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Capítulo 2 – A QUALIDADE DO ENSINO SUPERIOR NO CONTEXTO

2.3 Contribuição do Ensino Superior para o Desenvolvimento

As Instituições de Ensino Superior desempenham um papel crucial no apoio às estratégias de crescimento económico baseadas no conhecimento e na construção das

sociedades com forte coesão social e no desenvolvimento sustentável28. O ensino superior contribui para a melhoria do regime institucional mediante a formação de profissionais competentes e responsáveis que, se requerem para uma sólida gestão da economia e do sector público. As suas actividades académicas e de investigação fornecem um apoio crucial ao sistema nacional de inovação. Para além disso, as Instituições de Ensino Superior muitas vezes constituem o eixo da infra-estrutura de informação de um país, no seu papel de depositárias e condutoras de informação (através de bibliotecas e similares), sistemas anfitriões de redes de computação e fornecedoras de acesso à Internet. Assim, as normas, os valores, as atitudes e a ética que incutam nos estudantes destas instituições, são o cimento do capital social indispensável para construir sociedades civis sólidas e culturas articuladas e o desenvolvimento humano em função de um bom ambiente familiar, social, cultural e ambiental.

Com o objectivo de cumprir com êxito as suas funções no que se refere à educação, à investigação e à informação no século XXI, as Instituições de Ensino Superior têm que ser capazes de responder às necessidades de mudança do ensino e da formação, de se adaptarem a um panorama de ensino superior dinâmico e de adoptar modalidades mais flexíveis de organização e funcionamento.

Os desafios colocados são muitos e as Instituições de Ensino Superior devem responder à procura multifacetada que enfrentam, incluindo a necessidade de um esquema de ensino de aprendizagem contínua. Actualmente, estão a surgir novos tipos de Instituições de Ensino Superior no contexto de um mercado sem fronteiras, pelo que as instituições estão a transformar-se para responder às necessidades educativas em constante evolução, perante novas exigências e recorrendo às novas tecnologias de informação e comunicação.

Verifica-se uma alteração das necessidades educativas e de competências, podendo-se destacar, segundo Gardner (2002), três actividades gerais realizadas pelas Instituições de Ensino Superior que ajudam a estruturar as sociedades baseadas no conhecimento:

28 O desenvolvimento sustentável é um conceito antropocêntrico referência, completado por aspectos sociais, educacionais, culturais, políticos e ético-morais, que dão sentido a longo prazo, em conjunto com o desenvolvimento humano, a uma perspectiva de continuidade sustentada. Considera-se que o desenvolvimento, a partir de um ponto crítico, pressupõe um crescimento sobretudo em qualidade, em conhecimento, em sabedoria e não simplesmente em termos económicos e materiais. O conceito «antropocêntrico» refere-se a um sistema filosófico, pelo qual o Homem é o centro do Universo (Grande Dicionário da Língua Portuguesa, 2002).

• O apoio à inovação mediante a produção de conhecimento, acesso a bases mundiais de conhecimento e adaptação do conhecimento;

• A contribuição para a formação de capital humano qualificado e adaptável de alto nível, incluindo os investigadores, profissionais, técnicos, professores do ensino básico e secundário e futuros dirigentes governamentais, da administração pública e de organizações empresariais (empresas);

• A contribuição para a coesão social.

Isto inclui a análise da nova procura que os mercados mundiais e as tecnologias emergentes colocam ao ensino superior, assim como a forma como estão a responder os sistemas de ensino superior. Assim, existe um conjunto de aspectos, a ter em conta. Gardner (2002) refere os seguintes:

• O Sistema Nacional de Inovação • A formação de Capital Humano • A aprendizagem Contínua

• O reconhecimento Internacional de Graus Académicos • A coesão social

a) O Sistema nacional de inovação

O conhecimento em si mesmo não transforma as economias, como tampouco há garantia alguma de rendimentos positivos sobre os investimentos em investigação e desenvolvimento ou outros produtos da educação superior. Numerosos países, incluindo alguns de grande dimensão como o Brasil, Índia e algumas Repúblicas do ex-bloco soviético, investiram grandes somas no desenvolvimento de capacidades no campo da ciência e da tecnologia sem colher dividendos significativos no campo económico. Isto mostra que o conhecimento científico e tecnológico produz os seus maiores benefícios, quando se utiliza como parte de um sistema complexo de instituições e práticas, conhecido como sistema nacional de inovação.

