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Conhecer os materiais a serem utilizados na embal gem é fundamental.

Deve-se fazer uma pesquisa d

serem utilizados, para que seja selecionado o que m lhor atenda os objetivos

tegridade do produto

Conforme Moura e Banzato (2000), o material determina as propriedades formais que a embalagem poderá a sumir, ou seja,

trutivas próprias que são condicionad

tratamentos específicos” (Moura e Banzato, 2000, p.81). Vidro

Vidro Vidro Vidro

Durante a pesquisa na internet e o estudo de campo, constatou-se que o vidro é o

para conter o perfume por não ser poroso, evitando a sim, a volatilidade

cerâmica para conter perfumes e produtos cosméticos, no entanto, com a descoberta do vidro pelos fenícios no século I, a cerâmica foi substituída pelo vidro.

a leitura confortável, sem perder a legibilidade. Desta forma, utilizou-se a Sans LigthSans LigthSans Ligth para o texto e a HelveSans Ligth HelveHelveNHelveNNu-Nu-u-u-

para os títulos.

Definição de materiais

Conhecer os materiais a serem utilizados na embala- gem é fundamental.

se fazer uma pesquisa dos possíveis materiais a serem utilizados, para que seja selecionado o que me- lhor atenda os objetivos do projeto, preservando a in- tegridade do produto.

Conforme Moura e Banzato (2000), o material determina as propriedades formais que a embalagem poderá as-

umir, ou seja, “cada material possui características cons- trutivas próprias que são condicionadas por técnicas e tratamentos específicos” (Moura e Banzato, 2000, p.81).

Durante a pesquisa na internet e o estudo de campo, se que o vidro é o material mais apropriado para conter o perfume por não ser poroso, evitando as-

volatilidade do perfume. Os egípcios utilizavam a cerâmica para conter perfumes e produtos cosméticos, no entanto, com a descoberta do vidro pelos fenícios no

cerâmica foi substituída pelo vidro.

Com o vidro pode

custo, higiênicas, atraentes, resistentes ao tempo, c lor, ácidos e álcalis.

O vidro é composto sódio e calcário.

adição de óxidos metálicos como ferro, cobre, mang nês e cromo. A cor vermelha, rubi, é adquirida com a adição de óxido de ouro ou selênio.

Existem vários tipos de vidros, resultantes de formul ções diferentes, cada um com características e adequados a diversas finalidades.

A principal propriedade do vidro é a transparência. A falta de resistência ao choque térmico pode se melh rada pela adição de tempera.

luz, este problema pode ser contornado pela coloraçã do vidro.

Dentre as outras

lidade, dureza, não absorvência, ótimo isolante elétrico, baixa condutividade térmica, recursos

natureza e durabilidade. são o peso e a fragilidade.

As garrafas, as embalagens de cosméticos e outros r cipientes de vidro são produzidos por um processo a tomático que combina a prensagem (para a formação da boca do recipiente) e o sopro (para a for

interior do recipiente).

O processo automático típico de fabricação de garrafas e frascos por sopro é o seguinte: despeja

Com o vidro pode-se produzir embalagens de baixo custo, higiênicas, atraentes, resistentes ao tempo, ca- lor, ácidos e álcalis.

O vidro é composto basicamente de areia, carbonato de sódio e calcário. A coloração do vidro é realizada pela adição de óxidos metálicos como ferro, cobre, manga-

A cor vermelha, rubi, é adquirida com a adição de óxido de ouro ou selênio.

Existem vários tipos de vidros, resultantes de formula- ções diferentes, cada um com características próprias e adequados a diversas finalidades.

A principal propriedade do vidro é a transparência. A falta de resistência ao choque térmico pode se melho- rada pela adição de tempera. Embora seja permeável à luz, este problema pode ser contornado pela coloração

Dentre as outras propriedades do vidro estão: reciclabi- lidade, dureza, não absorvência, ótimo isolante elétrico, baixa condutividade térmica, recursos abundantes na natureza e durabilidade. Suas principais desvantagens são o peso e a fragilidade.

