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pós-graduação lato sensu

No documento INTEGRAÇÃO DA EDUCAÇÃO NO MERCOSUL (páginas 54-0)

CAPÍTULO 2.................................................................................. 36

2.1 COMPOSIÇÃO DA EDUCAÇÃO BRASILEIRA

2.1.2 ENSINO SUPERIOR

2.1.2.3 Curso de pós-graduação

2.1.2.3.1 pós-graduação lato sensu

III - de pós-graduação, compreendendo programas de mestrado e doutorado, cursos de especialização, aperfeiçoamento e outros, abertos a candidatos diplomados em cursos de graduação e que atendam às exigências das instituições de ensino;

[...].

Conforme, já asseverado, o diploma no curso de graduação representa uma condição sine qua non para ingresso em cursos de pós-graduação, excluindo-se desta forma, os cursos sequenciais e de extensão.

No Brasil, o curso de pós-graduação abrange os cursos de pós-graduação, em nível de especialização lato sensu e o curso de pós-graduação stricto sensu (Mestrado e Doutorado).

2.1.2.3.1 Pós-Graduação lato sensu

O curso de especialização, em nível de pós-graduação lato sensu presencial, deve atender ao disposto na Resolução CNE/CES n.º 1/2007.

A aludida Resolução102 estabelece no art. 1º que os cursos de pós-graduação lato sensu independem de autorização, reconhecimento e renovação de reconhecimento:

Art. 1° Os cursos de pós-graduação lato sensu oferecidos por instituições de educação superior devidamente credenciadas independem de autorização, reconhecimento e renovação de reconhecimento, e devem atender ao disposto nesta Resolução.

A capacitação dos professores nos cursos de pós-graduação, geralmente, é superior à da educação básica, tendo em vista o maior nível de formação dos alunos e também a exigência da lei. A esse respeito a Resolução CNE/CES n.º 1/2007103 no art. 4º estabelece:

102 BRASIL. Resolução CNE/CES n.º 1, de 08 de junho de 2007. Disponível em http://portal.mec.gov.br/cne/arquivos/pdf/rces001_07.pdf. Acessado em 08 de nov. de 2010.

103 BRASIL. Resolução CNE/CES n.º 1, de 08 de junho de 2007. Disponível em http://portal.mec.gov.br/cne/arquivos/pdf/rces001_07.pdf. Acessado em 08 de nov. de 2010.

Art. 4° O corpo docente de cursos de pós-graduação lato sensu, em nível de especialização, deverá ser constituído por professores especialistas ou de reconhecida capacidade técnico-profissional, sendo que 50% (cinqüenta por cento) destes, pelo menos, deverão apresentar titulação de mestre ou de doutor obtido em programa de pós-graduação stricto sensu reconhecido pelo Ministério da Educação.

A carga horária não poderá ser inferior a 360 (trezentas e sessenta horas), excluindo-se deste período, o tempo do estudo individual, nos termos da Resolução CNE/CES n.º 1/2007104, art. 5º:

Art. 5° Os cursos de pós-graduação lato sensu, em nível de especialização, têm duração mínima de 360 (trezentas e sessenta) horas, nestas não computado o tempo de estudo individual ou em grupo, sem assistência docente, e o reservado, obrigatoriamente, para elaboração individual de monografia ou trabalho de conclusão de curso.

Por fim, a gratuidade no oferecimento desta modalidade de ensino, não se aplica nas instituições de ensino públicas, ou seja, embora pública a instituição de ensino poderá cobrar mensalidade do aluno. Nesse sentido é a jurisprudência do Tribunal Regional Federal da 4ª Região105:

PÓS-GRADUAÇÃO LATO SENSU. UNIVERSDIDADE PÚBLICA.

GRATUIDADE. NÃO OBRIGATORIEDADE.

