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5.2.1 Definição da Área a Ser Avaliada

A área total do projeto das Asucs compreendeu as unidades de conservação existentes nos municípios que integram o Parque Estadual da Serra do Tabuleiro: Palhoça, Santo Amaro da Imperatriz, Águas Mornas, São Bonifácio, São Martinho, Imaruí, Paulo Lopes e Garopaba.

A escolha de unidades político-administrativas para compor os limites da avaliação de sustentabilidade se deu pela função de instrumento de apoio à decisão, na determinação da cota-parte de ICMS dos municípios. O município de Florianópolis não está inserido na presente avaliação, por dois motivos básicos: 1) contribui com menos de 1% da área total do Parque da Serra do Tabuleiro; localiza-se fora da sua área contínua (Epagri, apud SOCIOAMBIENTAL, 2001); 2) há poucas informações a respeito dos ecossistemas costeiros (PRESCOTT-ALLEN, 2001).

O Parque Estadual da Serra do Tabuleiro foi escolhido como referência da área de estudo pela importância e magnitude dos benefícios gerados e pela relativa quantidade de informações disponíveis acerca do sistema, em função do Plano Básico de Zoneamento da área, que caracteriza os seus aspectos físicos, bióticos e socioeconômicos.

Em termos político-geográficos, a área em avaliação é de 285.926,00 hectares, descriminada conforme o quadro a seguir.

Quadro 25: Área dos Municípios que Compõem o estudo de caso

MUNICÍPIO ÁREA (HA)

ÁGUAS MORNAS 36.075,700

GAROPABA 11.467,000 PALHOÇA 39.466,200 IMARUÍ 54.223,600 SANTO AMARO DA IMPERATRIZ 31.073,500

SÃO BONIFÁCIO 46.130,100 PAULO LOPES 45.037,200 SÃO MARTINHO 22.453,100

TOTAL 285.926,400

Fonte: IBGE (2001).

A unidade de conservação apresentada no quadro 26, integrante da presente avaliação, foi escolhida tomando-se como base o cadastro de unidades de conservação da Fundação de Meio

Ambiente (FATMA, 2003). Neste sentido, foram inseridas somente as UCs sistematizadas pelo Snuc e o Seuc, devendo, para tal, possuir diploma legal de criação vigente. Assim, a UC integrante deste estudo de caso é o Parque Estadual da Serra do Tabuleiro – Pest. A APA da Baleia Franca, no município de Garopaba, não foi contemplada na pesquisa em tela em função da indisponibilidade momentânea de informações acerca das suas condições biofísicas. Além disto, esta é uma UC marcadamente marinho-costeira, estendendo-se pelo litoral catarinense desde o município de Palhoça até o sul do estado, somente apresentando área terrestre no município de Garopaba. Ressalta-se aqui a falta de informações sobre a realidade do ambiente em que se insere a referida UC.

Especificamente, a área da Avaliação de Sustentabilidade de Unidades de conservação é de 87.495 hectares, conforme detalhado no quadro 26 a seguir.

Quadro 26: Área das Ucs que compõem o estudo de caso por município ÁGUAS MORNAS

Categoria UC Nome Âmbito/Domínio Área da UC no Município (ha)

Parques Serra do Tabuleiro Estadual 7.866,45

TOTAL 7.866,45 GAROPABA

Categoría UC Nome Âmbito ou Domínio Área da UC no Município (ha)

Parques Serra do Tabuleiro Estadual 874,05

TOTAL 874,05 IMARUÍ

Categoria UC Nome Âmbito ou Domínio Área da UC no Município (ha)

Parques Serra do Tabuleiro Estadual 6.992,40

TOTAL 6.992,40 PALHOÇA

Categoria UC Nome Âmbito ou Domínio Área da UC no Município (ha)

Parques Serra do Tabuleiro Estadual 16.606,95

TOTAL 16.606,95 PAULO LOPES

Categoria Nome Âmbito ou Domínio Área da UC no Município (ha)

Parques Serra do Tabuleiro Estadual 25.347,45

TOTAL 25.347,45 SANTO AMARO DA IMPERATRIZ

Parques Serra do Tabuleiro Estadual 18.355,05

TOTAL 18.355,05 SÃO BONIFÁCIO

Categoria Nome Âmbito ou Domínio Área da UC no Município (ha)

Parques Serra do Tabuleiro Estadual 9.614,55

TOTAL 9.614,55 SÃO MARTINHO

Categoria Nome Âmbito ou Domínio Área da UC no Município (ha)

Parques Serra do Tabuleiro Estadual 1.748,1

TOTAL 1.748,10

Fonte: Adaptado de FATMA, 2003.

Existem inúmeras controvérsias acerca da área total do Parque da Serra do Tabuleiro descrita no Plano Básico de Zoneamento – PBZ -, em função das diferentes formas de apuração da área das glebas (SOCIOAMBIENTAL, 2001). As medições cartográficas apresentam um resultado, enquanto que a demarcação do parque apresenta resultado distinto. Foi utilizada aqui a área total de 87.405 hectares, por ser a área legal da unidade, constante do Decreto 17.720/82, que, mesmo não sendo o seu decreto de criação, é o diploma legal que apresenta a área resultante de anexações e desanexações na área original, conforme Decreto 1.260/75, de criação do parque. O mapa da área, objeto da presente avaliação, com a locação das principais UCs encontra-se na página 126.

Na área de abrangência da avaliação de sustentabilidade existem cinco regiões fitogeográficas bem-definidas: Manguezal, Restinga, Floresta Ombrófila Densa, Floresta Ombrófila Mista e Campos de Altitude.

Tendo em vista que a divisão político-administrativa das municipalidades não se deu em função das possíveis unidades ecológicas existentes (Paulo Lopes, por exemplo, apresenta todos as tipologias vegetacionais do Pest, à exceção da FOM), estabeleceu-se uma subdivisão de área em função da localização geográfica dos municípios.

A seguir, o mapa de localização da UC que compõe a área objeto de estudo, consubstanciado na figura 12.

Figura 12 Mapa de Localização do Estudo de Caso.

Digitalização e Edição: Geóg. José Henrique Vilela (dez/03)

5.2.2 Alvos do Sistema e Subsistemas

Alvo do Sistema

Unidades de conservação sustentáveis, sob o ponto de vista da proteção da biodiversidade, da geração de informações ambientais e lazer, coexistem em harmonia com o ambiente humano com o qual interagem.

Alvo do Subsistema Humano

Comunidades fortes, com alto nível de bem-estar, que interagem com as unidades de conservação como parte integrante da sua estratégia geral de conservação, coexistem harmonicamente.

Alvo do Subsistema Ecossistema

Alto nível de bem-estar dos ecossistemas preservados integra a estratégia de conservação da unidade de conservação e coexiste em harmonia com a comunidade.