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TAXAS DE CRESCIMENTO DE MUDAS DE PINHÃO-MANSO (Jatropha curcas L.) PRODUZIDAS COM DIFERENTES SUBSTRATOS ORGÂNICOS

3. MATERIAIS E MÉTODOS 1 Condições de crescimento

3.4 Delineamento experimental

Para fins de avaliação e análise estatística, os dados foram tabulados em planilhas eletrônicas e submetidos às análises de variâncias (Teste F a 5% de probabilidade) e de médias utilizando o software estatístico SISVAR (FERREIRA, 2003). As médias foram comparadas pelo teste de Tukey a 5% de probabilidade (SANTOS et al., 1998).

Foram testadas 100 mudas (uma em cada saco plástico) distribuídas em 5 tratamentos (diferentes substratos) com 4 repetições (20 mudas por tratamento) no delineamento inteiramente casualizado, sendo: T1 = húmus de minhoca: terriço na proporção 1:1; T2 = húmus de minhoca:terriço na

proporção 2:1; T3 = esterco bovino: terriço na proporção 1:1; T4 = esterco bovino: terriço na proporção

2:1; e T5 = composto orgânico: terriço na proporção 1:1. O terriço (terra vegetal) foi coletado no próprio Campus do IFPA.

4. ANÁLISE E INTERPRETAÇÃO DOS DADOS

Conforme resultados apresentados na Tabela 1 verifica-se que houve efeito significativo dos tratamentos sobre as taxas de crescimento absoluto e relativo tanto para a altura de planta (TCA AP e TCR AP) como para o diâmetro caulinar (TCA DC e TCR DC) no período de 30 a 70 dias após a semeadura – DAS.

Tabela 1 – Resumos das análises de variância para taxas de crescimento absoluto (TCA) e taxas de

crescimento relativo (TCR) da altura de planta (AP) e do diâmetro caulinar (DC) de mudas de pinhão-manso entre 30 e 70 dias após a semeadura – DAS.

FV GL QUADRADOS MÉDIOS TCA AP 30-70 DAS TCRAP 30-70 DAS TCA DC 30-70 DAS TCR DC 30-70 DAS Tratamento 4 0,04274* 0,00007** 0,01354** 0,00005** Resíduo 15 0,00955 0,00001 0,00183 0,00001 CV% -- 40,94 35,43 22,53 17,55

(*) (**) significativo a 5% e 1% de probabilidade pelo teste ‘F’.

De acordo com a Tabela 2, as médias das da TCA e TCR para as variáveis analisadas foram significativamente maiores no tratamento com o substrato constituído por esterco bovino mais terriço na proporção 2:1 quando comparadas com as taxas do tratamento húmus 2:1. Verifica-se, porém, que o esterco bovino 2:1 não diferiu estatisticamente dos tratamentos húmus 1:1, esterco bovino 1:1 e composto orgânico 1:1, implicando na formação de mudas semelhantes entre si. A ausência de significância estatística entre esses tratamentos pode ser atribuída, a uma provável semelhança na composição mineralógica dos respectivos substratos.

As médias das taxas estão plotadas na Figura 1, onde se verifica uma melhor visualização dos efeitos dos tratamentos sobre as taxas de crescimento. Convém salientar que o esterco bovino foi utilizado como matéria-prima para a produção do composto orgânico bem como para o húmus.

Maciel et al., (2007), estudando a produção de mudas de Jatropha curcas L. em diferentes substratos, observaram para as variáveis, altura total e diâmetro do colo, que os tratamentos contendo o substrato 100% húmus ou 50% terra: 50% húmus (1:1), resultaram em melhores taxas de desenvolvimento para as mudas de pinhão-manso.

Tabela 2 – Resumo das médias e teste de Tukey para as taxas de crescimento absoluto (TCA) e relativo

(TCR) da altura de planta (AP) do diâmetro caulinar (DC) no período de 30 a 70 dias após a semeadura – DAS.

Medias seguida de mesma letra na coluna não diferem entre si ao nível de 5 % de probabilidade pelo teste de Tukey.

Figura 1 – Taxa de crescimento absoluto (TCA) e taxa de crescimento relativo (TCR) da altura (AP) e do

diâmetro caulinar (DC) de mudas de pinhão-manso no período de 30 a 70 dias após semeadura, produzidas com diferentes substratos.

5. CONSIDERAÇÕES FINAIS

Houve tendência do substrato esterco bovino na proporção 2:1 resultar em melhores índices das taxas de crescimento absoluto e relativo da altura e diâmetro caulinar de mudas de pinhão-manso no período de 30-70 dias após a semeadura.

Tratamento Médias TCAAP 30-70 DAS cm dia-1 TCRAP 30-70 DAS cm cm-1 dia-1 TCADC 30-70 DAS mm dia-1 TCRDC 30-70 DAS mm mm-1 dia-1 Est. Bovino 2:1 0,348155 a 0,014363 a 0,252395 a 0,019180 a Húmus 1:1 0,305000 a 0,013223 a 0,225875 a 0,017250 a Est. Bovino 1:1 0,252660 a 0,012095 a 0,194418 a 0,016368 a Comp. Org. 1:1 0,208165 a 0,009520 a 0,177263 a 0,014858 a Húmus 2:1 0,079835 b 0,003948 b 0,099540 b 0,009605 b Média Geral 0,238763 0,0106295 0,189898 0,015452

O substrato húmus na proporção 2:1 apresentou baixos índices de taxas de crescimento absoluto e relativo para altura da planta e diâmetro caulinar.

6. AGRADECIMENTOS

Ao programa PIBITI/CNPq pela concessão de bolsa de pesquisa.

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