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Considerações finais:

No documento Capitulo I CAPITULO I ESTRUTURA TERRITORIAL (páginas 33-38)

Como consideração final será importante referir que o número de inscritos como desempregados, pertencentes ao concelho de Arouca, não é muito considerável se tivermos em conta os valores registados por outros concelhos limítrofes. Arouca é o concelho que integra o Centro de Emprego de S. João da Madeira com menor número de desempregados. Além disso, muitas das inscrições efectuadas para emprego, estão relacionadas com as obrigações de o fazer enquanto beneficiários de subsidio de desemprego, de rendimento social de inserção e por motivo de pedido de declarações para isenção do pagamento de alguns serviços como taxas moderadoras, subsídios escolares dos filhos, ingresso em acções de formação entre outras. Verifica-se, que existe a nível concelhio, uma forte tendência para o “subsidio-dependência”. As entidades responsáveis pelo emprego salientam imensas dificuldades na colocação dos desempregados do concelho de Arouca, não sendo alheio a estas dificuldades a deficitária rede de transporte público dentro e fora do concelho. No entanto, esta

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situação, por vezes, é fácil de ultrapassar, pois verificam-se situações de empresas exteriores ao concelho, que fornecem transporte e nem sempre é possível preencher as vagas existentes, com utentes de Arouca. Aliada a esta dificuldade surgem também impedimentos familiares, sendo este motivo mais associado às mulheres, que prestam apoio aos filhos e outros dependentes. Assistimos, no concelho, a situação de mulheres procurarem integração no mercado de trabalho ou em formação pois, devido ao facto de terem os filhos já crescidos e actualmente têm mais disponibilidade para desempenharem uma actividade fora de casa, contribuindo assim para a melhoria da economia doméstica. A procura de emprego, nestes casos, orienta-se principalmente para o sector dos serviços, nomeadamente escolas, no entanto, as ofertas existentes são sobretudo na área industrial, o que provoca um desajustamento entre a oferta e a procura.

È importante também salientar a questão da formação profissional promovida no concelho, pois nem sempre é a mais ajustada ao mercado de trabalho e às necessidades empresariais locais. Esta formação é encarada, por quem a frequenta como uma forma de obter rendimento e não como um mecanismo de qualificação profissional que mais facilmente permitiria o ingresso no mercado de trabalho. É necessário repensar a formação, para que esta permita a redução do desemprego e ao mesmo tempo permita o aumento da competitividade entre as empresas. A formação reveste-se de extrema importância, pois permite ao trabalhador não só uma mais fácil ingresso no mercado de trabalho como também obtenção de formação7informação para adoptar uma outra postura perante o processo produtivo e perante a própria empresa. Esta problemática da formação promovida no concelho e dos resultados inerentes poderá ter a ver com as áreas de formação desenvolvidas, não se ajustarem às reais necessidades das empresas locais, ao facto da selecção realizada ser de alguma forma desajustada e da inexistência de parcerias. Além disso, é muito importante termos em conta, a urgente necessidade de mudança de mentalidade da grande maioria dos nossos formandos pois, estes procuram a formação por motivos económicos. Esta situação agrava-se com facto de haver falta de comunicação entre as entidades promotoras de formação, o que implica que os/as formandos/as circulem entre acções de formação e acumulem horas de formação sem que exista qualquer resultado em termos de empregabilidade. Existe também uma elevada falta de empreendedorismo por parte de quem frequenta a formação, pois os níveis de criação do próprio emprego são praticamente inexistentes. Urge então, a realização de um conjunto de medidas que permita uma acção articulada entre as entidades, bem como todo um trabalho de mudança de mentalidades e de comportamentos. A importância da formação não se refere apenas a colaboradores, revestindo-se de extrema importância formação para os próprios empresários, principalmente na área da produção/qualidade. Inerente à aposta na qualidade por parte das empresas surge a necessidade da qualificação do pessoal. É importante referir que são igualmente necessárias medidas/politicas de incentivo, à fixação de empresas, nomeadamente de pequenas empresas, nas freguesias mais fustigadas e com mais dificuldades de ligação a outros locais. De salientar que a

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criadoras de emprego deverá o concelho apostar na fixação de empresas ligadas ao turismo, a floresta e a agricultura, na medida em que se revelam como actividades económicas com possibilidade de crescimento .concelho.

