• Nenhum resultado encontrado

Compreendeu-se nessa pesquisa a consolidação da agroecologia como um campo científico, como um movimento social e como partícipe de um sistema alimentar, a qual se constitui em uma ação estratégica primordial pela garantia da segurança alimentar e nutricional (SAN). Em busca de bases que sustentem a importância deste vínculo, as publicações científicas que assimilaram discussões entre essas temáticas mostraram-se como caminho para reconhecimento de tais perspectivas.

A agroecologia aplaca em seu conceito um caráter polissêmico e em plena construção. Tal como denotam Altieri e Nicholls (2020), a agroecologia envolve uma visão fundamentalmente diferente sobre a forma como se produz e se consome os alimentos, ao mesmo tempo em que é exercida a contribuição para a criação de sistemas alimentares equitativos. Além disso, estabelece as bases para a construção de estilos de agricultura sustentável e de estratégias de desenvolvimento rural sustentável (CAPORAL; COSTABEBER, 2002).

Tencionando esses valores, os norteamentos de uma agricultura com bases na agroecologia tem conseguido ganhar espaço nas diferentes áreas de inserção desta orientação: na ciência, nos movimentos sociais e na construção de sistemas alimentares. Além dessas áreas de consolidação, a agroecologia também orienta argumentos que propalam até as dimensões econômica, social, cultural e ética, as quais constroem similarmente as noções de um modelo sistêmico de produção e consumo alimentar.

Agregado a esse sistema, a preocupação relativa às condições de garantia da segurança alimentar e nutricional também é compreendida visando um comprometimento não apenas aos aspectos relacionados à disponibilidade dos alimentos em quantidade e qualidade suficientes, mas também às suas formas de distribuição e apropriação. Os esforços concernentes à promoção e garantia desses procedimentos tem contribuído consequentemente para consolidar as noções de sustentabilidade e promover a situação de segurança alimentar e nutricional para a população.

Estes pressupostos se demonstraram em evidência na presente revisão sistemática de literatura, a qual conseguiu identificar, por meio das discussões científicas que transversalizam as temáticas da agroecologia e SAN, a tendência dos processos teórico-metodológicos orientadores das argumentações a respeito da: biodiversidade, saúde, soberania alimentar, resiliência e dos movimentos sociais.

Estes elementos foram compreendidos na pesquisa como salutares no apoio do desenvolvimento de agro ecossistemas alimentares saudáveis e sustentáveis, os quais são suportados e direcionados por meio de estratégias de núcleo em educação e de políticas públicas. As experiências relatadas retratam a confirmação de uma plena possibilidade de adesão de uma agricultura alternativa focada na conservação ambiental e na justiça social.

Ainda, ao refletir a agroecologia em conjunto com a promoção da segurança alimentar e nutricional é possível compreender uma nova forma de relação com o sistema alimentar: além de representar uma ferramenta promotora de profunda transformação na relação com o ambiente, busca emergir processos amplos na sociedade que visam à diversificação, a sustentabilidade, a valorização de um poder local, o equilíbrio, a resiliência, a saúde em sentido ampliado e uma aproximação de dependência com a natureza.

Também foi percebido que em toda sua abordagem a agroecologia sugere um caminho para vias de uma contra hegemonia ao modelo extrativista e excludente, não frente à agricultura, mas a todo o tecido social que se incorpora aos seus valores. Dessa maneira, pode ser percebida como uma importante ferramenta na promoção de complexas transformações que possam assegurar a sustentabilidade da agricultura e o desenvolvimento social e de sistemas alimentares de forma mais equânime.

Para avanços neste processo, no entanto, como enfatiza Santos (2002), faz- se necessário ampliar a compreensão sobre o mundo, o que só é possível quando se expandem os horizontes para além da racionalidade ocidental, deixando ser percebidos e compreendidos outros conhecimentos e práticas sociais que fogem aos parâmetros de diagnóstico e cálculo da ciência ocidental e do pensamento dominante (SANTOS, 2002).

Esse papel se torna ainda mais exacerbado quando incorporado a um cenário de conjunção de crises na economia, no meio ambiente e na alimentação (etc.), em que o impulsionamento de ideias e inciativas para uma transição mais significativa nos sistemas de produção e consumo alimentar podem ganhar mais representação.

