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2 DESENVOLVIMENTO E O PROCESSO DE GESTÃO NAS ORGANIZAÇÕES RURAIS

2.2 Gestão da propriedade rural

2.2.3 Custos de produção

Para fins de análise econômica, o termo custo significa a compensação que os donos dos fatores de produção, utilizados para produzir determinado bem, devem receber para que eles continuem fornecendo esses fatores à empresa (HOFFMANN et al, 1976). Os princípios econômicos são, no dia-a-dia, utilizados por administradores agrícolas e não-agrícolas no processo de tomada de decisão. Esses conceitos permitem analisar a eficiência da produção de determinada atividade, facilitando a resposta de três questões básicas: O que produzir? Como produzir? E quanto produzir?

Existem certas características que estão presentes nas propriedades rurais que demandam cuidados especiais (HOFFMANN et al, 1976). O administrador de qualquer negócio enfrenta problemas na sua tomada de decisão, mas o administrador rural toma as decisões em um ambiente peculiar único. A mais importante limitação no processo de tomada de decisão são os fatores físicos e biológicos inerentes à atividade agropecuária. Nada pode ser feito para reduzir o período de gestação de uma vaca e, após definir a variedade a ser plantada, pouco se pode fazer para modificar o ciclo de produção.

A agropecuária é mais afetada pelo tempo que a produção de qualquer outro negócio. Apesar de esforços para evitar granizos e induzir a chuva, ainda existe pouco que o produtor pode fazer para influenciar o tempo e seu efeito na produção (SENAR-NA, 2009).

A lucratividade dos produtores e os preços recebidos por eles são fortemente influenciados pelas condições climáticas na área local e em outras áreas do país e do mundo.

As condições climáticas, pragas, doenças e variações de preços são exemplos de fatores que colocam o administrador rural na posição de tomador de decisões em um ambiente de riscos e incertezas maior que a maioria dos outros negócios.

As teorias econômicas ensinam que custo de produção é a soma de todas as despesas feitas como pagamento pela utilização dos recursos usados durante o período de produção de um bem ou serviço (SEBRAE, 2006).

2.2.3.1 Gestão de Custos na visão da Administração

A gestão de custos pode ser considerada como uma forma de processar informações. Recebe os dados, organiza, analisa e faz a interpretação, obtendo com isso a formação de indicadores, os quais irão auxiliar no processo de gestão.

Para Leone (2009), as atividades de coleta e fornecimento de informações são fundamentais para a tomada de decisão de todos os tipos, desde os relacionados com operações repetitivas até as de natureza estratégica, não repetitivas, e ainda, ajuda na formulação das principais políticas da organização.

De acordo com Leone (2009), contabilidade de custos, que colhe dados internos e externos, monetários e não monetários, mas quantitativos, pelo fato de que as responsabilidades são cada vez maiores diante das novas exigências por parte dos administradores. Dessa forma, colher dados, trabalhá-los, combiná-los e produzir informações gerenciais é de alta relevância para a gestão de custos.

a) Definição de custos

Os custos estão inseridos na vida das pessoas desde o seu nascimento, ou mesmo desde a sua vida intrauterina, até a sua morte, uma vez que todos os bens necessários para seu consumo ou a sua utilização têm um custo.

Dutra (2003) afirma que custo é a parcela do gasto que é aplicado na produção ou em qualquer outra função de custo, gasto esse desembolsado ou não. Custo é o valor aceito pelo comprador para adquirir um bem ou é a soma de todos os valores agregados ao bem desde a sua aquisição, até que ele atinja o estágio de comercialização.

De acordo com Martins (2001 apud DUTRA, 2003), custo é um gasto relativo a bem ou serviço utilizado na produção de outros bens e serviços. Segundo Ribeiro (1999), os custos compreendem os gastos com a obtenção de bens e serviços aplicados na produção.

O custo pode ser de fácil entendimento, no entanto pode haver algumas distorções de alguns conceitos, pelo fato de muitas pessoas adquirirem esse conhecimento no contato do dia-a-dia, ocasionando alguns conflitos na diferenciação de alguns conceitos, como custo, preço, receita, gasto, despesa desembolso, perda, doação e investimento.

