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CONSIDERAÇÕES FINAIS

No documento giselidopradosiqueira (páginas 188-200)

PARTE II FUNDAMENTOS EPISTEMOLÓGICOS E METODOLÓGICOS DO ENSINO RELIGIOSO COMO ÁREA DO CONHECIMENTO

CONSIDERAÇÕES FINAIS

Considerando que:

O ensino religioso passou por mudanças ao longo da história da educação brasileira. Foi marcado profundamente pelo traço da Cristandade, como herança da colonização, mas sofreu alterações com a implantação do regime republicano, fundamentado em princípios de liberdade, inclusive da liberdade religiosa.

A compreensão histórica da implantação do regime republicano e a implementação das leis educacionais, as quais contemplam o ensino religioso, traz interpretações diferenciadas quanto ao princípio da liberdade religiosa do cidadão e da laicidade do Estado, criando uma corrente de posições contrárias a sua permanência no sistema escolar. Em contrapartida, estabelece-se uma corrente favorável a essa permanência, liderada por expoentes da Igreja Católica.

O ensino religioso é contemplado nas Constituições Brasileiras. Porém, não se tem uma definição precisa de seu papel. O mesmo ocorre nas duas Primeiras Leis de Diretrizes e Bases da Educação Nacional, a saber: 4.024/61 e 5.692/71. O processo de elaboração da última LDB gerou muitos debates sobre o ensino religioso, onde se estabelece claramente o conflito das correntes antagônicas, nascido no novo horizonte de compreensão que se instaura na implantação do regime republicano. Com a publicação da Lei 9.394/96, apenas confirmou- se que essa disciplina traz à tona toda aincompreensão de sua natureza, pois, ao registrar em seu artigo 33 a expressão ‘sem ônus para os cofres públicos,’ demonstra que as pessoas a concebem como ensino religioso confessional.

Nesse período a mobilização nacional demonstrou a insatisfação quanto à legislação em vigor, gerando novas discussões, projetos substitutivos e o posicionamento das áreas de interesse. Com a aprovação da Lei No 9.475/97 que substituiu o artigo 33 e a primeira alteração da LDB, o ensino religioso ganha força e avança ao afirmar que é parte integrante da formação básica do cidadão; e fica assegurado o respeito à diversidade religiosa do Brasil, vedadas quaisquer formas de proselitismo.”

Essa alteração reativou a polêmica entre correntes de favoráveis e contrários à permanência do ensino religioso no sistema escolar e gerou a constituição de uma representação de classe, como espaço de discussão pertinente a essa área, o Fórum Nacional

Permanente do Ensino Religioso. Esta instituição publicou os Parâmetros Curriculares Nacionais do Ensino Religioso e apontou diretrizes para essa área do conhecimento, na ausência de uma publicação do Ministério da Educação. Outras iniciativas também promovem a reflexão nacional sobre o ensino religioso no momento e refletem a bifurcação da corrente dos favoráveis a sua permanência no sistema escolar, influenciados pelo acordo celebrado entre a República Federativa do Brasil e a Santa Sé, com destaque para o seu artigo 11.

Apesar de toda discussão sobre a permanência ou não do ensino religioso no sistema escolar, a prática escolar revela que também não se conseguiu consenso em relação à questão epistemológica que o envolve. É consenso entre os educadores que o ensino religioso tem um papel imprescindível no processo de formação integral dos educandos. No entanto, várias questões permanecem abertas quanto ao seu objeto de estudo e também quais os pressupostos pedagógicos que atenderiam melhor a sua prática em sala de aula. Ao tentar defini-lo, logo aparecem divergências, como decorrência da natureza conceitual do ensino religioso, constituindo vários ‘modelos’ de ensino religioso praticados nas escolas públicas do Brasil.

Uma das possibilidades de tentar superar essas divergências é buscar na indicação do Ministério da Educação, nas diretrizes curriculares nacionais gerais para a Educação Básica, centradas na compreensão da essência do humano como um ser de relações, o caminho dessa discussão epistemológica. Outra possibilidade é resgatar as experiências significativas que abrem para novos olhares dos fundamentos epistemológicos, com enfoque na experiência mineira sem precedentes na distinção de ensino religioso de catequese, através da linguagem e metodologia adequada ao ambiente escolar e a formação de professores idealizada há quarenta anos atrás pela Universidade Federal de Juiz de Fora.

Podemos chegar às seguintes conclusões:

A história do ensino religioso é marcada por situações conflituosas no que refere a sua permanência ou não no sistema escolar. A origem desses conflitos radica no âmbito da implantação do regime republicano no Brasil. As concepções filosóficas e jurídicas que fundamentaram a passagem do regime monárquico para republicano não são consensuais. Ao contrário, aliás, gerou diferentes interpretações acerca da compreensão do princípio da laicidade do Estado e da liberdade religiosa do cidadão.

A questão é sempre de novo retomada na elaboração e aprovação das Leis de Diretrizes e Bases da Educação Nacional, de modo a tornar públicos os argumentos que

sustentam esses discursos conflitivos, evidenciados nas correntes de posições favoráveis e contrárias ao ensino religioso. Essa discussão ganhou nova ênfase no século XXI, quando tramitou e foi aprovado o “Acordo entre a República Federativa do Brasil e a Santa Sé relativo ao Estatuto Jurídico da Igreja Católica no Brasil”, que reacendeu as argumentações de defensores da laicidade do Estado e da liberdade religiosa do cidadão.

O ensino religioso vem buscando redefinir seu papel na escola. Com as mudanças legais e educacionais, passa a ser reconhecido como área do conhecimento e necessita explicitar seu objeto. A superação de boa parte dos conflitos que circundam o ensino religioso no Brasil se daria através de reflexão mais aprofundada sobre a natureza dessa área do conhecimento que é regulamentada hoje no mesmo patamar das demais áreas do currículo escolar brasileiro, nos termos das resoluções que instituem: diretrizes curriculares nacionais gerais para educação básica e ensino fundamental de nove anos.

Para qualquer esforço em vista da superação de todo e qualquer conflito, pode-se aplicar a concepção de “laicidade mediadora” de Hervieu-Léger, segundo a qual a mediação favorece o diálogo entre as partes interessadas na questão, respeitando os argumentos que cada parte apresenta e somando forças para encaminhar o ensino religioso no Brasil rumo a novos tempos. Já há abertura para isso na proposta da Conferência Nacional de Educação para o ensino religioso, na redação dada para o ensino religioso nas resoluções que instituem as diretrizes curriculares nacionais gerais para educação básica e ensino fundamental de nove anos, no Plano Nacional de Educação e em especial nas ações da Comissão Bicameral.

A experiência realizada pela Universidade Federal de Juiz de Fora há quase quarenta anos constituiu um avanço na reflexão sobre uma área do conhecimento que ainda hoje convive com inúmeros conflitos. Tais experiências podem ser consideradas e aprofundadas como referencial teórico em vista da superação dos atuais impasses que o ensino religioso vem passando no sistema educacional brasileiro.

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