A importância dessa verificação deve ser acompanhada do seguimento de uma nova agenda, tanto na política quanto em pesquisas e projetos, que possa demonstrar a capacidade da agroecologia em reestruturar as práticas agrícolas rumo a um sistema alimentar que considera eticamente o planeta e as pessoas.

REFERÊNCIAS

ALTIERI, M.; NICHOLLS, C.I. Agroecology and the emergence of a post COVID‑19 agriculture. Agriculture and Human Values, Topical Collection: Agriculture, Food & Covid-19, v.37, n.1, p.525–526, 2020.

ALTIERI, M. Linking ecologists and traditional farmers in the search for sustainable agriculture. Frontiers in Ecology and the Environment, v. 2, n. 1, p. 35-42, 2004.

ALTIERI, M. Agroecology: the science of natural resource management for poor farmers in marginal environments. Agric. Ecosyst. Environ. v.93, n.1, p.1–24, 2002.

ALTIERI, M. A. Agroecologia: bases científicas para uma agricultura sustentável. Guaíba-RS: Agropecuária, AS-PTA, 2002. 592 p.

ASSIS, R.L. Globalização, Desenvolvimento Sustentável e Ação Local: O Caso da Agricultura Orgânica. Cadernos de Ciência & Tecnologia. v.20, n.1, p.79-96, 2003.

BELIK, W. Perspectivas para a segurança alimentar e nutricional no Brasil. Revista Saúde e Sociedade.v.12, n.01, p.12-20, 2003.

BEZERRA, I.; SCHNEIDER, S. Produção e consumo de alimentos: o papel das políticas públicas na relação entre o plantar e o comer. Revista Faz Ciência, v. 15, n. 20, jan./jun. 2012.

BOONE, K.; TAYLOR, P.L. Deconstructing homegardens: food security and sovereignty in northern Nicaragua. Agriculture and Human Values, v.33, n.1, p.239– 255, 2015.

BORBA, J.; BONATTIB, M.; SIEBERB, S.; MÜLLERB, K. Theatre methods for food security and sovereignty: A Brazilian scenario. Journal of Rural Studies, v.62, n.1, p.29-39, 2018.

BORSATTO, R.S.; CARMO, M.S. A Agroecologia como um campo científico. Rev. Bras. de Agroecologia. v.8, n.2, p.4-13, 2013.

BRASIL. Decreto-Lei nº 7.794, de 20 de agosto de 2012. Institui a Política Nacional de Agroecologia e Produção Orgânica. Diário Oficial da União: Brasília, DF, 2012a.

BRASIL. Ministério da Saúde. Secretaria de Ciência, Tecnologia e Insumos Estratégicos. Departamento de Ciência e Tecnologia. Diretrizes metodológicas: elaboração de revisão sistemática e meta-análise de ensaios clínicos randomizados/ Ministério da Saúde, Secretaria de Ciência, Tecnologia e Insumos Estratégicos, Departamento de Ciência e Tecnologia. – Brasília: Editora do Ministério da Saúde, 2012b.

BRASIL. Decreto-Lei nº 11.346, de 15 de setembro de 2006. Cria o Sistema Nacional de Segurança Alimentar e Nutricional SISAN com vistas em assegurar o direito humano à alimentação adequada e dá outras providências. Diário Oficial da União: Brasília, DF, 2006.

BULLOCK, J.M.; DHANJAL‐ADAMS, K.L.; MILNE, A.; OLIVER, T.; TODMAN, L.C.; WHITMORE, A.P.; PYWELL, R.F. Resilience and food security: rethinking an ecological concept. Journal of Ecology, v.105, p.880–884, 2017.

BURLANDY, L.; BOCCA, C.; MATTOS, R. A. Mediações entre conceitos, conhecimento e políticas de alimentação, nutrição e segurança alimentar e nutricional. Rev. Nutr. v.25, n.1, p.9-20, 2012.

BURLANDY, L. A construção da política de segurança alimentar e nutricional no Brasil: estratégias e desafios para a promoção da intersetorialidade no âmbito federal de governo. Ciência & Saúde Coletiva, v.14, n.3, p.851-860, 2009.

BURITY, V.; FRANCESCHINI, T.; VALENTE, F.; RECINE, E.; LEÃO, M.; CARVALHO, M.F. Direito humano à alimentação adequada no contexto da segurança alimentar e nutricional. Brasília: ABRANDH, 2010. 204p.

