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RECURSOS (existentes no

No documento Capitulo I CAPITULO I ESTRUTURA TERRITORIAL (páginas 46-84)

concelho)

- Taxa de desemprego elevada (pouca oferta e desajustamento)

- Falta de transporte público com horários compatíveis)

- Transportes desajustados das necessidades da população

- Baixas qualificações profissionais e escolares. - Preço praticado nas zonas industriais. - Cursos de formação actualmente encarados como fonte de rendimento/desajustamento da área formativa

- Preços praticados na área da empresa florestal/falta de recursos.

- Falta de sensibilidade do Centro de Emprego de S. João da Madeira (falta de respostas concretas e ajustadas à realidade do concelho).

- Fraco envolvimento das associações concelhias. - Falta de equipamentos de apoio á infância (creche/jardim) que funciona como entrave à inserção profissional nomeadamente das mulheres.

- Incentivar as empresas para instalação nas zonas industriais.

- Viabilidade do sector do turismo como potencial empregador

- Viabilidade do sector florestal no concelho

- Aparecimento de empresas de transformação.

- Envolver o movimento associativo do concelho

- Viabilidade do sector do turismo como potencial empregador - Viabilidade do sector florestal no concelho - Aparecimento de empresas de transformação.

Fonte: Reunião de Iniciação ao diagnóstico social.

Na reunião de trabalho, foram apontadas como causas para esta problemática, a falta de ofertas de emprego na região e todos os condicionalismos inerentes, como a falta de uma rede de transporte e de outros equipamentos que poderão ser impeditivos para quem pretende desenvolver uma actividade profissional.

Como possíveis soluções destacam-se a necessidade de medidas para a fixação de empresas, bem como um maior envolvimento por parte das associações, uma vez que o concelho é rico em termos de associativismo. Como recursos já existentes, destacam-se o sector do turismo, como potencial empregador e outras empresas sobretudo na área transformadora e florestal.

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Quadro 30- Análise S.W.O.T. – Baixos recursos económicos

Forças Fraquezas Fa ct or es E nd óg en os

♦ Apoios concedidos pelas entidades locais ♦ Equipa multidisciplinar a trabalhar no protocolo do Rendimento Social de Inserção no Centro Paroquial Rainha Santa Mafalda.

♦ Sector do turismo – potencial empregador ♦ Existência de apoios para situações de carência económica

♦ Serviço social desenvolvido pelas entidades locais, nomeadamente IPSS´s e outras entidades no âmbito do voluntariado.

♦ Poucas ofertas de emprego na região ♦ Falta de equipas de apoio às famílias ♦ “Subsidio – dependência”

♦ Falta de politicas de incentivo à fixação de empresas, no concelho e consequente aumento das ofertas de emprego.

♦ Falta de estruturas de apoio que permitam às pessoas desempenharem uma actividade profissional, nomeadamente creches e transportes.

♦ Indisponibilidade da população para trabalhar em outros concelhos, com mais ofertas de emprego disponíveis.

♦ Fraco envolvimento das associações do concelho.

Oportunidades Ameaças Fa ct or es Ex óg en os

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RESUMO DO CAPITULO

RESUMO DO CAPITULO

RESUMO DO CAPITULO

RESUMO DO CAPITULO









No concelho existem inúmeros casos de famílias que auferem baixos recursos económicos e que são potenciais casos de exclusão social. Esta problemática está profundamente interligada com as restantes problemáticas identificadas para o concelho.

  

 No sentido de colmatar esta situação, as famílias recorrem a diversos serviços de âmbito social, como

a Segurança Social, através do RSI e apoios eventuais; a Câmara Municipal através de solicitações para apoios diversos e outras entidades de apoio social como as conferências vicentinas, etc…

  

 Através da acção social escolar verificamos que muitas das famílias dos alunos, que frequentam as

escolas do concelho, têm baixos recursos económicos e procuram ultrapassar a situação através do recurso aos subsídios escolares.

  

 É necessário uma resposta a esta situação, embora não seja de fácil resolução. Esta passará pela

existência de equipas que acompanhem/encaminhem estes casos. Pois a par com melhores rendimentos económicos é necessário (re) educar as famílias, procurando a sua inclusão pessoal e social.

