição e destituição de formas camponesas de uso da terra e da água, por isso ocorreu, já no início da obra, a expropriação de centenas de famílias camponesas.

A construção dessa barragem realizada pelo DNOCS representou uma forma concreta de transformação espacial. O propósito inicial da obra foi represar o Rio Gavião, maior rio intermitente da Bahia, um dos principais afluentes do Rio de Contas, para torná- lo perene. Enfim, esse objetivo se concretizou. Após o barramento, o rio foi perenizado no trecho a jusante da barragem, percorrendo 88 quilômetros, beneficiando milhares de pessoas.

Assim essa barragem cumpre regionalmente um papel essencial, por ser um reservatório hídrico de grande porte, em uma porção semiárida do sertão baiano, por isso

sua importância é inegável. Contudo, é preciso compreendê-la não apenas como um lago, ou uma obra meramente técnica, já que a sua execução promoveu transformações econômicas, sociais, culturais e territoriais. Com esse projeto, não mudaram apenas o curso do rio, transformaram-se as histórias de vidas, a base territorial de muitas pessoas, as memórias, as relações de convivência, enfim as águas não afogaram apenas as terras, mas, sobretudo, as relações sociais, as condições de trabalho, o espaço de vida.

Após a barragem “nada é como antes”. Esta expressão foi repetida por inúmeras pessoas que foram entrevistadas ao longo da pesquisa. Muitos se foram, outros tantos chegaram, ─ tudo mudou ─, as condições de produção, a paisagem e, principalmente, os ocupantes das terras, as relações sociais de produção e o conteúdo social.

A concretização do projeto e a construção da obra foram permeadas de contradições. Já no período da construção, expropriou centenas de camponeses, tendo em vista que o local escolhido para construir a barragem era de terras devolutas, apesar de serem ocupadas por décadas por um grande número de pessoas. Algumas dessas famílias que foram entrevistas durante o trabalho de campo relataram que essas terras já eram trabalhadas havia mais de quatro gerações, ou seja, uma ocupação secular. Por isso, a consequência imediata desse projeto foi a inundação de mais de 7 mil hectares de terras, localizadas às margens do Rio Gavião, terras que eram ocupadas e trabalhadas por mais de centenas de famílias camponesas.

A maior parte dos camponeses foi atingida parcialmente, o que resultou na grande redução de suas terras. Outra grande parcela considerável dos camponeses tiveram perdas totais de suas terras, ou seja, perderam a única condição de trabalho e vida, tendo que tentar reconstruir a vida, como trabalhadores precarizados, ou simplesmente marginalizados nas periferias das cidades.

Com o processo de construção da barragem e a ameaça da perda das terras, os camponeses se mobilizaram para lutar e resistir, assumindo a sua condição de classe social, ou seja, se forjaram como classe social – quando a consciência de classes emerge, na defesa de suas terras, a força e a capacidade de luta e resistência se expressam. Nesse momento se organizaram e foram para o embate e enfrentamento contra os agentes hegemônicos representados pelo Estado. Entre as estratégias de luta, destaca-se a paralisação da obra, por causa de um acampamento que construíram na área central das obras. Essa forma de pressão garantiu aos camponeses o atendimento de algumas

reivindicações, sobretudo o pagamento das indenizações pelas benfeitorias e a construção de novas moradias para as famílias que tiveram suas casas inundadas.

Esse processo de mobilização e resistência teve um papel importante na reorganização dos camponeses e trabalhadores rurais não apenas nas proximidades da obra, mas em todo o Sudoeste baiano. Contribuiu para a formação e consolidação de movimentos sociais sediados nessa região, com destaque para o Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra (MST) e o Movimento dos Pequenos Agricultores (MPA), nos quais militam algumas lideranças que tiveram participação direta no contexto da Barragem de Anagé, a exemplo de Diacísio Ribeiro, que foi um dos protagonistas na luta dos camponeses de Anagé, e é um dos coordenadores do MPA na Região Sudoeste.