BUTTEL, F.H. Envisioning the Future Development of Farming in the USA: Agroecology Between Extinction and Multifunctionality? New Directions in Agroecology Research and Education. 2003. Disponível em: https://www.dphu.org/uploads/attachements/books/books_2044_0.pdf. Acesso em 10/06/2020.

CANAVESI, F.C.; MOURA, I.F.; SOUZA, C. Agroecologia nas políticas públicas e promoção da segurança alimentar e nutricional. Segurança Alimentar Nutricional, v. 23, Número especial, p. 1019-30, 2016.

CAPORAL, F.R. Agroecologia: uma ciência do campo da complexidade. Paulus: Brasília, 2009.

CAPORAL, F. R.; COSTABEBER, J. A. Agroecologia: alguns princípios e conceitos. EMBRAPA, Brasília: 2004.

CAPORAL, F. R.; COSTABEBER, J. A. Análise multidimensional da sustentabilidade: uma proposta metodológica a partir da Agroecologia. Agroecologia e Desenvolvimento Rural Sustentável, v.3, n.3, p.70-85, 2002.

CASTRO, J. Geografia da fome (O dilema brasileiro: pão ou aço). 10a Ed. Rio de Janeiro: Antares Achiamé, 1980.

CHAPPELL, M.J.; LA VALLE, L.A. Food security and biodiversity: can we have both? An agroecological analysis. Agric. Hum. Values, v.28, n.1, p.:3–26, 2011.

DE LA TORRE, M. C.; TAKAHASHI, R. F.; BERTOLOZZI, M. R. Systematic review: general notions. Rev. esc. enferm. USP. v.45, n.5, p.1260-1266, 2011.

DE SCHUTTER, O. “The right of everyone to enjoy the benefits of scientific progress and the right to food: from conflict to complementarity”. Human Rights Quarterly, v.33, n.2, p. 304-350, 2011.

DINIZ, P.C.O; ROZENDO, C. Panorama da Política Nacional de Agroecologia e Produção Orgânica na última década. Boletim da Sociedade Brasileira de Economia Ecológica, v.1, p.53-61, 2019.

EMBRAPA - Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária. Marco Referencial em Agroecologia. Brasília, DF: Embrapa Informação Tecnológica, 2006. 70 p.

FAO; IFAD; WFP. The State of Food Insecurity in the World: The multiple dimensions of food security. Food and Agriculture Organization of the United Nations. Rome: FAO, 2013.

FAO; WFP; IFAD. The State of Food Insecurity in the World: Economic growth is necessary but not sufficient to accelerate reduction of hunger and malnutrition. Food and Agriculture Organization of the United Nations. Rome: FAO, 2012.

FERNANDEZ, M.; GOODALL, K.; OLSON, M.; MÉNDEZ, E.V. Agroecology and Alternative Agri-Food Movements in the United States: Toward a Sustainable Agri- Food System. Agroecology and Sustainable Food Systems, v.37, n.1, p.115-126, 2013.

FRANCIS, C.; LIEBLEIN, G.; GLIESSMAN, S.; BRELAND, T.A.; CREAMER, N.; HARWOOD- SALOMONSSON, L.; HELENIUS, J.; RICKERL, D.; SALVADOR, R.; WIEDENHOEFT, M.; SIMMONS, S.; ALLEN, P.; ALTIERI, M.; FLORA, C.; POINCELOT, R. Agroecology: The ecology of food systems. Journal of Sustainable Agriculture, v.22, n.1, p.99–118, 2003.

GALEAZZI, M. A. M. A Segurança Alimentar e os problemas estruturais de acesso. In: GALEAZZI, M. A. M. (org.). Segurança alimentar e cidadania: as contribuições das universidades paulistas. Campinas (SP): Mercado de Letras, 1996.

GALVÃO, T. F.; PANSANI, T. S. A.; HARRAD, D. Principais itens para relatar Revisões sistemáticas e Meta-análises: a recomendação PRISMA. Epidemiol. Serv. Saúde, v.24, n.2, p.335-342, 2015.

GLAMANN; HANSPACH, J.; ABSON, D.J.; COLLIER, N. ; FISCHER, J.; The intersection of food security and biodiversity conservation: a review. Reg. Environ Change, v.17, n.1, p.1303–1313, 2017.

