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• Infecção aguda do intestino; • Cancro do recto;

• Após rotura bolsas da água • Doente com hemorróides; • Nos períodos digestivos • Com fistulas anais

INFORMAÇÕES GERAIS Quem Executa:

• O Enfermeiro;

Horário:

• Segundo prescrição médica e/ ou protocolos dos serviços; • Em SOS.

Orientações quanto à execução

• A solução administrada para o enema, fragmenta o material fecal e estimula o peristaltismo e o desejo de defecar, pela distensão abdominal.

Quantidades utilizadas no enema:

IDADES VOLUME

Adultos 1000 cc <13 anos 500 cc

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< 3 anos 100 cc < 2 anos 50 cc

< 1 ano 20cc

NOTA: verificar sempre a prescrição médica

• A preparação psicológica do doente é importante para a execução desta intervenção;

• As substâncias usadas para estimular o peristaltismo, devem ser usadas com rigor, pois actuam como irritantes da mucosa. A mistura incorrecta ou incompleta pode causar irritação; • A temperatura da solução deve rondar os 40º a 43º graus. O

calor é eficaz para estimular os reflexos nervosos da mucosa intestinal;

• Explicar sempre ao doente a importância de o Enfermeiro confirmar a dejecção, para avaliar e registar as características da mesma;

• Explicar ao doente que deve reter a solução administrada entre 10 a 15 minutos, para aumentar o efeito da mesma; • Durante a introdução da sonda rectal, se verificar resistência

não forçar. Se a resistência for de material fecal, aguardar para que este dilua e continuar com a progressão da sonda. Se a resistência se mantém pode ser um fecaloma ou tumor – PARAR e avisar o médico;

• Introduzir a sonda rectal: o Adulto -7.5 a 10 cm; o Criança – 4 a 7 cm.

• A introdução de toda a solução a utilizar no enema, deve ser realizada lentamente (pelo menos 10 minutos),

para evitar complicações como cólicas, distensão abdominal rápida e dor.

Tipos de enema

• Evacuadores • Simples

• lubirritantes (aumentam o peristaltismo) • Lubrificantes (amolecem o material fecal) • Medicamentosos

• Alimentares – em desuso

• Opacos – para exames radiológicos • Barris ou de retorno evacuadores

Termos técnicos

• Melena – fezes escuras (tipo ”borra do café”) decorrentes de hemorragia;

• Abdómen timpanizado – distensão do intestino, por gases com sonoridade exagerada á percussão;

• Flato – eliminação de gases formados no tubo digestivo através do recto ou colostomia;

• Flatulência – distensão abdominal devido ao acumulo de gases no intestino;

• Fecaloma – fezes endurecidas;

• Disenteria – Dejecção do tipo líquida e constante, com muco e sangue, acompanhada de cólicas e dores abdominais; • Diarreia – Dejecção do tipo líquida em quantidade abundante,

com aumento do número de dejecções;

• Obstipação – emissão de fezes duras e moldáveis, diminuição da fruquência de eliminação;

• Encoprese – fluxo e defecação voluntária e inapropriada de fezes, incontinência de fezes sem causa orgânica, défice ou doença;

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• Incontinência fecal – fluxo involuntário e defecação incontrolada de fezes, associada a um relaxamento inadequado, pouco ou nenhum exercício, fraca nutrição, tensão neuro muscular relacionada com esforço ou défices músculo esqueléticos e doenças;

• Enterorragia – Hemorragia do trato intestinal;

• Tenesmo intestinal – sensação dolorosa na regiãp anal devido ao esforço para evacuar.

MATERIAL Tabuleiro inox com:

• Irrigador e tubo de ligação

• Sonda ou cânula rectal (de tamanho apropriado)

• Jarro com solução prescrita (soro fisiológico, água tépida, etc) • Lubrificante hidrossolúvel

• Clamp

• Resguardo impermeável • Lençol de pano

• Luvas de palhaço ou látex • Papel higiénico

Necessário:

Aparadeira ou cadeira sanita Suporte de irrigador INTERVENÇÕES DE ENFERMAGEM Intervenções Justificação → Identificar o doente; → Verificar prescrição e → Evitar erros; → Permitir a individualização

objectivos; → Verificar o registo da

última dejecção → Proceder à lavagem

higiénica das mãos; → Preparar o material e

transportá-lo para junto do doente; → Explicar ao doente o procedimento; → Isolar o doente; → Verificar a temperatura da solução; → Posicionar correctamente o doente, decúbito lateral esquerdo;

→ Expor unicamente a região necessária à execução do enema; → Colocar resguardo impermeável absorvente, sob as nádegas; → Pendurar o irrigador no suporte cerca de 45 a 60 cm acima do nível da cama. dos cuidados;

→ Avaliar o grau de obstipação → Prevenir infecções cruzadas; → Economizar tempo;

→ Diminuir a ansiedade, obter a sua colaboração e envolve-lo na prestação de cuidados; → Respeitar a privacidade; → Evitar complicação e/ou não

efeito do enema; → Proporcionar conforto e

facilitar a execução do procedimento, permitindo uma melhor progressão da sonda e retenção da solução na ansa sigmóide e cólon descendente;