O gasto é um valor pago ou assumido para obter a propriedade de um bem incluído ou não a elaboração e a comercialização, considerando as diversas quantidades adquiridas, elaboradas ou comercializadas. Podem ocorrer gastos tanto na aquisição de matéria-prima para a produção de um bem como na aquisição de uma obra de arte. Ele se efetiva no momento em que ocorrerá um desembolso futuro (conhecimento da obrigação) ou na redução de um ativo como pagamento (desembolso imediato) (DUTRA,2003).

Para Ribeiro (1999), gasto é o desembolso, à vista ou a prazo, para a obtenção de bens ou serviços, independentemente da sua destinação dentro da empresa.

De acordo com Dutra (2003), despesa é a parcela do gasto que ocorre desligada das atividades de elaboração dos bens e serviços. São os gastos ocorridos durante as operações de comercialização. Ela é representada pelo consumo de bens e serviços em decorrência direta e indireta da obtenção de receitas. Tecnicamente, a parcela ou a totalidade do custo que integra a produção vendida é uma despesa, tenha ela ligação ou não com as atividades de elaboração de bens e serviços.

Martins (1978 apud LEONE, 2009) diz que as despesas são os bens e serviços consumidos direta ou indiretamente para a obtenção das receitas.

Ribeiro (1999, p. 22) afirma que as despesas compreendem os gastos decorrentes do consumo de bens e serviços e da utilização de serviços das áreas administrativa, comercial e financeira, que, direta ou indiretamente, visam à obtenção das receitas. “O desembolso se caracteriza pela entrega de numerários antes, no momento ou depois da ocorrência dos gastos”.

Conforme Dutra (2003), o desembolso é o pagamento de parte ou do total adquirido, elaborado ou comercializado, ou seja, é a parcela ou o todo do gasto que foi pago.

A perda é um gasto involuntário e anormal que ocorre sem intenção de obtenção de receita. Portanto, o gasto normal de matéria-prima excedente no processo produtivo, embora não integre o produto final, é um custo, pois se trata de esforço compreendido com o objetivo de alcançar receitas. Já a matéria-prima e outros itens perdidos por acidentes, tais como inundações, incêndios etc. constituem-se em perda e não em custo.

Segundo Bruni e Famá (2008), as perdas representam bens ou serviços consumidos de forma anormal. Consiste um gasto intencional decorrente de fatores externos extraordinários ou atividade produtiva normal da empresa. Na primeira situação, devem ser considerados como despesas e lançados diretamente como resultado do período. Na segunda situação, devem ser classificados como custo de produção do período.

Ribeiro (1999) afirma que os gastos que se destinam à obtenção de bens de uso da empresa (computadores, móveis, máquinas, ferramentas, veículos) ou a aplicações de caráter permanente (compra de ações de outras empresas, de imóveis, de ouro etc.) são considerados investimentos. Consideram-se ainda investimentos os gastos com a obtenção dos bens destinados à troca (mercadorias), transformação ou consumo. Os investimentos compreendem os gastos com a obtenção de bens de uso da empresa.

b) Classificação dos custos

Os custos podem ser de vários tipos, dependendo de quais são as necessidades gerenciais. Eles são separados de forma que atendam as diferentes finalidades da administração. Conforme Dutra (2003), os custos podem ser classificados: quanto à natureza; quanto à função; quanto à apuração, principalmente a classificação com relação aos produtos; e quanto à formação:

Os custos classificados em relação aos produtos podem ser diretos ou indiretos.

- Custos diretos

Segundo Ribeiro (1999), os custos diretos compreendem os gastos com materiais, mão-de-obra e gastos gerais de fabricação aplicados diretamente ao produto. Esses custos são assim denominados porque seus valores e quantidades em relação ao produto são de fácil identificação.

De acordo com Leone (2009), os custos diretos são todos aqueles possíveis de serem identificados com as obras, de modo mais econômico e lógico. É todo item de custo que é identificado naturalmente no objeto do custeio.

- Custos indiretos

Segundo Ribeiro (1999), os custos indiretos compreendem os gastos com materiais, mão-de-obra e gastos gerais de fabricação aplicados indiretamente no produto. Esses gastos são assim denominados por ser impossível uma segura identificação de seus valores e quantidades em relação ao produto.