GLIESSMAN, S.R. Transforming food and agriculture systems with agroecology. Agriculture and Human Values, Topical Collection: Agriculture, Food & Covid-19, v.37, n.1, p.547–548, 2020.

GLIESSMAN, S.R. Agroecology in the tropics: Achieving a balance between land use and preservation. Environmental Management, v.16, n.6, p.681–689, 2002.

GLIESSMAN, S.R. Agroecologia: processos ecológicos em agricultura sustentável. Porto Alegre: Ed. da Universidade, 2001.

GUZMÁN, E. S.; MOLINA, M G. Sobre la agroecología: algunas reflexiones en torno a la agricultura familiar em España. In: GARCÍA DE LEÓN, M. A. (ed.). El campo y la ciudad. Madrid: MAPA, 1996.

HANSPACH, J.; ABSON, D.J.; FRENCH-COLLIER, N.; DORRESTEIJN, I.; SCHULTNER, J.; FISCHER, J. From trade-offs to synergies in food security and biodiversity conservation. Frontiers in Ecology and the Environment, v. 15, n. 9, p. 489–494, 2017.

HIGGINS, J. P. T.; GREEN, S. (Ed.). Cochrane handbook for systematic reviews of interventions. Version 5.1.0. The Cochrane Collaboration, 2011. Disponível em:http://handbook-5-1.cochrane.org/. Acesso em 20/09/2018.

HIRAI, W.; ANJOS, F. Estado e segurança alimentar: alcances e limitações de políticas públicas no Brasil. Revista textos & contextos, v. 6, n. 2, p.335-353, 2007.

HOLT-GIMÉNEZ, E.; ALTIERI, M.A. Agroecology, Food Sovereignty, and the New Green Revolution. Agroecology and Sustainable Food Systems, v.37, n.1, p.:90–102, 2013

HOLT-GIMÉNEZ, E.; SHATTUCK, A. Food crises, food regimes, and food movements: Rumblings of reform or tides of transformation? Journal of Peasant Studies, v.38, n.1, p.109–144, 2011.

IPES-Food – . 2016. From uniformity to diversity: a paradigm shift from industrial agriculture to diversifed agroecological systems. International Panel of Experts on Sustainable Food systems. Brussels, 2016. Disponível em: http://www.ipes- food.org/_img/upload/files/UniformityToDiversity_FULL.pdf. Acesso em: 21 jan. 2020.

JESUS, E.L. Diferentes abordagens de agricultura não-convencional. In: AQUINO, A.M.; ASSIS, R. L. Agroecologia: princípios e técnicas para uma agricultura orgânica sustentável. Brasília: EMBRAPA Informação Tecnológica, 2005.

JONSSON, Urban. As causas da fome. In: VALENTE, Flávio Luís. (Org.). Fome e desnutrição: determinantes sociais. São Paulo: Cortez, 1989.

JOVCHELOVITCH, S.; BAUER, M.W. Análise temática de conteúdo. In: BAUER, M.W.; GASKELL, G. Pesquisa qualitativa: um manual prático. Petrópolis – RJ: Vozes, 2002.

KANGMENNAANG, J.; KERR, R.B.; LUPAFYA, E.; DAKISHONI, L.; KATUNDU, M.; LUGINAAH, I. Impact of a participatory agroecological development project on household wealth and food security in Malawi. Food Security, v.9, n.1, p.561–576, 2017.

KEPPLE, A.W. et al. O estado da Segurança Alimentar e Nutricional no Brasil: Um retrato multidimensional. Relatório FAO 2014. Organização das Nações Unidas para Alimentação e Agricultura: Brasília, 2014.

LA VIA CAMPESINA. Declaration of Nyeleni. World Forum for Food Sovereignty. 2007. Disponível em: https://nyeleni.org/IMG/pdf/DeclNyeleni-en.pdf. Acesso em: 15 abr. 2019.

LEE, R.A.; BALICK, M.J.; LING, D.L.; SOHL, F.; BROSI, B.J.; RAYNOR, W. Cultural dynamism and change: an example from the Federated State of Micronesia. Economic Botany, v.55, n.1, p. 9-13, 2001.

LEFF, E. Epistemologia ambiental. São Paulo: Cortez, 2001a. 240p.

