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CAPÍTULO VI – SPIN-OFFS ACADÉMICAS: ANÁLISE DE DADOS

6.1. SPIN-OFFS DE ORIGEM UNIVERSITÁRIA – ESTATÍSTICA DESCRITIVA

6.1.2. Dados sobre a criação da empresa spin-off

Na segunda parte do inquérito pretendeu-se retirar informações sobre as características das spin-offs quanto à relação com a Universidade, transferência de tecnologia e aos produtos/tecnologias que comercializam.

Quanto à forma de identificação da oportunidade de negócio, apenas 18 empresas responderam. Destas, 58.82% identificou a oportunidade de negócio através de Investigador/Grupo de investigação da Universidade (B), 11.8% através de um empreendedor externo (E) e, a mesma percentagem (11.8%) identificou a oportunidade de criação da empresa através de um empreendedor que colaborou com a investigação (F). Por fim, 17.65% identificaram outras fontes de identificação (F). As restantes opções não obtiveram qualquer resposta (OTIC ou outro departamento da Universidade).

Gráfico 14 - Identificação da oportunidade de negócio

Legenda:

A) OTIC (Oficina de Transferência de Tecnologia

B) Investigador/Grupo de investigação da Universidade

C) Outro departamento da Universidade D) Um empreendedor externo

E) Um empreendedor que colabora com a investigação

F) Outra

No campo da I&D, o valor das spin-offs pode ser mensurado através da capacidade que têm em investir no desenvolvimento tecnológico, em particular no que concerne a despesas em I&D (Shane, 2004). Pretende-se com estas questões observar quais os

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padrões de desenvolvimento em termos de inovação em que estas empresas estão inseridas.

Assim, no que diz respeito ao grau de maturidade do produto/serviço comercializado obtiveram-se 41 respostas, das quais 44.9% empresas foram criadas já com um produto/tecnologia no seu estado final de maturidade, ou seja, pronto a comercializar. Todavia é de realçar que 14.3% das empresas apenas detinham uma ideia para pôr em prática e, 16.3% das empresas estavam na condição de produto em desenvolvimento.

Gráfico 15– Grau de maturidade dos produtos/serviços comercializados

Estas conclusões vêm no seguimento do que verificámos nos capítulos teóricos. O investimento só é passível de ser realizado se houver algo já pronto a introduzir no mercado. É sempre mais difícil por em execução um projecto quando apenas se trata de uma ideia, aqui a incerteza está associada ao contexto.

A existência de incubação pode ser vista como um factor decisivo na criação de empresas

spin-off. A incubação de empresas tem vindo a desviar a sua atenção dos recursos físicos

oferecidos às empresas recém-criadas, passando a focalizar-se também no factor

networking.

Assim, esta forma de apoio está igualmente ligada à temática das redes de contactos que uma empresa pode ter. No caso das empresas que responderam ao inquérito podemos observar as tendências no gráfico 16.

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Legenda

A) Pré-incubação (preparar projectos com potencial)

B) Incubação física com sede na Própria Universidade

C) Incubação externa ou Virtual (sem espaço físico)

D) Incubação próxima da Universidade: E) Em Parques de Ciência

F) Centros empresariais G) Outras

Gráfico 16 – Existência de Incubação

A incubação física é um conceito associado à criação de spin-offs, pela oportunidade de apoio e pela proximidade da empresa ao meio académico.

O objectivo de uma incubadora é oferecer infra-estruturas técnicas e consultoria e apoio na gestão das empresas. Além disso, as incubadoras proporcionam o aproveitamento, por parte das empresas, das externalidades existentes no pólo onde estão inseridas, promovendo o desenvolvimento económico local.

Na generalidade verificou-se que 83.7% das spin-offs está incubada em Centros Empresariais ou Parques de Ciência, percentagem esta que corresponde a 41 empresas. Apenas cinco spin-offs responderam que não estão incubadas, o que corresponde a uma percentagem de 6% do total de spin-offs que responderam à questão.

O gráfico 17 apresenta as tipologias de incubação existentes nas empresas spin-offs académicas.

Gráfico 17 – Formas de incubação da empresa spin-off

10% 84% 6% 0% 20% 40% 60% 80% 100% Não Existência de incubação Existência de incubação Sem respostas Percentagem de empresas no que diz respeito a incubação Nº de empresas spin-offs F o rm a s d e I n cu b a çã o

Analisando as várias formas de incubação

41% das empresas está incubada em parques de Ciência ligados às Universidades, 37.5% das empresas está incubada perto das

Ainda 12.5% das empresas está em incubada fisic

Universidade. A Pré-incubação (preparar projectos com potencial) apenas está presente em 5.4% das empresas.

