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4 RESÍDUOS SÓLIDOS: UMA TEMÁTICA AMBIENTAL E SOCIAL

6 AVANÇOS E DIFICULDADES PARA A INCLUSÃO SOCIAL E A EFETIVAÇÃO DO TRABALHO DECENTE SOB A PERSPECTIVA DO

6.1 PRIMEIRAS APROXIMAÇÕES COM O AMBIENTE DE PESQUISA

A coleta dos dados necessários à presente investigação se constituiu em um processo continuado de visitas e observações, a fim de que fosse possível captar a realidade fática das ações estudadas. Por tal razão, ao mesmo tempo em que o embasamento teórico esboçado nos capítulos precedentes era construído, tornou-se essencial à reflexão o contato e a observação da realidade da catação em Natal/RN.

Incialmente, foram realizadas visitas prévias ao campo de pesquisa, qual seja, a estação de transbordo dos resíduos sólidos de Natal/RN, no bairro de Cidade Nova. Nesse local, concentram-se as duas cooperativas existentes em Natal, que foram visitadas e pesquisadas para fins da construção dos resultados aqui apresentados. Os contatos ocorreram em meses distintos do ano de 2013 e 2014, com o intuito de acompanhar a atividade da catação nas cooperativas de catadores de materiais recicláveis no município. A seguir são apresentadas imagens da localização do bairro de Cidade Nova e dos galpões de triagem das cooperativas.

Figura 5: Destaque do bairro de Cidade Nova em Natal,

onde se localizam as duas cooperativas de catadores estudadas.

Fonte: elaborado pela autora com dados da SEMURB (2006).

Figura 6: Localização dos galpões de triagem das

cooperativas de catadores de Natal. Acima o galpão da COOPCICLA e abaixo da COOCAMAR.

Figura 7: Entrada dos galpões de triagem da

COOPCLICLA – novembro de 2013.

Fonte: Acervo pessoal.

Figura 8: Galpões de triagem da COOCAMAR

novembro de 2013

Fonte: Acervo pessoal.

A primeira visita ao campo de pesquisa aconteceu em 21 de junho de 2013 à Cooperativa de Catadores de Materiais Recicláveis da Cidade do Natal/RN – COOPCICLA –, quando foi possível estabelecer os primeiros contatos com o grupo e compreender o cotidiano do desempenho da atividade. Outras duas visitas foram realizadas, uma em setembro de 2013 e outra em novembro do mesmo ano. A última visita, que ocorreu em dezembro de 2014, será abordada no item subsequente.

Por meio de entrevista semiestruturada, foram questionados aspectos relacionados aos avanços e às dificuldades vivenciadas no trabalho da coleta de materiais recicláveis sob a chancela da municipalidade; rendimentos auferidos com o trabalho na cooperativa; risco à saúde do catador, bem como perspectivas dos catadores com a atuação na coleta seletiva da Prefeitura de Natal.

Para fins de apresentação do conteúdo das entrevistas, optou-se pela transcrição das principais falas dos entrevistados em sua forma original, a fim de passar ao leitor, da forma mais aproximada possível, as sensações vivenciadas durante as conversas. Foram suprimidas apenas algumas repetições normais ao discurso. Ainda, as reflexões e constatações obtidas em campo foram retratadas em imagens que acompanham o texto para situar o leitor no ambiente da pesquisa.

Nesse primeiro momento, foi possível perceber o interesse dos sujeitos em se incluírem no programa de coleta seletiva que está sendo retomado pela Prefeitura de Natal, desde as mudanças ocorridas em 2011. Para a catadora que concedeu a primeira entrevista, existem benefícios àquele que participa da coleta oficial, o que está relacionado com seu reconhecimento perante a sociedade:

É porque o catador ele ser da cooperativa, a gente tem a confiança do morador em primeiro lugar, porque por mais que tenha gente honesta na carroça, que tem, as pessoa fica com medo. E a gente tudo bonitinho, o pessoal sabendo que a gente é de cooperativa, a gente tem mais aquela confiança das pessoas, que a gente é de uma cooperativa, muitos deles me conhecem por nome, ligam... (REPRESENTANTE DA COOPCICLA, junho de 201321).

