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2. FUNÇÃO SOCIAL DA PROPRIEDADE

2.2 PROPRIEDADE

2.2.2 Coordenação

A Teoria da Barganha (item 2.2.3.1) é o principal motivo para a existência dos direitos de propriedade com vistas ao desenvolvimento econômico de uma sociedade, mas, antes mesmo de se discutir os benefícios provenientes das trocas consensuais, é basilar o entendi- mento de que a propriedade é um dos direitos necessários para se evitar sociedades vivendo no Estado de Natureza. Entretanto, mesmo num arranjo social em que, deliberadamente, não se almeje esse tipo de avanço (desenvolvimento econômico), esse instrumento tecnológico (propriedade) é utilizado para resolver problemas atrelados às características dos recursos. Por isso, após a conceituação do instituto, é preciso apresentar os problemas oriundos da (falta de) coordenação na administração de bens escassos.

Dividindo os esclarecimentos sobre a função da propriedade em partes, é interessante começar pelo comportamento racional30, elemento que, juntamente com as consequências sociais – aparentemente irracionais – das atitudes individuais desses agentes, constitui um dos pontos fulcrais para o estudo dos recursos escassos. Nomeia-se coordenação algo que, numa análise perfunctória, poderia ser chamado de gestão, não fosse uma pequena diferença: a co-

30 Os agentes, na média, agem como se calculassem os custos e os benefícios envolvidos em cada alternativa, para, ao final, majorar seu próprio nível de bem-estar.

ordenação, ou a falta de coordenação, refere-se ao comportamento dos agentes envolvidos nas relações entre estes; enquanto a gestão, realizada por estes mesmos indivíduos, incide sobre os recursos escassos. Assim sendo, não é possível gerir aquilo que é de todos e que, por isso mesmo, não tem dono, pois a gestão sobre os bens é uma das características básicas da propri- edade. O problema é que, na ausência de regras de propriedade, os agentes se comportam de acordo com seus incentivos individuais, sem coordenação entre eles, causando consequências que nenhuma das partes envolvidas desejaria. Na prática, é como se os agentes desconsideras- sem a existência das demais partes, atuando como se fossem os únicos a desfrutar de um re- curso que, na visão de outros indivíduos (que também agem como se desconhecessem a ne- cessidade de uso do bem por outrem), pode também ser explorado ao máximo, e assim, suces- sivamente – se todos podem fazer tudo, ao término dos recursos, ninguém poderá fazer qual- quer coisa que seja com esses bens.

No que tange ao seu papel na maximização do bem-estar da sociedade, a propriedade é uma tecnologia criada, quase intuitivamente, para solucionar problemas técnicos de (falta de) coordenação entre agentes com relação ao uso de recursos escassos. Quando se diz que se trata de uma solução “quase” intuitiva, a intenção aqui é a de afastar uma concepção de natu- ralismo do conceito de propriedade, já que este instituto, o da propriedade, não é uma criação da natureza, tampouco de qualquer divindade que seja. Para entender que os homens, em so- ciedade, realizam, ainda que de maneira intuitiva, análises marginais (de custo-benefício) du- rante a determinação daquilo que deve, ou não, ser objeto de apropriação, é necessário apre- sentar as ideias expostas por Demsetz (1967).

Em seu famoso “Toward a Theory of Property Rights”, Demsetz (1967) compara duas tribos indígenas do norte das Américas e suas relações de propriedade com determinados re- cursos. Um desses grupos, que caçava castores, desenvolveu um sistema de propriedade pri- vada sobre o território de caça destes animais. O outro agrupamento indígena, que explorava búfalos, não institui qualquer espécie de regime de propriedade privada sobre os territórios nos quais estes animais eram encontrados.