→ Respeitar a privacidade do doente;

→ Evitar contaminação e evitar gastos desnecessários de roupa;

→ A gravidade facilita o fluir da solução

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→ Calçar as luvas → Prevenir a infecção nosocomial; → Adaptar irrigador, tubo de

ligação e sonda, retirar o ar do tubo e sonda, antes de inserir no recto; → Lubrificar a sonda; → Separa as nádegas e

introduzir a sonda com suavidade, pedindo ao doente que inspire profundamente e expire lentamente

→ Abrir o clamp e iniciar a administração. Se o doente se queixar com cólicas ou desejo de evacuar, fechar o compressor e aguardar que passe o estímulo e reiniciar a administração; → Verificar se a solução está

a ser introduzida; → Verificar se a solução está

a ser administrada lentamente;

→ Findo o enema fechar a torneira ou compressor para não entrar ar; → Clampar a sonda e retirar

com movimentos suaves enrolando em papel

→ O ar pode distender em excesso as paredes do intestino o que causa mal- estar;

→ Reduz a fricção nas paredes e mucosa intestinal; → A inserção lenta da sonda

reduz os espasmos

→ A distensão e irritação da parede abdominal produz actividade peristáltica com desejo de evacuar;

→ Caso não aconteça, elevar um pouco o irrigador e/ou rodar a sonda;

→ Evitar complicações como peristaltismo violento ou perfuração do intestino. → O ar no cólon causa mal-

estar;

→ Evitar estimular o peristaltismo;

higiénico; → A solução deve permanecer no cólon o tempo desejado ou prescrito; → Aumentar o efeito;

→ Retirar as luvas e proceder à lavagem higiénica das mãos;

→ Colocar o doente na aparadeira, cadeira sanita ou ida à casa de banho, conforme a situação do doente, colocando a campainha junto dele → Observar os resultados do

enema

→ Ajudar o doente a lavar o períneo, vestir-se e posicionar confortavelmente; → Arejar o quarto ou

enfermaria;

→ Recolher e dar o destino adequado ao material e equipamento; → Proceder à lavagem

higiénica das mãos; → Proceder aos respectivos

registos.

→ Evitar infecção cruzada;

→ Proporcionar segurança e conforto; → Registar as características da ou das dejecções → Proporcionar limpeza e conforto ao doente; → Eliminar odores; → Prevenir a contaminação do ambiente;

→ Prevenir infecção cruzada; → Assegurar continuidade de

cuidados e dar visibilidade da intervenção desenvolvida.

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Estes devem conter os seguintes elementos: • Tipo de enema;

• Data e hora;

• Quantidade de solução administrada; • Características e hora da/s dejecção/ões; • Efeito do enema;

• Reacção do doente;

• Registar e comunicar alterações como: dor, alteração dos sinais vitais, alteração das características das fezes, etc; • Actualização do plano de cuidados.

NOTAS: ______________________________________________________ ______________________________________________________ ______________________________________________________ ______________________________________________________ ______________________________________________________ ______________________________________________________ ______________________________________________________ ______________________________________________________ BALANÇO HÍDRICO DEFINIÇÃO

Consiste na medição e registo de todas entradas e saídas (E e S) de líquidos durante um período de 24 horas.

 Registar os líquidos entrados – total de líquidos administrados por via oral, gástrica ou alimentação entérica e soluções parentéricas.

 Registar os líquidos saídos - total de urina(incluindo incontinência urinaria), diarreia, vómitos, aspiração, drenagem de feridas e outras drenagens.

 Fornecer uma correcta e completa avaliação do estado hídrico, electrolítico e acido-base.

INFORMAÇÕES GERAIS

 Não há contra indicações para a medição das entradas e saídas.

 Pode ser uma prescrição médica ou uma intervenção independente da Enfermagem.

 Deverá ser iniciada em qualquer doente que corra o risco de entrar em desequilíbrio hidroelectrolítico ou ácido-base.  Todos os elementos da equipa devem estar informados

sempre que um doente está com balanço hídrico e devem comunicar com rigor tudo quanto foi administrado e eliminado.  Explicar ao doente

O objectivo do balanço;

• Que o rigor na medição é essencial tanto para a Enfermagem como para o Médico, no planeamento dos cuidados;

• A importância de não despejar, total ou parcialmente, o conteúdo dos recipientes, sem que as quantidades sejam registadas;

• A importância de guardar o que foi eliminado antes de ser registado;

• Como proceder para medir e registar as entradas e saídas, tendo em vista o auto-cuidado.

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 Verificar os diagnósticos, Médico e de Enfermagem e o objectivo do balanço.

 Prestar atenção às prescrições relativamente às medições e registos.

MATERIAL

• Folhas de registo de balanço hídrico • Canetas

• Recipientes de medida com tamanhos variados • Dispositivos para colheita de eliminados • Luvas irrecuperáveis

INTERVENÇÕES DE ENFERMAGEM