Conforme a catadora, o maior benefício da cooperativa é a confiança que o trabalho nessa modalidade inspira à população. O labor com os resíduos é uma das questões que mais denigre a imagem social do catador, uma vez que esse indivíduo trabalha em condições de precariedade, estando muitas

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21 Optou-se por não revelar o nome dos entrevistados. Faz-se referência apenas à cooperativa

vezes sujo e manuseando os resíduos da sociedade, afastando-o da possibilidade de inclusão pela própria realização de sua atividade.

A formalização da entidade em uma cooperativa propicia, além do reconhecimento, a comercialização dos materiais coletados pelos catadores. Trata-se de uma tentativa de eliminar da cadeia de comercialização dos materiais os atravessadores, sujeitos que compram os materiais coletados pelos catadores a baixo custo. Porém, em Natal, quanto à venda dos materiais coletados, a situação existente, em 2013, ainda era a venda para atravessadores, o que diminuía as possibilidades de maiores rendimentos para as cooperativas.

Nesse quesito, pelo que se pode constatar durante esse primeiro contato, a organização desses indivíduos não era capaz de oferecer renda proporcional ao trabalho executado. A venda dos materiais por meio dos atravessadores diminuía a possibilidade de maior geração de renda para os catadores. Os recursos esperados com o contrato celebrado com a Prefeitura, que estavam, naquela ocasião, com nove meses de atraso no pagamento, representavam ainda a esperança de melhoria, mas não sua efetivação.

Além do baixo lucro auferido com a venda do material coletado, outras dificuldades puderam ser detectadas pela aproximação em campo. Dentre elas, pode-se citar a falta de ações destinadas aos catadores que realizam o trabalho de forma autônoma. Esses indivíduos, por diversos motivos, assumem os riscos da própria atividade, não encontrando, por outro lado, os benefícios provenientes da cooperativação e inserção na coleta seletiva oficial:

Se eu fosse avulso22, muita gente não sabia nem quem era eu direito...e a partir do momento que a gente é cooperativa, a gente ganhou a credibilidade das pessoas e os direitos que a gente tem, tem o contrato, é os projetos que vem dos nossos parceiros, muita parceria boa, tudo isso passou porque a gente é legalizado a uma cooperativa. E se ficasse avulso...Quem sou eu pra julgar alguém? Mas lá vou eu respondendo sua pergunta...porque, deixa eu te falar, porque eu tenho horário pra chegar aqui, tenho horário pra almoçar. Aí a gente tem uma responsabilidade, eu, todos os meus parceiros, temos o horário de chegada, temos o horário do almoço e temos o horário de _______________________________________________________________

22 Os catadores autônomos são comumente denominados “avulsos”. Nesse trabalho, optou-se

pela denominação “autônomo” em função das diferenças conceituais e legais existentes entre essas duas categorias de trabalhadores.

sair. O avulso não, ele arrumou R$ 200,00 reais hoje? Amanhã ele vai se quiser... a gente não, se hoje a gente arrumou duzentos, a gente amanhã quer arrumar trezentos e a gente tem um compromisso com a comunidade e com a gente mesmo e o avulso não. (REPRESENTANTE DA COOPCICLA, junho de 2013).

As motivações para o trabalho autônomo, segundo a entrevistada, dizem respeito às regras para o desempenho do trabalho na cooperativa. Outro aspecto que desmotiva as pessoas a atuarem de forma organizada se relaciona aos rendimentos auferidos pelos autônomos no trabalho diário da coleta e separação nas ruas da cidade. Quando questionada se o catador autônomo auferia mais recursos com a coleta do que um catador cooperativado, a representante da COOPCICLA informou:

Eu acredito que sim, eu acredito que ganha. Porque eles trabalha com a carroça deles, trabalha sozinho, eles pegam negocio bom, porque depende da mercadoria, às vezes você tira um bairro, pega uma casa com coisa cara, com alumínio, aí tem isso. Aí muito deles não quer assumir o compromisso, aquele horário de tá ali e de tá assim cumprindo com horário, costume, quer continuar ainda do mesmo jeito. (REPRESENTANTE DA COOPCICLA, junho de 2013).

