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CAPÍTULO 2.................................................................................. 36

2.1 COMPOSIÇÃO DA EDUCAÇÃO BRASILEIRA

2.1.1 EDUCAÇÂO BÁSICA

2.1.1.3 Ensino médio

O ensino médio é a última modalidade da educação básica que tem a finalidade de aprofundar os conhecimentos adquiridos no ensino fundamental, a preparação para o ingresso no mercado de trabalho, assim como nos níveis superiores de ensino e o aprimoramento do educando como cidadão.

A duração deste nível de ensino está disposta na LDB, art. 35:

“etapa final da educação básica, com duração mínima de três anos”.

Além das disciplinas cursadas no ensino fundamental, serão incluídas por força da aludida lei, no art. 36, III e IV, uma língua estrangeira, além da disciplina Filosofia e Sociologia:

[...]

III - será incluída uma língua estrangeira moderna, como disciplina obrigatória, escolhida pela comunidade escolar, e uma segunda, em caráter optativo, dentro das disponibilidades da instituição.

IV – serão incluídas a Filosofia e a Sociologia como disciplinas obrigatórias em todas as séries do ensino médio.

[...]

Por fim, a LDB, art. 36, § 3º do estabelece que “os cursos do ensino médio terão equivalência legal e habilitarão ao prosseguimento de estudos”.

A respeito do tema, Motta88 assevera que:

88 MOTTA, Elias de Oliveira. Direito educacional e educação no século XXI: com comentários à nova lei de diretrizes e bases da educação nacional. p. 324.

Qualquer pessoa que tenha concluído seus estudos de nível médio e que possua documentação a respeito, está, portanto, apta a se inscrever para passar pelo processo seletivo de ingresso em qualquer instituição de ensino superior, bem como uma participação no mercado de trabalho que não exige formação superior.

Desta forma, torna-se imprescindível o diploma do ensino médio para ingresso no ensino superior89.

2.1.2 EDUCAÇÃO SUPERIOR

A educação superior é o último nível da educação no país e tem por finalidade estimular e promover o conhecimento cultural, científico e técnico e formar diplomados aptos para a inserção no mercado de trabalho.

Da mesma forma, estabelece a LDB, art. 43:

Art. 43. A educação superior tem por finalidade:

I - estimular a criação cultural e o desenvolvimento do espírito científico e do pensamento reflexivo;

II - formar diplomados nas diferentes áreas de conhecimento, aptos para a inserção em setores profissionais e para a participação no desenvolvimento da sociedade brasileira, e colaborar na sua formação contínua;

III - incentivar o trabalho de pesquisa e investigação científica, visando o desenvolvimento da ciência e da tecnologia e da criação e difusão da cultura, e, desse modo, desenvolver o entendimento do homem e do meio em que vive;

IV - promover a divulgação de conhecimentos culturais, científicos e técnicos que constituem patrimônio da humanidade e comunicar o saber através do ensino, de publicações ou de outras formas de comunicação;

V - suscitar o desejo permanente de aperfeiçoamento cultural e profissional e possibilitar a correspondente concretização, integrando os conhecimentos que vão sendo adquiridos numa estrutura intelectual sistematizadora do conhecimento de cada geração;

VI - estimular o conhecimento dos problemas do mundo presente, em particular os nacionais e regionais, prestar serviços especializados à comunidade e estabelecer com esta uma relação de reciprocidade;

VII - promover a extensão, aberta à participação da população, visando à difusão das conquistas e benefícios resultantes da criação cultural e da pesquisa científica e tecnológica geradas na instituição.

89 LDB, art. 24, VII - cabe a cada instituição de ensino expedir históricos escolares, declarações de conclusão de série e diplomas ou certificados de conclusão de cursos, com as especificações cabíveis.

O seu oferecimento está disciplinado na LDB, art. 45: “a educação superior será ministrada em instituições de ensino superior, públicas ou privadas, com variados graus de abrangência ou especialização”.

Nos termos da LDB, art. 47, “na educação superior, o ano letivo regular, independente do ano civil, tem, no mínimo, duzentos dias de trabalho acadêmico efetivo, excluído o tempo reservado aos exames finais, quando houver”.