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CAPITULO IV

CAPITULO IVCAPITULO IV

CAPITULO IV

APOIO À TERCEIRA IDADE

APOIO À TERCEIRA IDADEAPOIO À TERCEIRA IDADE

APOIO À TERCEIRA IDADE

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A evolução demográfica das sociedades ocidentais, desde finais do século XX, caracteriza-se pelo envelhecimento global da população. Para tal e entre outros motivos muito tem contribuído os avanços da medicina, os hábitos de vida mais saudáveis que permitem o aumento da esperança de vida dos indivíduos. O fenómeno do envelhecimento da população agudiza-se ainda mais, pois em simultâneo ao aumento da esperança média de vida, diminui consideravelmente o índice de fecundidade, o que implica uma redução significativa do número de nascimentos.

O envelhecimento demográfico tem sido uma realidade que afecta os países da Europa e Portugal em particular. Portugal, à semelhança dos restantes países que integram a União Europeia, apresenta pouco dinamismo demográfico, que se traduz numa estrutura etária cada vez mais envelhecida e com baixos níveis de fecundidade e mortalidade. Também no concelho de Arouca caminhamos a passos largos para o envelhecimento da população, pois as alterações demográficas têm revelado uma importância crescente e implicam modificação da estrutura das pirâmides etárias.

Estas alterações condicionam a estrutura económica, demográfica e os sectores de organização social e devem- se aos novos conhecimentos científicos, às descobertas na área da saúde, e às alterações vigentes. Assiste-se então a um aumento da população idosa e à necessidade de uma série de alterações sociais de apoio a este grupo social.

Oor pessoas idosas, consideram-se homens e mulheres com idade superior a 65 anos, sendo esta a idade que em Portugal corresponde à idade da reforma. Nos últimos tempos tem-se verificado um envelhecimento da população, que se deve à longevidade dos indivíduos e ao aumento da esperança média de vida. Estes factores implicam o aumento da proporção das pessoas idosas na população total, o que acontece em detrimento da população jovem e/ou da população em idade activa. O envelhecimento é, como refere Jacob, «…um processo biológico progressivo e natural, caracterizado pelo declínio das funções celulares e pela diminuição da capacidade funcional que é vivido de forma variável consoante o contexto social de cada indivíduo».7

As dinâmicas regionais, em todo o mundo e em Portugal diferem de região para região. Segundo informações do INE entre 1960/2000 a proporção de jovens (0-14 anos) diminuiu de 37% para 30%. Em 2050, segundo uma projecção das Nações Unidas a proporção de jovens diminuirá para cerca de 21% da população total. Em Portugal, a população com mais de 65 anos, entre 1960/2000, evidencia aumento de 5.3%, para 6.9% e a projecção é de 15.6, em 2050. O ritmo de crescimento da população idosa é quatro vezes superior ao da população jovem.

De acordo com os Censos 2001, a Região Norte apresentava a percentagem mais baixa de idosos ao nível do país, sendo a situação mais alarmante no Alentejo, Algarve e região Centro.

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Entre 1960/2001, em termos absolutos verificou-se um aumento da população idosa em quase 1 milhões de indivíduos.

De acordo com as informações do Instituto Nacional de Estatística, mais de metade da população com mais de 65 anos (55.1%) não apresentava qualquer nível de instrução e esta situação atinge mais significativamente as mulheres. Em 2001, em 32.5% das famílias clássicas residia pelo menos um idoso, Entre 1991/2001 o número de famílias clássicas com idosos aumentou cerca de 23%. No mesmo período inter censitário o número de famílias compostas apenas por idosos aumentou cerca de 36%. Do total de famílias, 50.5% são constituídas por apenas um idoso e 48.1% são compostas por 2 idosos.

De acordo com estudos elaborados sobre a população idosa, são os idosos que residem sós que registam maiores índices de pobreza, no que respeita a condições de alojamento e posse de bens e equipamentos de conforto. Nestas situações os homens são os mais atingidos.