Este sistema é uma rede composta pelos seguintes elementos conforme é referido pelo World Bank (1999a):

• Organizações produtoras de conhecimento do sistema de ensino;

• Um marco macroeconómico e regulamentar apropriado incluindo as políticas comerciais que afectam a difusão da tecnologia;

• Organizações inovadoras e redes de empresas; infra-estruturas de comunicação adequadas;

• Outros factores como o acesso à base de conhecimentos global e certas condições de mercado que favoreçam a inovação.

Neste contexto figuram de modo relevante os sistemas de ensino superior, que servem não só como estrutura central de competências de alto nível, mas também, como rede de base para partilhar a informação.

As Instituições de Ensino Superior constituem os centros principais de investigação tanto pura como aplicada. Por várias razões é importante manter programas avançados de formação e investigação ao nível das pós-graduações (Furman, Porter & Stern, 2002). Os programas de pós-graduação são essenciais para capacitar os docentes do ensino superior e melhorar a qualidade do ensino superior, não só o actual, como o das futuras gerações. Inovar significa experimentar, correr o risco de não ser bem sucedido; competir é expor-se ao risco de perder (Machado, 2005).

Foi fundada em 25 de Outubro de 1999, em Paris, uma rede mundial para a inovação do ensino superior à escala internacional a, Global University Network for

innovation (GUNI), resultante de um acordo de colaboração entre a UNESCO, a

Universidade das Nações Unidas (The United Nations University - UNU) e a Cátedra UNESCO de Gestão da Educação Superior da Universidade Politécnica da Catalunha29, ao qual aderiram as cinco redes regionais do mundo (Ásia, América Latina, África, Países Árabes e Europa e os países da OCDE) que trabalham já neste âmbito em conjunto com a UNESCO30.

A GUNI tem como finalidade o desenvolvimento de uma rede para a inovação e o estudo do ensino superior à escala internacional. Esta actuação está estreitamente ligada à implementação das resoluções da Conferência Mundial sobre a Educação

29 Este acordo contempla que o Secretariado da Rede Mundial para a inovação do Ensino Superior se situe na Universidade Politécnica da Catalunha nos próximos anos.

Superior31 e ao estabelecimento do Fórum da UNESCO/UNU sobre Educação Superior. O desenvolvimento desta rede mundial, permite efectuar a análise do estado do ensino superior nas diversas regiões do mundo, aprofundar em diversos âmbitos de estudo sobre a realidade do ensino superior e impulsionar os acordos derivados da Conferência Mundial. Esta rede assenta nos seguintes princípios:

• A educação, a formação superior e profissional, e a promoção da investigação são condições prévias necessárias para o desenvolvimento de qualquer país;

• Os recursos humanos desempenham um papel principal no desenvolvimento socioeconómico e cultural;

• A cooperação inter-universitária e de outras Instituições de Ensino Superior procura estabelecer vínculos entre as Instituições de Ensino Superior e as de investigação baseados principalmente no intercâmbio de conhecimentos; • Qualquer cooperação deverá estar baseada num desejo de promover o

desenvolvimento da universidade social (e demais Instituições de Ensino Superior) de acordo com os seus próprios objectivos.

A GUNI dispõe de um observatório de boas práticas, cujo principal objectivo é o de identificar boas práticas universitárias e pô-las à disposição da comunidade universitária e do ensino superior em geral para melhorar a tomada de decisões, tanto para os responsáveis pela definição de políticas como para aqueles que as concretizam na prática.