Foi pedido igualmente às empresas para seleccionar por ordem de importância os factore relacionados com a Universidade que mais contribuíram para

empresa. Os factores considerados

proximidade com a Universidade e a existência de redes de suporte dentro e fora da Universidade.

A existência de redes de suporte dentro e fora da universidade maioria das empresas como pouco importante, a p

exploração de mais conhecimentos

Os factores mais evidenciados foram o a

empresa, o acesso facilitado a fontes de financiamento item de Propriedade Intelectual

Os resultados mencionados

correspondência: número 1 corresponde a pouco importante e o número 6 corresponde a muito importante.

Gráfico 18– Factores que mais contribuíram para a decisão da criação da

Apoio da Universidade /OTIC na criação da empresa O facto de poder comercializar um novo Diminuição dos custos neste tipo de empresas Possibilidade de explorar um item de Propriedade

Existência de redes de suporte dentro e fora da Proximidade com a Universidade

Parcerias ao nível de I&D Possibilidade de transferência e exploração de mais Acesso facilitado a fontes de financiamento (Capital de O sector de actividade em que a empresa está inserida

Analisando as várias formas de incubação através do gráfico anterior

41% das empresas está incubada em parques de Ciência ligados às Universidades, 37.5% das empresas está incubada perto das Universidades.

empresas está em incubada fisicamente com sede na

incubação (preparar projectos com potencial) apenas está presente

às empresas para seleccionar por ordem de importância os factore relacionados com a Universidade que mais contribuíram para a decisão de criação da empresa. Os factores considerados menos relevantes foram as parcerias ao nível de I&D, proximidade com a Universidade e a existência de redes de suporte dentro e fora da

xistência de redes de suporte dentro e fora da universidade foi considerada pela maioria das empresas como pouco importante, a possibilidade de transferência e exploração de mais conhecimentos foi considerada importante.

videnciados foram o apoio da Universidade /OTIC na criação da acesso facilitado a fontes de financiamento, a possibilidade de explorar um item de Propriedade Intelectual e de transferência de exploração de mais conhecimentos.

ionados estão apresentados no gráfico 18. A escala tem a seguinte número 1 corresponde a pouco importante e o número 6 corresponde a

Factores que mais contribuíram para a decisão da criação da spin

0% 10% 20% 30%

Apoio da Universidade /OTIC na criação da empresa O facto de poder comercializar um novo … Diminuição dos custos neste tipo de empresas Possibilidade de explorar um item de Propriedade …

Existência de redes de suporte dentro e fora da … Proximidade com a Universidade

Parcerias ao nível de I&D Possibilidade de transferência e exploração de mais … Acesso facilitado a fontes de financiamento (Capital de … O sector de actividade em que a empresa está inserida

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através do gráfico anterior, verifica-se que 41% das empresas está incubada em parques de Ciência ligados às Universidades, 37.5%

amente com sede na própria incubação (preparar projectos com potencial) apenas está presente

às empresas para seleccionar por ordem de importância os factores a decisão de criação da as parcerias ao nível de I&D, proximidade com a Universidade e a existência de redes de suporte dentro e fora da

foi considerada pela ossibilidade de transferência e

poio da Universidade /OTIC na criação da ossibilidade de explorar um e de transferência de exploração de mais conhecimentos.

resentados no gráfico 18. A escala tem a seguinte número 1 corresponde a pouco importante e o número 6 corresponde a

spin-off 40% 50% 6 5 4 3 2 1

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Quanto à tipologia das parcerias existentes, esta está repartida de uma forma um pouco equitativa pelos vários itens abaixo identificados e que se podem observar no gráfico 19. Estas parcerias situam-se, na maior percentagem de respostas (22%) ao nível de contratos de investigação com a Universidade, ou seja, as spin-offs continuam a colaborar em actividades de I&D dentro da Universidade para melhorarem produtos/tecnologias já existentes ou introduzirem no mercado novos produtos ou novas tecnologias.

Gráfico 19 – Distribuição por tipo de parceria

Legenda:

A) A Universidade possui acções/quotas na empresa; B) Alguma da Propriedade Intelectual é da

Universidade

C) A empresa utiliza instalações da Universidade D) Algum membro da empresa pertence à universidade

E) Possui contratos de investigação com a Universidade

F) Prestação de serviços por parte da Universidade G) Outras