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Ao final deste percurso, depois de trilhar o extensivo pensamento de Kierkegaard, refletindo sobre a comunicação, notadamente a existencial, um dos eixos centrais do conjunto de sua obra, chega o momento de finalizar, no entanto, neste item não pretendemos elaborar uma conclusão acerca do tema, mas apenas remeter algumas considerações, bem como alguns questionamentos. Pois a comunicação existencial na filosofia do pensador dinamarquês não permite uma conclusão objetiva, se é que existem conclusões objetivas em algum autor em filosofia.

A primeira consideração que devemos fazer é que, por conta da forma e do estilo, o pensamento de Kierkegaard torna-se de difícil interpretação, por isso é necessário que cada obra seja compreendida a partir da perspectiva do autor ou do pseudônimo que a escreve. Portanto, foi imprescindível utilizarmos a metodologia de, em cada capítulo, discutirmos pelo menos uma obra específica que pudesse corroborar com o ponto de vista de que a comunicação existencial, assim como outros temas da filosofia do pensador de Copenhague, estão a serviço de uma causa que ele julga pertinente, superior: o ―tornar-se cristão‖ ou o ―tornar-se Indivíduo‖.

Para tanto, em sua empreitada, precisou tratar de questões, que estão relacionadas com a subjetividade, isto é, de categorias existenciais, como a verdade, o paradoxo, o escândalo, o desespero, o eu, a fé, entre outras, as quais são negligenciadas pela objetividade teológica e filosófica que misturam e confundem fé com razão.

Observamos que, do ponto de vista de Kierkegaard, aquilo que diz respeito ao Indivíduo, ou seja, a verdade em seu sentido mais profundo, não a verdade em sua forma menos verdadeira como a verdade do Sistema, só pode ser comunicada indiretamente, pois trata-se de uma constituição da interioridade, outrora corrompida pelo cristianismo em que as pessoas se dizem cristãs sem saberem o que é o verdadeiro cristianismo.

O que é ser cristão? Este é o grande problema para o pensador de Copenhague. Em sua polêmica com a Igreja dinamarquesa, descrita no texto O instante, ele esclarece que o fato de se nascer em um país cristão, sem dúvidas, não é suficiente para ser cristão, pois o cristianismo não se resume à nacionalidade. Ser cristão nessas circunstâncias de nada servirá, pois não passa de uma prodigiosa ilusão. Para ser cristão, de fato, a primeira tarefa é extirpar tal ilusão, comunicando os conceitos existenciais aos homens indiretamente, instruí-los, comovê-los com a ajuda de ideais, por meio do pathos, conduzi-los a um estado pathotlógico, reanimando-os mediante a ferroada da ironia, do escarnio, do sarcasmo.

Para Kierkegaard, o cristianismo tem sido administrado cada vez menos no que diz respeito aquilo que é Divino, tanto do ponto de vista do Sistema, misturando fé com razão, como já afirmamos, como também do ponto de vista da estatização do cristianismo em que se é cristão por nascimento e a busca pela edificação e bem aventurança estão muito mais voltadas a assuntos sociais, políticos, econômicos e jurídicos do que pela escolha individual pelo Crístico. Para o verdadeiro cristão não existe nada mais perigoso e mais contrário a sua essência do que o fato de que o cristianismo seja ensinado como algo fácil. Afirma nosso autor: ―Não obstante, nunca é demais clarificar até que ponto é certo e verdadeiro que todos somos cristãos‖

(KIERKEGAARD, 2012, p. 38). Ser cristão é renúncia. Renúncia das verdades da lógica e da objetividade que faz com que as portas da interioridade se fechem, renúncia da lógica do conforto66 e da economia.

Kierkegaard expressa a sua indignação sobre o contexto cristão de sua época:

Poderia parecer estranho que só agora avance isto, pois o juiz de Cristo deveria ser decisivo, não importa o inoportuno que resulte para a associação dos golpistas clericais que se tem apoderado da marca Jesus Cristo e sob o nome de cristãos tem realizado negócios brilhantes (KIERKEGAARD, 2012, p. 45).

A comunicação existencial está a serviço da difícil tarefa proposta pelo pensador dinamarquês de eliminar, de modo indireto, aquilo que impede o torna-se único. Nesse sentido, pensar o pensamento de Kierkegaard, necessariamente, é entender a comunicação existencial que está voltada à realidade do Indivíduo, cujo único desafio é tornar-se si mesmo diante de Deus. Portanto, tal comunicação se dirige ao existente concreto, pois é o método próprio de filosofar do autor: comunicação indireta que culminou em ironia e pseudonímia, ambas com a finalidade de despertar o Indivíduo interiormente.

A ironia de Kierkegaard, aprendida com o ateniense Sócrates, é aquela que reconhece o absoluto do ato de existir e liberta a alma dos enganos do relativo pois questiona toda realidade dada objetivamente. Podemos afirmar que a ironia do pensador dinamarquês, além de denunciar o caráter de sua época, tem como finalidade instigar no indivíduo a reflexão sobre sua própria condição existencial.