Em Portugal, foi criada a Agência de Inovação, S.A. (Adi)32 que pretende dinamizar a investigação e desenvolvimento (I&D) aplicada e a inovação funcionando como ponte entre as instituições de I&D e as empresas numa perspectiva de articulação entre a inovação e a internacionalização33. Promover a inovação e o desenvolvimento

31 Que teve lugar em Paris em Outubro de 1998, como já foi referido anteriormente, e à qual assistiram mais de 2 000 Instituições de Ensino Superior e a maioria dos estados no mundo.

32 A Agência de Inovação, S.A. (Adi) tem o seu capital subscrito em partes iguais pelo Ministério da Ciência, Tecnologia e Ensino Superior, através da FCT - Fundação para a Ciência e Tecnologia (50%), e pelo Ministério da Economia e da Inovação, através do IAPMEI (17%) e da PME - Investimentos (33%) (Agência de Inovação, s/d). 33 Trabalhando em rede com vários departamentos da Administração, centros tecnológicos, associações empresariais e outros actores do sistema de C&T, em território nacional, a AdI prossegue também uma política de incentivo à

tecnológico facilitando o aprofundamento das relações entre o mundo da investigação e o tecido empresarial português é o objectivo central da Agência de Inovação34 (Agência de Inovação, s/d).

b) Formação de capital humano

Um novo marco de desenvolvimento que apoie o desenvolvimento baseado no conhecimento exige sistemas de educação, aos quais tenham acesso um maior número de pessoas. É necessário que estes sistemas ministrem capacidades ao mais alto nível a uma proporção maior da força de trabalho, fomentem a aprendizagem contínua dos cidadãos, com ênfase na criatividade e na flexibilidade, para permitir a constante adaptação à procura em mudança de uma economia baseada no conhecimento, e promover o reconhecimento internacional dos graus académicos outorgados pelo país.

As economias baseadas no conhecimento exigem uma força de trabalho com qualificações superiores. Nos países da OCDE, estão a aumentar tanto a proporção de colaboradores com formação superior como as taxas de rendimento da educação superior. Nestes países, industrializados, segundo o World Bank (1999a), a proporção de adultos com formação superior praticamente duplicou entre 1975 e 2000, cujos valores passaram de 22% para 41% e a procura continua a ser cada vez maior. Por exemplo, o Canadá, o Reino Unido e os Estados Unidos registam uma procura crescente de jovens trabalhadores com formação superior. Também, as taxas de evolução do ensino superior em vários países da América Latina (economias em desenvolvimento) confirmam esta tendência, Argentina, Brasil e México cresceram significativamente no final dos anos oitenta e nos anos noventa do século XX, o que representa uma alteração significativa das tendências dos anos setenta e início da década de oitenta do século referido.

A procura cada vez maior de mão-de-obra altamente qualificada não só afecta as remunerações, como também as oportunidades de emprego.

34 Os objectivos da Agência de Inovação: apoiar a inovação de base tecnológica; estimular a interligação das empresas com as instituições de I&D; incentivar a valorização dos resultados de I&D, nomeadamente através da criação de novas empresas de base tecnológica; promover a inserção de Recursos Humanos altamente qualificados (Mestres e Doutores) nas empresas; promover a divulgação e a transferência de tecnologia; contribuir para melhorar a imagem internacional do país. A Adi gere um conjunto de programas de incentivo ao desenvolvimento tecnológico e à inovação financiados através dos Programas Operacionais PRIME (Programa de Incentivos à Modernização da Economia), POCI 2010 (Programa Operacional Ciência e Inovação 2010) e POS_C (Programa Operacional Sociedade do Conhecimento) que têm como beneficiários as empresas e demais organizações do Sistema de Científico e Tecnológico Nacional (Agência de Inovação, s/d).