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Da reunião de trabalho realizada no âmbito desta temática, salientamos a seguinte análise swot que resultou do trabalho de equipa e de discussão entre os elementos presentes. De salientar, a falta, nesta reunião, de uma entidade, nomeadamente a Associação Empresarial, que pudesse de alguma forma mediar o trabalho a realizar junto dos empresários locais, bem como poder transmitir às entidades formadoras as reais necessidades dos empresários e empresas locais, de forma a adequar-se a intervenção das diversas entidades locais.

Quadro 20- Análise S.W.O.T. – Desemprego

Forças Fraquezas Fa ct or es E nd óg en os

♦ Agricultura – território com

características rurais. O desenvolvimento desta actividade poderá significar um importante complemento ao orçamento familiar.

♦ Turismo – existência de recursos naturais

♦ Floresta – extensão florestal no concelho e pela actividade económica existente no concelho.

♦ Existência de mecanismo de apoio à inserção profissional

♦ Falta de formação em áreas estratégicas ♦ Dificuldades de deslocação para fora do concelho/rede de transportes insuficiente ♦ Desajustamento entre oferta/procura ♦ Fraca fixação de empresas no concelho ♦ Falta de iniciativa empresarial

♦ Falta de empreendedorismo

♦ Formação profissional promovida desajustada do mercado

♦ Baixa escolaridade e qualificação profissional da população desempregada

♦ Falta de cultura operária

♦Falta de medidas de apoio à fixação de empresas

♦ Existência de economia paralela ♦ Subsidio dependência Oportunidades Ameaças Fa ct or es E xó ge no s

♦ Politicas de apoio à criação de emprego ♦ Existência de entidades externas, que promovam formação no concelho.

♦Projectos com financiamento comunitário

♦ Concelhos limítrofes com potencialidades económicas e industriais.

♦Conjuntura económica desfavorável.

♦ Falta de articulação entre os vários domínios económico-sociais do concelho

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 O concelho de Arouca tinha em 2001, 8945 indivíduos sem actividade económica. Deste total, 4612

pertenciam ao grupo etário 15-60 anos e 4333 pertenciam ao grupo com mais de 65 anos. O grupo com maior peso pertence aos reformados (cerca de 48%), seguido das domésticas e estudantes.

  

 Em Fevereiro de 2006, encontravam-se inscritos à procura de emprego, 649 utentes pertencentes ao

concelho de Arouca. Tendo em conta os restantes concelhos que integram o Centro de Emprego de S. João da Madeira, Arouca possui o menor valor. No entanto é importante termos em conta outros que estão ocupados mas não profissionalmente, como é o caso dos que se encontram em formação e outros.

  

 Em 2001, as freguesias com maior taxa de desemprego era Espiunca e Mansores, ao passo que

Albergaria e Escariz apresentavam a taxa mais baixa. Em Albergaria por ter uma população envelhecida, fora da idade activa e em Escariz a segundo por se encontrar próximo da bacia empregadora do Entre Douro e Vouga.

  

 O desemprego em Arouca afecta principalmente as mulheres, que procuram uma nova actividade. A

maioria tem idade entre os 35 e 54 anos e tem uma qualificação baixa, na maioria dos casos igual ou menor ao 4º ano de escolaridade.

  

 Do total de desempregados inscritos, cerca de 268 recebem subsídio de desemprego e 70 rendimento

social de inserção. Isto implica que mais de metade dos desempregados recebem um subsídio.

  

 A maioria dos desempregados encontra-se inscrito em actividades pouco qualificadas como é o caso

da construção civil e indústrias transformadoras, o que revela as baixas qualificações escolares e profissionais da nossa população activa.

  

 O concelho tem duas unidades de apoio à integração profissional, o Centro de Emprego de S. João da

Madeira e a Univa de Arouca. Esta última tem, inscritos cerca de 200 utentes, na sua maioria mulheres, que procuram novo emprego na área dos serviços e comércio verificando-se aqui um desajustamento entre oferta e procura, pois o mercado oferece emprego, principalmente ao nível da indústria e metalurgia.





 A formação promovida no concelho tem-se revelado pouco ajustada às necessidades do mercado e

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No documento Capitulo I CAPITULO I ESTRUTURA TERRITORIAL (páginas 33-38)