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O interesse pelo tema desta pesquisa decorreu de vivências pessoais, acadêmicas e profissionais, especialmente como professora de Biologia, oportunidades em que se pôde observar e, por vezes, participar de atividades relacionadas ao uso de plantas para fins medicinais.

Na condição de pesquisadora e motivada pelo momento atual, em que constatamos uma rapidez no acesso às informações e na modificação de conceitos e práticas, buscou-se compreender como o contexto atual, em constante movimento, pode influenciar as práticas do uso de plantas medicinais, derivadas, principalmente, dos saberes seculares transmitidos de geração em geração.

Os saberes populares, que incluem o trato com plantas medicinais, são, a cada dia, mais reconhecidos e valorizados pela sociedade. Tais saberes resultam da observação, da experimentação e do trabalho realizado ao longo de muitas gerações e, portanto, testados e validados pela eficácia dos seus usos. Mesmo imersos numa Modernidade em Movimento, momento em que a sociedade se caracteriza pelo fluxo constante e veloz de informações e objetos, os saberes tradicionais sempre estão presentes.

Assim, parto do pressuposto de que as pessoas que praticam o cultivo e uso de plantas medicinais produzem um espaço de memória, onde preservam e difundem um saber instituído, transmitido de geração a geração. No entanto, o fenômeno pós-moderno poderia estar provocando uma modificação nas formas pelas quais estes saberes se transmitem, provocando alterações na identidade dos sujeitos ligados a estas práticas, bem como em suas memórias e cultura.

Para comprovar essa hipótese, desenvolveu-se como objetivo geral compreender como as rápidas mudanças ocorridas influenciaram a manutenção, a transformação ou o apagamento das práticas com plantas medicinais. Para cumprir essa tarefa, realizaram-se pesquisas bibliográficas, que nos deram suporte teórico para entender esse período, nesta tese caracterizado como Modernidade em Movimento; e, também, pesquisas de campo, momento no qual se teve acesso direto aos grupos informais (ligados à Medicina Popular) e formais (ligados à Medicina Tradicional), podendo se avaliar os diversos elementos identitários de permanência e alterações ocorridos na prática com plantas medicinais.

Com a investigação, foi possível produzir uma síntese histórica sobre o uso de plantas no trato de doenças, e como essa utilização tem orientado práticas de muitos povos, ao longo do tempo.

Refletiu-se, ainda sob uma perspectiva teórica, sobre a relação entre memória, identidade e cultura nas práticas com uso de plantas medicinais. Pois tais processos, conforme apontado por Hall (2003), não são inatos, mas construídos historicamente a partir das relações sociais. Para Le Goff (2003), é através da memória que reevocamos as coisas passadas, abraçamos as presentes e contemplamos as futuras com base no que passou. A identidade, por sua vez, insere-se de forma diversa e fragmentada em um sujeito que antes apresentava uma identidade estável e menos maleável (HALL, 2003). Esse movimento de aceleração da fragmentação identitária se faz a partir dos processos culturais dos quais o indivíduo participa. A cultura é um componente central da identidade, uma vez que essa não pode se constituir sem a presença de um meio cultural socializado, conforme nos alertou Laraia (2007). Há, portanto, uma correlação inegável entre memória, identidade e cultura. No entanto, tais processos não podem ser entendidos numa perspectiva rígida, sólida ou fixa, uma vez que, conforme adverte Bauman (2005), não são definitivos. Tais processos são, portanto, dinâmicos e contínuos, em constante movimento e evolução, como qualquer processo social, e devem ser entendidos na sua pluralidade.

Abordou-se, também, a manipulação das plantas medicinais como movimento e prática social em tempos de Modernidade em Movimento, uma sociedade perceptivelmente cada vez mais preocupada com saúde e bem-estar. Nessa sociedade, as contribuições que o uso de plantas medicinais podem trazer são cada vez mais consideradas e validadas. É importante buscar a reflexão e o entendimento de que ambos os conhecimentos, o popular e o científico, com relação ao uso das plantas medicinais, são complementares e não excludentes. Não somente os conhecimentos práticos, mas, sobretudo, a forma como as pessoas que trabalham com o uso de plantas medicinais tratam seus ―pacientes‖, bem como as relações que se estabelecem nesses processos, são importantes aspectos que podem contribuir para a humanização da saúde. Conforme pode se observar, a Medicina Moderna padece de uma visão eminentemente mecanicista da saúde e, nesse sentido, a Medicina Popular tem muito a contribuir para a promoção de uma visão mais holística, integral e, portanto, mais humana nos cuidados com a saúde.

