• Nenhum resultado encontrado

O objetivo principal do presente trabalho foi investigar relações entre a crença religiosa e a vivência da sexualidade. Para esse intento, foram entrevistadas três mulheres católicas, atuantes em movimentos da Igreja. Atuar em movimentos da Igreja Católica era um fator determinante para a seleção de quem poderia participar ou não da pesquisa. A definição desse critério deveu- se ao fato de existirem muitas pessoas que se dizem católicas, mas que não são praticantes. Houve uma preocupação, por parte da pesquisadora, de que o grupo pesquisado estivesse dentro da igreja, que conhecesse realmente a sua doutrina religiosa. Entretanto, percebemos que, embora sejam atuantes em movimentos da Igreja, as colaboradoras desconhecem as orientações da Igreja relativas à sexualidade, ou, se conhecem, não relacionam as duas.

A escolha pelas mulheres que participaram desse momento da pesquisa, foi uma escolha de conveniência, que levou em consideração a adesão voluntária das participantes à pesquisa. Portanto, não podemos generalizar os resultados aqui obtidos, o que não invalida o estudo realizado.

A modalidade de crença religiosa, investigada a partir do Questionário Pratt, que prevaleceu neste estudo, foi a crença emocional. Essa modalidade de crença vem seguida da crença ético-moral e da crença perceptiva. A crença emocional caracteriza-se justamente por aquilo que Pratt considera como mais

íntimo e interno, o fundo de sentimento vital, responsável por alimentar essa crença. A emoção que sentem nos momentos de experiência de oração, “atividade” relatada pelas colaboradoras, sustenta a crença em Deus e na religião. Descrevem sua experiência de Deus e da religião e da forma como não precisam de nada concreto para justificar ou confirmar sua existência. Entretanto não é uma crença de todo ingênua. Pratt descreve essa associação entre a crença e a vontade de crer. Deus é real e elas acreditam nele.

Elas têm fé, e isso basta. Dedicam-se à Igreja, ao estudo da Bíblia. Essas mulheres vivem a religião na sua prática e não a partir dos valores morais que foram construídos ao longo do tempo. Desconhecem o que diz o Papa e os últimos concílios. Não buscam na religião um código de conduta, mas a comunhão com Deus. A Bíblia não é seguida como código de conduta, mas, de forma geral, todas elas demonstraram preocupação com a avaliação externa, preocupação em ser exemplares.

Concluímos com esse estudo a importância da religião na sustentação da vivência da sexualidade. Foi possível inferir, a partir das modalidades de crença religiosa, sua correspondência com a vivência da sexualidade. A despeito do pouco conhecimento das normas e orientações da Igreja Católica relativas à sexualidade, associada à crença perceptiva, a Religião autoriza a vivência da sexualidade, pois a Religião é a autoridade que não deve ser questionada. À crença emocional, associamos uma concepção idealizada da sexualidade, que, para ser vivenciada, precisa de algo que lhe dê um sentido maior, como o amor. Já a crença ético-moral ou volitiva é guiada pela utilidade, conferindo à sexualidade fins procriativos. Vimos, por meio do relato dessas

três mulheres atuantes em movimentos católicos, as nuances da vivência da sexualidade relacionadas à vivência da religião. São formas particulares e diferentes, entretanto, profundamente semelhantes em muitos aspectos. O código moral da Igreja Católica está presente para todas, porém, não sabem falar disso como algo prescrito, normatizado, não encontram referência para essa regulamentação em documentos ou na fala dos representantes da Igreja. Lidam com as normas como se elas sempre tivessem existido, como se essa fosse a forma “natural” de agir, como se existisse uma forma “natural” de agir.

Este trabalho instigou ainda mais a curiosidade e sede de conhecimento da pesquisadora. Alguns questionamentos ainda não foram respondidos e outros surgiram a partir da pesquisa realizada: A classe econômico-social seria um fator influenciador na vivência da sexualidade relacionada à crença religiosa? Mulheres que atuam em outros movimentos católicos têm uma visão diferente? Por exemplo, qual é a opinião e como é a vivência sexual de mulheres que preparam casais para o matrimônio?

Vimos que a idade pode ser um fator que interfere nessa leitura, visto que a vivência de Bárbara e Clara, tanto em relação à sexualidade, quanto em relação à crença, são semelhantes, ao passo que são divergentes das vivências de Aline, relativas à crença religiosa e também à sexualidade.