As garrafas, as embalagens de cosméticos e outros re- cipientes de vidro são produzidos por um processo au- tomático que combina a prensagem (para a formação da boca do recipiente) e o sopro (para a formação do interior do recipiente).

O processo automático típico de fabricação de garrafas e frascos por sopro é o seguinte: despeja-se um pouco

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de vidro fundido num molde estreito e invertido e se faz pressão com ar contra o fundo do molde, que cor- responderá ao gargalo da garrafa. Depois é aplicado um defletor sobre a parte superior do molde. Uma in- jeção de ar que entra pela parte inferior, através do gargalo, produz parte da garrafa. A garrafa semi- pronta, chamada esboço, é transportada pelo gargalo; depois é virada e depositada em outro molde, onde recebe um sopro que lhe dá a forma definitiva. Em ou- tro tipo de máquina, utilizada para recipientes de boca larga, o esboço é prensado dentro do molde com um êmbolo, antes deser soprado no molde definitivo. Os frascos pouco fundos, como os potes usados para cosméticos, são feitos por prensagem98.

O vidro possui três importantes qualidades que o dife- rencia de outros materiais utilizados em embalagens: 100% Reciclável:

100% Reciclável: 100% Reciclável:

100% Reciclável: O vidro é infinitamente reciclável. Um recipiente de vidro reciclado possui as mesmas quali- dades de um fabricado com matérias-primas virgens, independentemente do número de vezes que o material for utilizado.

Retornável: Retornável: Retornável:

Retornável: As embalagens como garrafas de refrigeran- tes e cervejas podem ser reaproveitadas diversas vezes, sem que haja problemas de deformação ou absorção

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Fonte: http://www.sucatas.com/vidro.html. Acessado em 11 de junho de 2008.

de sabores quando forem lavadas em temperaturas ele- vadas ou com detergentes adequados.

Reutilizável: Reutilizável:Reutilizável:

Reutilizável: Recipientes de vidro acabam sendo reutili- zados de maneira diferente daquela em que foram pro- duzidos. Podem ser utilizados para armazenar alimentos ou até como objetos de decoração, como no caso de alguns perfumes.

Cerâmica CerâmicaCerâmica Cerâmica

Como a inspiração para o projeto foi a arte indígena, e pretendia-se alcançar a diferenciação por meio da ino- vação, foi decidido a utilização da cerâmica como uma segunda embalagem, a fim de agregar valor ao produto, associando-o à cerâmica marajoara, famosa por suas belíssimas peças, confeccionadas pelos índios da ilha de Marajó, cercada pelos rios Amazonas e Tocantins, e pelo Oceano Atlântico.

Observando as demais artes dos indígenas, optou-se por utilizar um cordão de palha com acabamento de sementes e penas, sofisticando a peça, tornando-a um possível objeto de decoração, após o término do per- fume.

A cerâmica confere uma imagem artesanal, desejada neste projeto, uma vez que o artesanal é único, e ex- clusividade é considerada luxo nos dias atuais.

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Frasco inicial em argila

Molde de gesso do frasco

Materiais e os primeiros moldes

Papel Papel Papel Papel

Como o vidro e a cerâmica são materiais frágeis, fez-se necessário a adoção do cartucho de papel cartão. Além do mais, a caixinha do perfume facilitaria o transporte do produto, além de proporcionar uma mídia para in- formações pertinentes à venda do mesmo, como com- posição, código de barras, quantidade e nome do pro- duto.

O papel é ainda um dos mais econômicos e versáteis materiais de embalagem. É o mais amplamente usado devido ao seu baixo custo, baixo peso e facilidade de processamento.

Conforme Gurgel (2007), o cartucho deve apresentar as seguintes características:

• Prestabilidade no corte e vinco; • Elasticidade; • Leveza; • Resistência; • Rigidez; • Imprimibilidade; • Solidez à luz;

• Inalterabilidade ante os produtos contidos. Assim, o cartucho do perfume assume a função de pro- teção, informação e atratividade no ponto de venda.