No capítulo cinco, estas noções teóricas foram aplicadas à análise e interpretação dos resultados obtidos na pesquisa, à discussão dos resultados e às reflexões oriundas do processo de elaboração da tese. A pesquisa foi desenvolvida junto a dois grupos, sendo um

formado por pessoas sem formação acadêmica, representantes da Medicina Popular, e o outro constituído por profissionais com formação acadêmica na área da saúde, representantes da Medicina Tradicional. Para percorrer os caminhos que levaram à tessitura desta tese foi necessário fazer uso da História Oral, que se apresentou como um referencial profícuo para a compreensão sobre identidade, memória e cultura no trato com plantas medicinais neste momento de Modernidade em Movimento.

Foi possível compreender como as identidades se fragmentam e se agrupam, como a memória se perpetua em elementos do passado, alterados pelo movimento do presente e como a cultura, que é essencialmente dinâmica, transforma-se sem, no entanto, deixar de lado a essência do seu movimento, que envolve a cura não apenas do corpo, mas também da alma.

Por fim, apresentaram-se aspectos que representam o diálogo entre os saberes popular e científico, mostrando as interações, divergências e formas de legitimação destes saberes, no contexto do fenômeno da Modernidade em Movimento. Este diálogo possível é permeado pela memória, pela identidade e pela cultura dos sujeitos, tanto aqueles não instruídos, que adquiriram seu conhecimento pela oralidade, quanto os instruídos, que se amparam no saber científico.

Os resultados deste estudo demonstraram que as pessoas que trabalham com plantas medicinais estão alterando sua forma de atuação no contexto da Modernidade em Movimento e, consequentemente, alterando suas identidades, suas memórias, e sua cultura local. Constatamos que o uso e indicação de plantas com fins medicinais pela Medicina Popular estão inseridos no meio oficial científico, promovendo a alteração de concepções e conceitos (como, por exemplo, o conceito de doença) entre profissionais com formação acadêmica.

Além disso, percebemos espaços de manutenção da tradição, por meio de ações efetivas e contínuas, como a Pastoral da Saúde, feiras, cursos, palestras, entre outros, que produzem novas formas de interação social, a exemplo de ações comunicativas que se estendem para outras regiões, agregando pessoas que nem sempre estão envolvidas com o tema, intensificando os intercâmbios com grupos que não atuam na área. Nesses encontros, há diálogo entre os saberes, isto é, entre o conhecimento popular e o conhecimento científico, o que é apontado pelos participantes como essencial para o aprimoramento, manutenção e transmissão destes conhecimentos.

Percebemos, ao longo desta pesquisa, que os conhecimentos que as mulheres ervateiras adquiriram de seus antepassados e que são elementos centrais na constituição de

suas culturas e identidades, não se extinguiram. Eles continuam formando a base das suas práticas no uso das plantas medicinais. Porém, a pesquisa inferiu que novos conhecimentos e técnicas foram acrescidos, fato que se deu tanto a partir do próprio meio em que as ervateiras vivem, quanto do contato com a Medicina Tradicional, cujos elementos foram sendo apropriados por elas, ao longo do tempo.

O processo de produção de novos conhecimentos, de mudança técnica e científica tende a se acelerar em tempos de Modernidade em Movimento. No entanto, a pesquisa demonstrou que, ainda que tenha ocorrido alteração de identidades, memórias e cultura local, não aconteceu a extinção dos processos de memória e de identidade dessas mulheres; ao contrário, verificou-se a ressignificação e até mesmo a validação dos saberes populares, na medida em que suas aplicações e seus resultados puderam se tornar mais eficazes, mais dinâmicos e, de acordo com o que se denominou nessa tese, de Modernidade em Movimento.