Concluímos o trabalho como acreditamos que deve ser um trabalho de pesquisa, um aguçador de questionamentos novos. O processo de pesquisa valoriza a fruição, e é interessante que esse movimento não cesse. Como educadora, a pesquisadora acredita que embora isso traga muita angústia, o

papel do professor está cumprido quando, ao concluir a aula, o aluno tenha mais dúvidas que respostas. E assim caminhou este projeto. A partir de uma inquietação, surgiu a necessidade de novos conhecimentos. A partir de novos conhecimentos, novos questionamentos e a necessidade de outros conhecimentos. E assim como disse o poeta “no meio do caminho havia uma

REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS:

- Abbagnano, N. (1960-1982). Dicionário de Filosofia. 2. ed. São Paulo: Mestre Jou. Tradução coordenada e revista por Alfredo Bosi, com a colaboração de Maurice Cunio, et al.

- Agostinho, S. (2005). Confissões. Tradução: Alex Marins. São Paulo: Martin Claret.

- Albuquerque, C. C. P. (1998). A crença é a diferença. Belo Horizonte: Oficina de Arte e Prosa.

- Allport, G. W. & Ross, J. M. (1967). Personal religious orientation and prejudice. In: Journal of Personality and Social, Vol. 5, n° 4, p. 432-443.

- Alves, R. (1984). O que é religião. São Paulo: Abril Cultural/Brasiliense.

- Amatuzzi, M. M. (1997). A opção pelo triatlo como uma prioridade de vida: um estudo fenomenológico. Estudos de Psicologia. Campinas, 1997, 14(1), 61-70. - Amatuzzi, M. M. (1999). Desenvolvimento psicológico e desenvolvimento

religioso: uma hipótese descritiva. In: Massimi, M. & Mahfoud, M. Diante do

mistério – Psicologia e senso religioso (p. 123-140). São Paulo: Loyola.

- Amatuzzi, M. M. (2001). Pesquisa fenomenológica em Psicologia. In: Bruns, M. A. T. & Holanda, A. F. (orgs.) Psicologia e pesquisa fenomenológica – Reflexões e perspectivas (p. 15-22). São Paulo: Ômega.

- Ancona-Lopez, M. (1999). Religião e psicologia clínica: quatro atitudes básicas. In: Massimi, M. & Mahfoud, M. Diante do mistério – Psicologia e senso religioso (p. 99-122). São Paulo: Loyola.

- Andrade, Carlos Drummond (2001). Alguma poesia. São Paulo: Record.

- Araújo, E. (2001). A arte da sedução: sexualidade femInIna na colônia. In: Del Priore, M. (Org.). História das mulheres no Brasil (p. 45-77). São Paulo: Contexto.

- Azpitarte, E. L. (1991). Ética sexual: masturbação, homossexualismo, relações pré-matrimoniais. 2ª ed. São Paulo: Paulinas.

- Bahia, M. A. (2004). Escolha sexual: uma posição singular. In: Furtado, A. A. P.; Rodrigues, G. V.; Bahia, M. A.; Gontijo, T. Destinos da Sexualidade. (p. 351- 361) São Paulo: Casa do Psicólogo.

- Bello, A. A. (2004). Fenomenologia e ciências humanas. Bauru, SP: EDUSC. - Bertin, C. (1990). A mulher em Viena nos tempos de Freud. Campinas: Papirus.

- Bicudo, M. A. V. (2000). Fenomenologia: confrontos e avanços. São Paulo: Cortez.

- Boudon, R. & Bourricaud, F. (1982-2000). Dicionário crítico de Sociologia. 2ª ed. São Paulo: Ática. Tradução: Maria Letícia Guedes Alcoforado e Durval Ártico.

- Bozon, M. (2004). A ordem tradicional da procriação. In: Bozon, M. Sociologia

da sexualidade. (p. 19-30). Rio de Janeiro: FGV.

- Brugger, W. (1904-1987). Dicionário de Filosofia. São Paulo: EPU. 4ª ed.

Tradução: Antônio Pinto de Carvalho.

