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FIGURA 15: Esquema do desenho, tipo e enfoque da pesquisa

Fonte: Autora da pesquisa, Adriany Paula de Freitas, 2018.

A imagem acima permite que se perceba, de forma mais clara através da apresentação visual, como a pesquisa se organiza, demonstrando o tipo de investigação realizado, o desenho da pesquisa e o enfoque por ela apresentado. Gil (2008, p. 26) conceitua pesquisa como “o processo formal e sistemático de desenvolvimento do método científico. O objetivo fundamental da pesquisa é descobrir respostas para problemas mediante o emprego de procedimentos científicos”.

PESQUISA TIPO DESCRITIVA NÃO EXPERIMENTAL TRANSVERSAL ENFOQUE QUALITATIVO

Nesse cerne, compreendemos que a pesquisa possui etapas que precisam ser consideradas e organizadas de forma a resultarem em conhecimento científico que só existirá através do método utilizado. Lakatos e Marconi (2003, p. 224) acrescentam:

A finalidade da pesquisa científica não é apenas um relatório ou descrição de fatos levantados empiricamente, mas o desenvolvimento de um caráter interpretativo, no que se refere aos dados obtidos. Para tal, é imprescindível correlacionar a pesquisa com o universo teórico, optando-se por um modelo teórico que serve de embasamento à interpretação do significado dos dados e fatos colhidos ou levantados.

Assim, compreendemos que uma pesquisa social só se concretiza cientificamente quando atrelamos os significados que estudamos à coleta dos dados durante a pesquisa com as teorias apresentadas pelos estudiosos da área. Isso é necessário para que compreendamos que a pesquisa consiste em uma ferramenta científica e, portanto, demanda seriedade e estudo significativo.

Conforme Gil (2008, p. 29):

As pesquisas explicativas nas ciências naturais valem-se quase que exclusivamente do método experimental. Nas ciências sociais [...] recorre-se a outros métodos, sobretudo ao observacional. Nem sempre se torna possível a realização de pesquisas rigidamente explicativas em ciências sociais, mas em algumas áreas, sobretudo da Psicologia, as pesquisas revestem-se de elevado grau de controle, chegando mesmo a ser designadas “quase-experimentais”.

No caso deste estudo, também em virtude de seu caráter social, quando pensamos a análise de um fenômeno ocorrido em duas turmas em uma escola, espaço em que se concretizam as relações sociais, em que os sujeitos estão intrinsicamente interligados por um objetivo comum – a educação, opta-se por desenvolver uma pesquisa descritiva de desenho não-experimental, transversal, qualitativa. Isso ocorre pela necessidade da pesquisadora em analisar o contexto através de um olhar em que não interfira diretamente sobre os sujeitos pesquisados, o pesquisador neste contexto conforme Prodanavo e Freitas (2013, p. 52): “apenas registra e descreve os fatos observados sem interferir neles”, recolhendo informações através de instrumentos padronizados de coleta de dados, entrevistas e analise documental, visando compreender que fenômenos acontecem neste espaço para que os alunos adquiram as habilidades básicas relacionadas ao final do 1º ano do Ensino Fundamental.

O modelo não experimental transversal será utilizado nesta pesquisa, pois serão coletados dados relacionados ao final do ano letivo, representando assim o final de um processo, não manipulando as variáveis, mas unicamente descrevendo os resultados encontrados através da pesquisa.

O caráter descritivo desse estudo deve-se à necessidade da pesquisadora em coletar e analisar os dados, descrevendo-os como forma de verificar o contexto pesquisado. Gil (2008, p. 28) esclarece:

As pesquisas deste tipo têm como objetivo primordial a descrição das características de determinada população ou fenômeno ou o estabelecimento de relações entre variáveis. São inúmeros os estudos que podem ser classificados sob este título e uma de suas características mais significativas está na utilização de técnicas padronizadas de coleta de dados.

Desta forma, ao observar o cotidiano escolar das turmas do 1º ano da Escola Municipal Professor Joaquim Gonzaga Pinheiro de forma sistemática, utilizando-se de um rigor científico a pesquisadora poderá coletar os dados necessários para responder ao problema desta pesquisa, utilizando-se do objetivo geral e os objetivos específicos para descrever como são realizadas as avaliações diagnósticas, qual o conhecimento que os docentes têm sobre a Psicogênese da Língua Escrita e a evolução psicogenética dos alunos do 1º ano do ensino Fundamental. Conforme Campoy (2016, p. 145), “La investigación descriptiva se pregunta por la naturaleza de um fenómeno social. Su objetivo es ofrecer uma defiición de la realidad, examinar um fenómeno para caracterizarlo de la mejor forma posible”

Esta pesquisa terá como objetivo analisar como são realizadas as avaliações diagnósticas na perspectiva da Psicogênese da Escrita e suas contribuições para a prática pedagógica docente, no 1º ano do Ensino Fundamental, desse modo serão coletados em junho e julho de 2018 os dados relativos ao final do ano letivo do ano de 2017 e as entrevistas com os atores envolvidos neste período serão aplicados nos meses de junho e julho do ano de 2018, sendo analisados nos meses subsequentes.

Lakatos e Marconi (2003, p. 187) salientam que nesse tipo de pesquisa qualitativa, transversal são empregados artifícios objetivando: “[...] a coleta sistemática de dados sobre populações, programas, ou amostras de populações e programas. Utilizam várias técnicas como entrevistas, questionários, formulários etc. e empregam procedimentos de amostragem”.

Assim esta pesquisa produzirá a descrição dos dados através de uma analise que dispensa o uso de dados estatísticos, utilizando-se tão somente da análise e da descrição para a apresentação dos dados coletados. Os números que serão apresentados no decorrer da tese serão demonstrados tão somente para subsidiar a descrição dos resultados, recorrendo-se ainda as bases legais e teóricas que nortearão esta pesquisa a fim de identificar com são realizadas as avalições e a evolução psicogenética dos alunos do 1º ano.