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Exercício A – 1º texto

DATAS ACONTECIMENTOS

1811 Retirada dos franceses

1817 Execução do general Gomes Freire d’Andrade

1820 Revolução Liberal

1933 Implantação do salazarismo

1965 Assassinato de Humberto Delgado

1974 Revolução de Abril

2. O paralelismo pode ser estabelecido entre acontecimentos e entre pessoas. Com efeito, apesar da reti- rada dos franceses, a nação portuguesa ficou ainda mais enfraquecida, uma vez que o rei continuou no Brasil, o país empobreceu devido aos saques dos invasores e da gestão governativa sem recursos para alterar a situação económica miserável em que Portugal se encontrava. Durante a ditadura salazarista, verificou -se a mesma situação de miséria, se bem que a economia tivesse recuperado graças às medidas restritivas impostas pelo ditador.

Perante a situação degradante do país, tanto no século XIX como no século XX, várias vozes discordantes se foram fazendo ouvir, assumindo papel de destaque dois militares que, embora separados por mais de um século, aspiravam a alterações políticas e sociais, contestando a governação e tendo ambos o mesmo fim, a morte antecipada.

De qualquer modo, a insatisfação militar e populacional acabaria por ter repercussões, culminando em duas revoluções que transformaram a realidade nacional.

Pág. 196 OUVIR/FALAR

Texto informativo sobre William Carr Beresford

William Carr Beresford nasceu no dia 2 de outubro de 1768, em Inglaterra.

17 anos depois assentou praça e participou em várias campanhas militares contra a França. Distinguiu-se no assédio de Toulon em 1793.

De 1799 a 1803, destacou-se nas campanhas do Egito e da África do Sul. Capitulou em Buenos Aires e viu-se obrigado a regressar a Inglaterra em 1807. O governo português pediu, nesse ano, auxílio militar à Inglaterra face à iminência da invasão franco-espanhola.

Perante a aproximação de Junot, a família real retirou-se para o Brasil e Beresford refugiou-se a bordo da esquadra inglesa.

Quando os franceses de Junot se retiraram a 2 de janeiro de 1809, o príncipe regente anunciava do Brasil ter pedido a Londres um general para organizar o exército português. Como Wellesley não aceitou o con- vite, substituiu-o Beresford, um homem de caráter duro, disciplinador e tecnicamente competente.

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Apesar do melhoramento das tropas portuguesas, a verdade é que o inimigo só se retiraria em março de 1811. Beresford prossegue a campanha contra os franceses até Salamanca, onde foi ferido em 1812. Mas em 1813 perseguia os fugitivos até Vitória e Toulouse.

Entretanto, a mão de ferro do general inglês fazia-se sentir não só na esfera militar mas também na política da Regência.

Perante a recrudescência do movimento conspiratório, Beresford deslocou-se ao Rio para exigir mais po- deres, de forma a disciplinar o País. Dizia-se que sob o comando de Gomes Freire se intentava instaurar a Revolução. Apesar ter sido travada a conjura e silenciado o general Gomes Freire, em 1817, a agitação não sucumbiu. Por isso, quando em julho de 1820, Beresford se vê com o título de marechal-general do exército português e se preparava para regressar como um verdadeiro ditador, foi impedido, pela Junta Provisória, de desembarcar em Lisboa, em outubro do mesmo ano.

Depois de ter regressado a Inglaterra, ainda voltaria em 1826, após a ajuda solicitada pela regente D. Isabel Maria. Esta, contudo, manteve-o afastado do exército.

Em 1828, recebeu o cargo de diretor-geral da Arma de Artilharia e, em 1830, abandonou definitivamente a política, entregando-se ao ócio até à data da sua morte, que ocorreu em 8 de janeiro de 1854, em Bedgebury.

A.1 William Carr Beresford

DATAS ACONTECIMENTOS

1768 Nascimento em Inglaterra.

1785 Assentamento de praça e participação em várias campanhas

militares.

1799 -1803 Destacamento nas campanhas do Egito e da África do Sul.

1807 Regresso a Inglaterra, depois de ter capitulado em Buenos

Aires.

1809 Retirada de Junot e pedido de D. João VI para que Londres

envie um general para reorganizar o exército português.

1811 Retirada do inimigo.

1817 Impedimento da conjura e execução de Gomes Freire.

1820 Regresso do Brasil com mais poderes, mas impedido de

desembarcar em Lisboa, seguindo daí para Inglaterra.

1826 Regresso, de novo, a Portugal, com a regente D. Isabel a

exigir que se mantenha afastado do exército português.

1828 Cargo de diretor geral de Artilharia.

1830 Retirada da vida política e entrega ao ócio.

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PRÁTICAS DA LÍNGUA

A.1 e A.2 Sociedades Secretas em Portugal

O Movimento Conspirativo, em marcha quer em Portugal quer até no Brasil, ganha novos contornos em 1817 e em 1818, dado que vemos aumentarem as medidas de repressão à sua volta e já que é, fundamental- mente, no seio das sociedades secretas que os descontentes vão congeminar um importante movimento de operacionalidade revolucionária, o que reflete uma efetiva tomada de consciência liberal por parte de certos setores da sociedade portuguesa. Dessas associações, algumas há que devem ser destacadas: em 1817, a as- sociação de caráter político Supremo Conselho Regenerador promoverá a conspiração de Gomes Freire; e, em 1818, outra associação secreta, o Sinédrio, levará à Revolução de 1820 (O. Marques, 1990). Note -se que não era só em Portugal que os descontentes nesses anos de 1814 a 1817 se organizavam em sociedades, as quais eram obrigatoriamente secretas, pelas perseguições a que foram sujeitas. Por toda a Europa, foi no seu seio que se formaram núcleos restritos, contudo ativos, de elementos revolucionários. Ao longo do século XIX coexistiram, sob nomes e atuações políticas diferentes, mações, carbonários e comuneros (J. Heron Lepper, 1933) (…).

in História de Portugal, Vol. 5, dir. José Mattoso

Pág. 197 ESCREVER A.1

DATAS Dados biográficos relativos a Gomes Freire d’Andrade

1757 Nascimento em Viena de Áustria

1793 Incorporação no exército português

1801 Invasão da Galiza e recuperação de algumas praças portuguesas

1803 Envolvimento em acontecimentos político -militares

– tumultos de Campo de Ourique

1815 Regresso a Portugal

1817 Execução e morte do general

Pág. 201 ORIENTAÇÕES DE LEITURA A.1 Nome das personagens Expressões textuais Caracterização Positiva – Manuel – Frei Diogo

– António Sousa Falcão – Matilde de Melo

“O mais consciente dos populares” “Um homem sério que destoaria…” “O inseparável amigo…”

“A companheira de todas as horas”

Caracterização Negativa / Irónica – Vicente – D. Miguel Forjaz – Beresford – Principal Sousa – Morais Sarmento – Andrade Corvo

“Um provocador em vias de promoção”

“Três conscienciosos governadores do reino”

“Dois denunciantes que honraram a classe”

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PRÁTICAS DA LÍNGUA