- Bruns, M. A. T. (2001). A redução fenomenológica em Husserl e a possibilidade de superar impasses da dicotomia subjetividade – objetividade. In: Bruns, M. A. T. & Holanda, A. F. (orgs.) Psicologia e pesquisa fenomenológica – Reflexões e perspectivas (p. 57-66). São Paulo: Ômega.

- Cabral, J. T. (1995). A sexualidade no mundo ocidental. 2ª edição. São Paulo: Papirus.

- Carrara, S. (2005). Religião e sexualidade: as expectativas de um seminário. In Giumbelli, E. (Org.) (2005). Religião e sexualidade: convicções e

responsabilidades (p. 17-20). Rio de Janeiro: Garamond.

- Carvalho, A. M. (1999). Sexualidade e religiosidade entre adolescentes: um estudo comparativo. In: Massimi, M. & Mahfoud, M. Diante do mistério –

Psicologia e senso religioso (p. 99-122). São Paulo: Loyola.

- Catoné, J-P. (1994). A sexualidade, ontem e hoje. São Paulo: Cortez. - Celes, L. A. M. (1995) Sexualidade e subjetivação. Brasília: Editora UnB.

- Cesarotto, O. A. (2004). Para uma nova versão dos Três Ensaios. In: Portugal, A. M. et alli (2004) Destinos da sexualidade. (p.428-435). São Paulo: Casa do Psicólogo.

- Conceição, P. F. M. (2004). Perfil Perséfone: um estudo sobre crenças religiosas e lócus de controle de atletas de handebol. Dissertação de Mestrado defendida na Escola de Educação Física e Esporte da Universidade de São Paulo.

- Conselho Pontifício para a família (1996). Sexualidade humana: verdade e significado – orientações educativas em família. São Paulo: Loyola.

- Debergé, P. (2003). O amor e a sexualidade na Bíblia. São Paulo: Cidade Nova.

- Duarte, L. F. D. (2005). Ethos privado e justificação religiosa. Negociações da reprodução na sociedade brasileira. In: Giumbelli, E. (Org.) (2005). Religião e

sexualidade: convicções e responsabilidades. (p. 137-176). Rio de Janeiro:

Garamond.

- Durkheim, E. (1912-1960) As formas elementares de vida religiosa – o sistema

totêmico na Austrália. 2. ed. São Paulo: Paulus.

- Forghieri, Y. C. (1993-2004). Psicologia Fenomenológica – Fundamentos, método e pesquisas. São Paulo: Pioneira Thomson LearnIng.

- Foucault, M. (1988). História da Sexualidade 1: a vontade de saber. 15ª ed. Rio

de Janeiro: Graal. Trad. Roberto Machado.

- Freitas, M. H. (2002). Crença religiosa e personalidade em estudantes de

Rorschach. Tese de doutorado apresentada ao Instituto de Psicologia da Universidade de Brasília.

- Freitas, M. H. (2005) Diretrizes metodológicas para a Investigação de senso religioso em Gerontologia: uma abordagem fenomenológica. (2005) In: Faleiros, V. P. & Loureiro, A. M. L. Desafios do envelhecimento: vez, sentido e voz. (no prelo)

- Freitas, M. H. Modalidades de crença religiosa segundo J. B. Pratt (2003) (artigo no prelo)

- Freud, S. (1908). Moral sexual e civilizada. ESB vol. IX. (p. 167-186). Rio de Janeiro: Imago.

- Freud, S. (1915). O Inconsciente. ESB vol. XIV. Rio de Janeiro: Imago.

- Freud, S. (1916). Conferência I - Introdução. ESB vol. XV. (p. 27-36). Rio de Janeiro: Imago.

- Freud, S. (1927). O futuro de uma ilusão. ESB vol. XXI. (p. 13-71). Rio de

Janeiro: Imago.

- Freud, S. (1930). O Mal-estar na Cultura. ESB vol. XXI. (p. 81-174). Rio de Janeiro: Imago.

- Freud, S. (1931). Sexualidade feminina. ESB vol. XXI. Rio de Janeiro: Imago. - Freud, S. (1933). Feminilidade. ESB vol. XXII. (p. 113-134). Rio de Janeiro:

Imago.

- Garcia-Roza, L. A. (1984-1984). Freud e o Inconsciente. 10. ed. Rio de Janeiro: Jorge Zahar Editor.

- Gay, P. (1989). Freud: uma vida para o nosso tempo. São Paulo: Companhia das Letras.

