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6 CONSIDERAÇÕES FINAIS

No documento Elizângela Sponholz - Dissertação final (páginas 132-152)

6 Considerações finais

6 CONSIDERAÇÕES FINAIS

Este estudo possibilitou refletir sobre a temática da pesquisa, trazendo um pequeno avanço na discussão que relaciona o bullying com as questões sociais do desenvolvimento humano. O trabalho proporcionou, ainda, refletir sobre a atuação nas escolas com tal tema, buscando uma transformação na intensa presença dessa forma de violência a partir de uma intervenção social com as crianças.

O bullying foi percebido, diferentemente, por estes estudantes, sendo ora representado de forma mais ampla, associado à violência de modo geral e a algo triste e ora fundamentado na definição teórica do termo bullying, com agressões diretas e indiretas, de maneira repetitiva. O fato de ser comum apelidos na escola, revelou-se numa prática disfarçada de

bullying, que dava aos profissionais da escola a impressão de não se tratar deste caso.

Na compreensão do bullying escolar (os participantes desse fenômeno foram perseguidos constantemente por seus pares, em função de diferenças em diversos aspectos sociais, étnicos, religiosos, culturais), em nenhum momento pode-se entender o fenômeno como sendo responsabilidade exclusiva de um sujeito em particular.

Observou-se que o bullying escolar não foi um problema de relacionamento interpessoal, nem um problema unicamente do ambiente escolar, mas que envolve as relações interpessoais como reflexo do meio social no qual os sujeitos estão inseridos, de tal maneira que o social faz parte de cada um. Ao ser constituído historicamente e culturalmente, o

bullying escolar traz consigo, por meio da cultura da vaidade e efemeridade das relações

sociais, as características da individualidade que podem dificultar o desenvolvimento da empatia e a compreensão.

No decorrer dos encontros, pôde-se perceber que o bullying ocorria naquele ambiente e afetava os estudantes em questão. A intervenção proposta revelou-se positiva no que se refere à receptividade dos estudantes aos temas propostos para o debate. O fato da pesquisadora, enquanto cientista social, estabelecer uma relação de confiança com os sujeitos da pesquisa, também sugere maior fidelidade quanto à veracidade dos materiais coletados (MINAYO, 2011).

Com relação à expressão oral, em diversos momentos dos encontros, as crianças expuseram situações de bullying, revelando assuntos que, inicialmente, pareciam não existir naquele ambiente.

O projeto de pesquisa tornou-se muito mais interessante devido ao viés do programa de Mestrado Interdisciplinar em Desenvolvimento Comunitário. Por meio das disciplinas

cursadas, foi possível compreender o indivíduo enquanto integrante de uma comunidade, desempenhando e interiorizando seu papel, tornando-se subjetivamente real para ele. Nesta construção, a linguagem teve um papel determinante, pois não basta o quanto se sabe sobre um determinado assunto se o sujeito detentor de tanto conhecimento não for capaz, ou não poder compartilhar. O conhecimento é um elemento primordial de transformação em uma sociedade e, apesar de prevalecer a linguagem dominante, o sujeito munido de conhecimento é capaz de ouvir, construir seus conceitos e lutar para promover as mudanças necessárias para uma sociedade mais promissora no que diz respeito à justiça, educação, saúde e cultura.

Conforme as metas propostas para a pesquisa, não há como estudar os construtos do

bullying sem articulá-los com a estrutura social mais ampla, a fim de explicá-los e romper

com o modo dominante de pensar. Há que se concebê-los em sua totalidade, diante da síntese de suas múltiplas determinações, na realidade em que se encontram inseridos, caso contrário, penso eu, continuarão sendo fenômenos abstratos e idealistas. Analisar a intimidação a partir do ponto de vista da teoria histórico-cultural, procurando compreender os significados e sentidos produzidos por crianças e adolescentes pertencentes a classes sociais distintas, mas com um conjunto de costumes e hábitos fundamentais de uma cultura em comum, acerca dessa temática no contexto escolar.

A partir dos textos estudados e da caracterização da população pretendida para aplicação de uma intervenção social que objetiva analisar os prováveis efeitos desta nas expressões gráficas (desenho), na fala e na escrita das crianças em relação ao bullying, foi possível compreender a importância da investigação do assunto e delinear os direcionamentos de condução da pesquisa.