Verificou-se, portanto, um atrito velado entre os catadores na busca da maior quantidade de resíduos. Os cooperativados saem nas ruas em dias e horários estipulados pela Prefeitura e durante a coleta seletiva oficial, o que para a entrevistada implica numa desvantagem em relação aos catadores autônomos, que podem coletar a qualquer momento.

Além desses aspectos verificados, as aproximações com o campo permitiram a observação do dia a dia da catação e a verificação dos riscos da atividade. Por meio da observação in loco, foi possível perceber que, mesmo com o trabalho desempenhado no âmbito das cooperativas e com a chancela da Prefeitura de Natal, a catação de materiais recicláveis ainda oferece riscos tanto na coleta, quanto na seleção do material. É preciso observar que a situação laboral desses indivíduos foi radicalmente transformada com o fechamento do lixão em 2004. Entretanto, não se pode ainda apontar tal contexto como ideal às regras de saúde e segurança do trabalhador.

Por meio da observação, verificou-se a realização do trabalho sem a utilização de equipamentos de proteção individual e a devida orientação acerca

dos aspectos ergonômicos. As figuras que seguem exemplificam o que se afirma.

Figura 9: Catação de materiais recicláveis realizada na

COOPCICLA – setembro de 2013

Fonte: Acervo pessoal.

Figura 10: Catação de materiais recicláveis realizada na

COOPCICLA – setembro de 2013.

Fonte: Acervo pessoal.

Para além dessa realidade, constatou-se ainda a existência de um ambiente de trabalho insalubre, seja em razão da pouca ventilação nos galpões, da presença de insetos, do acúmulo de materiais recicláveis – que, muitas vezes, chegam ao teto –, mas também pelo acondicionamento feito pela Prefeitura de itens pneumáticos em um galpão localizado ao lado da

COOPCICLA, o qual permitia a proliferação de vetores de doenças. Segundo informações colhidas no local em novembro de 2013, a cada quinze dias, o material era retirado. Entretanto, constantemente, a situação encontrada se apresentava como nas imagens que seguem:

Figura 11: Acúmulo de pneumáticos no galpão da

COOPCICLA, 2013.

Fonte: Google Maps.

Figura 12: Pneus acumulados ao lado do galpão da

COOPCICLA – novembro de 2013.

As imagens a seguir possibilitam ainda a visualização do interior dos galpões das cooperativas de Natal/RN em momentos diversos da pesquisa, permitindo vislumbrar o ambiente de trabalho no interior das organizações:

Figura 13: Interior do galpão de triagem da COOPCICLA

setembro de 2013.

Fonte: Acervo pessoal.

Figura 14: Interior do galpão de triagem da COOPCICLA

setembro de 2013.

Figura 15: Exterior do galpão de triagem da COOPCICLA

setembro de 2013.

Fonte: Acervo pessoal.

Figura 16: Interior do galpão de triagem da COOPCICLA

setembro de 2013.

Figura 17: Interior do galpão de triagem da COOPCICLA

novembro de 2013.

Fonte: Acervo pessoal.

Figura 18: Interior do galpão de triagem da COOCAMAR

novembro de 2013.

Fonte: Acervo pessoal.

É preciso ainda ressaltar que a localização das cooperativas na estação de transbordo do município de Natal também não contribui para a consolidação de um espaço salubre de trabalho. O terreno é o mesmo que abrigava o antigo lixão da cidade e, diariamente, os cooperativados convivem lado a lado com o forte odor dos resíduos que se acumulam na estação, além dos mosquitos e animais que são atraídos por esses resíduos. De acordo com informações oficiais, a estação de transbordo foi construída para atender temporariamente ao recebimento dos resíduos, permanecendo em funcionamento até os dias atuais, por onde passam cerca de 740 toneladas de resíduos todos os dias.