c) Aprendizagem contínua

A segunda dimensão da mudança, no que concerne às necessidades de educação e qualificação, é a «vida útil» do conhecimento35, de qualificações e das ocupações e, por conseguinte, a crescente importância da educação contínua (aprendizagem ao longo da vida) e da actualização periódica dos conhecimentos e qualificações individuais; é necessário passar de um modelo de aprendizagem tradicional para um modelo de aprendizagem ao longo da vida (World Bank, 2003a). Nos países da OCDE, a abordagem tradicional de estudar durante um período determinado e finito para adquirir um grau pós-secundário, um primeiro grau de ensino superior ou para realizar estudos de pós-graduação antes de ingressar no mercado de trabalho, está a ser progressivamente substituído por um modelo de ensino ao longo da vida, pretendendo- se deste modo que voltem às aulas do ensino superior para adquirir, aprender a utilizar e refrescar os conhecimentos que necessitam para a vida laboral, como consequência, tanto, do acelerado progresso científico e tecnológico, como, por força da necessidade de integração entre as ciências puras e das humanidades. Por exemplo, a Universidade de Coimbra através da Faculdade de Ciências e Tecnologia oferece os Mestrados de Formação ao Longo da Vida (2.º Ciclo) (Ciências da terra ciências da vida, Construção metálica e mista, Dinâmicas sociais e riscos naturais e tecnológicos, Engenharia de software, Estruturas de engenharia civil, Informática e projecto de software, Métodos quantitativos em finanças, Segurança aos incêndios urbanos) e os Mestrados de Continuidade (2.º Ciclo) (Antropologia Social e Cultural, Biologia, Bioquímica, Design e Multimédia Conservação e Restauro, Engenharia de Materiais, Engenharia e Gestão Industrial, Engenharia Física, Engenharia Geográfica, Engenharia Geológica e de Minas, Engenharia Informática, Evolução e Biologia Humanas, Física, Geociências, Matemática, Tecnologias de Informação Visual Química)36.

As Instituições de Ensino Superior terão de se organizar de maneira que se possam adaptar às necessidades de aprendizagem e qualificação de públicos mais diversos, como sejam: os trabalhadores-estudantes, as pessoas mais velhas, os que estudam em casa, os que viajam, os que estudam a tempo parcial, os que estudam à

35 Segundo Monereo & Pozo (2003) boa parte dos saberes que se ensinam, tal como os iogurtes, tem uma data de caducidade, mais ou menos próxima, pelo que se deve incutir nos estudantes uma perspectiva da necessidade de

noite, os que estudam de dia, os que estudam ao fim de semana e outros casos. Estão a surgir novos padrões de procura de acordo com vários interesses, incluindo os novos perfis profissionais para o mercado laboral.

d) Reconhecimento internacional de graus académicos

A terceira dimensão da mudança no modelo de procura de formação é o atractivo crescente de títulos e diplomas reconhecidos internacionalmente37. Numa economia global, em que as organizações empresariais produzem para mercados internacionais e as que produzem para os seus mercados internos, existe uma crescente procura de graus internacionalmente reconhecidos, como por exemplo nos campos relacionados com a gestão e administração de empresas. Houve casos de Instituições de Ensino Superior que identificaram e aproveitaram esta tendência tendo criado programas de MBA em todo o mundo. O World Bank (2002) refere o caso recente a nível internacional, da iniciativa adoptada pela Universidade de Singapura ao estabelecer um programa conjunto de mestrado em engenharia com o Massachusetts

Institute of Technology (MIT). Estudantes de ambas as instituições de ensino assistem a

conferências sejam no MIT ou na Universidade de Singapura, socorrendo-se de teleconferências através do sistema de banda larga de alta velocidade38 em combinação com a rede de investigação de alta velocidade de Singapura. Em Portugal, o Programa Doutoral em Sistemas Sustentáveis de Energia, do Instituto Superior Técnico (IST)39, inclui a participação do Massachussets Institute of Technology (MIT) no âmbito do Programa MIT-Portugal40.