Para Dutra (2003), o custo indireto não se pode apropriar diretamente a cada tipo de bem ou função de custo no momento de sua ocorrência. Os custos indiretos ocorrem genericamente em um grupo de atividades ou órgãos, na empresa em geral, sem a possibilidade de apropriação direta a cada uma das funções de acumulação de custos no momento de sua ocorrência. Portanto, o custo indireto passa a existir quando determinada empresa fabrica mais de um tipo de produto ou executa mais de um tipo de serviço, e esse custo é atribuível a mais de um tipo de produto ou de serviço, sem possibilidade de segregar a parcela pertencente a cada produto ou serviço no momento da aplicação do custo. No entanto, quanto maior for o número de produtos e serviços diferentes, maior é a quantidade dos custos indiretos e menor a dos custos diretos.

De acordo com Leone (2009), os custos indiretos são os custos que dependem do emprego de recursos, de taxas de rateio, de parâmetros para o débito às obras.

c) Classificação quanto à formação

Com essa classificação, os custos são estudados em função das variações que podem ocorrer no volume de atividade ou variações de volume de atividade em períodos iguais. Conforme Dutra (2003), os custos podem ser classificados em fixos, variáveis, mistos.

Os custos fixos não apresentam variações no decorrer dos períodos, e os volumes de produção não são consequências para esses custos sofrerem alterações.

Ribeiro (1999) diz que os custos fixos são aqueles que independem do volume de produção do período, isto é, qualquer que seja a quantidade produzida, esses custos não se alteram.

Os termos fixo e variável são geralmente usados para descrever como um custo reage as mudanças na atividade. Um custo variável é um custo que é proporcional ao nível da atividade (o custo aumenta à medida que a atividade aumenta) e um custo fixo é constante no total, na faixa de volume relevante da atividade esperada que esta sendo considerada. Para melhor entendimento da conceituação de custos fixos e variáveis, pode-se chamá-los de não evitáveis e evitáveis, respectivamente, explicando que o custo fixo possui as características de custo afundado, de custo empatado e de custo irreversível. Os custos variáveis somente aparecem quando a atividade ou a produção é realizada. Nesse sentido eles são evitáveis porque se pode comandar o volume da atividade ou da produção. (LEONE, 2009, p. 73).

Segundo Dutra (2003), os custos variáveis variam em função do volume de atividade, ou seja, da variação da quantidade produzida no período. Quanto maior o volume de atividade no período, maior será o custo variável e, ao contrário, quanto menor o volume de atividade no período, menor será o custo variável.

Além da classificação em fixos e variáveis, os custos também podem ser mistos, ou seja, possuem em sua totalidade uma parcela fixa e outra variável, podendo ser chamados de custo total, já que este é a soma dos outros dois.

2.2.3.2 Controle de custos no setor agropecuário

Existem certas características que estão presentes nas propriedades rurais que demandam cuidados especiais (HOFFMANN et al, 1976). O administrador de qualquer negócio enfrenta problemas na tomada de decisão, mas o administrador rural toma as decisões

em um ambiente peculiar único. A mais importante limitação no processo de tomada de decisão são os fatores físicos e biológicos inerentes à atividade agropecuária. Nada pode ser feito para reduzir o período de gestação de uma vaca e, após definir a variedade a ser plantada, pouco se pode fazer para modificar o ciclo de produção.

A agropecuária é mais afetada pelo tempo do que a produção de qualquer outro negócio. Apesar de esforços para evitar granizos e induzir a chuva, ainda existe pouco que o produtor pode fazer para influenciar o tempo e seu efeito na produção. A lucratividade dos produtores e os preços recebidos por eles são fortemente influenciados pelas condições climáticas na área local e em outras áreas do país e do mundo.

Por todas essas peculiaridades, o produtor deve cercar-se de informações que o auxiliem a minimizar riscos de prejuízos ao final do ciclo produtivo. O conhecimento do comportamento dos custos é essencial para um efetivo controle da propriedade rural. Sua determinação auxilia na escolha das culturas, criações e práticas a serem utilizadas, além de servir para a análise da rentabilidade dos recursos empregados na atividade produtiva.