Tenho que a carta constitucional buscou garantir, como direito comum a todos, a graduação, o direito de auferir grau acadêmico, independentemente do ramo de conhecimento em que esteja o indivíduo. Já as especializações/pós-graduação lato sensu , atendem às necessidades e aos objetivos pessoais, e não se configuram como atividades de ensino regular importantes e necessárias para o exercício de um ofício, direito este garantido dentre os princípios fundamentais do Estado, lastreado na dignidade humana e no valor social do trabalho e livre iniciativa (arts. 1º, III e IV, além dos arts. 5º, XIII e 6º, da CRFB/88). Ademais, considerando que o aporte público, como é de conhecimento geral, nem sempre é suficiente para garantir remuneração e estrutura suficiente para a própria graduação, a supressa das cobranças de tais cursos resultaria na subtração de recursos públicos que deveriam se destinar ao custeio das funções essenciais da universidade, além do custeio deles próprios. Ou seja, o acesso ao ensino básico e à graduação, visando à educação e à

104 BRASIL. Resolução CNE/CES n.º 1, de 08 de junho de 2007. Disponível em http://portal.mec.gov.br/cne/arquivos/pdf/rces001_07.pdf. Acessado em 08 de nov. de 2010.

105 BRASIL. Tribunal Regional Federal da 4ª Região. APELAÇÃO CÍVEL Nº 2007.72.00.001149-7/SC.

Relatora: Des. Federal MARIA LÚCIA LUZ LEIRIA. DJU 17. 11. 2009. Disponível em:

http://www.jusbrasil.com.br/jurisprudencia/7197405/apelacao-civel-ac-1149-sc-20077200001149-7-trf4/inteiro-teor. Acessado em 01 de novembro de 2010.

qualificação profissional, é obrigatório e gratuito nos estabelecimentos oficiais, forte nos arts. 205 e 206 da CRFB/88. A especialização não segue esta regra no que tange à obrigatoriedade de curso gratuito. Vistos e relatados estes autos em que são partes as acima indicadas, decide a Egrégia 3ª Turma do Tribunal Regional Federal da 4ª Região, por unanimidade, negar provimento ao apelo da autora e dar parcial provimento ao apelo da ré, nos termos do relatório, votos e notas taquigráficas que ficam fazendo parte integrante do presente julgado. Grifei.

Ao final do curso, o diplomado adquire o título de especialista na área de estudo desenvolvida. Por exemplo, no curso de especialização em direito educacional o diplomado adquire o título de especialista em direito educacional106. 2.1.2.3.2 Pós-Graduação stricto sensu

O curso de pós-graduação stricto sensu compreende os programas de mestrado e doutorado. Esta modalidade de ensino está sujeita às exigências de autorização, reconhecimento e renovação de reconhecimento previstas nas seguintes legislações: Resolução CNE/CES nº 1/2001, alterada pela Resolução CNE/CES nº 24/2002.

Na Resolução CNE/CES nº 1/2001107, art. 1º e §§ estão disciplinados as exigências para a autorização, reconhecimento e renovação de reconhecimento:

106 Resolução CNE/CES n.º 1/07, art. 7:

Art. 7° A instituição responsável pelo curso de pós-graduação lato sensu expedirá certificado a que farão jus os alunos que tiverem obtido aproveitamento, segundo os critérios de avaliação previamente estabelecidos, sendo obrigatório, nos cursos presenciais, pelo menos, 75% (setenta e cinco por cento) de freqüência.

§ 1° Os certificados de conclusão de cursos de pós-graduação lato sensu devem mencionar a área de conhecimento do curso e serem acompanhados do respectivo histórico escolar, do qual devem

III - título da monografia ou do trabalho de conclusão do curso e nota ou conceito obtido;

IV - declaração da instituição de que o curso cumpriu todas as disposições da presente Resolução; e V - citação do ato legal de credenciamento da instituição.

§ 2° Os certificados de conclusão de cursos de pós-graduação lato sensu, em nível de especialização, na modalidade presencial ou a distância, devem ser obrigatoriamente registrados pela instituição devidamente credenciada e que efetivamente ministrou o curso.

§ 3° Os certificados de conclusão de cursos de pós-graduação lato sensu, em nível de especialização, que se enquadrem nos dispositivos estabelecidos nesta Resolução terão validade nacional.