LEFF, E. Saber ambiental: sustentabilidade, racionalidade, complexidade, poder. Petrópolis–RJ: Vozes, 2001b. 343p.

LIMA, J. S. G. Segurança alimentar e nutricional: sistemas agroecológicos são a mudança que a intensificação ecológica não alcança. Cienc. Cult. v.69, n.2, p.49-50, 2017.

MACEDO, D.C.; TEIXEIRA, E.M.B.; JERÔNIMO, M.; BARBOSA, O.A.; OLIVEIA, M.R.M. A construção da política de segurança alimentar e nutricional no Brasil. Revista simbio-logias, v. 12, n. 1, p.31-46, 2009.

MARES, T.M.; ALKON, A.H. Mapping the food movement: Addressing inequality and neoliberalism. Environment and Society: Advances in Research. n.2, v.1, p.68–86, 2011.

MALUF, R. S.; BURLANDY L.; SANTARELLI M.; SCHOTTZ, V.; SPERANZA, J. S. Nutrition-sensitive agriculture and the promotion of food and nutrition sovereignty and security in Brazil. Ciênc. Saúde Coletiva, v.20, n.8, p.2303-12, 2015.

MALUF, R. S.; MENEZES, F.; VALENTE, F.L. Contribuição ao Tema da Segurança Alimentar no Brasil. Revista Cadernos de Debate UNICAMP. v.4, n.1, p.66-88, 1996.

MALUF, R.S. Segurança alimentar e Nutricional. 3ed. Petrópolis: Vozes; 2011.

MIRKIN, B.M.; KHAZIAKHMETOV, R.M. Sustainable Development-Food Security- Agroecology. Russian Journal of Ecology, v.31, n.3, p.162-166, 2000. Translated from Ekologiya, n.3, 2000, p. 180-184.

MOLINA, M.G. Introducción a la agroecología. Cuadernos Técnicos. Série Agroecología y ecología agrária. Valencia: Sociedad Española de Agricultura Ecológica (SEAE); 2011.

MOREIRA, R.M.; CARMO, M.S. Agroecologia na construção do desenvolvimento rural sustentável. Agric. São Paulo. v.51, n.2, p.37-56, 2004.

NORDER, L.A.; LAMINE, C.; BELLON, S.; BRANDENBURG, A. Agroecologia: polissemia, pluralismo e controvérsias. Ambient. soc. v.19, n.3, p. 1-11, 2016.

NYANTAKYI-FRIMPONGA, H.; KANGMENNAANGB, J.; KERRC, R.B.; LUGINAAHD, I.; DAKISHONIE, L.; LUPAFYAE, E.; SHUMBAE, L.; KATUNDUF, M. Agroecology and healthy food systems in semi-humid tropical Africa:Participatory research with vulnerable farming households in Malawi. Acta Tropical, v. 175, n.1, p.42-49, 2017.

OEP - OSSERVATORIO EUROPEO DEL PAESAGGIO. The various approaches of agro-ecology in the different countries - Synthesis of the national reports. Euro- EducATES, 2017.

OLIVEIRA, K.S.C.; ROZENDO, C. Segurança Alimentar e Nutricional dos agricultores familiares da associação de produtores orgânicos de Ceará Mirim-RN. Agroalimentaria, v.22, n.43, 2016

PANT, L.P. Paradox of mainstreaming agroecology for regional and rural food security in developing countries. Technological Forecasting & Social Change, v.111, n.1, p.305-316, 2016.

PRETTY, J.N.; MORISON, J.I.L.; HINE, R.E Reducing food poverty by increasing agricultural sustainability in developing countries. Agriculture, Ecosystems & Environment, v.95, n.1, p.217-27, 2003.

REARDON, J.A.S.; PÉREZ, R.A. Agroecology and the Development of Indicators of Food Sovereignty in Cuban Food Systems. Journal of Sustainable Agriculture, v.34, n.8, p.907-922, 2010.

RIBEIRO, S.M.; AZEVEDO, E.; PELICIONI, M.C.F.; BÓGUS, C.M.; PEREIRA, I.M.T.B. Agricultura urbana agroecológica - Estratégia de promoção da saúde e Segurança Alimentar e Nutricional. Revista Brasileira em Promoção da Saúde, v.25, n.3, p.381-388, 2012.