No caso da caça aos castores, a exploração da tribo se dava em razão da sua carne para consumo e da pele do animal para proteção contra o frio. Acontece que, em razão da demanda provocada pelo clima da região, a pele desses animais começara a se valorizar no mercado e, por isso, o recurso passou a ser explorado acima da sua capacidade de recuperação. Isso ocor- ria com este recurso (castores) por dois motivos: i) a pele destes animais era perfeita para a

confecção de casacos e, portanto, havia demanda de sobra; e, ainda, ii) os castores são animais que ocupam os mesmos territórios à margem de riachos e, portanto, é fácil encontrá-los (baixo custo de delimitação). Assim, na análise de Demsetz (1967), em razão dessas duas caracterís- ticas do recurso, para evitar o fim da caça aos castores, devido à possível extinção destes roe- dores, os indígenas elaboraram um sistema de marcação de árvores para delimitar seu regime de propriedade privada sobre os territórios de caça dos animais.

Já no caso dos búfalos, que forneciam couro e alimentação para outra tribo em estudo, não havia valorização demasiada da carne ou do couro desses animais e, por isso, não com- pensava cercar as pradarias em que eles viviam (Demsetz, 1967). Analisando-os como recurso disponível, os búfalos apresentavam duas características diametralmente opostas às dos casto- res: i) não havia sobrevalorização de sua pele e, portanto, não há que se falar de demanda ex- cessiva pelo couro do animal; e, para dificultar sua exploração, ii) os búfalos são nômades que percorrem grandes distâncias nas pradarias do norte das Américas e, portanto, abatê-los, ou apreendê-los para o consumo futuro, era um tarefa extremamente custosa para a tribo (alto custo de delimitação).

Em ambos os casos supracitados, segundo Demsetz (1967), os direitos de propriedade se desenvolveram à medida que os ganhos da apropriação privada superavam os custos de se estabelecer um regime de propriedade, e a evolução desse sistema ocorria a partir do momen- to em que as pessoas envolvidas percebiam as vantagens do novo sistema de apropriação pri- vada.

Como demonstração da falta de coordenação dos envolvidos, vale citar o exemplo de sobreutilização do meio ambiente. É praticamente impossível encontrar quem seja favorável à exploração insustentável que a humanidade impõe ao seu próprio habitat, mas, na outra ponta, é igualmente difícil localizar um ser humano sequer – membro da mesma comunidade que explora os recursos naturais ao extremo – que se disponha a abrir mão de seu conforto pós- Revolução Industrial em favor de um benefício maior, que é a manutenção desses recursos para as gerações futuras. Partindo de uma análise comportamental, é essa falta de coordenação entre os agentes uma das causas do problema em estudo. Sob uma análise ainda mais técnica, o problema ambiental enfrenta outro agravante cujo conceito pode ser valioso mais à frente. Trata-se de duas expressões demasiadamente simples – para os contadores, é claro! – que, quando aplicadas aos artigos científicos de AED, são capazes de arrepiar os cabelos dos de- mais leitores: o Valor Presente Líquido (VPL); e, em dependência de aplicação para deter-

minação do primeiro, a Taxa de Desconto. Também conhecido como valor atual líquido, o VPL é determinado por meio da aplicação de uma fórmula matemática desenvolvida para calcular o valor que um pagamento futuro teria no presente, descontando uma taxa de juros (e outros custos) apropriada – a taxa de desconto. Acontece que o VPL pode ser utilizado nas duas vias: tanto para descobrir o valor presente de uma dívida futura quanto para estimar o valor futuro de um ativo atual31.

