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MOINHO CHAPECÓ

DAS CONDIÇÕES PARA A APLICAÇÃO DA OUTORGA

Art. 4º - Nos lotes consolidados, onde não houver edificação, a faixa “non aedificandi”, até o limite de 15,00 metros, poderá ser utilizada mediante a aquisição de OUTORGA ONEROSA DE REQUALIFICAÇÃO AMBIENTAL, referente à área a ser edificada sobre a faixa de preservação e, devendo ainda atender no perímetro do lote lindeiro ao curso d’água:

I. A qualificação e a conservação ambiental do curso d’água;

II. O plantio de espécie arbórea e vegetais e recuperação de margens;

III. O tratamento e destinação adequada dos resíduos sólidos e líquidos, sem que haja o comprometimento dos potenciais hídricos.

Art. 5º - Nas edificações consolidadas onde não houve a aprovação do Município, a mesma poderá ser regularizada mediante a aquisição de OUTORGA ONEROSA DE REQUALIFICAÇÃO AMBIENTAL, referente à área edificada sobre a faixa de preservação e, devendo ainda atender no perímetro do lote lindeiro ao curso d’água:

I. A qualificação e a conservação ambiental do curso d’água;

II. O plantio de espécie arbórea e vegetais e recuperação de margens;

III. O tratamento e destinação adequada dos resíduos sólidos e líquidos, sem que haja o comprometimento dos potenciais hídricos.

Art. 6º - Para os caso onde não houve a aprovação do Município e a construção desenvolveu- se sobre o curso d’água, a regularização dar-se-á mediante a aquisição da OUTORGA ONEROSA DE REQUALIFICAÇÃO AMBIENTAL, referente à área edificada sobre a faixa de preservação e sobre o leito do córrego, devendo ainda atender no perímetro do lote lindeiro ao curso d’água:

I. A qualificação e a conservação ambiental do curso d’água; II. Plantio de espécie arbórea e vegetais e recuperação de margens;

III. Tratamento e destinação adequada dos resíduos sólidos e líquidos, sem que haja o comprometimento dos potenciais hídricos.

Parágrafo Único – Para os casos previstos no artigo anterior, onde não for possível o atendimento dos incisos I e II, devido à construção estar localizada sobre o curso d’água, o proprietário do imóvel deverá atender, além das exigências da OUTORGA ONEROSA DE REQUALIFICAÇÃO AMBIENTAL, referente à área construída da edificação, o atendimento do inciso III deste artigo, no local da edificação e o atendimento dos incisos I e II em outro local, a ser definido pelo Sistema de Planejamento Territorial e Gestão Democrática – SPTGD, da Secretaria de Pesquisa e Planejamento.

Art. 7º - Nas edificações consolidadas, onde houve aprovação do Município, o proprietário do imóvel deverá atender:

I. A qualificação e a conservação ambiental do curso d’água; II. Plantio de espécie arbórea e vegetais e recuperação de margens;

III. Tratamento e destinação adequada dos resíduos sólidos e líquidos, sem que haja o comprometimento dos potenciais hídricos.

Parágrafo Único – Para os casos previstos no “caput” deste artigo, onde a construção desenvolveu-se sobre o curso d’água e a qualificação ambiental e o reflorestamento e recuperação das margens não for possível, deverá atender, neste caso, o tratamento e destinação adequada dos resíduos sólidos e líquidos, sem que haja o comprometimento dos potenciais hídricos.

Art. 8º - A OUTORGA ONEROSA DE REQUALIFICAÇÃO AMBIENTAL sempre estará vinculada à edificação existente sobre o lote e/ou sobre a futura edificação, respeitadas as suas características construtivas, incidente sobre a área real utilizável da edificação, da projeção da edificação que estiver sobre a faixa “non aedificandi”.

Art. 9º - No caso de edificações existentes e aprovadas pelo Município, futuras ampliações ou alteração de atividade, incidirá sobre a ampliação e a nova atividade OUTORGA ONEROSA DE REQUALIFICAÇÃO AMBIENTAL, conforme previstos nesta Lei Complementar.

Parágrafo Único – Tratando-se de edificações de madeira devidamente aprovada pelo Município, no caso de substituição da mesma, não incidirá a OUTORGA ONEROSA DE REQUALIFICAÇÃO AMBIENTAL, sobre a área devidamente aprovada, independente das novas características que a mesma tiver, exceto para os casos de substituição de atividade, onde incidirá nova Outorga, conforme previsto no artigo 16 desta Lei Complementar.