Esse engajamento político contribuiu para a formação de uma consciência dos camponeses na organização pela resistência na terra, sobretudo daqueles que foram atingidos parcialmente e que permanecem em suas terras de trabalho. A permanência camponesa, constatada durante a realização da pesquisa, tem-se desenvolvido de forma consorciada com outras atividades, como a pesca e pequenos comércios nas barracas localizadas às margens da barragem. Essas diversificações nas formas de trabalho na terra e na água são estratégias que evidenciam a necessidade de continuarem sobrevivendo no campo, após a redução das propriedades e do processo de parcelamento das terras camponesas com seus descendentes.

Apropriação da terra e da água pelos camponeses/pescadores é orientada pelo valor de uso, sob uma racionalidade eminentemente não capitalista, constituindo-se o que se conceitua como território de terra e água de trabalho. Isto é formulado a partir do conceito de terra de trabalho elaborado por José de Souza Martins (1981), ao se referir às terras trabalhadas por camponeses, onde não se estabelecem formas de trabalho alienado ou exploração do trabalho alheio.

Analisamos, também, o processo de luta pela terra, organizado com apoio do MST, que, em 2005, estabeleceu às margens da barragem um acampamento de trabalhadores rurais sem-terra. Chegaram ao local naquele período cerca de 80 famílias, que ocuparam a área por mais de seis anos, até que, em 2010, foi impetrada uma ação de reintegração de posse, que desalojou as 23 famílias que resistiram durante todo o período da ocupação.

A principal reivindicação do movimento era a transferência de uma área de 270 hectares (denominada área de segurança nacional), sob a responsabilidade do Ministério de Integração Nacional, órgão do qual o DNOCS é subordinado, para o Instituto Nacional de

Colonização de Reforma Agrária (INCRA), para que fosse constituído um Assentamento de Reforma Agrária. Infelizmente isso não ocorreu, e as famílias também não foram assentadas até a conclusão da pesquisa. Seguem, entretanto, na marcha de luta pela terra em outras trincheiras de resistência.

A construção da barragem criou ainda as condições para a instalação de empreendimentos do agronegócio, via agricultura irrigada, que se apossam da terra e da água, sob a racionalidade capitalista, ou seja, concebem esses elementos da natureza como mercadoria ou como possibilidade de extrair a renda da terra, por meio da exploração da força de trabalho alheio. Essa lógica vem constituindo o que entendemos como território de terra e água de negócio, onde o capital se apossa da terra e da água para explorar a força de trabalho alheia. No que se refere à água, essa apropriação se dá de forma constante, irrestrita e sem custos, tendo em vista que a grande maioria das outorgas não tem prazo de validade estabelecido, além de ser isenta de taxas pela utilização desse recurso, que é captado vinte e quatro horas por dia, trezentos e sessenta e cinco dias por ano.

Outra expressão da territorialização do capital verificada é a apropriação da terra e da água para fins de entretenimento e lazer, com a instalação de pousadas, hotéis e, principalmente, de sítios e chácaras, utilizados como casas de veraneio. Essas estruturas estão edificadas às margens da barragem nas terras que outrora eram à base de reprodução de camponeses. Tais empreendimentos pertencem a pessoas com alto poder aquisitivo, originárias, em sua maioria, de cidades vizinhas, principalmente de Vitória da Conquista. Esses sítios dispõem de uma infraestrutura completa com pequenos cais e píeres, onde são atracados lanchas, barcos e jet-ski. Algumas construções chegam a custar mais de R$1.000.000 (um milhão de reais), segundo informações prestadas em entrevistas realizadas em 2011, a exemplo do depoimento do servidor do DNOCS.

A realização da pesquisa permitiu compreender a expressão material das disputas das classes sociais pelo e no território, como resultado dos antagonismos das relações capitalistas de produção. Esses processos revelam as diferentes racionalidades no uso e na apropriação da terra e da água: de um lado, a permanência camponesa, utilizando-se desses elementos da natureza como meio e condição de reprodução material, seja na terra, como agricultores, seja na água, como pescadores. Trata-se de uma apropriação fundamentada no valor de uso; no sentido inverso, o apossamento da terra e da água, como mercadoria que possibilita a realização do capital no seu processo produtivo, condição concreta de extração da renda da terra.

