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5.1. Apresentação da alternativa

5.2.1. Cortes, elevações e detalhes

A Figura 24 abaixo, representa a planta baixa do projeto da cozinha desenvolvida, toda ela cotada com a medida padrão em milímetros.

Figura 24 – Planta Baixa Cotada

Fonte: Autora

Na imagem apresentada anteriormente, observa-se que a profundidade dos armários superiores é de 0,42m, esta profundidade foi escolhida pois a mesma permite que qualquer pessoa utilize a bancada de trabalho, sem que haja impacto da cabeça do usuário com o armário superior. Já a profundidade da bancada inferior é de 0,58m, pois é a dimensão mínima permitida para bancadas inferiores, e se tratando de um projeto com dimensões pequenas, as menores medidas devem ser levadas em consideração. E para circulação está disposto um espaço de 1,02m. A figura 25 que segue abaixo traz informações das cotas de todos os móveis do projeto, que teve a opção de layout de cozinha em Linha, escolhida, devido as condições mínimas de dimensões permitidas pelo Código de Obras e Edificações da cidade de Caruaru. Informando altura e largura dos mesmos, e também as dimensões da bancada e o espaçamento disponível para geladeira.

Figura 25 – Layout cotado da cozinha

Fonte: Autora

Para o projeto do ambiente elaborado, se fez o uso de todas as paredes com revestimentos cerâmicos pastilhas brancas (para fácil limpeza e manutenção, além da cor branca aumentar e clarear visualmente um ambiente), salvo o revestimento escolhido para o local de preparo de alimentos, este foi utilizado um ladrilho hidráulico pois o mesmo possui textura visual, diferenciando-se em figura-fundo dos demais elementos como (bancada da pia, fogão, silestone, entre outros). O projeto tem como revestimento do piso uma opção mais aconselhável para o uso de uma pessoa idosa, um porcelanato ou cerâmica antiderrapante na qual não apresente muito brilho e possua textura, pois quanto mais liso e brilhante for o revestimento mais escorregadio e derrapante ele é;

A imagem apresenta as dimensões de cada móvel. Na parte inferior do móvel, se utilizou gavetões ao invés de armários com porta de giro, pois o gavetão, ao ser puxado, mostra o seu conteúdo interno, sem se fazer necessário que o idoso se abaixe para visualizar o que tem dentro, assim como faz com um armário. As cores

escolhidas para os gavetões e gavetas da parte inferior foram amarelo e branco, estas alternando suas cores para diferenciar uma gaveta da outra. Todos os gavetões tem corrediças telescópica anti-impacto, para evitar que o usuário tenha dificuldade em sua utilização, o mesmo possui perfil alumínio embutido em sua frente, com a função de um puxador, foi escolhida esta opção ao invés de um puxador convencional, pois o puxador comum ao ser colocado na frente de uma gaveta fica sacando para fora, tornando-se um obstáculo onde o idoso que pode, por exemplo, esbarrar e machucar-se. Para a bancada foi escolhido material silestone, embora seja uma opção um pouco mais cara, esta apresenta uma gama de variações para escolha, e a cor vermelha, além de se diferenciar dos móveis e ladrilho hidráulico promove harmonização estética. O ladrilho foi escolhido para diferenciar a figura fundo, ou seja, o armário da parede, no qual tornou-se um revestimento vintage, remetendo memórias anteriores do usuário.

Na parte superior do projeto se tem dois ninchos com fundo de espelho, esta foi a solução encontrada, pois abaixo de cada um deles está a geladeira e o sugar, impossibilitando assim a opção de se colocar um armário, no qual é sugerido colocar objetos decorativos ou objetos que não se tenha acesso constante. O fundo de espelho foi escolhido, pois tem a capacidade de aumentar visualmente um ambiente. Apresenta também dois armários com portas de vidro estes que estão mais detalhados na Figura 26 a seguir.

Figura 26 – Detalhamento Armário Superior

Fonte: Autora

O armário superior desenvolvido tem como característica principal a de ao abrir suas portas, é possível puxar suas prateleiras internas para baixo, esta ação é possibilitada com a aplicação de corrediças de leve toque nas prateleiras laterais internas. Desta forma o idoso, ao abrir o armário superior não faz a necessidade de utilizar algum banco de apoio para acessa-lo, basta apenas com um leve toque puxar as prateleiras internas para baixo, possibilitando um melhor alcance visual e acessível às mãos.

Visando ainda a melhor utilização do mesmo, se fez o uso das portas de vidro, para ser possível a visualização do conteúdo interno do armário o mesmo estando com as portas fechadas para evitar que, ao fecha-lo, cause algum tipo de impacto no vidro, fazendo-o quebrar e machucar o usuário, se fez o uso de dobradiças de pressão anti-impacto em suas portas.

Também foi desenvolvido o projeto de iluminação adequada para a utilização do usuário em questão (o idoso), como mostra a imagem cotada a seguir (Figura 27):

Figura 27 – Projeto de iluminação

Fonte: Autora

Como foi estudado anteriormente a respeito da iluminação adequada pra uma pessoa idosa, se faz necessário o uso de uma iluminação específica para área de trabalho do balcão. Para a mesma, foi idealizada a disposição de três spots pequenos instalados no teto, com iluminação amarela e direcionada, com as cotas especificadas na imagem acima (Figura 27). Duas luminárias tubulares médias também foram utilizadas para iluminação geral do ambiente em si, estas com as cotas também especificadas na imagem acima

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Conclusões e Considerações Finais

A presente seção tem por finalidade, após todo o estudo, metodologia, referencial teórico e solução encontrada, apresentar as considerações finais abordadas sobre o tema. Suas considerações a respeito da Fundamentação teórica analisada, da Metodologia utilizada, sobre o Código de Obras e Edificações da cidade de Caruaru e sobre o projeto de interior elaborada.