Mock-up

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Depois de definida a forma e feito os ajustes em pro- porções e simetria, desenvolveu-se o mok-up do frasco. Primeiramente, foi realizada a modelagem do frasco em argila. Depois, a partir do modelo de argila, confeccionou- se o molde de gesso.

O passo seguinte foi fazer o mock-up de resina. No en- tanto, como o molde de gesso apresentou algumas ir- regularidades conseqüentes de sua confecção, um no- vo molde foi produzido, corrigindo tais imperfeições, mas de resina de poliéster.

Para conseguir um mock-up do frasco oco de resina, fo- ram utilizados os dois moldes, o positivo e o negativo. O positivo foi lixado para ter suas medidas reduzidas para que, quando este estivesse dentro do negativo, ficasse uma folga que seria a espessura do frasco, área onde se coloca a resina.

Com a tampa do frasco, foi feito um modelo de argila, e em seguida o molde de gesso, como feito com o frasco. A embalagem de cerâmica também exigiu a confecção de molde de gesso, uma vez que sua produção direta, por ser uma peça oca, tornou-se inviável.

99 Modelo que reproduz de maneira fiel o futuro produto, mas que

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Molde positivo de resina de poli- éster

Molde negativo de resina de poliéster

Molde de gesso da tampa

A peça de argila foi feita no torno, inteiriça. A partir daí, retirou-se o excesso, deixando-a reta. No torno ela foi produzida toda circular, porque é a única forma possí- vel de ser feita.

Observando-se o frasco em resina, a peça de cerâmica foi retocada manualmente, de modo a obedecer a for- ma do frasco.

A seguir, o molde de gesso foi produzido. Após sua se- cagem, fez-se a peça oca, com barbutina. Como a bar- butina disponível não era da cor escolhida, a peça re- cebeu banho de engobe para ficar com o tom mais comum da cerâmica indígena. O engobe também foi u- tilizado para pintar o desenho na cerâmica.

O cordão que amarra a embalagem de cerâmica foi produzido com palha da costa trançada, miçangas de sementes e penas coloridas, predominando tom verme- lho, para fazer ligação com a cor do frasco.

Paralelamente à confecção dos mock-ups físicos, fo- ram desenvolvidas as modelagens em 3D do frasco, da embalagem de cerâmica e do cartucho de papel cartão.

Foram desenvolvidos os mock-ups físico e digital para garantir que ao menos um deles estivesse pronto a tempo de concluir a monografia.

Embora o mock-up físico do frasco não tenha ficado fiel ao projeto, mostrou as dimensões reais da peça,

proporcionando um melhor entendimento do projeto e permitindo ver possíveis modificações.

Passos da confecção do mock-up de cerâmica:

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Resultado final

Após os estudos realizados sobre a perfumaria, o luxo, a embalagem e seu processo de criação e a arte indíge- na, chegou-se às formas definitivas.

A seguir encontram-se as imagens do projeto final e os desenhos técnicos.

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Uma longa jornada foi percorrida até aqui. Muita pes- quisa na internet, em livros, visitas de campo, conversas com profissionais de várias áreas, enfim, um trabalho árduo, porém gratificante, que serviu para um grande aprendizado.

Este tema foi proposto justamente com este objetivo: a- prender mais sobre uma área tão interessante e tão pou- co abordada no curso de Desenho Industrial da Ufes, a embalagem. Um dos motivos é que a embalagem está mais inserida na área do design de produto do que do gráfico, embora ela seja uma interseção entre ambas. O universo da embalagem é bem amplo, o que me levou a fazer um grande recorte para que o trabalho não se tornasse tão extenso. No entanto, esse recorte garante a possibilidade de novas pesquisas na área, com outro en- foque, até mesmo dentro do setor de perfumaria. Uma possível parceria com a indústria, com uma empre- sa de perfumaria e cosmética engrandeceria muito o tra- balho, no entanto as tentativas foram sem sucesso. Afinal, com a concorrência cada vez mais acirrada dos tempos atuais, as empresas tornam-se receosas em a- brir suas portas para o aprendizado de profissionais e estudantes, que não estejam em seu quadro de funcio- nários.