Atualmente, esta estrutura encontra-se saturada (NATAL, 2011). É o que se visualiza nas imagens capturadas no local:

Figura 19: Resíduos acumulados na estação de

transbordo de Natal, bairro de Cidade Nova, setembro de 2013.

Fonte: Acervo pessoal.

Figura 20: Resíduos acumulados na estação de

transbordo de Natal, bairro de Cidade Nova, setembro de 2013.

Figura 21: Resíduos acumulados na estação de

transbordo de Natal, bairro de Cidade Nova, novembro de 2013.

Fonte: Acervo pessoal.

No tocante à proteção para minimizar tais riscos no desempenho da atividade, foi possível depreender que, em 2013, a Prefeitura não se responsabilizava pelos Equipamentos de Proteção Individual (EPI). O contrato firmado entre a municipalidade e as cooperativas estabelece a responsabilidade da cooperativa no que se refere à saúde e à segurança do trabalhador. Porém, pelo que fora informado, outras necessidades fizeram com que não fosse possível a compra dos equipamentos pelas entidades de catadores até aquele momento (novembro de 2013), contando-se com doações desses materiais de proteção por entidades privadas.

Na oportunidade da primeira visita, a catadora foi também questionada quanto ao preconceito em torno da atividade da catação, relatando o fato vivido no desempenho da atividade:

O mínimo, que tem gente que...no começo, era muita humilhação, eu tenho muita história. Eu chegava lá na rua e de longe tinha um senhor que era dono de uma loja lá em Lagoa Nova de carro. Ele jogava assim nos meus pés e dizia: “você pensa que você é o que, hein galega?” se eu fosse negra, eu ia me sentir mais humilhada ainda. “você pensa que você é o que, hein galega? Pra eu tá juntando lixo pra você?” e eu apanhava. Ele não dava na minha mão não, tudo que ele tinha ele jogava. E eu dizia: “senhor, me desculpe, mas só que o senhor sabe que eu necessito. Quem paga meu salário é o senhor, o senhor e seus vizinhos. Como é que eu não vinha

receber, patrão?” ele me humilhando, me esculhambando. “olhe eu não venho por causa disso, por causa daquilo”. Aí ele falava: “eu na minha loja, e a sujeita aí...quem você pensa que é?” “Meu senhor, eu sou uma catadora...com muito orgulho, mas aí não tenho como fazer”. Me humilhando legal. (REPRESENTANTE DA COOPCICLA, junho de 2013).

O relato exposto torna possível constatar que, apesar da afirmação da catadora em relação à diminuição do preconceito contra o catador, o indivíduo continua vivenciando cenas que impossibilitam a concretização da dignidade na prática da atividade, apesar do efetivo benefício ambiental proporcionado pela catação. Além disso, percebeu-se que as motivações para a realização da atividade relacionam-se diretamente ao contexto de mudanças ocorridas no mundo do trabalho. Para a catadora, cada indivíduo tem uma história de vida diferente que o levou a atuar com os resíduos, mas a busca por ocupação e renda é o aspecto predominante na explicação do fenômeno: “Eu acredito que 90% foi isso, porque não tinha trabalho e começou. Hoje eu tô bem aqui, graças a Deus”. (REPRESENTANTE DA COOPCICLA, junho de 2013).

Mesmo diante da afirmativa de satisfação feita pela catadora, questionou-se ainda: “se lhe fosse dada uma oportunidade de trabalho com vínculo empregatício e todos os direitos garantidos, para receber a mesma quantia que recebe na catação, a senhora mudaria de profissão ou preferiria ser catadora de material reciclável”?