6.1. Conclusão a respeito da fundamentação teórica analisada e da Aplicação da Metodologia utilizada

Podemos concluir que, para a chegada da proposta final, foi importante estudar e compreender diversos alicerces teóricos. Ao começar pelo entendimento dos primórdios das habitações, partindo de como surgiram as primeiras habitações coletivas até a chegada do atual contexto de dimensionamentos mínimos dos espaços. Foi importante estar familiarizado com estes temas para entender como se deu a formação do que hoje entendemos por ambientes reduzidos e suas reais necessidades.

Ao estudar o contexto dos ambientes reduzidos, assim como sua problemática e cenário, foi importante acentuar ainda na primeira seção deste trabalho o ambiente em questão, a cozinha. Analisando suas características históricas, desde sua primeira concepção aos primeiros estudos de cozinha desenvolvidos, ou seja, com a finalidade de observar uma cozinha projetada de acordo com as necessidades que este ambiente requer. Desta forma, foi possível aprofundar-se no problema em questão, entendendo a cozinha nos dias de hoje e suas diferentes formas e variações para saber qual dos layouts estudados melhor se encaixaria em uma cozinha com dimensões mínimas (no caso do projeto apresentado o layout em linha).

Uma grande equívoco dos projetos de interiores tem sido a tentativa de adequar o homem ao espaço elaborado e construído, onde na realidade o inverso é o que se

deve acontecer. Sendo assim, diversas recomendações da antropometria devem ser analisadas e estudadas, para estar a par do que é necessário para o desenvolvimento de um projeto de uma cozinha, quais as dimensões aconselháveis e permitidas para que a mesma torne-se ergonômica, e torne-se segura para qualquer tipo de usuário, em especial uma pessoa idosa.

No que diz respeito ao usuário, conclui-se que o processo de envelhecimento faz parte da vida de qualquer ser humano, ele se inicia no momento em que nasce e só chega ao fim quando este morre. É importante frisar também que o crescimento populacional dos idosos aumenta gradativamente em todo o mundo. Além de haver ainda o aumento da expectativa de vida e a diminuição nas taxas de fecundidade. Buscando conhecer as habilidades e dificuldades físico-emocionais do público em questão, dedicou-se uma seção neste estudo, onde observou-se o idoso, com a finalidade de entender o dia-a-dia, suas necessidades, alterações fisiológicas que surgem com o avanço da idade, provocando limitações físicas que os impedem de realizar atividades que antes eram corriqueiras tornando-se um verdadeiro desafio para este público. Além de ter sido ilustrada situações nas quais uma pessoa idosa faz o uso de uma cozinha, onde se é capaz analisar diversas situações nas quais a saúde do idoso é posta em risco. Com base nisso, comprovou-se a necessidade de adaptar o ambiente doméstico às necessidades dos idosos para evitar estes acidentes e procurar uma solução projetual que anule esses tipos de situações. Também foi importante ressaltar assuntos afins de grande relevância para projetos de interiores como: componentes arquitetônicos (parede, teto, piso), considerações elétricas e hidráulicas para projetos, a especificação e seleção de materiais (onde se busca e especifica os materiais que mais se adequam a proposta desenvolvida), a adequação acústica, seleção e aplicação das cores (onde o designer deve estar a par dos efeitos e características das cores nos ambientes). Foi importante estudar estes pontos para adquirir uma boa e adequada solução projetual, de acordo com as considerações relevantes destes pontos citados anteriormente.

As recomendações para uma cozinha segura foi outro fator essencial nesta fundamentação, e foi de grande importância estudar e destacar-se com a finalidade de estar atento ao realizar um projeto, no qual torne-se seguro para qualquer usuário utilizar, em especial uma pessoa idosa. Partindo das definições, peculiaridades e

limitações, o Design Universal, Usabilidade e Adaptações Projetuais, são outros fatores que se fizeram presentes, onde sua compreensão se fez necessária para tornar um ambiente acessível para todas as pessoas, em especial os idosos, promovendo bem estar e autoindependência.

Quanto as metodologias adotadas, quando se propôs o estudo da cozinha e o design de interiores para idosos, na realidade, buscou-se ter o indivíduo como foco, observando as peculiaridades dessa etapa especial da vida, além observar as características e limitações de um projeto de uma cozinha com as dimensões mínimas permitidas pelo código de obras e edificações da cidade de Caruaru. Foram levantadas várias informações em periódicos, livros e até sindicatos profissionais, a fim de buscar a melhor metodologia que se adequasse para o estudo em questão. Deste modo, com o intuito de se obter uma metodologia de caráter mais completo e abrangente, tomou-se por bem construir um híbrido metodológico resultante das principais metodologias da área, a saber: 1. A metodologia da Associação Brasileira de Design de Interiores e Arquitetura; 2. A metodologia proposta por Miriam Gurgel; e 3. A metodologia de Ching e Binggeli.

Em todas as metodologias estudadas, nota-se um ponto em comum no papel do Design de Interiores, que é o de criar algo que seja funcional e com uma boa estética, a fim de solucionar possíveis problemas existentes no ambiente nos quais de alguma maneira atrapalham o bem estar do usuário. Sendo assim, foi importante unir estas três metodologias, pois cada uma colaborou com sua particularidade, possibilitando um conjunto de procedimentos de abordagem completa e abrangente para realizar o projeto de uma cozinha, afim de promover um bom projeto, funcional, estético e prático.

6.3. Conclusão a respeito do Código de Obras e Edificações identificado e