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Os problemas sociais no Brasil passaram por significativo agravamento a partir da crise do modelo fordista e do início da reestruturação produtiva do capital, ressaltando-se o aumento do desemprego como um de seus principais desdobramentos. Além disso, pode-se frisar ainda o crescimento do consumo desregrado que, consequentemente, deu azo ao descarte inadequado dos materiais na natureza.

Assim, em razão desse contexto e do rompimento dos vínculos sociais característicos da exclusão (NASCIMENTO, 2003) ou da inclusão precária (MARTINS, 2007), a massa de desempregados buscou em ocupações fora do mercado formal de trabalho a solução para a sobrevivência, dentre elas ressalta-se a catação de materiais recicláveis.

Durante anos, a categoria dos catadores de materiais recicláveis além de sobreviver dos refugos do consumo humano, vivenciou uma realidade de marginalização e de preconceito. Sem o devido reconhecimento do trabalho de coleta que realizava de forma autônoma, eram, constantemente, confundidos com mendigos.

No ano de 2007, com a lei 11.445, e depois em 2010, com a lei 12.305, a legislação brasileira previu expressamente mecanismos de inclusão social de catadores de materiais recicláveis. A partir da publicação das referidas normas, os municípios, entes responsáveis pela gestão integrada dos resíduos sólidos, devem dar preferência a ações para inclusão social e à emancipação econômica de catadores, com destaque para o incentivo à criação e ao desenvolvimento de cooperativas ou outras formas de associação. Assim, deve o catador se inserir em organizações formais para ser alvo das ações municipais.

Trata-se, portanto, de uma política para a geração de emprego e de renda para esses indivíduos. Nesse sentido, afirma-se que tal ação municipal deve se pautar nos preceitos constitucionais e nos compromissos assumidos pelo Estado brasileiro, a exemplo da concretização do trabalho decente. Assim,

não há como conceber que os esforços em prol da inclusão social de catadores ocorram despidos da preocupação com o bem estar e a segurança laboral desses indivíduos, sem o que se torna inconcebível a realização de um trabalho digno.

No contexto em comento, buscou-se investigar a concretização do trabalho decente nas cooperativas de catadores de Natal/RN, as quais recebem apoio financeiro do município para a realização da coleta seletiva. Conforme foi possível deduzir, apesar dos recursos financeiros despendidos pelo ente municipal, ainda não existe um esforço efetivo para a melhoria das condições de trabalho do catador, a fim de proporcionar um trabalho seguro e dentro dos limites da equidade. Portanto, não foi possível vislumbrar a concretização dos parâmetros do trabalho decente no ambiente laboral do catador de Natal.

A presente pesquisa, realizada no município de Natal/RN, investigou o processo de efetivação das diretrizes da Política Nacional de Resíduos Sólidos no município do Natal, a partir da análise da inserção socioprodutiva dos catadores de materiais recicláveis, analisando a concretização do trabalho decente. Por meio da realização de entrevista junto à gestão municipal e de estudo de caso nas duas cooperativas de catadores de Natal, foi possível: (1) identificar o arcabouço institucional-administrativo do município do Natal na área de gestão de resíduos sólidos e mapear ações e projetos institucionais desenvolvidos pelo município para a inclusão socioprodutiva dos catadores cooperativados e autônomos; (2) investigar se as ações planejadas para os catadores de Natal apresentam alternativas para que se concretize o trabalho decente para os indivíduos; e (3) analisar a instituição das cooperativas e associações como fatores positivos para o desempenho do trabalho decente de forma efetiva.

Após a realização da pesquisa, constatou-se que as ações para a inclusão social de catadores ocorrem sem que exista um planejamento instrumentalizado, de forma que o arcabouço institucional administrativo existente se limita à atuação da Urbana, a qual é responsável pela gestão dos resíduos da cidade, e aos objetivos e metas do plano de gestão integrada dos

resíduos sólidos municipais. Esse arcabouço carece de um programa de coleta seletiva que preveja expressamente a forma de inclusão da categoria.

As ações municipais destinadas à inclusão do catador ainda se detém ao pagamento pela prestação do serviço de coleta seletiva e cessão dos galpões de triagem. Embora represente um avanço passível de reconhecimento, estas necessitam vir atreladas a um conjunto de ações de cunho social a fim de garantir a melhoria das condições de trabalho e novas alternativas ao catador, que proporcionem a concretização de seu desenvolvimento individual de forma realmente includente (SACHS, 2008).

Apesar dos esforços dos representantes das cooperativas e dos convênios firmados com empresas privadas e organizações não governamentais, as organizações de catadores ainda dependem do apoio municipal, que se demonstrou essencial para o fortalecimento dessas entidades.

O trabalho nessas organizações de catadores permite melhores condições de labor e maiores conquistas à categoria, sendo preferível ao trabalho autônomo no que se refere à saúde e segurança do indivíduo. Contudo, no contexto pesquisado, as condições de trabalho ainda não permitem a efetivação do trabalho decente em razão das dificuldades e dos entraves encontrados nas cooperativas.

Durante os dois anos em que a pesquisa foi realizada, as cooperativas visitadas apresentaram evolução em sua organização. Todavia, não se constatou a possibilidade delas caminharem sem o auxílio do município, visto que parte de suas dificuldades se dava em razão dos entraves existentes no programa de coleta seletiva de Natal. Ressalte-se que, a cada nova eleição no município, o apoio às organizações de catadores sofre mudanças, o que dificulta o alcance de uma situação estável por essas entidades.

Uma das potencialidades constatadas foi a boa relação existente entre a gestão atual e as organizações, o que favorecia a obtenção de avanços. Além disso, foi possível perceber a intenção municipal de planejar, em conjunto com outras secretarias, ações para a categoria de trabalho pesquisada e buscar a ampliação da coleta seletiva no município.

Por fim, aponta-se que a ampliação e o planejamento da coleta seletiva municipal são necessidades não só ambientais, mas também sociais. Desses elementos depende a manutenção do funcionamento das cooperativas de catadores de Natal e a garantia de renda aos indivíduos que nela trabalham. Nesse contexto, a preocupação com a efetivação do trabalho decente para os catadores de materiais recicláveis de Natal é essencial, visto que o desenvolvimento sustentável não é possível despido de seu viés social.

Durante a pesquisa, a condução das melhorias das condições de labor foi atribuída estritamente às cooperativas, retirando-se do ente municipal a responsabilidade do apoio na mudança dessa realidade. Entretanto, mesmo que o trabalho ocorra em uma cooperativa, entidade privada, a concretização do trabalho decente e do princípio da Dignidade da Pessoa Humana continua sendo basilar para a efetividade do processo de inclusão do catador, o que representa uma motivação para que o poder municipal atue de forma próxima às cooperativas em busca destes objetivos.

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