Além de avaliar os elementos teóricos e validar o conhecimento tradicional e popular por meio de entrevistas, esta pesquisa indicou a necessidade do apoio de instituições como universidades, pastorais e poder público local, que podem oportunizar o acesso aos materiais necessários e aos espaços adequados para o preparo, armazenamento e comercialização dos produtos, além de propiciar a participação em eventos de formação e aperfeiçoamento. Essas parcerias constituem-se como uma estratégia importante e fundamental para a continuidade da prática da Medicina Popular e, portanto, da manutenção e transmissão desses saberes.

O grande desafio consiste em não permitir que esses saberes se percam. Eles precisam ser mantidos, não de forma estática, imutável, mas, antes, ressignificados e enriquecidos pela interação com os saberes trazidos pela Modernidade em Movimento. A pesquisa apontou que há poucos registros materiais desses saberes, pois estes se estabelecem principalmente no âmbito da memória. Isso proporciona uma fragilidade nesse sentido, especialmente quando verificamos que as ervateiras não encontram nos mais jovens o interesse e a disposição para que seja feita essa transmissão. No entanto, se percebeu que ainda que não aconteçam rotineiramente, fatores como o diálogo entre os saberes popular e científico estão possibilitando formas de registro e difusão desses conhecimentos.

Essas práticas populares, que já foram ignoradas ou tratadas com descrédito, chegando à invisibilidade social, chegam aos dias atuais com visibilidade, principalmente com aprovação de políticas públicas em âmbito federal, que buscam a integração do ser humano com o meio ambiente e a sociedade, ampliando a visão acerca dos conceitos saúde-doença e buscando a promoção integral do ser humano. Estimulam, referendam e autorizam a

utilização de plantas com fins medicinais, bem como estreitam as relações entre o conhecimento popular e o científico, promovendo diálogos entre estes saberes.

Além das diferenças já abordadas, percebemos que ambos diferem quanto aos processos de aquisição do conhecimento, quanto à forma de registro, ao reconhecimento profissional que recebem, bem como quanto aos aspectos que envolvem status e poder. Um acrescenta ao outro e ambos são enriquecidos numa relação de respeito e diálogo cada vez mais próxima.

O diálogo entre os praticantes da Medicina Tradicional e da Medicina Popular é inevitável e necessário. Inevitável no sentido de que já faz algum tempo que eles convivem apesar de ocuparem loci diferentes, e necessário, pois se enriquecem e se complementam. A Medicina Tradicional precisa do conhecimento prático da Medicina Popular, construído pela experimentação ao longo de muitas gerações o que lhe confere eficácia e, por conseguinte, credibilidade. Ao mesmo tempo, o conhecimento popular também precisa incorporar os avanços técnicos e científicos produzidos pela Medicina Tradicional para aprimorar seus conhecimentos.

A união ou a complementação entre os saberes é significativa tanto para a Medicina Popular, que assim consegue registrar, legitimar, concretizar suas práticas e ter um espaço para expor seus conhecimentos, como para o conhecimento científico, aqui representado pela Medicina Tradicional, que tem nestes processos uma fonte inesgotável de conhecimento e possibilidades de novas pesquisas.

No entanto, para manter esta interação, especialmente em tempos de Modernidade em Movimento, um dos caminhos é a legitimação. Mesmo havendo políticas que legitimem esses conhecimentos, é necessário que seu uso e benefícios sejam colocados em prática. É preciso ainda instituir políticas públicas traçadas no âmbito municipal, como forma de legitimar o saber popular.

Ao término da realização desta pesquisa fica a certeza de que há muito ainda a ser feito para que os conhecimentos e a prática da Medicina Popular façam parte efetiva da vida de todas as pessoas.

A importância social e científica do tema deixa a certeza de que ainda há muito para ser estudado e investigado sobre os saberes populares no uso das plantas medicinais, já que o tema escolhido, não se encerra nestas páginas, pois está longe de ser esgotado com a presente pesquisa. É importante e necessário que novos estudos sejam realizados sobre o uso e indicação de plantas com fins medicinais para que, a partir de outros olhares e interesses,

surjam elementos diversos que possam contribuir para a sua interpretação e entendimento, em uma perspectiva mais ampla e, portanto, mais completa.

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