- Giorgi, A. (2001). Método psicológico fenomenológico: alguns tópicos teóricos e práticos. (V. M. M. Kude, Trad.). Educação, 43:133-150.

- Giumbelli, E. (2005). Apresentação. In: Giumbelli, E. (Org.) (2005). Religião e

sexualidade: convicções e responsabilidades (p. 7-15). Rio de Janeiro:

Garamond.

- Goldstein, L. L. & Sommerhalder, C. (2002). Religiosidade, espiritualidade e significado existencial na vida adulta e velhice. In: Freitas, E. V.; Py, L; Neri, A. L.; Cançado, F. A. X.; M. L. Gorzoni & S. M da Rocha (orgs.). Tratado de

Geriatria e Gerontologia (p. 950-956). Rio de Janeiro: Guanabara Koogan.

- Gomes, W. B. A Entrevista Fenomenológica e o Estudo da Experiência

Consciente. Psicol. USP. [online]. 1997, vol.8, nº.2 [citado 27 Junio 2004], p.

305-336. Disponible en la World Wide Web: http://www.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S0103-

65641997000200015&lng=es&nrm=iso. ISSN 0103-6564.

- Heilborn, M. L. (1999). Construção de si, gênero e sexualidade. In: Heilborn, M. L. (Org.) (1999). Sexualidade: o olhar das ciências sociais. (p. 40-58). Rio de Janeiro: Jorge Zahar.

- Heilborn, M. L. e Brandão, E. R. (1999). Ciências sociais e sexualidade. In: Heilborn, M. L. (Org.) Sexualidade: o olhar das ciências sociais. (p. 7-17). Rio de Janeiro: Jorge Zahar.

- Holanda, A. F. (2004). Fenomenologia da Religião em G. Van der Leew. In: Holanda, A. F. (Org.) Psicologia, religiosidade e fenomenologia (p. 47-54). Campinas: Alínea.

- Hostfee, W. (2002). Pequenos fatos e grandes questões. Pensamentos sobre método no estudo da religião. In: Imaginário – USP, n° 8, p. 141-148.

- Hoornaert, E. (1993). A questão do corpo nos documentos da primeira evangelização. In: Marcílio, M. L. (Org.) Família, mulher, sexualidade e igreja

na historia do Brasil (p. 11 a 27). São Paulo: Loyola.

- Houaiss, A.; Villar, M. S. (2001). Dicionário Houaiss da Língua Portuguesa. Rio de Janeiro: Objetiva.

- Husserl, E. (1992) Investigações Lógicas. In: Os Pensadores. 5. ed. São Paulo: Nova Cultural.

- Husserl, E. (2001). Meditações cartesianas: Introdução à fenomenologia. Tradução Frank de Oliveira. São Paulo: Madras.

- Kristensen, C. H., Flores, R. Z. & Gomes, W. B. (2001). Revelar ou não revelar: uma abordagem fenomenológica do abuso sexual com crianças. In: Bruns, M. A. T. & Holanda, A. F. (orgs.) Psicologia e pesquisa fenomenológica – Reflexões e perspectivas (p. 109-142). São Paulo: Ômega.

- Laqueur, T. (2001). Inventando o sexo: corpo e gênero dos gregos a Freud. Rio de Janeiro: Relume Dumará.

- Lodi, M. I. (2004). O mal-estar da sexualidade. In: Portugal, A. M. et alli (2004)

Destinos da sexualidade (p. 381-390). São Paulo: Casa do Psicólogo.

- Louro, G. L. (2001). Pedagogias da sexualidade. In: Louro, Guacira Lopes (Org.) O corpo educado – Pedagogia da Sexualidade. Belo Horizonte: Autêntica, 2. ed. (p. 35-82).

- Louro, G. L. (2003). Gênero, sexualidade e educação: uma perspectiva pós- estruturalista. 5. ed. Petrópolis: Vozes.

- Loyola, Mª. A. (1999). A sexualidade como objeto de estudo das ciências humanas. In: Heilborn, Mª. L. (1999). Sexualidade – o olhar das ciências sociais. Rio de Janeiro: Jorge Zahar Editor.

- Maciel, J. C. (2001). Apresentação. In: Bruns, M. A. T. & Holanda, A. F. (Orgs.)

Psicologia e pesquisa fenomenológica – Reflexões e perspectivas. São Paulo:

Ômega.