Nesta modalidade de ensino, o Estado não assumiu a obrigação de ministrar gratuitamente, diferentemente do ensino básico. Pertencendo a instituição de ensino à iniciativa privada, o pagamento das mensalidades torna-se imprescindível para a continuidade da educação90. A esse respeito, se traz à baila a jurisprudência do Superior Tribunal de Justiça91:

ADMINISTRATIVO. AÇÃO ORDINÁRIA. ENSINO SUPERIOR.

INSTITUIÇÃO PARTICULAR. INADIMPLÊNCIA DE ALUNA.

PROIBIÇÃO DE RENOVAÇÃO DE MATRÍCULA. POSSIBILIDADE.

1. "O aluno, ao matricular-se em instituição de ensino privado, firma contrato oneroso, pelo qual se obriga ao pagamento das mensalidades como contraprestação ao serviço recebido. O atraso no pagamento não autoriza aplicar-se ao aluno sanções que se consubstanciem em descumprimento do contrato por parte da entidade de ensino (art. 5º da Lei 9.870/99), mas está a entidade autorizada a não renovar a matrícula, se o atraso é superior a noventa dias, mesmo que seja de uma mensalidade apenas. " (REsp 660.439/RS, Relatora Ministra Eliana Calmon, DJ de 27/6/2005).

2. "A negativa da instituição de ensino superior em renovar a matrícula de aluno inadimplente, ao final do período letivo, é expressamente autorizada pelos arts. 5º e 6º, § 1º, da Lei 9.870/99. ") REsp 553.216/RN, Relator Ministro Teori Albino Zavascki, DJ de 24/5/2004).

3. Hipótese em que se conclui pela subsistência das alegações da instituição recorrente.

4. Recurso Especial conhecido em parte e, nessa parte, provido.

90 A Lei n.º 9.870/99, art. 6º, § 1º estabelece que:

Art. 6o São proibidas a suspensão de provas escolares, a retenção de documentos escolares ou a aplicação de quaisquer outras penalidades pedagógicas por motivo de inadimplemento, sujeitando-se o contratante, no que couber, às sanções legais e administrativas, compatíveis com o Código de Defesa do Consumidor, e com os arts. 177 e 1.092 do Código Civil Brasileiro, caso a inadimplência perdure por mais de noventa dias.

§ 1o O desligamento do aluno por inadimplência somente poderá ocorrer ao final do ano letivo ou, no ensino superior, ao final do semestre letivo quando a instituição adotar o regime didático semestral.

91 BRASIL. Superior Tribunal de Justiça. RECURSO ESPECIAL Nº 712.313 - DF (2004/0181007-3).

Relator: Min. HERMAN BENJAMIN. DJU 12.12.2006. Disponível em https://ww2.stj.jus.br/revistaeletronica/Abre_Documento.asp?sLink=ATC&sSeq=2738955&sReg=2004 01810073&sData=20080213&sTipo=5&formato=PDF. Acessado em 08 de nov. de 2010.

Por fim, registra-se a existência de universidades federais que disponibilizam o ensino gratuitamente e o governo também custeia o ensino, em universidades particulares, para alunos carentes por meio de bolsas de estudos, fato que contribui para o acesso a este nível de ensino92.

2.1.2.1 Cursos seqüenciais

Nos termos da Resolução CNE/CES n.º 1/199993, os cursos seqüenciais “[...] estarão abertos a candidatos que atendam aos requisitos estabelecidos pelas instituições de ensino e sejam portadores de certificados de nível médio”.

São cursos superiores, entretanto, não se comparam com os cursos de graduação. Neste sentido, o CNE/CES, por meio do Parecer 968/199894 destacou:

[...] Os cursos seqüenciais não são de graduação. Os primeiros estão contemplados no inciso I do art. 44, anterior ao inciso II, que trata dos cursos de graduação. Ambos, seqüenciais e de graduação, são pós-médios e por tanto de nível superior. Mas distinguem-se entre si na medida em que os de graduação requerem formação mais longa, acadêmica ou profissionalizante mais densa do que os seqüenciais.