Caracterização da estrutura populacional do concelho

O concelho de Arouca, segundo informação do INE – Censos 2001, tinha um total de 24227 habitantes, que se dividiam em 11876 homens e 12351 mulheres. A freguesia com maior população residente é a freguesia sede do concelho. Tendo em conta os dados para o ano de 1991, verificamos que existiam no concelho 23894 habitantes, dos quais 11609eram homens e 12285 eram mulheres. Assim sendo o concelho registou, no período intercensitário, um crescimento populacional na ordem dos 0.2%, o que corresponde a um crescimento efectivo de 333 indivíduos. Durante o mesmo período a variação da população residente é de aproximadamente 1.4%. Num período de 10 anos, as freguesias de Albergaria, Alvarenga, Cabreiros, Covelo de Paivó, Espiunca, Fermedo, Janarde, Moldes, S. Miguel do Mato perderam população, tendo-se verificado o decréscimo mais acentuado na freguesia de Janarde. As freguesias de Arouca, Burgo, Canelas, Chave, Escariz, Mansores, Rossas, Santa Eulália, Tropeço, Urrô e Várzea, aumentaram a população residente, sendo que o aumento mais significativo registou-se na freguesia de Arouca. De salientar que as freguesias de Albergaria, Cabreiros, Covelo de Paivó e Janarde tinham, em 2001, menos de 200 habitantes residentes. Tratam-se das freguesias mais envelhecidas do concelho e que caminham a passos largos para a desertificação.

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Quadro 31- População residente, por freguesia, em 1991/2001

1991 2001

Homens Mulheres Total Homens Mulheres Total FREGUESIA N.º % N.º % N.º N.º % N.º % N.º Variação 1991- 2001 (%) Albergaria 91 0.38 90 0.38 181 66 0.27 74 0.31 140 -22,70 Alvarenga 786 3.29 851 3.56 1637 666 2.75 702 2.90 1368 -16,40 Arouca 1299 5.44 1517 6.35 2816 1455 6.01 1643 6.78 3098 10,00 Burgo 971 4.06 1048 4.39 2019 1013 4.18 1054 4.35 2067 2,40 Cabreiros 124 0.52 129 0.54 253 86 0.35 100 0.41 186 -26,50 Canelas 443 1.85 418 1.75 861 438 1.81 426 1.76 864 0,30 Chave 664 2.78 734 3.07 1398 685 2.83 729 3.01 1414 1,10 C. de Paivó 98 0.41 104 0.44 202 85 0.35 84 0.37 169 -16,30 Escariz 1026 4.29 1029 4.31 2055 1129 4.66 1126 4.65 2255 9,70 Espiunca 263 1.10 282 1.18 545 241 0.99 236 0.97 477 -12,50 Fermedo 790 3.31 762 3.19 1552 747 3.08 757 3.12 1504 -3,10 Janarde 130 0.54 124 0.52 254 80 0.33 79 0.33 159 -37,40 Mansores 564 2.36 561 2.35 1125 579 2.39 576 2.38 1155 2,70 Moldes 763 3.19 833 3.49 1596 717 2.96 760 3.14 1477 -7,50 Rossas 751 3.14 776 3.25 1527 863 3.56 830 3.43 1693 10,90 S.ta Eulália 1015 4.25 1117 4.67 2132 1147 4.73 1192 4.92 2339 9,70 S. M. Mato 408 1.71 443 1.85 851 370 1.53 430 1.77 800 -6,00 Tropeço 635 2.66 642 2.69 1277 640 2.64 657 2.71 1297 1,60 Urrô 522 2.18 546 2.29 1068 600 2.48 606 2.50 1206 12,90 Várzea 266 1.11 279 1.17 545 269 1.11 290 1.19 559 2,60 TOTAL 11609 48.6% 12285 51.4% 23894 11876 49.% 12351 51% 24227 1,40 Fonte: INE - Censos 1991/Censos 2001

À medida que as freguesias vão perdendo população, os mais idosos ficam e na maioria dos casos, iniciam processos de isolamento e solidão. Pois, às condições físicas e ao distanciamento das freguesias juntam-se as dificuldades económicas da maioria da população idosa, que teve como principal actividade a agricultura e actualmente recebe pensão de velhice e/ou invalidez na ordem dos € 200,00 o que condiciona o seu nível de vida.