- Martins, A. M. (1999). Religião. In: Logos – Enciclopédia Luso-Brasileira de

Filosofia, (Vol. 4). Lisboa/São Paulo: Verbo.

- Martins, J. e Bicudo, M. A. V. (2003). A pesquisa qualitativa em Psicologia: fundamentos e recursos básicos. São Paulo: Centauro.

- Merleau-Ponty, M. (1999). Fenomenologia da percepção. São Paulo: Martins Fontes.

- Mitchel, J. (1979). Psicanálise e feminismo: Freud, Reich, Laing e a mulher.

Belo Horizonte: Interlivros.

- Moraes, C. C. e Ribeiro, J. P. (2004). Paranormalidade e psicopatologia numa abordagem fenomenológica: relato de uma experiência. In: Holanda, A. (Org.) (2004). Psicologia, Religiosidade e Fenomenologia. (p. 55-77). São Paulo: Alínea.

- Moreira, J. O. (1997). A Invenção do psicológico: considerações sobre a dispersão no campo psi. In: Pisque – Revista do Departamento de Psicologia da Faculdade de Ciências Humanas e Letras – Unicentro Newton Paiva.

- Moser, A. (2005). Religiões e seus posicionamentos (1ª parte). In: Giumbelli, E. (Org.) (2005). Religião e sexualidade: convicções e responsabilidades. (p. 21- 25). Rio de Janeiro: Garamond.

- Nunes, S. A. (2000). O corpo diabo entre a cruz e caldeirinha. Um estudo sobre

a mulher, o masoquismo e a feminilidade. Rio de Janeiro: Civilização Brasileira.

- Orozco, Y. P. (2005). Religiões e seus posicionamentos (2ª parte). In: Giumbelli, E. (Org.) (2005). Religião e sexualidade: convicções e responsabilidades. (p. 73-78). Rio de Janeiro: Garamond.

- Pacheco, J. (2003) Sexualidade e religiões. In: Fonseca, L. & Vaz, J. M. (coord.) A sexologia – perspectiva multidisciplinar, vol. II (p. 45-51). Coimbra: Quarteto.

- Paiva, G. J. (1989). Algumas relações entre Psicologia e Religião. Psicologia – USP, São Paulo 1(1) – (p. 25-33).

- Paiva, G. J. (2002). Ciência, Religião, Psicologia: Conhecimento e comportamento. In: Psicologia: Reflexão e crítica (p. 561-567).

- Papa João Paulo II (1980). Audiência geral: O corpo não submetido ao espírito

ameaça a unidade do homem pessoa. (www.vatican.va)

- Papa João Paulo II (1986). Encíclica DomInum Et Vivificantem – sobre o

Espírito Santo na vida da igreja e do mundo. (www.vatican.va)

- Papa Pio XII (1954). Carta Encíclica Sacra VirgInitas. (www.vatican.va)

- Pedreira, E. R. (2005). Religiões e seus posicionamentos (1ª parte). In: Giumbelli, E. (Org.) (2005). Religião e sexualidade: convicções e

responsabilidades. (p. 21-72). Rio de Janeiro: Garamond.

- Prado, A. (1999) A arte como experiência religiosa. In: Mahfoud, M. e Massimi, M. (Orgs.) Diante do mistério: Psicologia e senso religioso. (p. 17- 32). São Paulo: Loyola.

- Prates, A. L. (2001). Feminilidade e experiência psicanalítica. São Paulo: FAPESP.

- Pratt, J. B. (1907). The psychology of religious belief. New York/London: The MacMillan Company.

- Pratt, J. B. (1921). The religious consciousness: A psychological study. New York: The MacMillan Company.

- Ribeiro, J. P. (2004). Religião e Psicologia. In: Holanda, A. F. (Org.) Psicologia,

religiosidade e fenomenologia (p. 11-36). Campinas: Alínea.

- Sagrada Congregação para a Educação Católica (1983). Orientações

Educativas sobre o amor humano: linhas gerais para uma educação sexual.

(www.vatican.va)

- Silva, E. M. N. (2004). Claro Enigma. In: Furtado, A. A. P.; Rodrigues, G. V.; Bahia, M. A.; Gontijo, T. (Orgs.) Destinos da Sexualidade. (p. 407-415) São Paulo: Casa do Psicólogo.