E ainda, conforme a Resolução CNE/CES n.º 1/199995, art. 3º se dividem em:

Art. 3º Os cursos seqüenciais são de dois tipos:

I – cursos superiores de formação específica, com destinação coletiva, conduzindo a diploma;

II – cursos superiores de complementação de estudos, com destinação coletiva ou individual, conduzindo a certificado.

92 O Programa Universidade para todos – ProUNI concede bolsas de estudos de 50% e 100% para acadêmicos carentes. No Estado de Santa Catarina existe a Bolsa do art. 170 da Constituição Estadual que também fornece bolsas de estudo, dentre outras espécies de bolsas de estudo disponibilizadas pelo Estado.

93 BRASIL. Resolução CNE/CES n.º 1, de 27 de janeiro de 1999. Disponível em http://portal.mec.gov.br/sesu/arquivos/pdf/Resolucoes/ces0199.pdf. Acessado em 08 de nov. de 2010.

94 BRASIL. Parecer CNE/CES n.º 968, de 17 de dezembro de 1998. Disponível em:

http://portal.mec.gov.br/cne/arquivos/pdf/1998/pces968_98.pdf. Acessado em 03 de novembro de 2010.

95 BRASIL. Resolução CNE/CES n.º 1, de 27 de janeiro de 1999. Disponível em

http://portal.mec.gov.br/sesu/arquivos/pdf/Resolucoes/ces0199.pdf. Acessado em 08 de nov. de 2010.

Desta forma, dependendo do tipo de curso seqüencial, o educando receberá ao final do curso um certificado ou diploma. Ambos serão expedido pela instituição de ensino que ministrou o curso96.

2.1.2.2 Curso de graduação

O curso de graduação, da mesma forma que os cursos seqüenciais, exige diploma do ensino médio e destina-se, dentre outros, a formação profissional do educando para o mercado de trabalho.

A LDB, art. 44, II estabelece os cursos de graduação estão

“abertos a candidatos que tenham concluído o ensino médio ou equivalente e tenham sido classificados em processo seletivo”97.

A respeito do tema, Motta98 assevera que “[...] os candidatos devem ter concluído, no mínimo, o ensino médio ou equivalente, além de se classificarem em processo seletivo”.

O aludido doutrinador99 complementa, acrescentando que

“essa classificação tem como objetivo principal assegurar a igualdade de oportunidade de acesso”.

96 Resolução CNE/CES n.º 1/99, arts. 8º e 9º.

97 Por exemplo, na UNIVALI, o ingresso na graduação poderá ser de várias formas:

I - por meio das notas do Ensino Médio e do currículo profissional, sem vestibular;

II - A UNIVALI participa do Vestibular Unificado da Associação Catarinense das Fundações Educacionais – ACAFE. O candidato pode ingressar como aluno regular nos cursos de Graduação oferecidos pela Instituição;

III - Quem já fez a prova do Enem pode utilizar a média de desempenho para concorrer a uma vaga na UNIVALI. Estudantes também podem utilizar o Enem para se candidatar ao ProUNI (Programa Universidade para Todos).

IV - Entre em um Curso de Graduação da UNIVALI pela concessão de vagas para diplomados, transferência interna ou transferência de alunos provenientes de outras instituições de ensino superior.

V - O programa do Ministério da Educação foi criado pelo Governo Federal e oferece bolsas parciais ou integrais em instituições de ensino superior privadas, como a UNIVALI. As vagas são para cursos de graduação e sequenciais de formação específica, a estudantes brasileiros, sem diploma de nível superior.

98 MOTTA, Elias de Oliveira. Direito educacional e educação no século XXI: com comentários à nova lei de diretrizes e bases da educação nacional. p. 371-372.

99 MOTTA, Elias de Oliveira. Direito educacional e educação no século XXI: com comentários à nova lei de diretrizes e bases da educação nacional. p. 372.

E ainda, a LDB estabelece no art. 44, parágrafo único a necessidade de publicação do resultado do processo seletivo:

Parágrafo único. Os resultados do processo seletivo referido no inciso II do caput deste artigo serão tornados públicos pelas instituições de ensino superior, sendo obrigatória a divulgação da relação nominal dos classificados, a respectiva ordem de classificação, bem como do cronograma das chamadas para matrícula, de acordo com os critérios para preenchimento das vagas constantes do respectivo edital.

