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Ao longo deste trabalho, pesquisamos sobre como as TDIC vêm sendo usadas na rede estadual de ensino do RN, especificamente, o uso do SIGEDUC e o seu crescimento por todos esses anos - desde 2012 (ano de criação) até 2019.
A rede estadual iniciou o uso do SIGEDUC em 2012 apenas no município de Natal, como descrito no Capítulo 1, constando exclusivamente os Módulos Matricula e Diário de Classe.
Como descrito no decorrer da tese, o SIGEDUC evoluiu em várias funcionalidades, conforme o Capítulo 3, mas logo passou de dois Módulos durante o ano de 2012 para 27 módulos com 1.300 funcionalidades, atualmente. Isso representou um grande avanço para as escolas da rede estadual de ensino do RN, pois todos os serviços oferecidos pela SEEC às escolas utilizam o espaço on-line do SIGEDUC. Essa possibilidade permite agilidade nos serviços que a SEEC desenvolve junto às escolas, além de favorecer o acompanhamento do desenvolvimento das ações previstas pelos gestores.
Porém, a utilização do SIGEDUC por toda a rede estadual não tem sido uma tarefa fácil nem para os professores nem tampouco para os alunos. São muitas as dificuldades que vêm sendo superadas paulatinamente.
Quando foi criado em 2012, foram definidas duas perspectivas para utilização do SIGEDUC: uma administrativa e outra pedagógica. Inicialmente, priorizou-se as atividades administrativa, inclusive oferecendo aos professores o Módulo Matrícula juntamente com o Diário de Classe. Assim, o viés pedagógico tem sido negligenciado pela rede estadual, deixando de lado o Módulo voltado para o ensino e a aprendizagem, embora ele se propusesse a auxiliar concretamente a prática pedagógica do professor como também o processo de aprendizagem do aluno.
Esse foi o motivo pelo qual o objeto desse estudo se deteve: a ampliação do módulo Escola Virtual transformando no módulo Escola Sigital. Porém, nosso propósito se estende à prática de uso efetivo da Escola Digital e, para isso, elaboramos uma sistemática de atividades de formação continuada, pois acreditamos que somente com a realização dela, por toda a rede de ensino, seguido de um cronograma de monitoramento, a Escola Digital passará a ser utilizada de forma concreta, como foi proposta e pensada.
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Nessa perspectiva, o SIGEDUC é assumido, nesta tese, como um grande e robusto sistema integrado com toda as suas funcionalidades criadas para atender a área administrativa da escola, na qual é possível gerir vida funcional de todos os professores, a merenda escolar, o transporte escolar, a eleição para diretores, dentre outros, mas de igual modo o processo de ensino-aprendizagem possa ser passível de aplicação na educação, e, aquelas que efetivamente têm figurado nas práticas cotidianas dos professores em sala de aula estava, totalmente fora do SIGEDUC.
Se, ao longo de tantos anos de institucionalização, vários Módulos no SIGEDUC foram tão pouco considerados na escola, quando se fala de Escola Virtual, essa questão se assevera.
Diante desta assertiva, e a partir de estudos desenvolvidos nesse trabalho, foi possível delinear alguns dos fatores que contribuem para esse cenário. Eles abrangem questões ligadas à infraestrutura (conectividade e recursos tecnológicos) e à formação (formação sistemática para uso do SIGEDUC, mas principalmente, todo o processo de formação continuada da SEEC), contemplando desde as políticas educacionais, em nível macro, perpassando pelo Projeto Político Pedagógico da escola, até ao nível micro, concretizado nos planos de aula e na própria motivação docente para inserir as tecnologias digitais através do SIGEDUC em sua prática pedagógica.
No tocante à formação inicial de professores, foi possível perceber que esta, desde o seu início, não tem priorizado a inserção de recursos tecnológicos, nem na prática dos formadores, nem em suas matrizes curriculares. Desse modo, o futuro professor não tem acesso a práticas pedagógicas com recursos tecnológicos diferenciados, nem tem acesso a uma formação adequada que o instrumentalize a utilizar as tecnologias quando assumirem a sala de aula. Ou seja, não se aprende nem pelo exemplo, nem pela formação. Esse é um dos principais obstáculos postos aos professores, levando-os à busca improvisada por não dominarem essa habilidade.
O módulo Escola Virtual no SIGEDUC que foi produzido desde 2014, não possui grandes acessos e uso efetivo por parte dos professores da rede estadual de ensino, bem como também dos nossos alunos. Podemos constatar essa realidade ao acessarmos o SIGEDUC - Escola Virtual.
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Propomos, portanto, no decorrer da tese, o desenvolvimento de um módulo colaborativo e aberto capaz de prover a troca de experiências pedagógicas, a socialização de práticas educativas entre usuários – o caráter da práxis pedagógica no uso das ferramentas tecnológicas.
Considerando os fatores elencados, desenvolvemos um novo módulo no SIGEDUC ESCOLA DIGITAL, como um caminho viável para que o professor: (a) por meio de um ambiente colaborativo, em que possa interagir com seus pares e alunos; (b) realizar diagnostico de toda a sua turma referente a aspectos sócios econômicos, como também pedagógicos como reprovação, aprovação e evasão em anos anteriores; (c) correlacionar todo o seu conteúdo ministrado em sala de aula com a BNCC, apresentando, inclusive, o percentual atingido pelo professor na disciplina ministrada; (d) permitir ao professor e à coordenação pedagógica da escola conhecer todos os alunos propensos a evasão no início do ano letivo (essa operação foi desenvolvida por inteligência artificial, apresentando a relação dos alunos com sua taxa de 0 a 100, capaz de evadir naquele ano letivo; (e) facilitar o intercâmbio entre professores das mais diversas realidades, permitindo as devidas adequações, incrementos e, consequentemente, o enriquecimento da prática em sala de aula; (f) propiciar a articulação teoria-prática por meio das experiências vivenciadas no ambiente virtual.
O módulo desenvolvido tornou-se uma realidade. A implementação eficaz dessas políticas é um processo multivariado, complexo e que requer estratégias coordenadas entre governo e sociedade. Ainda precisamos resolver de forma adequada as questões básicas de infraestrutura de acesso às TIC na escola e também incentivar entre os professores a buscarem pelo desenvolvimento de competências e habilidades necessárias para que possam atuar nesse novo ambiente, o que retoma nas questões ligadas à formação e às práticas pedagógicas.
Outro ponto importante é que, no Brasil, há uma necessidade permanente de aumentar o acesso e permanência dos alunos aos sistemas educacionais. A educação é um componente chave para o desenvolvimento econômico e social de um país. Um país cuja população seja alfabetizada, com base sólida e em todas as idades, terá mais chances de ser um país desenvolvido, com mais riquezas e com excelentes profissionais. A tecnologia desperta e aguça
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a criatividade, ela transformou, transforma e transformará a forma como podemos fazer as coisas, realizar tarefas, obter informações quase que em tempo real, e é a informação o bem mais valioso de um ser, de uma classe, de um povo, de um país. Quanto mais cedo o estudante tiver contato com a tecnologia, melhor e maior as chances pelo interesse por pesquisas, estudo autodidata, criação e debate de ideias, conhecimentos e busca por novas técnicas de resolução de problemas.
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