Art. 1º Os cursos de pós-graduação stricto sensu, compreendendo programas de mestrado e doutorado, são sujeitos às exigências de autorização, reconhecimento e renovação de reconhecimento previstas na legislação.

§ 1º A autorização, o reconhecimento e a renovação de reconhecimento de cursos de pósgraduação stricto sensu são concedidos por prazo determinado, dependendo de parecer favorável da Câmara de Educação Superior do Conselho Nacional de Educação, fundamentado nos resultados da avaliação realizada pela Fundação Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior – CAPES e homologado pelo Ministro de Estado da Educação.

§ 2º A autorização de curso de pós-graduação stricto sensu aplica-se tão-somente ao projeto aprovado pelo CNE, fundamentado em relatório da CAPES.

§ 3º O reconhecimento e a renovação do reconhecimento de cursos de pós-graduação stricto sensu dependem da aprovação do CNE, fundamentada no relatório de avaliação da CAPES.

[...]

§ 5º É condição indispensável para a autorização, o reconhecimento e a renovação de reconhecimento de curso de pós-graduação stricto sensu a comprovação da prévia existência de grupo de pesquisa consolidado na mesma área de conhecimento do curso.

§ 6º Os pedidos de autorização, de reconhecimento e de renovação de reconhecimento de curso de pós-graduação stricto sensu devem ser apresentados à CAPES, respeitando-se as normas e procedimentos de avaliação estabelecidos por essa agência para o Sistema Nacional de Pós- Graduação.

Conforme será asseverado no Capítulo 3, para ter validade no Brasil, o diploma obtido em instituição de ensino estrangeira, deve ser submetido para revalidação por uma instituição de ensino nacional que possua curso de pós-graduação avaliado e reconhecido pela Fundação Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior – CAPES.

Registre-se que a Resolução CNE/CES nº 1/2001 teve o art.

1º, § 4º alterado pela Resolução CNE/CES nº 24/2002108, in verbis:

§ 4º As instituições de ensino superior que, nos termos da legislação em vigor, gozem de autonomia para a criação de cursos de pós-graduação devem formalizar os pedidos de reconhecimento dos novos cursos por elas criados até, no máximo, 60 (sessenta) dias após ato formal de criação por seus conselhos superiores.

107 BRASIL. Resolução CNE/CES n.º 01, de 03 de abril de 2001. Disponível em http://portal.mec.gov.br/seed/arquivos/pdf/tvescola/leis/CES0101.pdf. Acessado em 08 de nov. de 2010.

108 BRASIL. Resolução CNE/CES nº 24, de 18 de dezembro de 2002. Disponível em http://portal.mec.gov.br/cne/arquivos/pdf/CES242002.pdf. Acessado em 08 de nov. de 2010.

Ao final do curso, o aluno obterá diploma de mestre, se for no curso de mestrado, e de doutor, se for no curso de doutorado.

2.1.2.4 Curso de extensão

Concluindo a composição da educação superior, a LDB, art.

44, IV apresenta os cursos de extensão “[...] abertos a candidatos que atendam aos requisitos estabelecidos em cada caso pelas instituições de ensino”.

Normalmente os cursos de extensão têm a finalidade de complementar os conhecimentos numa determinada área ou viabilizar os anseios da comunidade que formalizam a matrícula em cursos de extensão das mais diversas áreas, desde os cursos de idiomas até os cursos de gastronomia.

Estes cursos são oferecidos por meio de Projetos de Extensão, de forma interdisciplinar, privilegiando ações integradas com maior impacto social.

Nesse sentido, a UNIVALI oferece programas que viabilizem a participação de professores e alunos em atividades de extensão para a comunidade e fortalece o ensino-aprendizagem109.

109 A UNIVALI oferece os seguintes programas de extensão: Programa de Bolsas de Extensão – ProBE, Programa de Atendimento Comunitário/Filantropia e Programas de Extensão de Caráter Permanente.