Retornando à análise do patrimônio ambiental, cômputos bem simples, se adotados sob a ótica de favorecimento das sociedades (atual e futura), como se sugere na doutrina da sustentabilidade, fariam cessar diversas interferências do homem no seu habitat natural origi- nário. No caso da Amazônia brasileira, bastaria usar as fórmulas de VPL para calcular quanto valia, 100 anos atrás, um metro cúbico de madeira nobre e comparar com a projeção de valor do mesmo metro cúbico para o século XXII – isso sem mencionar os benefícios colaterais de se manter a Floresta de pé, como a exploração dos frutos, a manutenção da fauna original, a regulação do microclima etc. O obstáculo fundamental é a taxa de desconto32, que, no caso ambiental é baixa o suficiente para projetar os ganhos muito à frente do que a sociedade atual, representada pelos seus tomadores de decisão ou não, pode enxergar. Avaliando-se em longo prazo, é muito óbvio que manter a Floresta de pé é um excelente negócio33. Contudo, os bene- fícios de manutenção dos recursos atuais, apesar de matematicamente óbvios, não serão usu- fruídos por esta sociedade, já que, em função da baixa taxa de desconto, tais ganhos só ocorre- riam em décadas, talvez em séculos. Por isso, a sociedade atual prefere auferir os ganhos (in- feriores) provenientes da exploração imediata da Floresta a poupar recursos (que seriam muito mais valiosos se usados por seus descendentes) para a mesma sociedade no futuro. É a influ- ência da assimetria cognitiva dos agentes em trazer os benefícios futuros da conservação dos recursos existentes para o presente.

31 E essa é a maior relação do VPL com a PI, pois o conceito de Valor Presente Líquido é uma das alternativas de valoração de ativos intangíveis – tanto para descobrir quanto se gastou no processo de Pesquisa & Desenvol- vimento quanto para estimar o valor futuro de uma determinada tecnologia, por exemplo.

32 Ao utilizar o exemplo ambiental para esclarecer o significado do termo, Pindyck & L.Rubinfeld (2010) ado- tam a “taxa de desconto social” por se tratar de um cálculo que envolve toda a sociedade. Contudo, para os fins deste trabalho, esta expressão não será adotada, uma vez que a taxa de desconto é apenas parte da explicação do conceito que realmente precisa ser delimitado Valor Presente Líquido.

33 Tanto o é que, hoje, pelo fato de que o Brasil não ter conseguido derrubá-la em cinco séculos de tentativas – e não se pode negar que sobraram empreitadas nesse sentido – seria possível avaliá-la em patamares superiores a toda reserva mineral do País. Seria possível, não fosse a dificuldade do Governo em fazê-lo, apesar das tentativas e dos projetos do Ministério do Meio Ambiente (MMA) nesse sentido (BRASIL, 2013).

De volta aos obstáculos de coordenação, em razão da possibilidade de acesso ilimitado de múltiplos agentes a recursos escassos, ou melhor, devido à falta de coordenação daqueles na utilização destes, ocorre a sobre-exploração, ou sobreutilização, que é a exploração dema- siada (acima dos níveis de reposição) de um determinado bem. O problema da exploração de recursos acima dos níveis sustentáveis foi apresentado inicialmente por Gordon (1954), no seu estudo de uma teoria de propriedade comum, ou baldia, aplicada a cardumes. De acordo com essa teoria de recursos comuns34, como os pescadores gozavam de direitos ilimitados para explorar os cardumes, havia uma utilização destes recursos acima do nível de reposição natu- ral dos peixes. O resultado da soma de comportamentos racionais (se individualmente consi- derados), sem coordenação entre os agentes35, não poderia ser diferente da extinção dos car- dumes por sobre-exploração, mesmo que nenhum dos pescadores envolvidos almejasse tal tragédia, e a solução para este problema, na avaliação do autor, poderia ser o estabelecimento de propriedade privada sobre os recursos pesqueiros.