O concelho de Arouca apresenta uma densidade populacional na ordem dos 74.1 habitantes por Km2. As freguesias com maior densidade populacional são Arouca e Várzea, enquanto Covelo e Janarde são as que apresentam menor densidade populacional. A questão da dispersão geográfica, do concelho, afecta principalmente as freguesias inseridas na montanha, o que complica ainda mais a ligação da população com a sede de concelho, local onde estão sedeados todos os serviços, como por exemplo a saúde.

População residente por grupos etários e por freguesia em 2001

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população. Tendo em conta a distribuição da população por grupos etários verificamos que a população jovem não tem indivíduos suficientes para contrariar a tendência demográfica do concelho. Além disso esta evolução tem registado progressos significativos. A população jovem, dos 0-14 anos, corresponde a cerca de 18.1% da população total do concelho e a população com mais de 65 anos corresponde a 16.2% da população residente. Isto significa que o envelhecimento da população é significativo e que esta evolução é preocupante, pois o peso da população idosa com mais de 65 anos, aproxima-se a ao peso da população jovem.

Quadro 32- Caracterização da população por grupos etários

Grupos etários

Freguesias - 5 Anos 5 a 14 anos 15 a 24 anos 25-64 anos 65-84 anos 85 + anos Albergaria 5 11 18 60 36 7 Alvarenga 49 168 194 588 322 47 Arouca 182 380 524 1534 422 56 Burgo 96 258 340 1056 279 38 Cabreiros 10 16 21 78 53 8 Canelas 68 124 163 421 75 13 Chave 75 171 211 709 215 33 Covelo 6 13 28 76 39 7 Escariz 157 314 355 1137 267 25 Espiunca 24 58 94 210 77 14 Fermedo 96 174 256 766 195 17 Janarde 5 16 23 75 35 5 Mansores 72 157 189 539 170 28 Moldes 84 188 280 699 192 34 Rossas 87 218 300 838 219 31 S.ta Eulália 148 271 399 1172 310 39 S. M. Mato 48 82 145 381 134 10 Tropeço 82 177 204 658 157 19 Urro 73 136 179 586 214 18 Várzea 37 55 101 311 49 6 TOTAL 1404 2987 4024 11897 3460 455 Fonte: Censos - INE, 2001

Pelas pirâmides etárias a seguir indicadas, constatamos que a população portuguesa é uma população envelhecida, tendo-se a situação agravada no período de 10 anos. Relativamente à população do concelho de Arouca, o envelhecimento populacional, já se verificava em 1991, mas agravou-se consideravelmente no período intercensitário. Em 2001, o grupo etário com maior expressividade é o correspondente à população activa, isto é dos 15 aos 64 anos. No período intercensitário (de 1991 para 2001), assiste-se a um decréscimo do peso da população jovem (como se pode verificar pela base da pirâmide estreita). Em 1991, 19.99% da população do concelho tinha menos de 15 anos, no entanto houve um decréscimo para 16.00% em 2001.

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Figura 7

Fonte: Carta Educativa do Município de Arouca

Através da análise das pirâmides etárias do concelho de Arouca, verificamos a existência de um duplo fenómeno de envelhecimento na base e no topo. Ou seja, assiste-se em simultâneo à diminuição da população jovem e ao aumento da população idosa, onde se destaca o cada vez maior número de idosos com idade avançada, superior a 85 anos.

A diminuição da taxa de natalidade e a crescente longevidade da população, implicam uma tendência crescente para o aumento da nossa população idosa. Esta situação requer uma série de equipamentos e redes de apoio à terceira idade, procurando desta forma que o acrescento do tempo de vida corresponda a uma vida de qualidade.

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As pessoas mais velhas e já reformadas desempenham um papel importante, entre outros porque se tornam indispensáveis em trabalhos que os mais novos, porque não têm tempo, ou pela sobrecarga de trabalho, não o fazem, como são o caso dos cuidados prestados à família.