- Sousa, M. A. (2005). Introdução. In: Agostinho, Santo. (2005). Confissões. (p. 13-28). Tradução: Alex Marins. São Paulo: Martin Claret.

- Turato, E. R. (2003). Tratado da metodologia da pesquisa clínico-qualitativa:

construção teórico-epistemológica, discussão comparada e aplicação nas áreas da saúde e humanas. Petrópolis: Vozes.

- Valle, E. (1998). Psicologia e experiência religiosa. São Paulo: Loyola.

- Vergote, A. (2001). A psicanálise à prova da sublimação. In: Paiva, G. J. (Org.) (2001). Entre necessidade e desejo: diálogos da Psicologia com a Religião. (p. 159-173). São Paulo: Loyola.

- Weeks, J. (2001). O corpo e a sexualidade. In: Louro, Guacira Lopes (Org.) O

corpo educado – Pedagogia da Sexualidade. 2. ed. (p. 35-82). Belo Horizonte:

Anexo A - Termo de consentimento livre e esclarecido Instituição: Universidade Católica de Brasília

Pesquisa: Crença religiosa e Sexualidade: um estudo com mulheres atuantes em movimentos da Igreja Católica

Pesquisadora: Renata Gomes Netto – Psicóloga

O objetivo desta pesquisa científica é Investigar a vivência da sexualidade de mulheres atuantes em movimentos da Igreja Católica a partir da sua crença religiosa. Para tanto, serão aplicados questionário e entrevista, cada um podendo durar aproximadamente de uma a duas horas. Durante as entrevistas serão feitas perguntas ao informante para se alcançar os objetivos da pesquisa.

Os registros feitos durante a entrevista e o material coletado no questionário serão organizados em um relatório final, contendo citações anônimas para preservar a privacidade e a identidade das colaboradoras. Este relatório estará disponível quando o estudo estiver concluído, inclusive para apresentação em encontros científicos e publicação em revistas especializadas, assim como em outros meios de divulgação.

Este termo, em duas vias, é para certificar que eu, _________________ ____________________, concordo em participar na qualidade de voluntário do projeto científico acima mencionado. Por meio deste, concordo com minha participação na pesquisa para responder ao questionário e ser entrevistada; e permito que a entrevista seja gravada em cassete.

Estou ciente de que, ao término da pesquisa, as fitas serão apagadas e que os resultados serão divulgados, porém sem que meu nome apareça associado à pesquisa.

Estou ciente de que alguns colegas pesquisadores poderão conhecer o conteúdo, tal como foi falado, para discutir os resultados, mas essas pessoas estarão sempre submetidas às normas do sigilo profissional.

Paracatu ___/___/____

Pesquisadora: Renata Gomes Netto __________________________________ Entrevistada:

Anexo B - Questionário Pratt sobre crença religiosa (adaptado)

Tem-se percebido, atualmente, que a religião, como uma das coisas mais presentes na vida da comunidade e do indivíduo, merece estudo mais detalhado e extenso. Tal estudo pode ser de valor apenas se for baseado nas experiências de muitos indivíduos. Se você for favorável a esse tipo de estudo e desejar participar dele, faça a gentileza de escrever as respostas às seguintes questões.

Por favor, responda às questões em toda a sua extensão e detalhadamente. Procure não oferecer generalizações filosóficas, mas sua própria experiência pessoal.

1- O que a religião significa para você pessoalmente?

(1 a.) Uma crença de que algo existe? Descreva como é esta crença. (1 b.) Uma experiência emocional? Descreva com é esta experiência.

(1 c.) Uma atitude geral da vontade favorável a DEUS ou favorável à retidão? Descreva como é esta atitude favorável.

(1 d.) Ou qualquer outra coisa? Descreva.

1.1- Se a religião tem vários elementos, qual é para você o mais importante? 2- Ao dizer DEUS, o que você quer dizer com isso?

(2 a.) Se DEUS for uma pessoa, o que você quer dizer com isso?

(2 b.) Ou é DEUS apenas uma força? Caso seja, o que quer dizer essa força? (2 c.) Ou é DEUS uma atitude do universo favorável a você? Descreva como é essa atitude.

2.1- Como você apreende a relação de DEUS com a humanidade e com você pessoalmente?