Mais tarde, o também biólogo Garrett Hardin (1968) reapresentou o problema relativo ao livre acesso36 a recursos escassos em seu célebre “The Tragedy of the Commons”. No es- tudo sobre o livre acesso a terrenos comuns – ou baldios, na tradução de Araújo (2008), que parece mais adequada à língua portuguesa – para pastagem de gado (recurso comum), o pro- blema identificado por Hardin (1968) é que, sendo o pasto aberto a todos os usuários que queiram utilizá-lo (livre acesso), é razoável supor que cada criador colocará nesse terreno quantas cabeças de gado conseguir. É novamente plausível imaginar que outros vaqueiros que tenham franco ingresso no mesmo terreno, recurso comum, farão o mesmo. Enquanto a co- munidade de criadores de gado é pequena, essa configuração pode ser sustentável. Entretanto, alcançada a estabilidade social (mediante a redução de guerras e doenças, conforme o exem- plo do autor), o número de pessoas, incluindo o de vaqueiros, tenderá a crescer e, na mesma medida, o número de reses, também. Assim sendo, na situação exposta por Hardin (1968),

34 Essa discussão se insere dentro da histórica tentativa de distinguir entre bens públicos, mais eficientemente oferecidos pelo Estado, e bens privados, mais eficientemente oferecidos pela iniciativa privada.

35 A coordenação ou cooperação entre os agentes é possível, mas, de acordo com o exemplo dos recursos pes- queiros, essa possibilidade decresce à proporção que a quantidade de pescadores de determinada região aumenta. E, nos casos apresentados neste estudo, para dar ênfase ao problema oriundo da falta de coordenação, tal possibi- lidade de cooperação será afastada.

36 Como bem lembrado por Gico Jr. (2012, p. 103), não existe propriedade sobre bens de livre acesso, enquanto, por outro lado, existe propriedade sobre bens em condomínio; e um recurso comum pode, ou não, ser dotado de livre acesso. Ainda segundo o autor, um bem pode ser público – no sentido de pertencer ao Estado – e, ainda assim, estar sobre o regime de propriedade privada, pertencendo a um ente específico. Nesse caso, do ponto de vista econômico, o regime de propriedade do bem é privado, pois ele pertence a um ente específico da República e não pode ser utilizado por ninguém sem autorização do proprietário.

cada criador de gado é um ser racional e, na defesa dos seus próprios interesses, no momento de decidir por acrescentar, ou não, mais uma rês ao pasto baldio, ele avaliará seus custos e seus benefícios, desconsiderando as vantagens e, principalmente, as desvantagens infringidas aos demais criadores.

A tragédia dos baldios pode também ser resumida como uma análise de custos e be- nefícios individuais (que não são compartilhados), somada à mesma análise social, na qual custos e benefícios são compartilhados com o restante da sociedade. Por isso, esse problema de coordenação entre os agentes está intimamente ligado às externalidades, que, por sua vez, são ações de um agente, as quais afetam outro(s) agente(s), mas são desconsideradas na formação do preço de mercado37 do produto ofertado pelo primeiro, e que podem ser tanto positivas, relacionadas a benefícios, quanto negativas, relacionadas a custos (Pindyck & L.Rubinfeld, 2010).

Trazendo o conceito de externalidades para o exemplo de Hardin (1968), o problema fundamental é que o terreno baldio tem uma capacidade limitada de pastagem e, por isso, há uma quantidade máxima de cabeças de gado que podem “frequentá-lo”. Se inserida uma rês acima desse limite, o pasto não se recuperará e, numa tragédia anunciada, transformar-se-á em um recurso esgotado, inútil a todos vaqueiros. Se cada um contivesse sua exploração do terre- no baldio, por meio de uma coordenação entre os agentes, por exemplo, todos os criadores de gado estariam em melhores condições. Contudo, um vaqueiro não pode garantir que, ao coo- perar, limitando a entrada de suas próprias reses, os demais criadores farão o mesmo. O resul- tado desse jogo calamitoso é que a estratégia dominante de cada vaqueiro será sempre a de