Quadro 33- Variação da população Residente, por grupos etários, entre 1991 e 2001

Grupos etários

0-14 anos 15-24 anos 25-64 anos 65 ou + anos - 22,8 -8,1 15,8 10,2 Fonte: INE, Censos 2001

Num período de 10 anos, o crescimento da população foi negativo dos 0 aos 24 anos. Esta variação foi mais significativa no grupo dos 0-14 anos (- 22,8). A variação no grupo etário dos 15-24 anos foi de -8,1. O aumento da população, no período intercensitário (91/2001), só se verificou a partir dos 25 anos, sendo a variação mais acentuada no grupo etário dos 25 aos 64 anos (cerca de 15,8). A variação da população, após os 65 anos, foi na ordem dos 10,2. Através da análise da variação da população verificamos que aumentou a população adulta e idosa, ao passo que por parte da população jovem assistimos ao seu decréscimo. Estes indicadores mais uma vez revelam a tendência de envelhecimento da população do concelho e a incapacidade da população jovem alterar esta tendência.

O concelho de Arouca, em 2001, apresentava um índice de envelhecimento na ordem dos 89.2%, ou seja, para 100 residentes com menos de 15 anos de idade, em 2001, havia cerca de 89 idosos. A situação apresenta-se ainda mais preocupante, em 2002, em que o índice de envelhecimento da população aumentou para 93.8%. Esta característica da população reforça ainda mais a questão do envelhecimento da população residente e encaminha para a necessidade de intervenção em termos de politicas de incentivo à natalidade e à criação de redes/ equipamentos de apoio à população. No entanto, é importante referir que o concelho apresenta ainda valores inferiores à média nacional que se situa nos 105%, mas superior aos valores verificados na região Norte, que se situam em 84.2%. Relativamente à região Entre Douro e Vouga, Arouca é o segundo concelho com maior índice de envelhecimento, sendo apenas ultrapassado pelo Concelho de Vale de Cambra.

Índice de Envelhecimento, por freguesia, em 2002

Tendo em conta o índice de envelhecimento por freguesia, as situações mais problemáticas verificm-se nas freguesias mais rurais, mais próximas da serra e distanciadas da sede do concelho como Albergaria, Cabreiros, Covelo de Paivó e Janarde, o que coincide com as freguesias que apresentam menos população residente. A

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de 269 idosos para cada 100 jovens. A freguesia com menor índice de envelhecimento é a freguesia de Canelas estando o índice a situar-se nos 45%, ou seja o número de jovens da freguesia, em 2002,era superior ao número de idosos em mais de 50%.

Gráfico 6- Índice de envelhecimento por freguesia, em 2002

170 85,1 89,5 234,6 45,8 100,8 242,1 62 111 78,5 190,5 86,5 83,1 82 83,3 110,8 68 111 59,8 268,8 0 50 100 150 200 250 300

Fonte: o país em números, 2002

De salientar que, em 2001, o índice de dependência da população idosa era de 24.6%, ou seja cerca de 25% da população com idade igual ou superior a 65 anos está dependente da população activa.

De acordo com os Censos 2001, 961 famílias eram compostas por dois elementos com mais de 65 anos (o que corresponde a cerca de 13.3% do total de famílias do concelho) e que 55 famílias tinham 3 ou mais elementos com esta idade.

A par com o envelhecimento da população, o grupo das pessoas reformadas é o grupo mais importante da população idosa. Esta situação influência muitas vezes as condições económicas deste grupo social.

Quadro 34- Caracterização dos pensionistas do concelho de Arouca

Pensionistas (31.12.2003)

Total Invalidez Velhice Sobrevivência 7088 989 4593 1506 Fonte: Anuário Estatístico da Região Norte - 2003

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O concelho de Arouca tinha, em 2003, 7088 pensionista. A maioria é pensionista por motivo de velhice, aproximadamente 65%, 21,2% recebia pensão por sobrevivência e 14% por invalidez. Tendo em conta que, se trata de um concelho ainda com características rurais e outrora ainda mais rural, os descontos terão sido na maioria efectuados como agrícolas, pelo que o valor das pensões é baixo e condiciona significativamente o nível de vida da população idosa, nomeadamente em termos de falta ou parcos recursos económicos.

De acordo com informações disponibilizadas pelo Serviço Local de Arouca do Centro Distrital da Segurança Social de Aveiro, e como já foi referenciado existem no concelho um total de 734 indivíduos, num total de 272 famílias a receberem rendimento social de inserção, dos quais 27 têm idade superior a 65 anos, ou seja em idade de acesso à reforma. O facto de serem beneficiários leva-nos a concluir que poderá dever-se ao baixo valor que recebem da pensão e porque na maioria dos casos não dispõem de outra fonte de rendimento recorrem a este subsidio para poderem responder às necessidades do dia - a dia.