ROCHA, C. Urban food security policy and programs - The case of Belo Horizonte, Brazil. Course Notes for Food and Nutrition Policy (FNP) 500: Advanced Issues in Professional Practice. Toronto: Ryerson University, 2003.

ROEVER, L. Compreendendo os estudos de revisão sistemática. Rev. Soc. Bras. Clin. Med. v.15, n.2, p.127-30, 2017.

ROZENDO, C.; DINIZ, P. A Política Nacional de Agroecologia e Produção Orgânica e suas potencialidades de integrar campo e cidade. Anais do XVIII ENANPUR - Encontro Nacional da Associação Nacional de Pós-Graduação e Pesquisa em Planejamento Urbano e Regional. ENANPUR: Natal, 2019.

RUIZ-ROSADO, O. Agroecologia: una disciplina que tiende a la transdisciplina. Interciencia, v.31, n.2, p.140–145, 2006.

SAMBUICHI, R.H.R.; MOURA, I.F.; MATTOS, L.M.; ÁVILA, L.M.; SPÍNOLA, P.A.C.; SILVA, A.P.M. A política nacional de agroecologia e produção orgânica no Brasil: uma trajetória de luta pelo desenvolvimento rural sustentável. Brasília: Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (IPEA), 2017. 463p.

SAMPAIO, R.F.; MANCINI, M.C. Estudos de revisão sistemática: um guia para síntese criteriosa da evidência científica. Rev. Bras. Fisioter. v.11, n.1, p.83-89, 2007.

SEVILLA GUZMÁN, E.; WOODGATE, G. Agroecology: Foundations in agrarian social thought and sociological theory. Agroecology and Sustainable Food Systems. v.37, n.1, p.32–44, 2013.

SEVILLA GUZMÁN E. La agroecologia como estrategia metodológica de transformación social. Agroecología y Gestión de Ambientes Rurales. 2009.

Disponível em:

http://www.cristinaenea.eus/eu/download/microsites/ficheros/Agroecologia_y_transfor macion_social.pdf. Acesso em: 13 jan. 2020.

SEVILLA GUZMÁN, E.; WOODGATE, G. Desarrollo rural sostenible: de la agricultura industrial a la Agroecología. In: REDCLIFT, M.; WOODGATE, G. Sociología del medio ambiente: una perspectiva internacional. Madrid: Mc Graw Hill, 2002.

SANTOS, B.S. Construindo as Epistemologias do Sul: Antologia Esencial. Volume I: Para um pensamento alternativo de alternativas. 1ª ed. Ciudad Autónoma de Buenos Aires: CLACSO, 2018.

SANTOS, B.S. Renovar a teoria crítica e reinventar a emancipação social. Tradução Mouzar Benedito. São Paulo: Boitempo, 2007.

SANTOS, B.S. A crítica da razão indolente: contra o desperdício da experiência. 4. ed. São Paulo: Cortez, 2002.

SANTOS, B.S. Para um novo senso comum: a ciência, o direito e a política na transição paradigmática. São Paulo: Cortez, 2001. 415 p.

SANTOS, B.S.; MENESES, M.P. (org.). Epistemologias do Sul. Coimbra: Almedina, 2009.

SILVA, S. P. A trajetória histórica da Segurança Alimentar e Nutricional na agenda política nacional: projetos, descontinuidades e consolidação. Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada, Brasília-Rio de Janeiro: Ipea , 2014.

SOUZA, A.S. Um debate acerca da soberania alimentar e da agroecologia: um desafio de percepção e de prática. Ou, de que lado é o meu quintal? Rev Pegada. v.10, n.1, p.113-133, 2009.

STRATE, M.F.; COSTA, S.M. Productive quintais: contribution to food safety and sustainable development of rural women in RS – Brazil. Braz. J. of Develop., v. 4, n. 7, p.3732-3744, 2018.

TOLEDO, V. Peasantry, agroindustriality, sustainability: The ecological and historical basis of rural development. Working Paper. Morelia, Mexico: Interamerican Council for Sustainable Agriculture, 1995.

TOMICH, T.P.; BRODT, S.; FERRIS, H.; GALT, R.; HORWATH, W.R.; KEBREAB, E.; LEVEAU, J.H.J.; LIPTZIN, D.; LUBEL, M.; MEREL, P.; MICHELMORE, R.; ROSENSTOCK, T.; SCOW, K.; SIX, J.; WILLIAMS, N.; YANG, L. Agroecology: A Review from a Global-Change Perspective. Annual Review of Environment and Resources. v.36, n.1, p.193-222, 2011.