INTEGRAÇÃO EDUCACIONAL NO MERCOSUL

3.1 MERCOSUL

O processo de internacionalização do direito e o aumento da dependência global conduzem a uma maior integração entre os países. No entendimento de Varella110 este processo caminha por duas vertentes: uma regional e a outra global, senão vejamos:

No plano regional, os Estados unem-se a outros Estados próximos onde os avanços na integração são facilitados por diferentes fatores como, por exemplo, a proximidade geográfica, os interesses comuns e as facilidades de integração de estruturas de produção. No plano global, os Estados se unem em dezenas, por vezes mais de uma centena de outros Estados para a formulação de processos comuns de integração.

Continuando no entendimento, o aludido doutrinador111 assevera que, “existem cinco gradações de integração reconhecidas pelo direito internacional: a) Zona de preferência tributária; b) Zona de livre comércio; c) União Aduaneira; d) Mercado comum; e) União econômico-monetária”.

No presente estudo, será analisado apenas o Mercado comum, especificadamente o Mercado comum do sul – MERCOSUL.

Ao final Varella112 arremata que:

No mercado comum, existe livre circulação de bens, serviços e fatores de produção, ou seja, além dos benefícios da união aduaneira, há livre circulação de pessoas e de capitais entre os Estados-partes.

110 VARELLA, Marcelo D. direito internacional público. p. 339.

111 VARELLA, Marcelo D. direito internacional público. p. 339.

112 VARELLA, Marcelo D. direito internacional público. p. 341.

O marco para a criação de um mercado comum iniciou por meio do Tratado de Assunção composto pelos governos da República Argentina, República Federativa do Brasil, República do Paraguai e a República Oriental do Uruguai, assim denominados “Estados Partes”. Este Tratado, ou seja, o Tratado de Assunção foi assinado pelos “Estados Partes” em 26 de março de 1991.

Comentando o aludido Tratado de Assunção, Silva113 assevera que:

A proposta mercosulina de integração, instituída entre Argentina, Brasil, Paraguai e Uruguai a partir do Tratado de Assunção, de 26.03.1991, visa promover a inserção mais competitiva dos quatro países no mercado internacional. Ao contrário das tentativas anteriores de Integração, da Alalc e da Aladi, o Tratado de Assunção apresenta propostas mais estruturadas e consistentes, aumentando, assim, a possibilidade de êxito dessa nova tentativa, diante da realidade atual.

Prosseguindo no tema, no referido Tratado de Assunção114, precisamente no art. 1º foi estabelecido que “os Estados Partes decidem constituir um Mercado Comum, que deverá estar estabelecido a 31 de dezembro de 1994, e que se denominará "Mercado Comum do Sul" (MERCOSUL)”.

Para Amaral Júnior115 “o Tratado de Assunção regulou as instituições que deveriam vigorar na fase provisória de existência do MERCOSUL, que se estendeu até 31 de dezembro de 1994”.

Na seqüência os “Estados Partes” assinaram o Protocolo de Ouro Preto que se trata de um adicional ao tratado de Assunção sobre a estrutura institucional do MERCOSUL116. A alteração mais significativa do Protocolo de Ouro

113 SILVA, Roberto Luiz. Direito internacional público. 2 ed. rev. atual. e ampl. Belo Horizonte: Del Rey, 2002, p. 357.

114 MERCOSUL. Tratado de Assunção. Disponível em http://www.mercosul.gov.br/tratados-e-protocolos/tratado-de-assuncao-1/. Acessado em 05 de outubro de 2010.

115 AMARAL JÚNIOR, Alberto do. Introdução ao direito internacional público. São Paulo: Atlas, 2008. p. 407.

116 MERCOSUL. Protocolo de Ouro Preto. Disponível em http://www.mercosul.gov.br/tratados-e-protocolos/protocolo-de-ouro-preto-1/. Acessado em 05 de outubro de 2010.

Preto, para Amaral Júnior117 constituiu na “atribuição de personalidade jurídica ao MERCOSUL”.

Continuando no entendimento do aludido doutrinador118, destaca-se:

Com a aquisição da personalidade jurídica, o Conselho do Mercado Comum passou a ter função de negociar e firmar acordos em nome do MERCOSUL com terceiros países, grupos de países e organizações internacionais. Centro de imputação de direitos e deveres, o MERCOSUL passou a ter existência própria, distinta dos Estados que o constituem.