Uma visão geral sobre as experiências relatados pelos estudantes em relação ao

bullying mostrou que esse tipo de violência ocorre com maior frequência no pátio da escola e

no ônibus escolar, sendo mais praticada por meninos. Constatou-se, por meio dos relatos, que nesta escola, especificamente, a aparência física dos estudantes e a fragilidade emocional por eles demonstrada são os motivos principais para a vitimização.

O bullying, nesta escola, revelou-se, ao longo dos encontros, ser um problema bem maior do que se imaginava. O que de fato acontece com muita frequência, pois as pessoas em geral acreditam que apelidos e empurrões fazem parte do cotidiano escolar e os profissionais que atuam diretamente dentro das escolas não estão preparados para identificar, inibir, ou mediar situações de bullying. Nos discursos populares e dos meios de comunicação, transmite-se a ilusão de que é fácil acabar com o bullying escolar. Como se políticas

governamentais ou então intervenções isoladas pudessem dar conta de sanar aspectos sociais, econômicos, culturais, históricos, políticos relacionados a esta problemática.

Os objetivos almejados através do estudo foram alcançados com êxito, apesar de revelarem-se pequenos em relação à dimensão dos efeitos do bullying. A intervenção mostra que a percepção do modo de pensar e sentir sobre o bullying e tudo que está relacionado a ele, foram refletidos nos três pontos analisados (fala, escrita, desenho), demostrando um aumento na percepção dos casos de bullying, bem como do papel que cada um desempenhou nestas situações. Sendo que do primeiro para o último encontro, principalmente na fala e na escrita das crianças, é possível identificar uma evolução quanto ao conhecimento a respeito do tema e pôde-se concluir que o discurso do “outro” influencia nas expressões oral e escrita dos sujeitos da pesquisa.

A expressão oral mostrou o nível de entendimento do tema e como o discurso do outro traz mudanças no discurso das crianças. Os resultados mostraram mudanças no entendimento da definição do bullying, do que se caracteriza como bullying, quem são os envolvidos e como se proteger dessas vitimizações, como também o fato de se identificar envolvidos em um caso de bullying enquanto espectador, vítima e até mesmo de agressor e promover uma mudança em suas atitudes.

Por meio da escrita, os participantes da intervenção transcreveram, muitas vezes, apenas o tema que foi selecionado para a sessão, mas também tiveram aqueles que expuseram suas opiniões sobre o tema e ainda aquelas que usaram esse recurso para procurar ajuda, relatando, graficamente, sofrer bullying por parte dos colegas e de sentir-se muito mal diante desta situação. Todo o material escrito caracteriza-se em uma rica ferramenta que possibilitou uma análise mais complexa das mudanças dos sujeitos participantes da pesquisa.

Quanto à expressão gráfica (desenho), a influência do discurso sobre a construção do desenho ficou menos evidente devido à subjetividade da interpretação, apesar de surgirem, nas representações, vários elementos relativos ao diálogo preliminar à produção, o que destaca a empatia da criança em relação ao tema.

Os resultados que foram apresentados, como dito anteriormente, apesar de representarem uma parcela muito pequena em relação ao número de casos de bullying, demonstra que esta intervenção pode ser reproduzida, oferecendo um sucesso razoável, podendo, inclusive, fazer parte do currículo da escola interdisciplinarmente.

Em relação às ações futuras decorrentes da pesquisa, pretende-se apresentar à comunidade escolar os desfechos obtidos neste primeiro momento, bem como a intenção de desenvolver pesquisas a longo prazo, de avaliação periódica dos grupos participantes da

primeira etapa da pesquisa em relação ao tema. Os dados coletados nos eventos citados acima darão origem a novos estudos, artigos, pesquisas, além de uma revisão sistemática sobre o efeito das intervenções relacionadas ao bullying. Dessa forma, muitos estudos estão previstos em relação a este tema tão relevante ao ambiente escolar e ao mesmo tempo tão banalizado por pais, professores, diretores e, principalmente, pela comunidade.

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