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CAPÍTULO IV – ESTUDOS SOBRE SPIN-OFFS ACADÉMICAS

4.3. SPIN-OFFS E FONTES DE FINANCIAMENTO CAPITAL DE RISCO

4.3.2. Tipos de Financiamento via Capital de Risco

No que diz respeito à legislação nacional, a actividade de Capital de Risco encontra-se regulamentada por lei e está sujeita à supervisão da Comissão do Mercado de Valores Mobiliários (CMVM).

Até 2002, essa supervisão era realizada conjuntamente com o Banco de Portugal, e a actividade de capital de risco só podia ser conduzida por Sociedades de Capital de Risco (SCR). Neste momento existem vários tipos de entidades que actuam neste mercado. Embora divergindo nas características próprias e na forma de actuação no mercado, existem três tipos de entidades ou investidores em Capital de Risco (APCRI, 2006):

As Sociedades de capital de Risco com capitais privados e/ou públicos

As Sociedades de capital de Risco (SCR) têm como objecto o apoio e promoção do investimento e da inovação tecnológica em projectos empresariais ou empresas já existentes, através da participação temporária no respectivo capital social.13

Este tipo de investidores podem desempenhar na empresa uma ou várias funções entre elas, a introdução de capitais, avaliação de activos financeiros, contribuição com know-

how para o desenvolvimento da empresa, exercício de actividades de coordenação e

gestão e até realizar estudos técnico-económicos de viabilidade de empresas ou de novos

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A par das SCR, que são a forma ideal de investimento de Capital de Risco, existem ainda os instrumentos de investimento colectivo: os Fundos de Capital de Risco (FCR) e os Fundos de Reestruturação e Internacionalização Empresarial (FRIE). (www.apcri.pt)

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projectos de investimento (planos de negócio e estudos de mercado), bem como das condições e modalidades do respectivo financiamento (Dorf e Byers, 2005).

Investidores particulares ou Business Angels;

Este tipo de investidores são os chamados capitalistas de risco individuais que cobrem as necessidades de financiamento a que o Capital de Risco institucional não dá resposta especialmente os projectos de seed capital e de capital inicial vulgarmente designados por start-ups.14

Os Business Angels são assim, na sua maior parte, antigos empreendedores com abundantes recursos financeiros que alienaram, na totalidade ou em parte, o seu negócio e que pretendem reinvestir uma parte dos seus capitais em empresas que lhes possam permitir obter resultados atractivos no futuro.

Esta actuação peculiar caracteriza-se por motivações específicas e que reflectem o seu perfil: investidores com visão empreendedora com objectivo de investir em sectores particulares que lhes permitam obter mais capital e onde os desafios a enfrentar são maiores. (APBA – Associação Portuguesa de Business Angels).

Capital de Risco empresarial

Este capital de risco, referido na literatura Anglo-saxónica como corporate venture

capital pode ser definido como a tomada de uma participação minoritária, directa de

empresas não financeiras em PME’S, não cotadas em bolsa e em fase de criação de desenvolvimento (Gompers e Lerner, 1998).

Um dos motivos que leva a este investimento em Capital de Risco empresarial é o acesso a novas fontes de conhecimento e de inovação de forma a maximizar os efeitos das parcerias.

Como estamos a falar de financiamento entre empresas, outro dos objectivos passa pela obtenção de sinergias a vários níveis, nomeadamente a nível estratégico entre o capital investido e a actividade da empresa participada.

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Seed Capital ou Capital Semente - São quase sempre pequenos montantes de capital fornecido para transformar uma boa ideia num produto ou serviço comercializável. Pode estar ligado ao desenvolvimento do produto mas raramente envolve o marketing inicial. É a forma mais arriscada de capital de risco dado que o conceito, a tecnologia, o empreendedor e o mercado ainda não têm provas dadas. Start-ups são empresas embrionárias, recém-criadas ou ainda em fase de constituição, implementação e organização de suas operações, que são frequentemente de base tecnológica.

Tendo em conta as fases de criação

financiamento aliado ao nível de risco de cada estádio. Cada tipo de financiamento via

etapa de desenvolvimento bem delinea

académicas, como podemos observar na figura seguinte:

Figura 15 – Tipos de Financiamento por etapas de desenvolvimento da empresas

Fonte: IAPMEI

Já o gráfico 32 do Anexo VI evidencia a tendência recente do capital de risco relativamente às fases de investimento nas empresas de acordo com o referido anteriormente. Nele se constata que em Dezembro de 2009 se verificou um aumento significativo da importância dos investimentos em empresas em fase de expansão.

Analisando o mesmo gráfico

empresas start-ups, sendo ainda de realçar que, em apenas dois

seed capital passou de uma quota de 9% para pouco mais de 2%.

Esta diminuição decorre, entre outras razões, da registados na CMVM, aos quais compete assumir um papel investimentos em seed capital

Tendo em conta as fases de criação das empresas, podemos esquema aliado ao nível de risco de cada estádio.

Cada tipo de financiamento via Capital de Risco está vocacionado para uma determinada etapa de desenvolvimento bem delineadas no processo de criação de

como podemos observar na figura seguinte:

Tipos de Financiamento por etapas de desenvolvimento da empresas

do Anexo VI evidencia a tendência recente do capital de risco relativamente às fases de investimento nas empresas de acordo com o referido constata que em Dezembro de 2009 se verificou um aumento significativo da importância dos investimentos em empresas em fase de expansão.

o mesmo gráfico denota-se ainda a perda de peso relativo do

, sendo ainda de realçar que, em apenas dois anos, o investimento em passou de uma quota de 9% para pouco mais de 2%.

, entre outras razões, da inexistência de

registados na CMVM, aos quais compete assumir um papel determinante no fomento de

capital (CMVM, 2009).

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podemos esquematizar o tipo de

está vocacionado para uma determinada no processo de criação de spin-offs

Tipos de Financiamento por etapas de desenvolvimento da empresas

do Anexo VI evidencia a tendência recente do capital de risco relativamente às fases de investimento nas empresas de acordo com o referido constata que em Dezembro de 2009 se verificou um aumento significativo da importância dos investimentos em empresas em fase de expansão.

e peso relativo do investimento em anos, o investimento em

inexistência de business angels determinante no fomento de

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