O produtor hoje também deve ter uma grande preocupação em gerenciar variáveis que cada vez mais geram grande impacto na propriedade. Estas podem referir-se ao meio ambiente às exigências legais, que são cada vez mais cobradas pela sociedade, ou ainda, variáveis climáticas, como estiagem, temperaturas elevadas, concentrações de chuvas.

O produtor rural necessita de muitos conhecimentos de várias áreas, exigindo que seja cada vez mais profissional. Há a necessidade da realização de treinamentos, cursos, da realizando de leituras de materiais não apenas técnicos, mas também de mercado, economia. O produtor rural necessita de assessoria que o auxilie nas decisões; necessita estar conectado aos meios de comunicação, como internet, entre outros.

Os produtores rurais precisam entender a importância de realizar uma correta gestão da sua propriedade. Assim todas as entidades envolvidas no setor rural, todos os profissionais das áreas técnicas devem auxiliá-los nessa nova visão, que é determinante para o melhor andamento do setor primário, certamente o de maior importância para o desenvolvimento de um povo.

2.2.3.2.1 Custo de produção nas atividades rurais

Para fins de análise econômica, o termo custo significa a compensação que os donos dos fatores de produção, utilizados para produzir determinado bem, devem receber para que eles continuem fornecendo esses fatores à empresa (HOFFMANN et al, 1976).

Considera-se então, custo de produção como todos os desembolsos necessários para que aconteça o processo de produção de uma fazenda, em determinado intervalo de tempo.

O primeiro passo na definição do custo de produção é determinar o intervalo de tempo (curto e longo prazo). O curto prazo é o período de tempo durante o qual um ou mais insumos produtivos são fixos na quantidade e não podem variar. Por exemplo, no início da estação de plantio, pode ser tarde para aumentar ou diminuir a quantidade de terra própria ou alugada. O ciclo de produção agrícola corrente é um período de curto prazo, já que a quantidade de terra é fixa (VALE, 2000).

A) Formas de custo de produção no meio rural

- Custos fixos

Os custos fixos são aqueles que não variam com a quantidade produzida. Levanta-se a quantidade de valores gastos com atividade independente da quantidade produzida, o exemplo mais amplo e pouco observado é a depreciação, que por não haver o desembolsos no momento da sua utilização, dificilmente se leva em consideração, percebendo os seu efeitos apenas no momento de substituição ou recuperação de um bem físico (SENAR, 2010).

Os custos fixos são aqueles que não variam com a quantidade produzida, durante um período de tempo (curto prazo). Esses custos ocorrem mesmo que o recurso não seja utilizado. No longo prazo, quando a quantidade dos recursos pode variar, os custos fixos inexistem.

Outra maneira de conceituar os custos fixos e que facilita seu entendimento é apresentada por Reis e Guimarães (1986):

a) Têm duração superior ao curto prazo, portanto, sua renovação só se verifica no longo prazo;

b) Não se incorporam totalmente ao produto no curto prazo, fazendo-o em tantos ciclos quanto o permitir sua vida útil;

c) Não são (facilmente) alteráveis no curto prazo, e o seu conjunto determina a capacidade de produção da atividade, ou seja, sua escala de produção;

O custo fixo total (CFT) é simplesmente a soma dos vários tipos de custo fixo e inclui, usualmente, os componentes: depreciação, seguro, impostos e juros.

Em geral, as unidades de produtos são expressas em quilograma, tonelada, saca, arroba, litros, hectares, entre outros.

O custo fixo total é um valor fixo ou constante, independente do nível de produção. O custo fixo médio irá decrescer, continuamente, com o aumento da produção.

- Custos variáveis

Os custos variáveis, facilmente percebidos e levantados, estão presentes em maior quantidade no custo total, visto que a maioria dos custos variáveis são desembolsados em vários momentos da produção, principalmente por estarem nesses custos os insumos utilizados em todas as fases da produção, como fertilizantes, medicamentos, alimentação dos animais etc.

Os custos variáveis são aqueles que o administrador controla no curto prazo. Eles podem ser aumentados ou diminuídos pala ação do administrador e irão aumentar com o incremento da produção. Itens como semente, ração, fertilizante, defensivos, sanidade do rebanho, serviços de máquinas e mão-de-obra, são exemplos de custos variáveis. Se não existir produção, o custo variável pode ser evitado.