Nesse sentido é a jurisprudência do Tribunal Regional Federal da 5ª Região100:

PROCESSO CIVIL. MATRÍCULA. ENSINO SUPERIOR.

CERTIFICADO DE CONCLUSÃO DO ENSINO MÉDIO. LEI Nº 9.394/96. REQUISITOS.

- O acesso a qualquer curso de graduação deve observar requisitos essenciais, a saber: a conclusão do Ensino Médio ou de seu equivalente e a aprovação e classificação em processo seletivo.

Assim, no momento da matrícula, e como condição própria para vê-la efetivada, o estudante deve comprovar haver concluído o Ensino Médio, ou seu equivalente, mediante a exibição de documento idôneo - in casu, o Certificado de Conclusão do Ensino Médio ou outro documento congênere, em observância à Lei nº 9.394/96 - Agravo desprovido. Decide a Segunda Turma do Tribunal Regional Federal da 5ª Região, por unanimidade, negar provimento ao agravo, nos termos do Relatório, Voto e notas taquigráficas constantes dos autos, que ficam fazendo parte integrante do presente julgado.

Na graduação o ensino é ministrado semestralmente ou anualmente, assim denominado de semestre letivo ou ano escolar. No Brasil, nenhum curso de graduação possui carga horária inferior a 2.400 horas101.

2.1.2.3 Curso de pós-graduação

O curso de pós-graduação conforme se depreende da própria nomenclatura, está aberto a diplomados no curso de graduação e que atendam as exigências da instituição de ensino.

100 BRASIL. Tribunal Regional Federal da 5ª Região AGRAVO DE INSTRUMENTO Nº 99889/PB (2009.05.00.076838-2). RELATOR: DESEMBARGADOR FEDERAL FRANCISCO WILDO. DJU,

01.12.2009. Disponível em

http://www.jusbrasil.com.br/filedown/dev2/files/JUS2/TRF5/IT/AGTR_99889_PB_1269089803695.pdf.

Acessado em 01 de novembro de 2010.

101 BRASIL. Resolução CNE/CES n.º 2, de 18 de junho de 2007. Disponível em http://portal.mec.gov.br/cne/arquivos/pdf/2007/rces002_07.pdf. Acessado em 05 de outubro de 2010.

A LDB no art. 44, inciso III, disciplina os cursos de pós-graduação:

Art. 44. A educação superior abrangerá os seguintes cursos e programas:

[...]

III - de pós-graduação, compreendendo programas de mestrado e doutorado, cursos de especialização, aperfeiçoamento e outros, abertos a candidatos diplomados em cursos de graduação e que atendam às exigências das instituições de ensino;

[...].

Conforme, já asseverado, o diploma no curso de graduação representa uma condição sine qua non para ingresso em cursos de pós-graduação, excluindo-se desta forma, os cursos sequenciais e de extensão.

No Brasil, o curso de pós-graduação abrange os cursos de pós-graduação, em nível de especialização lato sensu e o curso de pós-graduação stricto sensu (Mestrado e Doutorado).

2.1.2.3.1 Pós-Graduação lato sensu

O curso de especialização, em nível de pós-graduação lato sensu presencial, deve atender ao disposto na Resolução CNE/CES n.º 1/2007.

A aludida Resolução102 estabelece no art. 1º que os cursos de pós-graduação lato sensu independem de autorização, reconhecimento e renovação de reconhecimento:

Art. 1° Os cursos de pós-graduação lato sensu oferecidos por instituições de educação superior devidamente credenciadas independem de autorização, reconhecimento e renovação de reconhecimento, e devem atender ao disposto nesta Resolução.

A capacitação dos professores nos cursos de pós-graduação, geralmente, é superior à da educação básica, tendo em vista o maior nível de formação dos alunos e também a exigência da lei. A esse respeito a Resolução CNE/CES n.º 1/2007103 no art. 4º estabelece:

102 BRASIL. Resolução CNE/CES n.º 1, de 08 de junho de 2007. Disponível em http://portal.mec.gov.br/cne/arquivos/pdf/rces001_07.pdf. Acessado em 08 de nov. de 2010.