66 De acordo com Kierkegaard, em O Istante (2012), a existência de pastores é cristamente uma

mentira, mundanizados por completo a serviço do Estado (funcionários reais, pessoas de alto cargo, de carreira, etc.) não poderia por suposto dizer às comunidades o que é o cristianismo, porque fazê-lo significaria renunciar seus cargos.

No que diz respeito à pseudonímia, Kierkegaard a utiliza como uma estratégia literária e filosófica para provocar o leitor. Sampaio explica que: É o próprio Kierkegaard, através do testemunho de sua obra literária e filosófica, que nos impede de dissociar sua presença por trás dos autores fictícios, pseudonímicos. Portanto,

a pseudonímia tem uma significação histórica, é o artifício do humorista que, exprimindo-se incógnito, denuncia uma sociedade marcada pelo anonimato. Mas, seria absurdo pensarmos que por trás dos pseudônimos, a manejá-los como marionetes, ocultar-se-ia um Eu indivisível. Ao mesmo tempo que marcada historicamente e, ousamos dizer, por isso mesmo, a pseudonímia expressa a angústia de um homem que ―não pode dizer eu‖ (SAMPAIO, 2001, p. 208). Por isso, seus pseudônimos ou suas máscaras são inúmeras e não são gratuitas. Cada um de seus pseudônimos como os descritos no capítulo três desta tese, seja Johannes Clímacus discutindo o problema da verdade e do paradoxo absoluto, como também Anti-Clímacus tratando do problema do desespero, estão a serviço de um determinado propósito do autor: instigar o debate da existência enquanto interioridade. Cada pseudônimo é um indivíduo distinto discutindo diversas teses, diversos problemas existenciais, dentre elas o ―tornar-se cristão‖.

Nesse sentido, a pseudonímia é um esquema dominante, na construção filosófica, do pensador de Copenhague, seu uso pode ser assim explicado pela ironia:

O que às vezes custa tempo ao irônico, é o esmero que ele emprega para vestir a roupagem correta, adequada à personagem que ele mesmo inventou de ser. Neste aspecto, o irônico entende do assunto e possui um número considerável de máscaras e fantasias à sua livre escolha (KIERKEGAARD, 1991, p. 244).

É como irônico que Kierkegaard instiga a comunicação existencial através de seus pseudônimos. Portanto: ―A interpretação do Kierkegaard pseudonímico tem então que decompor a unidade poética, fugazmente simulada, na polaridade de sua própria intenção especulativa e da traiçoeira literalidade.‖ (ADORNO, 2010, p. 39).

O que então os pseudônimos dizem para além daquilo que o esquema filosófico lhes concede: seu núcleo secreto e concreto cabe à interpretação na literalidade da comunicação. Nenhum escritor procede tão astuciosamente na escolha das palavras quanto Kierkegaard, nenhum procura esconder tanto com as palavras quanto ele, que incansavelmente se denuncia como espião a serviço de uma causa superior [...] (ADORNO, 2010, p. 39).

Kierkegaard apresenta sua filosofia ao público por meio de seus pseudônimos, escondendo-se por trás de suas afirmações que endossam os debates sobre os problemas existenciais que dizem respeito à interioridade e subjetividade viva, os quais não podem ser discutidos objetivamente, mas indiretamente através da comunicação existencial à qual não se aproxima nenhum pouco da abstração da racionalidade moderna que esteriliza a nossa relação com o mundo (FARAGO, 2006, p. 12). Portanto, desconhecer a estratégica pseudonímica do pensador dinamarquês é desconhecer a sua seriedade filosófica, o seu cuidado com a realidade existencial e suas contradições.

Desse modo, para finalizar, pelo menos temporariamente, de acordo com as palavras de Valls, em Kierkegaard, cá entre nós:

Inspirado por Sócrates, um irônico, e Cristo, um mistério, Kierkegaard não é facilmente decifrável. De qualquer modo, nos dias de hoje, os melhores pesquisadores que se ocupam com Kierkegaard procuram superar as fragmentações e desvelar a estrutura de sua obra como uma totalidade, procuram ler a lógica de seu jogo de pseudônimos, de seus múltiplos falantes que deixam, de certo modo, muitos discursos em suspenso, como que a interpretação do leitor, para que este escolha, e se identifique com o que melhor o convencer. Como Sócrates, Kierkegaard fala muito, para poder melhor calar, faz

silêncio falando, abre um silêncio diante de nós quando escreve. Tal como Sócrates, fala de muitos assuntos, eruditos e populares, mas no final percebemos que o que fica é uma pergunta. Seu discurso, mesmo afirmativo, vale como uma interrogação, que quer mexer com o leitor: “„de te narratur fabula‟”. (2012, p. 113).

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