e) Coesão social

A adaptação ao ambiente em mudança não se limita só a reorganizar as Instituições de Ensino Superior e a recorrer ao uso de novas tecnologias. É igualmente crucial incutir nos estudantes os valores básicos que se requerem para viver como cidadãos responsáveis em sociedades complexas; a moderna teoria da complexidade

37 Segundo Fernandes (2005), o director executivo da Comissão Cultural Luso-Americana Fulbright, alertou, para a existência de professores a leccionar no ensino superior (e põe-se a questão, se é verdade, se não é extensivo a outros sectores de actividade e o que será nos países em desenvolvimento) com falsos diplomas académicos -onde as instituições de ensino, por ignorância, acreditam na validade dos diplomas apresentados, comprados a empresas norte-americanas como por exemplo a «DiplomaServices.com™, https://www.diplomaservices.com/» (que se dedicam a vender diplomas -não faltando compradores - utilizando designações muito semelhantes às de instituições dignas de crédito como a Harvard University, Oxford University, University of Ottawa, etc.).

38 VBNS sigla em inglês.

39 IST, Programa Doutoral em Sistemas Sustentáveis de Energia, https://fenix.ist.utl.pt/cursos/dsse, 2008-11-11. 40 MITPortugal, http://www.mitportugal.org/index.php, 2008-11-11.

mostra que estamos inseridos em sistemas instáveis, em equilíbrio precário, governados por leis probabilísticas, onde variações relativamente pequenas podem provocar uma longa cadeia de reacções imprevisíveis (Domingo, 2004). Uma educação coerente para o século XXI deve estimular todos os aspectos do potencial intelectual humano. Não deve ser dado só ênfase no acesso ao conhecimento global em matéria de ciência e gestão, mas também, reforçar a riqueza das culturas e valores locais, com o apoio das disciplinas valiosas das humanidades e das ciências sociais, incluindo a filosofia, a literatura e as artes.

O ensino superior tem muitos propósitos, para além de competências concretas que preparam o estudante para o mercado de trabalho. Também pretende desenvolver a capacidade individual de raciocinar, sistematicamente, acerca de questões e problemas cruciais, localizar os factos num contexto mais amplo, considerar as implicações morais das acções e alternativas, comunicar efectivamente o conhecimento e os assuntos importantes e adquirir hábitos que promovam a partilha de aprendizagem contínua fora do ambiente académico formal (World Bank, 2002).

No campo do ensino superior, é importante que a exploração e os argumentos intelectuais ocorram num ambiente de boa educação e cortesia. Ainda que, a investigação individual e a pesquisa seja, em muitos casos, uma actividade solitária, as actividades em aulas e as que exigem colaboração ajudam a enriquecer a capacidade social e a desenvolver a tendência para um comportamento adequado. As instituições, relações e normas que surgem do ensino superior incidem de maneira definitiva na qualidade das interacções de uma sociedade, que ao mesmo tempo pretende o desenvolvimento económico, social e político. As Instituições de Ensino Superior são o ponto de confluência da cooperação social, que pode fomentar a formação de redes fortes e estimular a actividade de voluntariado, para além de promover a aprendizagem e a inovação extracurriculares, e também, para cimentar uma sociedade justa (Ritzen & Woolcock, 2000). O conselho da União Europeia sublinha o duplo papel – social e económico – dos sistemas de educação e de formação. Com efeito, são factores determinantes para o potencial de excelência, inovação e competitividade de cada país. Simultaneamente, são parte integrante da dimensão social, porque transmitem valores como a solidariedade, a igualdade de oportunidades e a participação social, além de

de vida geral. É necessário garantir a aquisição e actualização permanente dos conhecimentos, aptidões e competências de todos os cidadãos através de uma aprendizagem ao longo da vida, e considerar as necessidades específicas dos cidadãos em risco de exclusão social. Tal contribuirá para o crescimento do emprego e da economia, e reforçará ao mesmo tempo a coesão social.