103 BRASIL. Resolução CNE/CES n.º 1, de 08 de junho de 2007. Disponível em http://portal.mec.gov.br/cne/arquivos/pdf/rces001_07.pdf. Acessado em 08 de nov. de 2010.

Art. 4° O corpo docente de cursos de pós-graduação lato sensu, em nível de especialização, deverá ser constituído por professores especialistas ou de reconhecida capacidade técnico-profissional, sendo que 50% (cinqüenta por cento) destes, pelo menos, deverão apresentar titulação de mestre ou de doutor obtido em programa de pós-graduação stricto sensu reconhecido pelo Ministério da Educação.

A carga horária não poderá ser inferior a 360 (trezentas e sessenta horas), excluindo-se deste período, o tempo do estudo individual, nos termos da Resolução CNE/CES n.º 1/2007104, art. 5º:

Art. 5° Os cursos de pós-graduação lato sensu, em nível de especialização, têm duração mínima de 360 (trezentas e sessenta) horas, nestas não computado o tempo de estudo individual ou em grupo, sem assistência docente, e o reservado, obrigatoriamente, para elaboração individual de monografia ou trabalho de conclusão de curso.

Por fim, a gratuidade no oferecimento desta modalidade de ensino, não se aplica nas instituições de ensino públicas, ou seja, embora pública a instituição de ensino poderá cobrar mensalidade do aluno. Nesse sentido é a jurisprudência do Tribunal Regional Federal da 4ª Região105:

PÓS-GRADUAÇÃO LATO SENSU. UNIVERSDIDADE PÚBLICA.

GRATUIDADE. NÃO OBRIGATORIEDADE.

Tenho que a carta constitucional buscou garantir, como direito comum a todos, a graduação, o direito de auferir grau acadêmico, independentemente do ramo de conhecimento em que esteja o indivíduo. Já as especializações/pós-graduação lato sensu , atendem às necessidades e aos objetivos pessoais, e não se configuram como atividades de ensino regular importantes e necessárias para o exercício de um ofício, direito este garantido dentre os princípios fundamentais do Estado, lastreado na dignidade humana e no valor social do trabalho e livre iniciativa (arts. 1º, III e IV, além dos arts. 5º, XIII e 6º, da CRFB/88). Ademais, considerando que o aporte público, como é de conhecimento geral, nem sempre é suficiente para garantir remuneração e estrutura suficiente para a própria graduação, a supressa das cobranças de tais cursos resultaria na subtração de recursos públicos que deveriam se destinar ao custeio das funções essenciais da universidade, além do custeio deles próprios. Ou seja, o acesso ao ensino básico e à graduação, visando à educação e à

104 BRASIL. Resolução CNE/CES n.º 1, de 08 de junho de 2007. Disponível em http://portal.mec.gov.br/cne/arquivos/pdf/rces001_07.pdf. Acessado em 08 de nov. de 2010.

105 BRASIL. Tribunal Regional Federal da 4ª Região. APELAÇÃO CÍVEL Nº 2007.72.00.001149-7/SC.

Relatora: Des. Federal MARIA LÚCIA LUZ LEIRIA. DJU 17. 11. 2009. Disponível em:

http://www.jusbrasil.com.br/jurisprudencia/7197405/apelacao-civel-ac-1149-sc-20077200001149-7-trf4/inteiro-teor. Acessado em 01 de novembro de 2010.

qualificação profissional, é obrigatório e gratuito nos estabelecimentos oficiais, forte nos arts. 205 e 206 da CRFB/88. A especialização não segue esta regra no que tange à obrigatoriedade de curso gratuito. Vistos e relatados estes autos em que são partes as acima indicadas, decide a Egrégia 3ª Turma do Tribunal Regional Federal da 4ª Região, por unanimidade, negar provimento ao apelo da autora e dar parcial provimento ao apelo da ré, nos termos do relatório, votos e notas taquigráficas que ficam fazendo parte integrante do presente julgado. Grifei.