Quadro 35- Caracterização dos beneficiários, de rendimento social de inserção, com mais de 65 anos por freguesia.

Freguesias Total beneficiários por freguesia Beneficiários com mais de 65 anos

Albergaria 18 1 Alvarenga 116 4 Arouca 52 4 Burgo 79 4 Cabreiros 12 1 Canelas 38 0 Chave 32 0 Covelo de Paivó 0 0 Escariz 64 2 Espiunca 26 0 Fermedo 23 0 Janarde 1 0 Mansores 12 2 Moldes 23 0 Rossas 61 0 S.ta Eulália 51 1 S. M. Mato 28 2 Tropeço 67 5 Urro 20 1 Várzea 11 0 TOTAL 734 27

Fonte: Centro Distrital da Segurança Social – serviço local de Arouca – Outubro de 2005

De acordo com a informação acima descriminada verificamos que, em finais de 2005, existiam 27 utentes, com mais de 65 anos a beneficiarem da prestação de rendimento social de inserção, o que corresponde a

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aproximadamente 4% do total de beneficiários. A freguesia que mais beneficiários tem nesta situação é Tropeço (cinco beneficiários). Seguem-se as freguesias de Alvarenga, Arouca e Burgo, com respectivamente quatro utentes nessa circunstância. De salientar que, as freguesias com maior número de beneficiários, com idade superior a 65 anos, não coincide com as freguesias que apresentam maior índice de envelhecimento, pois as freguesias de Albergaria, Covelo de Paivó, Cabreiros e Janarde totalizam entre si, dois elementos.

Infra-estruturas de apoio à população idosa

O concelho de Arouca dispõe de uma instituição Santa Casa da Misericórdia de Arouca de acolhimento a idosos – lar, a saber a Santa Casa da Misericórdia. A instituição alberga actualmente 103 idosos. No entanto será importante salientar que esta instituição tem cerca de 142 candidatos em lista de espera (lista social) para integrar o lar de idosos. Além da valência lar a instituição promove também - apoio domiciliário, que abrange um total de 19 utentes, aos quais presta os seguintes serviços:

Quadro 36- Caracterização do apoio domiciliário prestado pela Santa Casa da Misericórdia de Arouca

Freguesia N.º idosos Tipo de apoio prestado Arouca 8 7 alimentação; 1 tratamento roupa Burgo 4 3 alimentação/higiene; 1 tratamento roupa Moldes 2 Alimentação/higiene

Rossas 1 Higiene

Santa Eulália 2 Alimentação/ higiene Tropeço 2 Alimentação/higiene

Total 19

Fonte: Santa Casa da Misericórdia – 2006

O apoio domiciliário é prestado quando solicitado/sinalizado, e a maioria das sinalizações é feita pelas Juntas de freguesia, por familiares e/ou pelo próprio idoso. As freguesias abrangidas pelo serviço correspondem às freguesias limítrofes ou mais próximas da sede do concelho. Segundo informações da instituição, não recebem solicitações de apoio para as freguesias mais rurais/ de montanha, o que poderá dever-se à importância da família e comunidade local enquanto apoio/ acompanhamento das situações mais carenciadas. O tipo de serviço prestado no apoio domiciliário depende do solicitado pelo idoso e poderá girar em torno de alimentação, higiene pessoal e das instalações e tratamento de roupas. O apoio domiciliário poderá ser articulado com o Centro de Saúde de Arouca, através do apoio domiciliário integrado – ADI. A coordenação/acompanhamento do serviço é feito pela Técnica Superior de Serviço Social, em articulação com 2 ajudantes de lar da instituição.

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O concelho dispõe ainda de outra instituição que no âmbito do Projecto de Intervenção Comunitária presta apoio domiciliário, a AICIA – Associação para a Integração de Crianças Inadaptadas de Arouca. Este serviço abrange cerca de 19 utentes, distribuídos pelas seguintes freguesias:

Quadro 37- Caracterização do apoio domiciliário prestado pela AICIA

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