37 O preço de mercado (ou de equilíbrio) de determinado bem representa o preço que se forma no mercado e que compatibiliza os interesses dos consumidores (demanda) e dos fornecedores (oferta). Apesar de não caber neste estudo, em função de sua pouca relação com a formação de preços, quando, na oferta de um produto qualquer, as externalidades não são consideradas pelos produtores porque não precisam ser assumidas por estes, há uma ten- dência de alteração (para cima) da quantidade ofertada. Numa de suas aulas sobre o tema, o Professor Ivo Tei- xeira Gico Jr., da Pós-Graduação em Direito desta Universidade, costuma mencionar o exemplo de uma fábrica de chinelos que, como subproduto de sua ação produtiva, despeja contaminantes químicos (externalidade negati- va) em um rio que passa ao largo de sua planta industrial, afetando outros agentes que vivem às margens do mesmo curso d’água. No exemplo do Professor Ivo, a fábrica de chinelos não assume todos os custos de produ- ção, já que ela divide a contaminação química do rio com os demais ribeirinhos, compartilhando as externalidade negativas, mas aufere todos os benefícios advindos da venda dos seus produtos. Isso causa um desequilíbrio na relação entre demanda e oferta, pois, como não internaliza todos os custos (incluindo-se a poluição do rio em questão), a fábrica faz uma análise equivocada de preços e, em consequência de um custo unitário aparentemente mais baixo, oferece ao mercado mais chinelos do que seria socialmente necessário – ou eficiente, diriam os eco- nomistas. Ainda em avaliação do exemplo, na formação do custo de produção de cada chinelo (custo marginal), a fábrica deveria considerar as externalidades negativas inerentes ao caso, fazendo com que o preço final de cada chinelo subisse e, numa relação entre demanda e oferta, baixasse a quantidade de pessoas dispostas a pagar pelo seu produto.

colocar mais um animal no terreno baldio, pois o custo adicional dessa rês é compartilhado com os demais criadores – ou externalizado, na linguagem dos economistas –, mas o benefí- cio suplementar de se inserir mais uma cabeça de gado não é repartido, sendo totalmente a- preendido – ou, de volta ao economês, internalizado – pelo vaqueiro que colocou a última rês no terreno.

Seja na teoria econômica sobre a propriedade comum dos cardumes de Gordon (1954), seja na metáfora dos terrenos baldios de Hardin (1968), o problema é o mesmo: como o bene- fício individual da sobreutilização é superior ao custo individual de fazê-lo, já que as externa- lidades negativas provenientes da sobre-exploração são compartilhadas, a estratégia dominan- te de cada agente é não cooperar com os demais, explorando os recursos comuns ao máximo. Instala-se a tragédia dos baldios (Gico Jr., 2012, p. 97). Em razão da retenção individual dos benefícios e da divisão dos custos com os demais membros da comunidade, os indivíduos, agindo de forma absolutamente racional, estariam destinados a destruir os recursos comuns aos quais têm acesso, ainda que esse não fosse o objetivo de nenhum dos agentes. E, descon- siderando as hipóteses de comportamento cooperativo dos agentes e de controle governamen- tal, em termos de arranjos institucionais possíveis, uma das soluções razoáveis para essa tra- gédia dos baldios seria o estabelecimento de um sistema de propriedade privada, tanto para os cardumes de Gordon (1954) quanto para as pastagens de Hardin (1968).

Se, para os autores que estudaram a tragédia dos baldios, os sistemas de propriedade surgem como uma das possíveis soluções para a sobre-exploração e para o subinvestimento, para Demsetz (1967), os direitos de propriedade emergiam como uma resposta aos desejos dos agentes envolvidos na exploração dos recursos. Através da análise comparada de dois casos de recursos escassos, castores e búfalos, de acordo com as características específicas de cada recurso, o autor buscou demostrar que um regime de propriedade surge, ou deixa de sur- gir, à proporção que os benefícios do estabelecimento de tal sistema superam os custos envol- vidos na apropriação privada.

Com base nos problemas e sugestões apresentados pelos autores que se dedicaram ao tema da (falta de) coordenação, é possível começar a avaliação do papel que um sistema de apropriação privada exerce numa sociedade.

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