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Quantitativo de matrículas nas escolas indígenas estaduais

6 CONSIDERAÇÕES FINAIS

Constatamos que os indígenas vêm sendo protagonistas da luta pelo reconhecimento oficial da diferença e da especificidade cultural. Esta não como uma forma de se isolar do restante da sociedade nacional, mas para colocar em pauta a existência de diferentes cosmovisões e cobrar a mudança das estruturas estatais para atender aos diferentes grupos originários desse território.

O fortalecimento do movimento indígena e indigenista na década de 70 e 80 foi determinante para garantir na Constituição brasileira o direito dos indígenas serem um grupo étnico específico e, a partir de então, reivindicar políticas que contemplassem sua especificidade cultural, religiosa, política e social, na área da educação, especificamente, com a garantia de uma educação escolar diferenciada, específica, intercultural e bilíngue. É neste território de insubordinação e resistência epistêmica à imposição de uma cultura dominante que se constrói o currículo intercultural indígena, a partir da participação coletiva dos seus atores.

Nesta pesquisa, identificamos que a interculturalidade está baseada no diálogo entre diferentes culturas/saberes e que há uma expectativa de que a interculturalidade deve ser uma via de mão dupla, assim deve estar presente em todos os currículos escolares, seja indígena ou não indígena. Somente o reconhecimento da diversidade cultural do Brasil não dá conta dos conflitos gerados pelo contato de diferentes culturas; é importante problematizar isso no currículo escolar.

Nesse sentido, a ressignificação do papel da escola e da educação indígena foi um dos marcos importantes para que povos indígenas se apropriassem dessa estrutura exógena a sua cultura e a transformassem em um dos principais espaços de fortalecimento da sua identidade, costumes e tradições.

Nossa pesquisa revelou que a construção do currículo intercultural indígena, ao tomar como referencial os pressupostos já existentes na rede de ensino, não atendeu aos anseios dos indígenas na construção do seu currículo escolar. O currículo intercultural indígena construído no Estado, mostrou-se como uma adaptação do currículo da rede, apenas inserindo saberes e nomes dos povos indígenas para dar um tom de especificidade. Podemos perceber que a construção do currículo intercultural indígena teve muitas idas e vindas durante esses dez anos de estadualização da Educação Escolar Indígena. Foram muitos momentos de negociação, construção e desconstrução. Anteriormente, vimos que esse processo é complexo e demanda um olhar diferenciado para atender a

especificidade dos indígenas. Identificamos que, de forma geral, os problemas que foram surgindo e impediram a consolidação do currículo intercultural indígenas não estão diretamente ligados à sua construção de fato, mas a questões administrativas e normativas. Um deles está ligado, por exemplo, a não existência de instrumentos normativos a nível estadual que subsidiem essa construção e orientem as equipes técnicas quanto às possibilidades de flexibilização das leis para o atendimento educacional especializado.

Os técnicos da Secretaria reconhecem as falhas no processo de construção do currículo indígena, que este atende apenas a um tipo de escola e público, como também reconhecem que, ao não fazê-lo, ferem o direito à uma educação específica. Percebemos que eles têm conhecimento sobre a legislação nacional específica e vontade política para encaminhar as pautas dos indígenas. Contudo, o setor não tem autonomia suficiente para validar esse outro modelo de escola.

Neste sentido, percebemos que as ações burocráticas se sobrepõem as questões políticas de garantia dos direitos e de valorização às lutas sociais dos povos indígenas de Pernambuco, que poderiam dar sentido para entender a educação como esfera pública e território de debate do destino das pessoas. No caso de Pernambuco, essas barreiras burocráticas estão, principalmente, em setores importantes para a consolidação de uma educação de qualidade para a Educação Escolar Indígena. O que nos leva a acreditar numa despolitização do debate em detrimento da burocratização para essa modalidade de ensino.

No nosso estudo, procuramos dar visibilidade à relação assimétrica de poder entre o órgão promotor da educação, a Secretaria de Educação de Pernambuco e as instituições públicas escolares, as escolas indígenas.

A educação escolar indígena foi colocada em segundo plano e, por isso, somam- se às pautas das mudanças na normatização, questões mais profundas, como a regularização da categoria e da contratação de professores indígenas, que colocam em risco a efetivação dessa política e faz com que o debate sobre o currículo priorizado.

Os indígenas continuam com a estratégia da resistência, que permitiu a sobrevivência de suas tradições mesmo após tantos anos de colonização; e, assim, há uma tentativa da educação indígena específica ser vivenciada nas escolas, independente do reconhecimento oficial e do acompanhamento do órgão provedor.

Nosso estudo indica que o Estado de Pernambuco precisa repensar a forma como se relaciona com os povos indígenas, a partir dos princípios propostos pela

interculturalidade crítica e atendendo os preceitos estabelecidos pela Constituição Federal, pela Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional e pelas Diretrizes Curriculares Nacionais da Educação Escolar Indígena; seja através da criação de um novo sistema ou um subsistema de ensino, ou através de uma profunda reforma política, administrativa e jurídica no Sistema Estadual de Ensino que garanta a promoção da Educação Escolar Indígena Intercultural, Específica e Diferenciada de qualidade.

Por fim, reconhecemos que a discussão sobre o currículo intercultural indígena precisa ser ampliada e fortalecida. Nesta dissertação, procuramos contemplar todas as problemáticas identificadas durante a pesquisa de campo, contudo reconhecemos que, pelo tempo, não conseguimos dar conta de debater todas essas questões. Por isso, optamos por deixar o debate aberto e deixar a provocação para novas pesquisas sobre o tema.

Assim, esperamos que esta pesquisa venha contribuir para estimular a produção de novos estudos relacionados ao currículo indígena no Estado de Pernambuco.

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