De acordo com Reis e Guimarães (1986), os custos variáveis têm as seguintes características:

a) Têm duração inferior ou igual ao curto prazo, sendo, portanto, sua composição feita a cada ciclo do processo produtivo;

b) Incorporam-se totalmente ao produto no curto prazo, não sendo aproveitados (ou claramente aproveitados) para outro ciclo;

c) São alteráveis no curto prazo, e essas mudanças provocam variações na quantidade e na qualidade do produto dentro do ciclo. As variações verificam-se em certos níveis permitidos pelo conjunto de recursos fixos e pela técnica de produção.

O custo variável total (CVT) pode ser calculado pela soma de cada custo variável individual, que é a quantidade do recurso comprado, multiplicado pelo preço.

- Custo total

O custo total é a soma do custo fixo total e do custo variável total (CT=CFT + CVT). No curto prazo, ele irá aumentar somente com o aumento do CVT, uma vez que o CFT é um valor constante.

- Custos operacionais

Estimativas de custo de produção têm sido assunto controverso tanto no meio acadêmico quanto nas empresas agropecuárias. Em alguns casos, a alocação de informações na metodologia de custos fixos e variáveis pode dificultar o entendimento do produtor sobre a real situação de sua atividade produtiva. Exemplificando, a mão-de-obra do administrador da fazenda é um custo fixo, já a mão-de-obra do vaqueiro é um custo variável. Da mesma forma, o pagamento do Imposto Territorial Rural (ITR) é um custo fixo, e o pagamento do Instituto Nacional de Seguridade Social (INSS), descontado da nota fiscal de venda de produtos agropecuários, é custo variável.

Para facilitar o entendimento do resultado econômico das atividades agropecuárias será utilizado o conceito de custo operacional desenvolvido pelo Instituto de Economia Agrícola (IEA), descrito por Matsunaga et al. (1976). Por meio dessa metodologia, o custo é formado pelas despesas efetivamente desembolsadas pelo produtor mais a depreciação de máquinas e benfeitorias e o custo estimado da mão-de-obra familiar. Assim, os valores referentes a despesas com mão-de-obra contratada e impostos serão considerados desembolso independente de serem custo fixo ou variável.

A metodologia de custos operacionais divide os custos em três tipos: custo operacional efetivo (COE), custo operacional total (COT) e custo total.

- Custo operacional efetivo (COE)

Refere-se a todos os gastos assumidos pela propriedade ao longo de um ano e que serão consumidos neste mesmo intervalo de tempo. Divide-se em custos variáveis (ex: ração, vacinas, adubo, fertilizantes) e parte dos custos fixos (ex: impostos como o ITR, ou a contribuição sindical).

- Custo operacional total (COT)

Refere-se à soma do COE com o valor das depreciações de construções, benfeitorias, máquinas, implementos e animais de reprodução e trabalho. Também está inclusa a remuneração do produtor rural.

- Custo total (CT)

O CT é obtido por meio da soma do COT com a remuneração do capital circulante (desembolsos) e o custo de oportunidade do capital em máquinas, equipamentos, benfeitorias, rebanho e terra.

Custo Operacional Efetivo

- Custos variáveis (ração, vacinas, fertilizantes etc.); - Alguns Custos Fixos (salário do administrador, ITR)

Custo Operacional Total

- Custo Operacional Efetivo - Remuneração do produtor rural

Custo Total

- Custo Operacional Total

- Remuneração do capital circulante

- Custo de oportunidade (terra, máquinas etc.)

A) Depreciação

Depreciação é um custo não monetário que reflete a perda do valor do bem com a idade, uso e obsolescência. É também um procedimento contábil para gerar fundos necessários à substituição do capital investido em bens produtivos de longa duração(SENAR,2009).

Não é fácil estimar a desvalorização real de um bem de capital em períodos de tempo determinados devido à utilização mais ou menos intensa e outras circunstâncias. O fato é que, dentro de um determinado número de anos, o capital se anulará ou se reduzirá a um mínimo.

A utilização da depreciação no cálculo do custo de produção decorre da necessidade

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