Eu ia agora. Eu ia agora. Porque aqui é como eu falei, ne? É muito bom, a gente somos donos, mas se eu sair hoje...hoje eu tenho a minha história de vida...como é que eu vou me formar? Meu sonho era ser veterinária, eu não tirava isso da cabeça. Eu gosto muito de animais, inclusive, eu crio porcos. Eu não vim pra aqui porque quis, vim pela precisão. Nós somos donos do próprio negócio, nós passa 10 anos 20 anos...mas se eu sair, tudo que eu conquistei, tudo que eu consegui, não era só meu, era da cooperativa, então eu tenho que deixar tudo, né? Aí é isso que a gente luta e enquanto eu tiver aqui dentro eu vou lutar. Um emprego meu, um negócio meu, é só meu. Aqui, por mais que eu lute, não é só meu. (REPRESENTANTE DA COOPCICLA, junho de 2013).

A análise, principalmente, desse trecho da entrevista torna possível indicar a atividade da catação como uma fuga das consequências geradas pelo desemprego e existência de uma percepção contraditória da atividade por aqueles que a realizam. De fato, já na última visita à cooperativa, a

representante entrevistada havia deixado a organização por outra oportunidade de trabalho.

Assim, ao mesmo tempo em que a situação é exposta como satisfatória ao indivíduo, qualquer outra oportunidade de formalização se apresenta de maneira mais atrativa financeiramente. Desse modo, é possível mirar a catação como um trabalho que não permite a completude do indivíduo, pois, conforme Antunes (1998, p. 124), “o que deveria ser a forma humana de realização do indivíduo reduz-se à única possibilidade de subsistência do despossuído”.

Ainda assim, a atmosfera sentida no local era de que não havia desânimo para o trabalho, mas uma enorme alegria por cada caminhão de material que chegava às cooperativas.

De acordo com as informações obtidas, não há um trabalho amplo que busque inserir o catador autônomo à coleta seletiva oficial. Existe apoio às duas cooperativas, que contam com um total de cento e trinta e seis indivíduos, estando a maior parte desse contingente vulnerável a um trabalho ainda mais precário e autônomo, comportando os riscos de sua atividade de forma individual (NATAL, 2011). Durante a pesquisa, foi possível também observar a catação autônoma em Natal/RN, bem como realizar conversas informais com catadores que optam por essa forma de trabalho. As figuras seguintes possibilitam a visualização da atividade dos autônomos, que realizam um trabalho ainda mais precário e inseguro.

Figura 22: Catação autônoma em Natal, bairro de Tirol,

março de 2013.

Figura 23: Catação autônoma em Natal, bairro do Planalto,

novembro de 2014.

Fonte: Acervo pessoal.

A ausência de equipamentos individuais de proteção é elemento que destaca a precária segurança no desempenho da atividade do catador em Natal, dificultando a concretização do trabalho decente. Além disso, o preconceito do qual ainda é alvo impede a dignidade do indivíduo enquanto trabalhador e a existência de um emprego verde, conforme suas proposições.

Pelo exposto, as primeiras aproximações tornaram possível a percepção de que as motivações destacadas como justificadoras da formação de cooperativas (a melhorias quanto à venda do material, condições de trabalho e reconhecimento do catador no tocante à minimização do preconceito que acompanha a atividade) não puderam ser observadas no contexto estudado. Apesar da organização e formalização incentivada pelo poder público a partir das diretrizes nacionais da Lei 12.305/2010, o desempenho da atividade ainda não é totalmente benéfica ao catador, uma vez que não se apresenta como elemento que proporciona a sua completude e sua realização enquanto ser humano. A atividade, embora permita uma ocupação honesta ao indivíduo, ainda é buscada como última opção em prol da sobrevivência do catador. Ademais, mesmo beneficiando a indústria de reciclagem com o material coletado, ainda não garante a dignificação desse indivíduo e a melhoria de suas condições laborais para a concretização do trabalho decente. A seguir,

serão apresentados os resultados obtidos na última visita às cooperativas de catadores em Natal/RN.

6.2 INCLUSÃO DE CATADORES E CONCRETIZAÇÃO DO TRABALHO