Art. 10 – Para os lotes consolidados e para os lotes com edificações existentes, a faixa “non

aedificandi” passará a ser de 15,00 (quinze) metros, contados da margem do córrego [para

cada lado], incidindo sobre os demais 15,00 (quinze) metros a OUTORGA ONEROSA DE REQUALIFICAÇÃO AMBIENTAL.

Art. 11 – Não será permitida a edificação e ampliações de edificações já existentes e aprovadas pelo Município, sobre a faixa “non aedificandi” de 15,00 (quinze) metros, bem como sobre o leito do córrego, mesmo que este esteja canalizado ou fechado atualmente.

Parágrafo Único - Excetua-se do previsto no artigo anterior, os casos previstos no § 2º do artigo 301 da Lei Complementar nº 202/2004, após a análise a aprovação do laudo técnico que demonstre a situação irreversível do trecho canalizado, incidindo, no entanto, para esses casos, a OUTORGA ONEROSA DE REQUALIFICAÇÃO AMBIENTAL.

Art. 12 – Para o cálculo da OUTORGA ONEROSA DE REQUALIFICAÇÃO AMBIENTAL e/ou da Transferência do Direito de Construir, dos lotes localizados nas Unidades Ambientais de Requalificação Urbana – UARU, serão utilizados os parâmetros urbanísticos da unidade territorial adjacente.

Art. 13 – Nos lotes consolidados onde não houve a construção de edificações, o proprietário do imóvel poderá utilizar-se do instrumento da Transferência do Direito de Construir, referente ao potencial construtivo básico da totalidade da área do lote em questão, atendida as exigências do Instrumento da Transferência do Direito de Construir.

§ 1º – Nos lotes onde já existe uma edificação, somente será permitida a Transferência do Direito de Construir, para a parcela do lote não edificado, ou sobre a totalidade do imóvel,

respeitada a legislação de regulamentação do Instrumento da Transferência.

§ 2º - Somente será permitida a aplicação do instrumento da Transferência do Direito de Construir, quando o lote e/ou edificação for de interesse do Município, para a implantação de projetos que visem a requalificação do local e ou a implantação de equipamentos públicos para o uso coletivo da população e que o lote seja transferido ao Município no ato da aplicação do instrumento.

Art. 14 – Quando para a aplicação da OUTORGA ONEROSA DE REQUALIFICAÇÃO AMBIENTAL, for utilizado o instrumento da Transferência do Direito de Construir, deverá ser observado a legislação que regulamenta o instrumento, sendo o total da área a ser transferida, acrescida de 10% (dez por cento), respeitados os índices urbanísticos previstos para a unidade territorial em que for aplicado o direito da transferência.

Art. 15 – A certidão emitida pelo Município, relativo ao quantitativo de área a ser transferida, decorrente da aplicação do instrumento da Transferência do Direito de Construir, poderá ser transferido à terceiros, desde que comunicado e averbado pelo Município, de acordo com a Legislação pertinente.

Art. 16 – Quando da alteração da atividade licenciada, por ocasião da aplicação da OUTORGA ONEROSA DE REQUALIFICAÇÃO AMBIENTAL, ao proprietário do imóvel incidirá nova OUTORGA ONEROSA DE REQUALIFICAÇÃO AMBIENTAL, cujo valor será a diferença entre as atividades, em função da aplicação do Fator de Correção Estratégico (Fce), constante no cálculo da Outorga, conforme artigo 21 desta Lei Complementar.

Parágrafo Único – No caso de o novo valor ser inferior ao valor estipulado na incidência da OUTORGA ONEROSA DE REQUALIFICAÇÃO AMBIENTAL, não caberá a devolução destes ao proprietário do imóvel.

Art. 17 – Constatada a alteração das características da edificação, a ampliação da área construída ou o não cumprimento da destinação que motivou a utilização do Fator de Correção Estratégico (Fce), no ato da incidência da OUTORGA ONEROSA DE REQUALIFICAÇÃO AMBIENTAL, o Município procederá à cobrança da nova Outorga de acordo com os padrões construídos e atividades desenvolvidas no imóvel.

Capítulo III