3.1.1 COMPOSIÇÃO

Originariamente o MERCOSUL era composto apenas pela República Argentina, República Federativa do Brasil, República do Paraguai e a República Oriental do Uruguai, assim denominados “Estados Partes”.

A República Bolivariana da Venezuela é um “Estado Parte” em processo de adesão e se tornará membro pleno uma vez que esteja em vigor o Protocolo de adesão da República Bolivariana da Venezuela no MERCOSUL. Sobre esta situação Varella119 assevera que:

Em dezembro de 2005, houve a adesão da Venezuela, cuja efetivação necessita da concordância dos Parlamentos nacionais. A inclusão da Venezuela como membro ocorreu por diferentes objetivos, entre os quais se destaca a necessidade de aumentar as complementaridades econômicas entre os Estados e criar incentivos para uma maior integração.

Na sequência, a República do Chile, o Estado Plurinacional da Bolívia, a República do Peru, a República da Colômbia, a República do Equador ingressaram no MERCOSUL na condição de associados. Sua existência justifica-se em função do compromisso do MERCOSUL com o aprofundamento do processo de integração regional e pela importância de desenvolver e intensificar as relações com os países membros da ALADI. Nesse sentido, apenas países membros da ALADI

117 AMARAL JÚNIOR, Alberto do. Introdução ao direito internacional público. p. 408.

118 AMARAL JÚNIOR, Alberto do. Introdução ao direito internacional público. p. 408.

119 VARELLA, Marcelo D. direito internacional público. p. 345.

podem associar-se ao MERCOSUL, desde que celebrem Acordos de Livre Comércio com o bloco120.

3.1.2 SETOR EDUCACIONAL DO MERCOSUL - SEM

O Setor Educacional do MERCOSUL - SEM surgiu a partir do Protocolo de Intenções, firmado pelos ministros da Educação dos países-membros em 13 de dezembro de 1991.

Nesse contexto a educação tem um destaque importante nas discussões e ações do MERCOSUL que culminou com a criação do SEM. O referido setor121 assevera a importância da educação no processo de integração:

O âmbito da educação superior, a necessidade de espaço acadêmico regional, a melhoria de sua qualidade e a formação de recursos humanos constituem os elementos essenciais para estimular o processo de integração.

Entre os seus objetivos e planos de ação estão a produção, difusão e análise das informações a respeito dos sistemas educativos da região, suas conquistas e desafios, a saber122:

Para a área 3, "Integração dos Sistemas Educacionais":

3.1. Criação de um conjunto de medidas no sentido de superar as barreiras jurídicas e administrativas, que permita a mobilidade e intercâmbio de pessoas e bens nas áreas científicas, técnicas e culturais;

3.2. Implantação de um sistema de informações que possibilite o conhecimento dos dados educacionais relevantes dos Países Membros, assim como o acesso ao conhecimento disponível sobre o mercado de trabalho e setores de atividade;

3.3. Criação de uma rede institucional de cooperação técnica, preferencialmente nas áreas de Educação Pré-Escolar, Fundamental, Média, Especial e de Jovens e Adultos;

3.4. Definição de perfis mínimos de formação profissional e técnica, de modo a possibilitar a equivalência de estudos e títulos, facilitando o exercício profissional nos Países Membros;

3.5. Compatibilização dos perfis para a formação dos recursos humanos de nível superior, especialmente dos conteúdos das

120 BRASIL. Disponível em http://www.mercosul.gov.br/perguntas-mais-frequentes-sobre-integracao-regional-e-mercosul-1/sobre-integracao-regional-e-mercosul/. Acessado em 06 de nov. de 2010.

121 MERCOSUL. Setor Educacional do MERCOSUL SEM. Disponível em http://www.sic.inep.gov.br/index.php?option=com_content&view=category&layout=blog&id=19&Itemid

=37. Acessado em 05 de nov. de 2010.