Ao concluir, podemos eleger a contradição existente no discurso e na prática do Estado como uma questão fundamental no contexto da pesquisa realizada. O Estado concebeu o Projeto da Barragem de Anagé como uma ação promotora do desenvolvimento regional com a difusão do agronegócio, mas que está se efetivando com a expropriação camponesa, realidade ainda em curso. Há, nessa lógica estatal, o claro propósito de consolidar e ampliar as formas capitalistas de uso da terra e da água, processo em que as formas de trabalho alienado, extremante precarizado são essenciais para que se estabeleça a territorialização do capital.

Realizar esta pesquisa nos permitiu repensar conceitos e práticas, mudar a forma de ver e analisar o mundo. Assim como a realidade em estudo se transformou com essa obra, também o pesquisador transforma tanto os seus conceitos previamente estabelecidos, como a forma de entender a relação teoria-prática. Após a conclusão de um estudo como este, não somos mais o mesmo, e o que mais nos modificou foi conhecer mais de perto a forma de vida dos camponeses: humilde, simples, solidária e acolhedora, um jeito de simples de viver, que demonstra também a coragem, a força, a disposição para a luta e, principalmente, o amor à terra, que se constitui muito mais que a base de reprodução material, como disse dona Anelina, “a minha terra é a minha vida”, pois sem a terra não se pode viver.

Esses ensinamentos e princípios vivenciados em campo evidenciam lógicas contra- hegemônicas, relações não capitalistas de produção, ainda que inseridas no sistema capitalista de produção, sistemas de mediação de primeira ordem, onde o trabalho é a garantia direta da vida, o trabalhador não se estranha com o fruto do seu trabalho. Essa forma de organização social, permeada de usos e racionalidades distintos da nossa realidade, parece-nos estranha, impossível de existir, para nós acostumados à lógica capitalista, extremamente mercenária que sempre visa ao lucro, por isso muitas vezes não compreendemos esse modo de vida que prioriza a vida, em detrimento do dinheiro.

A permanência e a resistência do campesinato no Brasil evidenciam a negação do discurso da homogeneização da lógica hegemônica do capital, sobretudo, no campo, como também a corrente de pensamento que acredita ser o capitalismo a única possibilidade para a sociedade e para quem vive no campo. Reafirmamos a importância e a atualidade da questão agrária, com a premência não apenas de uma reforma agrária, mas de uma reorganização territorial no Brasil, como condição para minorar os problemas sociais, sobretudo a miséria.

Dessa forma, a permanência e a resistência do campesinato, pelo simples fato de ainda continuar existindo nas contradições do capital, evidenciam que outra forma de organização social é possível, necessária e real. Manter-se desvinculado do mundo do dinheiro, do lucro e do consumo é por si só revolucionário, num mundo onde o ter passa a ser mais importante do que o ser.

Aquilo que, para muitos, é visto como arcaico, atrasado, tradicional, na realidade é a expressão da possibilidade histórica de construção de outra sociedade, baseada na solidariedade, na ajuda mútua, na forma de uso e apropriação da terra e da água como condição de garantia da vida, onde o trabalho se reveste na sobrevivência, realização material e imaterial, e a autonomia representa um entrave à implantação plena do capital no campo.

A convivência e a vivência com essas pessoas simples, humildes, trabalhadoras e lutadoras nos animam a continuar lutando e contribuindo com a produção e socialização de um conhecimento que se referencia na realidade concreta, que pretende ter compromisso social e político, portanto, não é neutro ou imparcial. Esperamos que esse trabalho colabore para a compreensão da realidade de um pedaço da Bahia, entender esse lugar e compreender nele o conteúdo de mundo, ver o geral no particular, o global no local, perceber que os processos mais amplos de configuram em realidades geográficas muito particulares, únicas.

Esta não é uma conclusão, pois a realidade não é estática, o movimento é o motor da história. A sociedade vai se transformando continuamente, produzindo e transformando o espaço. Assim, o que analisamos foram as temporalidade e espacialidades do contexto histórico em que vivemos, enfim, uma barragem entre tantas construídas Brasil afora. Essa obra mudou a vida, o espaço e os rumos de centenas de pessoas, mas muita coisa ainda está por ser transformada, o que, certamente, suscitará novas investigações e análises.

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