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O estudo do abuso sexual de crianças e adolescentes não pode se dar ignorando o contexto no qual a violência referida se situa. Menos ainda pode ser investigado o fenômeno da responsabilização de meninas pelo abuso sofrido desconsiderando-se a complexidade dessa problemática.

Buscando dar os primeiros passos na tentativa de desvendar as raízes para o surgimento da responsabilização da vítima, a presente monografia tomou como foco a ocorrência de tal fenômeno nos casos de abuso sexual de crianças e adolescentes do sexo feminino. Para tanto, foi proposta uma análise de outros fenômenos sociais mais amplos que tenham relação com o ponto específico pesquisado para culminar na análise de como a culpabilização na situação abordada é praticada até pela via estatal.

Nesse sentido, observou-se que a cultura patriarcal é a principal responsável pela imposição de papeis de gênero, que são constantemente apresentados à sociedade como se fossem naturais quando, em verdade, derivam de construções sociais históricas. Estas construções, por sua vez, se baseiam em uma relação de poder em que é vislumbrada a supremacia hierárquica do masculino sobre o feminino.

Resultando dessa relação, a violência de gênero se torna realidade, com potencial de fazer todas as mulheres de vítimas e como forma de imposição do poder masculino na busca da sua própria manutenção. Portanto, a violência de gênero consiste em mais um fruto de como ocorre a socialização das pessoas ao passo que serve para impor a vontade do homem sobre o corpo da mulher, o que acontece de maneira mais brutal nos casos em que se expressa através da violência sexual.

O comportamento agressivo masculino externado pela violência sexual contra mulheres é passível de ser naturalizado pela cultura do estupro, havendo, por consequência, a culpabilização de quem mais sofre com a violação do seu corpo e da sua sexualidade, a vítima. É responsabilizada a mulher violentada em função de algum comportamento seu que tenha se distanciado do papel socialmente definido para ela dentro do gênero onde ela foi enquadrada. Assim, tanto a vítima direta quanto a população feminina mais ampla são “avisadas” da necessidade de comportarem-se de acordo com seu papel sob o risco de sofrerem com a violência de gênero.

Por outro lado, não só as questões de gênero estão incutidas no meio social de modo a criar contradições. Os padrões que orientam nossa sociedade também têm profunda ligação com

os valores adultocêntricos, sendo mais valorizada a palavra de um adulto que a de uma criança ou adolescente, bem como sendo imposta a normativa de conduta dos adultos a não-adultos.

No âmbito jurídico, restou demonstrado que o tratamento legal dispensado a essa população específica vem se adequando à Doutrina da Proteção Integral, em substituição à Doutrina da Situação Irregular. Esta última só considerava o “menor” como objeto de tutela do Estado a partir da observação de sua situação de irregularidade, ao passo que a doutrina adotada atualmente enxerga a população infanto-juvenil como sendo composta por sujeitos de direito, devendo ela ser alvo de proteção prioritária por parte da família da sociedade e do Estado.

A despeito da proteção garantida constitucional e legalmente, crianças e adolescentes ainda são, em números assustadores, vítimas de violência sexual, sofrendo com o desrespeito ao seu direito a um desenvolvimento sexual saudável. Violência tal que pode ser subdividida em abuso sexual ou exploração sexual comercial, divergindo estas categorias pela questão lucrativa que esteja ou não envolvida.

Explorando a problemática do abuso sexual de meninas, notou-se que ela surge dentro de uma perspectiva de gênero, ocorrendo no sentido de expressar, do poder do adulto sobre a criança ou adolescente, uma dominação do homem sobre a mulher em formação. Assim, são somadas as opressões, acentuando a situação de subordinação da vítima.

O tormento da menina vitimada por uma situação de abuso sexual ainda acaba sendo aumentado pela culpabilização que recai sobre ela, em decorrência do descrédito social na palavra da infante pela ideia de que, por sua idade, ela não consegue distinguir a fantasia da realidade e pela questão de gênero. Logo, há, no imaginário social, a construção da imagem sexualizada da criança e, principalmente, da adolescente, o que é usado como justificativa para a violência cometida pelo abusador.

Essa responsabilização é observável também nos próprios processos de investigação do abuso, por parte do Judiciário. De forma mais implícita e no contexto de despreparo dos profissionais que promove a vitimização secundária da vítima, o Poder Judiciário age de maneira a promover a culpabilização a qual figura como objeto do presente estudo.

Partindo para uma análise sociológica dos fatores envolvidos, foi possível notar que todas as opressões (também definidas como relações de dominação-exploração) constatadas em nossa sociedade estão imbricadas, sendo umas sustentadas pelas outras e todas encontrando respaldo no sistema capitalista de produção, posto que este é baseado em contradições sociais e competições entre os indivíduos.

Desse modo, a teoria de Althusser sobre os Aparelhos Ideológicos de Estado, caracterizados como vias de manutenção da hegemonia das classes dominantes pela ideologia,

pode ser aplicada ao patriarcado e ao adultocentrismo, visto que estes também geram relações de dominação-exploração. Portanto, todo o aparato jurídico, em sua atuação enquanto Aparelho Ideológico de Estado jurídico, promove a disseminação da cultura do estupro através da culpabilização de meninas vítimas de abuso sexual, visando garantir a manutenção do status quo. Assim, é favorecido o grupo social dominante, formado por homens adultos, além de outras características.

Por fim, resta a convicção de que necessita ser superada a violência de gênero, em especial a praticada contra crianças e adolescentes. Contudo, tal superação não se dará por completo enquanto a sociedade estiver fundada na dominação de uns sobre os outros, seja qual for a origem dessa dominação, sendo imprescindível o emprego de esforços para enfrentar todo e qualquer tipo de relação que envolva a subordinação de outrem.

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