VALENTE, F. Direito humano à alimentação: desafios e conquistas. São Paulo: Cortez, 2002.

WEZEL, A.; BELLON, S.; DOR´E, T.; FRANCIS, C.; VALLOD, D.; DAVID, C. Agroecology as a science, a movement and a practice: a review. Agronomy for Sustainable Development. v.29, n.4, p.503–515, 2009.

WEZEL, A.; SOLDAT, V. A quantitative and qualitative historical analysis of the scientific discipline of agroecology. International Journal of Agricultural Sustainability. v.7, n.1, p.3-18, 2009.

WHO - World Health Organization. Health promotion glossary. Geneve: World Health Organization, 1998.

ANEXO 1: Itens do checklist a serem incluídos no relato de revisão sistemática ou meta-análise.

SEÇÃO/TÓPICO N. ITEM DO CHECKLIST

RELATADO NA PÁGINA

TÍTULO

Título 1 Identifique o artigo como uma revisão sistemática, meta-análise, ou ambos. RESUMO

Resumo estruturado 2

Apresente um resumo estruturado incluindo, se aplicável: referencial teórico; objetivos; fonte de dados; critérios de elegibilidade; participantes e intervenções; avaliação do estudo e síntese dos métodos; resultados; limitações; conclusões e implicações dos achados principais; número de registro da revisão sistemática.

INTRODUÇÃO

Racional 3 Descreva a justificativa da revisão no contexto do que já é conhecido.

Objetivos 4 Apresente uma afirmação explícita sobre as questões abordadas com referência a participantes, intervenções, comparações, resultados e desenho de estudo (PICOS).

MÉTODOS

Protocolo e registo 5 Indique se existe um protocolo de revisão, se e onde pode ser acessado (ex. endereço eletrônico), e, se disponível, forneça informações sobre o registro da revisão, incluindo o número de registro. Critérios de

elegibilidade 6

Especifique características do estudo (ex. PICOS, extensão do seguimento) e características dos relatos (ex. anos considerados, idioma, se é publicado) usadas como critérios de elegibilidade, apresentando justificativa.

Fontes de

informação 7

Descreva todas as fontes de informação na busca (ex. base de dados com datas de cobertura, contato com autores para identificação de estudos adicionais) e data da última busca.

Busca 8 Apresente a estratégia completa de busca eletrônica para pelo menos uma base de dados, incluindo os limites utilizados, de forma que possa ser repetida.

Seleção dos estudos 9 Apresente o processo de seleção dos estudos (isto é, busca, elegibilidade, os incluídos na revisão sistemática, e, se aplicável, os incluídos na meta-análise).

Processo de coleta

de dados 10

Descreva o método de extração de dados dos artigos (ex. formas para piloto, independente, em duplicata) e todos os processos para obtenção e confirmação de dados dos pesquisadores.

Lista dos dados 11 Liste e defina todas as variáveis obtidas dos dados (ex. PICOS, fontes de financiamento) e quaisquer referências ou simplificações realizadas.

Risco de viés em

cada estudo 12

Descreva os métodos usados para avaliar o risco de viés em cada estudo (incluindo a especificação se foi feito durante o estudo ou no nível de resultados), e como esta informação foi usada na análise de dados.

Medidas de

Síntese dos

resultados 14

Descreva os métodos de análise dos dados e combinação de resultados dos estudos, se realizados, incluindo medidas de consistência (por exemplo, I2) para cada meta-análise.

Risco de viés entre

estudos 15

Especifique qualquer avaliação do risco de viés que possa influenciar a evidência cumulativa (ex. viés de publicação, relato seletivo nos estudos).

Análises adicionais 16 Descreva métodos de análise adicional (ex. análise de sensibilidade ou análise de subgrupos, metarregressão), se realizados, indicando quais foram pré-especificados.

RESULTADOS

Seleção de estudos 17 Apresente números dos estudos rastreados, avaliados para elegibilidade e incluídos na revisão, razões para exclusão em cada estágio, preferencialmente por meio de gráfico de fluxo.

Características dos

estudos 18

Para cada estudo, apresente características para extração dos dados (ex. tamanho do estudo, PICOS,

Documentos relacionados