O tempo do projeto também é curto para se conseguir os contatos certos e a confiança de grandes empresas como Natura e O Boticário, por exemplo. Somando-se

ainda os problemas obtidos no decorrer do trabalho, o que tomaram boa parte do tempo da pesquisa.

Entretanto, considero satisfatório o resultado obtido, den- tro de um projeto de graduação. Muitas vezes meu orien- tador, Gilberto Kunz, me repreendia, dizendo não se tra- tar de uma dissertação ou tese.

O assunto embalagem de perfume é tão fascinante que não dá vontade de parar de pesquisar, observar, analisar, desenvolver. Ainda mais em se tratando do universo fe- minino, tão rico, e do mercado de luxo, que permite um investimento maior no projeto.

A inspiração indígena foi um desafio de aliar o que à primeira vista parece totalmente oposto ao luxo. No en- tanto, com a relativização deste conceito, percebe-se que é perfeitamente possível aliar o artesanal com o re- quinte. Afinal, exclusividade tem sido a palavra de or- dem deste setor, e nada mais exclusivo do que uma pe- ça artesanal, que uma nunca é exatamente igual à outra.

Contudo, acredito que, como em qualquer projeto, sem- pre há o que melhorar. Porém, é necessário chegar a um ponto final para a conclusão do projeto.

Pretendo desenvolver a proposta, e, se possível, comer- cializar a idéia com alguma empresa do setor de perfu- maria e cosmético que tenha interesse em desenvolver produtos levando em consideração o significado cultural, social e ambiental do artesanato, para um público que busca a qualidade e a distinção.

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Já na parte final deste trabalho, tive conhecimento da empresa Amazon Green, do Pará, que trabalha com uma proposta bem semelhante, buscando a diferenciação a- través da inovação no uso de materiais e utilizando o ar- tesanal através da mão-de-obra indígena e de recursos naturais da região, respeitando a natureza.

Esta empresa foi divulgada em matéria na revista Pack, do mês de junho de 2008, nº 130, da editora Banas. Seus produtos estão sendo exportados para a França e a Itália. O principal material utilizado pela Amazon Green é a madeira, embora tenham alguns cremes em potes de cerâmica, além de intenção de expandir os tipos de ma- teriais.

Em relação às questões propostas no início deste traba- lho (como a embalagem pode interferir na relação do consumidor com o perfume de luxo? Em que medida a embalagem interfere na decisão de compra de perfu- mes de luxo?), estas foram respondidas no desenvolver do texto.

A embalagem, juntamente com a qualidade do produto, influencia a decisão de compra do consumidor, agre- gando valor e diferenciando-o do concorrente.

O usuário do produto cria uma relação afetiva com o per- fume proporcionada pelas lembranças ocasionadas por este e pela primazia da embalagem.

É evidente que os perfumes são escolhidos por sua fra- grância. No entanto, há pessoas que já escolheram um perfume por sua embalagem e algumas que na dúvida,

optaram pela embalagem mais bonita e atraente. Nos si- tes de venda de perfumes, a embalagem e o discurso publicitário do perfume possuem um peso ainda maior. Afinal, na internet, ainda não é possível sentir cheiro, pelo menos numa tecnologia acessível.

Enfim, o conjunto de embalagens aqui propostas para o suposto perfume Terra Brasilis foi coerente com o objeti- vo estabelecido, destacando-se dos demais pela própria temática, pela inovação no uso dos materiais escolhidos (cerâmica, palha, sementes e pena), pela atratividade das formas e cores.

Espero ter contribuído com um pouco mais de esclare- cimento do universo da embalagem, da perfumaria e do mercado de luxo, e aberto caminhos para novas pesqui- sas.

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Livros, monografias, teses e dissertações