2.2- Se sua posição sobre as duas relações for incerta, por favor, declare esse fato.

3 - Por que acredita em DEUS?

(3 a.) É Com base em algum argumento? Se for, qual?

Ou (3 b.) Porque você experimentou SUA presença? Se sim, como?

Ou (3 c.) Com base na autoridade, tal como a Bíblia (ou outro texto religioso) ou alguma pessoa profética? Descreva como é essa autoridade.

Ou (3 d.) Com base em princípios éticos? Caso seja, descreva-os. Ou (3 e.) com base em algum outro motivo? Qual?

3.1- Se você acredita em DEUS com base em várias razões, por favor Indique cuidadosamente a ordem de sua importância.

4.1- Você aceita Deus não tanto como um Ser real existente, mas, de preferência, como um ideal pelo qual se vive?

4.2- Se você tivesse que se tornar inteiramente convencido de que DEUS não existe, isto faria uma grande diferença em sua vida - seja em relação à felicidade, à moralidade, ou a outros aspectos? Explique.

5. DEUS é algo muito real para você, tão real quanto um amigo terreno, embora diferente?

5.1- Você sente que já experimentou a presença de DEUS? Se for o caso, por favor, descreva o que você que dizer com "experienciar SUA presença”. O que é tal experiência?

5.2- Quão vaga e quão distinta ela é? De que modo ela o afeta mental e fisicamente?

5.3- Se você não teve essa experiência, você aceita o testemunho de outros que reivindicam ter sentido a presença de DEUS diretamente? Por favor, responda a esta questão com o maior cuidado e com o máximo possível de detalhes.

6. Você reza? E, se for o caso, por quê? Quer dizer, é puramente por hábito e costume social, ou você de fato acredita que DEUS ouve suas preces?

6.1- Em suas preces você é unilateral ou bilateral – isto é, você sente às vezes que recebe algo de Deus em suas preces – tal como força ou o espírito divino? A oração é uma comunhão real entre você e DEUS?

7. O que significa para você "espiritualidade"? 7.1- Descreva uma pessoa espiritual típica. 8. Você acredita na imortalidade pessoal?

9. Aceita você a Bíblia como autoridade em questões religiosas?

9.1- Sua fé religiosa e sua vida religiosa são baseadas nela? Se for o caso, de que modo sua crença em DEUS e sua vida favorável a ELE e aos companheiros humanos seriam afetadas pela perda da fé na autoridade da Bíblia?

Anexo C - Roteiro de entrevista

Pesquisa: Crença religiosa e Sexualidade: um estudo com mulheres atuantes em movimentos da Igreja Católica

Entrevista n°: ____

Data: ___/___/___ Início: _________ Término: ________ I – Identificação pessoal

Data de nascimento: ___/___/___ Naturalidade: ________________________ Profissão: _________________________ Escolaridade: __________________ Estado civil / Situação conjugal atual / Há quanto tempo: ________________________

Movimento religioso do qual participa / Há quanto tempo / Por que escolheu esse movimento para participar: _____________________________________ _______________________________________________________________ _______________________________________________________________ _______________________________________________________________ II – Entrevista semi-estruturada

1- O que é sexualidade para você?

2- Como tem sido sua vivência da sexualidade? 3- Qual sua opinião sobre:

- Virgindade - Monogamia - Matrimônio - Sexo

- O que a Igreja Católica fala sobre esses mesmos temas? 4- Sobre a relação sexual:

- Gosta de ter relações sexuais? - Com que freqüência?

- Atinge o orgasmo? - Toma a Iniciativa?

5- O relacionamento entre duas pessoas envolve...

6- Você recebe ou recebeu algum tipo de orientação sobre sexualidade? 7- A sua religião oferece alguma orientação? Qual?

8- O que você pensa sobre essa orientação?

Anexo D – Questionários Pratt respondidos Questão 1 - Questionário Pratt sobre crença religiosa

1- O que a religião significa para você pessoalmente?

(1 a.) Uma crença de que algo existe? Descreva como é essa crença. (1 b.) Uma experiência emocional? Descreva como é essa experiência.

(1 c.) Uma atitude geral da vontade favorável a DEUS ou favorável à retidão? Descreva como é essa atitude favorável.

(1 d.) Ou qualquer outra coisa? Descreva.

1.1- Se a religião tem vários elementos, qual é para você o mais importante?