122 MERCOSUL. Disponível em http://www.sic.inep.gov.br/index.php?limitstart=532. Acessado em 08 de nov. de 2010.

disciplinas fundamentais nas áreas e interesses do MERCOSUL, possibilitando o estabelecimento de mecanismos que facilitem a circulação de alunos, docentes e profissionais na Região.

O órgão máximo do SEM é a Comissão de Ministros, que tem a função principal de propor as medidas necessárias à coordenação das políticas educativas entre os Estados-Membros.

Desta forma, está evidente a preocupação do MERCOSUL quanto à existência de uma integração na educação.

O que motivou a criação de tratados de integração educacional foi a necessidade de expansão dos acordos entre os “Estados Partes” do MERCOSUL e seus associados, onde inicialmente, existiam apenas tratados econômicos, agora existem tratados educacionais. Neste processo de internacionalização da educação é importante a observância das diversas legislações que compõe o processo, tendo em vista que cada país possui a sua lei.

3.2 PROTOCOLO DE INTEGRAÇÃO EDUCATICA E RECONHECIMENTO DE CERTIFICADOS, TÍTULOS E ESTUDOS NA EDUCAÇÃO BÁSICA

Na busca de integralizar a educação básica nos “Estados Partes” do MERCOSUL e seus associados, iniciaram-se esforços na criação de protocolos e na unificação de conteúdos curriculares mínimos que possibilitem o prosseguimento dos estudos nestes países.

A partir do reconhecimento da educação como fator fundamental no processo de integração do MERCOSUL, foram criados três protocolos de integração educacional, os quais receberam denominação similar.

O primeiro protocolo foi denominado de Protocolo sobre Integração Educativa e Reconhecimento de Certificados, Títulos e Estudos de Nível Primário e Médio Não Técnico. Assinado em 5 de agosto de 1994 pelos Governos da República Argentina, da República Federativa do Brasil, da República do Paraguai e da República Oriental do Uruguai, teve seu texto oportunamente aprovado por meio do Decreto Legislativo n.º 101, de 3 de julho de 1995. Sua

promulgação ocorreu por meio do Decreto n.º 2.726, de 10 de agosto de 1998, como segue:

Promulga o Protocolo sobre Integração Educativa e Reconhecimento de Certificados, Títulos e Estudos de Nível Primário e Médio Não Técnico, assinado em Buenos Aires, em 5 de agosto de 1994.

[...]

Art. 1º O Protocolo sobre Integração Educativa e Reconhecimento de Certificados, Títulos e Estudos de Nível Primário e Médio Não Técnico, apenso por cópia ao presente Decreto, deverá ser cumprido tão inteiramente como nele se contém.

Art. 2º Este Decreto entra em vigor na data de sua publicação.

Brasília, em 10 de agosto de 1998; 177º da Independência e 110º da República.

[...]

Na sequência, ocorreu a celebração do segundo protocolo, denominado de Protocolo de Integração Educativa e Reconhecimento de Certificados, Títulos e Estudos de Nível Fundamental e Médio Não-Técnico entre os Estados Partes do MERCOSUL, a República da Bolívia e a República do Chile.

Entende-se por “Estados Partes” a Argentina, Brasil, Paraguai e Uruguai. O aludido protocolo foi assinado em 5 de dezembro de 2002 e o seu texto foi aprovado por meio do Decreto Legislativo n.º 216, de 30 de junho de 2004. Sua promulgação ocorreu por meio do Decreto n.º 6.729, de 12 de janeiro de 2009, como segue:

Promulga o Protocolo de Integração Educativa e Reconhecimento de Certificados, Títulos e Estudos de Nível Fundamental e Médio Não-Técnico entre os Estados Partes do MERCOSUL, a República da Bolívia e a República do Chile.

[...]

Art. 1º O Protocolo de Integração Educativa e Reconhecimento de Certificados, Títulos e Estudos de Nível Fundamental e Médio

Art. 1º O Protocolo de Integração Educativa e Reconhecimento de Certificados, Títulos e Estudos de Nível Fundamental e Médio

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