Ao final do curso, o diplomado adquire o título de especialista na área de estudo desenvolvida. Por exemplo, no curso de especialização em direito educacional o diplomado adquire o título de especialista em direito educacional106. 2.1.2.3.2 Pós-Graduação stricto sensu

O curso de pós-graduação stricto sensu compreende os programas de mestrado e doutorado. Esta modalidade de ensino está sujeita às exigências de autorização, reconhecimento e renovação de reconhecimento previstas nas seguintes legislações: Resolução CNE/CES nº 1/2001, alterada pela Resolução CNE/CES nº 24/2002.

Na Resolução CNE/CES nº 1/2001107, art. 1º e §§ estão disciplinados as exigências para a autorização, reconhecimento e renovação de reconhecimento:

106 Resolução CNE/CES n.º 1/07, art. 7:

Art. 7° A instituição responsável pelo curso de pós-graduação lato sensu expedirá certificado a que farão jus os alunos que tiverem obtido aproveitamento, segundo os critérios de avaliação previamente estabelecidos, sendo obrigatório, nos cursos presenciais, pelo menos, 75% (setenta e cinco por cento) de freqüência.

§ 1° Os certificados de conclusão de cursos de pós-graduação lato sensu devem mencionar a área de conhecimento do curso e serem acompanhados do respectivo histórico escolar, do qual devem

III - título da monografia ou do trabalho de conclusão do curso e nota ou conceito obtido;

IV - declaração da instituição de que o curso cumpriu todas as disposições da presente Resolução; e V - citação do ato legal de credenciamento da instituição.

§ 2° Os certificados de conclusão de cursos de pós-graduação lato sensu, em nível de especialização, na modalidade presencial ou a distância, devem ser obrigatoriamente registrados pela instituição devidamente credenciada e que efetivamente ministrou o curso.

§ 3° Os certificados de conclusão de cursos de pós-graduação lato sensu, em nível de especialização, que se enquadrem nos dispositivos estabelecidos nesta Resolução terão validade nacional.

Art. 1º Os cursos de pós-graduação stricto sensu, compreendendo programas de mestrado e doutorado, são sujeitos às exigências de autorização, reconhecimento e renovação de reconhecimento previstas na legislação.

§ 1º A autorização, o reconhecimento e a renovação de reconhecimento de cursos de pósgraduação stricto sensu são concedidos por prazo determinado, dependendo de parecer favorável da Câmara de Educação Superior do Conselho Nacional de Educação, fundamentado nos resultados da avaliação realizada pela Fundação Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior – CAPES e homologado pelo Ministro de Estado da Educação.

§ 2º A autorização de curso de pós-graduação stricto sensu aplica-se tão-somente ao projeto aprovado pelo CNE, fundamentado em relatório da CAPES.

§ 3º O reconhecimento e a renovação do reconhecimento de cursos de pós-graduação stricto sensu dependem da aprovação do CNE, fundamentada no relatório de avaliação da CAPES.

[...]

§ 5º É condição indispensável para a autorização, o reconhecimento e a renovação de reconhecimento de curso de pós-graduação stricto sensu a comprovação da prévia existência de grupo de pesquisa consolidado na mesma área de conhecimento do curso.

§ 6º Os pedidos de autorização, de reconhecimento e de renovação de reconhecimento de curso de pós-graduação stricto sensu devem ser apresentados à CAPES, respeitando-se as normas e procedimentos de avaliação estabelecidos por essa agência para o Sistema Nacional de Pós- Graduação.

Conforme será asseverado no Capítulo 3, para ter validade no Brasil, o diploma obtido em instituição de ensino estrangeira, deve ser submetido para revalidação por uma instituição de ensino nacional que possua curso de pós-graduação avaliado e reconhecido pela Fundação Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior – CAPES.

Conforme será asseverado no Capítulo 3, para ter validade no Brasil, o diploma obtido em instituição de ensino estrangeira, deve ser submetido para revalidação por uma instituição de ensino nacional que possua curso de pós-graduação avaliado e reconhecido pela Fundação Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior – CAPES.

No documento INTEGRAÇÃO DA EDUCAÇÃO NO MERCOSUL (páginas 48-0)

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